Malonaqen

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Malonaqen

<
mArwnfrn
q
M22M22
>

13º Rei da Dinastia Napata
do Reino de Cuxe
Malonaqen
Placa Votiva de Malonaqen (Ashmolean Museum)
Reinado 555 – 542 a.C.
Antecessor(a) Aramatelqo
Sucessor(a) Analmaaye
Morte 542 a.C.
Sepultado em Nuri (Nu. 5)
Cônjuge Tagtal
Descendência Analmaaye
Pai Aramatelqo
Mãe Amanitakaye

Malonaqen (também grafado: Malenaqen, Melanaqan) foi o Décimo Terceiro Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe que governou de 555 a 542 a.C., foi o sucessor de Aramatelqo. Após seu entronamento tomou o nome real de Sechemkare (Ra tem o espírito poderoso). [1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Malonaqen foi filho de Aramatelqo e de sua segunda esposa Amanitakaye. [2]

Em seu reinado, provavelmente terminou a transição da capital de Napata para Meroé. O governo de Malonaqen foi pacífico e próspero principalmente porque no Egito continuava o longo reinado de Amósis II (570 - 526 a.C.) que restaurou as relações políticas e comerciais com o reino de Cuxe.

Foram descobertas em Meroé em 1911 por John Garstang oito fragmentos de inscrições provenientes de um templo na área M 294. Por suas características estes fragmentos faziam parte de uma mesma inscrição que emoldurava a entrada do templo. Um dos fragmentos continha o selo de Malonaqen, indicando que o templo foi construído por ele. Essas inscrições são fragmentárias demais para serem reconstruídas em qualquer ordem significativa. No entanto, elas seguem estereótipos bem conhecidos dos templos de Egito e Napata, palavras individuais suficientes são preservadas para dar sentido ao conteúdo, que parece ser o discurso do deus Ámon para o rei Malonaqen. O deus parece estar confirmando o poder e domínio real do rei, oferecendo vitória sobre seus inimigos, bem como garantias tradicionais para uma longa vida e reinado. Estas inscrições podem estar relacionadas com as celebrações do festival de Ano Novo, uma vez que esta celebração representava a renovação anual do poder real, ou mesmo as festividades da coroações de Malonaqen. [3] Além da construção do templo em seu nome (M 294) Malonaqen foi responsável pela reforma do Grande Templo de Ámon em Moroé construído por Sencamanisquem (r. 640 – 620 a.C.). [4]

Malonaqen morreu em 542 a.C., foi enterrado na Necrópole de Nuri na piramide Nº 5. Sua viúva também foi enterrada nessa necrópole na piramide N° 45. Após sua morte foi sucedido por seu filho Analmaaye. [5]

Precedido por
Aramatelqo
13º Rei da Dinastia Napata
do Reino de Cuxe

555 – 542 a.C.
Sucedido por
Analmaaye


Referências

  1. «Malonaqen». Digital Egypt for Universities in University College London. Consultado em 27 de março de 2019 
  2. Shinnie, P. L.; Bradley, Rebecca J. (1980). The Capital of Kush. Volume 01 (em inglês). [S.l.]: Otto Harrassowitz Verlag, 400 nota 34. ISBN 9783447048927 
  3. Shinnie. The Capital of Kush. [S.l.]: pp. 403-404 .
  4. Pope, Jeremy W. (2014). The Double Kingdom Under Taharqo:. Studies in the History of Kush and Egypt, c. 690 – 664 BC (em inglês). [S.l.]: BRILL, p. 30. ISBN 9789004262959 
  5. Derek A. Welsby (1996) The Kingdom of Kush: The Napatan and Meriotic Empires, Trustees of the British Museum, p. 207, ISBN: 9780714109862