Mandato Britânico da Palestina

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Mandatory Palestine
Mandato da Palestina

Mandato da Liga das Nações
(Reino Unido)


1920 – 1948  

 

 

Flag Brasão
Bandeira Brasão de Armas
Localização de Palestina
Localização de Palestina
Mandato da Palestina
Continente Ásia
Região Médio Oriente
Capital Jerusalém
Língua oficial Inglês (exército ocupante do Império Britânico e representantes europeus da Liga das Nações),

árabe (na região da Palestina e Jordânia), hebraico (na região de Jerusalém, de maioria judaica)

Governo Mandato
História
 • 25 de Abril de 1920 Atribuição do mandato
 • 29 de Setembro de 1923 Grã-Bretanha obtém o controle
 • 25 de Maio de 1946 Independência da Transjordânia
 • 14 de Maio de 1948 Independência de Israel
Moeda Libra egípcia (até 1927)
Libra palestina (a partir de 1927)
Atualmente parte de  Israel
 Cisjordânia
 Faixa de Gaza

O Mandato Britânico da Palestina[1] foi uma entidade geopolítica sob administração britânica que foi criada com a Partilha do Império Otomano após o final da Primeira Guerra Mundial. A administração civil britânica na Palestina operou de 1920 a 1948.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), uma rebelião árabe e a Força expedicionária egípcia do Império Britânico sob o comando do general Edmund Allenby expulsaram os turcos do Levante durante a Campanha do Sinai e Palestina.[2] O Reino Unido concordou com a Correspondência Hussein-McMahon que honraria a independência árabe se eles rebelassem contra o Império Otomano, mas os dois lados tiveram diferentes interpretações deste acordo e, no final, o Reino Unido e a França dividiram a área por meio do Acordo Sykes-Picot — um ato de traição aos olhos dos árabes. Para confundir ainda mais a questão surge a Declaração de Balfour de 1917, prometendo o apoio britânico a um "lar nacional" judaico na Palestina. No final da guerra, os britânicos e franceses criaram um condomínio, a "Administração do Território do Inimigo Ocupado" no que havia sido a Síria otomana. Os britânicos obtiveram legitimidade para o seu controle continuado, obtendo um mandato da Liga das Nações em junho de 1922. O objetivo formal do sistema de mandatos da Liga das Nações era administrar partes do extinto Império Otomano, que tinha controlado o Oriente Médio desde o século XVI, "até o momento em que eles fossem capazes de se administrar sozinho".[3] A administração do mandato civil foi formalizada com o consentimento da Liga das Nações em 1923 sob o Mandato Britânico da Palestina, que abrangeu duas áreas administrativas. A terra a oeste do rio Jordão, conhecida como Palestina, permaneceu sob administração britânica direta até 1948. A terra a leste do Jordão, uma região semiautônoma conhecida como Transjordânia, sob o domínio da família Haxemita do Hejaz, ganhou independência em 1946.[4]

As tendências divergentes em relação à natureza e finalidade do mandato já são visíveis nas discussões sobre o nome dessa nova entidade. De acordo com a ata da nona sessão da Comissão de mandato permanente da Liga das Nações:

O coronel Symes explicou que o país foi descrito como "Palestina" pelos europeus e como "Falestin" pelos árabes. O nome hebraico para o país era a designação "Terra de Israel", e o Governo, para atender aos desejos judaicos, concordou que a palavra "Palestina" em caracteres hebraicos deveria ser seguida em todos os documentos oficiais pelas iniciais que representavam essa designação. Como uma compensação para isso, certos políticos árabes sugeriram que o país deveria ser chamado de "Síria do Sul" para enfatizar sua estreita relação com o outro Estado árabe.[5]

Durante o período do mandato britânico, a área experimentou a ascensão de dois grandes movimentos nacionalistas, um entre os judeus e outro entre os árabes. Os interesses nacionais concorrentes das populações árabes e judaicas da Palestina um contra o outro e contra as autoridades britânicas governantes resultaram na Revolta árabe de 1936–1939 e a insurreição judaica na Palestina antes de culminar na Guerra Civil de 1947–1948. O rescaldo da Guerra Civil e a consequente Guerra árabe-israelense de 1948 levaram ao estabelecimento do acordo de cessar-fogo de 1949, com a partilha do antigo mandato da Palestina entre o recém-criado estado de Israel com uma maioria judaica, a árabe Cisjordânia foi anexada pelo Reino da Jordânia e um governo árabe palestino na Faixa de Gaza sob protetorado do Egito.

Altos comissários britânicos da Palestina[editar | editar código-fonte]

Nome Mandato
Sir Herbert Louis Samuel 1920–1925
Herbert Onslow Plumer 1925–1928
Sir Harry Charles Luke (em funções) 1928
Sir John Chancellor 1928–1931
Arthur Grenfell Wauchope 1931–1938
Sir Harold MacMichael 1938–1941
John Vereker, 6º Visconde de Gort 1944–1945
Sir Alan G. Cunningham 1945–1948

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. unispal.un.org Arquivado em 25 de novembro de 2013, no Wayback Machine. League of Nations Mandate for Palestine
  2. Hughes, Matthew, ed. (2004). Allenby in Palestine: The Middle East Correspondence of Field Marshal Viscount Allenby June 1917 – October 1919. Col: Army Records Society. 22. Phoenix Mill, Thrupp, Stroud, Gloucestershire: Sutton Publishing Ltd. ISBN 978-0-7509-3841-9  Allenby to Robertson 25 January 1918 in Hughes 2004, p. 128
  3. Article 22, The Covenant of the League of Nations and "Mandate for Palestine," Encyclopedia Judaica, Vol. 11, p. 862, Keter Publishing House, Jerusalem, 1972
  4. Marjorie M. Whiteman, Digest of International Law, vol. 1, US State Department (Washington, DC: U.S. Government Printing Office, 1963) pp. 650–652
  5. League of Nations, Permanent Mandate Commission, Minutes of the Ninth Session Arquivado em 2011-06-28 no Wayback Machine (Arab Grievances), Held at Geneva from June 8th to 25th, 1926,

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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