Maquilhagem
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Maquilhagem (português europeu) ou maquilagem, maquiagem (português brasileiro) (do francês maquillage) consiste na aplicação de produtos com efeito cosmético, de embelezamento, ou disfarce, seguindo-se alguns casos os ditames da moda e com uso de substâncias especificamente destinadas a tal fim.
História[editar | editar código-fonte]
A maquiagem, assim como os cosméticos, é muito antiga, provavelmente utilizada desde a Pré-história para a prática de rituais xamânicos, cultos funerários ou cultos à fertilidade[1].
Três mil anos antes de Jesus Cristo, os egípcios já conheciam a maquiagem: batom, maquiagem branqueadora e de luminosidade, maquiagem para reforçar os olhos e sobrancelhas (a base de chumbo, malaquita, antimônio, Kohl), blush para corar as bochechas (a partir de produtos vegetais, como pétalas de rosa ou de papoulas; animais, como larva de cochonilha; ou mineral, como argilas, óxido de cobre ou ferro ocre), pós que eram misturados com óleos ou pomadas. Outros pigmentos também eram utilizados para a maquiagem: o azul do óxido de cobre, o amarelo do auripigmento, o preto do carbono, o verde da malaquita e mais numerosas nuances obtidas dos óxidos de cobre ou ferro[2].
As caravanas que levavam especiarias e seda para a Europa introduziram os cosméticos e a maquiagem na Grécia (ela não se desenvolveria verdadeiramente até o início do século III, sendo anteriormente um atributo das cortesãs) e ao império romano (Nero e Popeia Sabina maquiavam-se com os mesmos produtos no século I): a maquiagem para rosto, o Kohl, foi substituído por uma maquiagem à base de açafrão, antimônio, cortiça queimada, fuligem ou cinzas; o blush corava as bochechas através de amoras esmagadas ou cinábrio. Muitos produtos da época à base de metais (chumbo, mercúrio) eram tóxicos, estragando a aparência da pele e provocando um envelhecimento prematuro da mesma. Dentre os escritos sobre cosméticos da época: A arte de amar, Os remédios do amor, Os produtos de beleza para o rosto da mulher, de Ovídio, foram perdidos. A atividade da maquiagem, que visava atender um ideal de beleza, estava sujeito a controvérsias religiosas e filosóficas da época grega.
Foi com o retorno das cruzadas que a maquiagem se espalhou pela Europa nórdica, onde ela era somente utilizada quanto para pintura quanto para rituais. Desde o século XVIII, os nobres utilizavam bases faciais, pintura para cabelos e perfume. No século XVI, as mulheres utilizavam pó branco, bochechas vermelhas e nos lábios, uma mistura de corante de cochonilha. Os olhos, contrariamente ao período anterior, jamais eram maquiados, a fim de não esconder “a janela da alma”.
Desde o século XVII, a maquiagem é utilizada por todas as classes sociais. As mais abastadas utilizavam preciosidades em suas maquiagens, como pó de ouro, prata e pedras preciosas. Os manuais de civilidade dos séculos XVI e XVII recomendavam não abrir a boca, símbolo da oralidade e animalidade, devido aos dentes apodrecidos desde a introdução do açúcar no ocidente; assim, a maquiagem escondia a boca nesses séculos. As maquiagens à base de substâncias metálicas, emprestadas das artes das pinturas e das miniaturas, continuaram a ser muito tóxicas, como podemos exemplificar citando o “sublimado de mercúrio”, comum no século XVI.
No Japão, as gueixas usavam batom feito de pétalas de açafrão esmagados para pintar as sobrancelhas e bordas dos olhos, bem como os lábios e bastões de cera bintsuke, uma versão mais suave da cera de cabelo dos lutadores de sumô foram usados por geisha como uma maquiagem base[3]. Cores pó de arroz no rosto e nas costas; rouge nos contornos da órbita dos olhos para definer o nariz. Ohaguro espécie de tinta preta colocada nos dentes para a cerimônia.[4]
A maquiagem moderna tornou-se popular através do cinema dos anos 1920.
Ainda no começo do século XIX, os cosméticos continham chumbo, mas os produtos modernos são testados em laboratórios e fabricados com recursos neutros como talco, caulim e amido de arroz, aos quais são adicionados óleos e corantes sintéticos.

Artes cênicas[editar | editar código-fonte]
No Teatro, desde as origens na Grécia Antiga, bem como nas demais manifestações culturais equivalentes do Japão, Índia e outros países do Extremo Oriente, a maquiagem é parte essencial na caracterização do actor.
O Maquiador é uma profissão que visa não apenas atender a funções estéticas, mas também um técnico especializado, com conhecimentos específicos sobre uma gama extensa de substâncias cujo uso transcende o embelezamento, passando mesmo na efetiva caracterização das personagens e ainda na percepção destes efeitos na fotografia (caso do cinema e televisão), ou no palco (no teatro).
Óscar[editar | editar código-fonte]

No Cinema, constitui setor tão importante que até um Óscar é oferecido, sendo uma categoria instituída em 1981.
O primeiro premiado, e também o que maior número de estatuetas ganhou, foi Rick Baker: nove, ao todo.
Produtos de maquiagem[editar | editar código-fonte]
- Batom
- Base
- Blush
- Corretivo
- Rímel
- Delineador
- Gloss Labial
- Sombra
- Pó de arroz
- Pó compacto
- Lápis de olho
- Lápis para os lábios
- Contorno
- Primer
- Iluminador
A marca de maquiagem Ruby Rose foi inspirada em uma atriz australiana muito conhecida no mundo artístico. É uma das marcas mais “baratinhas” e conhecida no mercado feminino. Fabricado com excelentes produtos químicos e naturais. Testado e aprovado por dermatologistas de renome. Por tem uma substância forte em sua composição, pode causar acnes em determinados indivíduos com problemas hormonais. a M.A.C., a make das estrelas, uma marca de maquiagem estrangeira, porém muito aceita no Brasil, reune inovações e técnicas evoluídas, e com grande precisão. Considerada uma das autoridades mundiais, com grande diversidade, abrangendo todas as raças, gêneros e idades. A marca surgiu a partir da percepção dos Franks, Frank Toscan, fotógrafo e maquiador, e Frank Angelo, dono de uma rede de salão de beleza, tendo como principal objetivo desenvolver produtos profissionais que facilitassem ensaios fotográficos. A inauguração oficial da M.A.C ocorreu em 1984, na cidade de Toronto, no Canadá. A marca Marykay surgiu a partir de uma mulher chamada Mary Key Ash, que depois de 25 anos de experiência como vendedora ela resolveu criar duas listas: uma com todos os pontos positivos e outra com todos os pontos que achava q deveria melhorar das empresas para qual trabalhou, com isso resolveu criar a marca.
Uma marca de excelentes produtos, com preços razoáveis e com ótima qualidade
Outras acepções[editar | editar código-fonte]
Do sentido original derivam expressões com outras significações, tais como:
- Maquiagem fiscal - operação feita por pessoas físicas ou jurídicas, onde o lançamento de tributos é falseado, visando assim manter o valor monetário que conquistou com seu trabalho.
- Maquiagem contábil - operação contábil que consiste em ocultar prejuízos nas contas de uma empresa, a fim aparentar uma situação falsa de lucro.
- Maquiagem política - consiste numa série de operações de marketing e mídia, onde uma situação negativa é descrita, mascarada ou alterada para minimizar seus efeitos na imagem de um político, governo, partido, instituição, etc.
Referências
- ↑ (en)J.Zilhao et col, « Symbolic use of marine shells and mineral pigments by Iberian Neandertals », Proceedings of the National Academy of Sciences, vol. 107, no 3inserir fonte aqui
- ↑ (fr)Nathalia Baduel,Une Anthropologie du fard et de la palette à fard en Égypte pré-dynastique, dans La Fabrique de l'histoire, Histoire de la beauté
- ↑ «HISTÓRIA DA MAQUIAGEM DO EGITO AOS DIAS ATUAIS - Linda Yes !». Linda Yes !. 28 de outubro de 2016
- ↑ MegaCurioso (18 de abril de 2014). «Costumes do Japão: Ohaguro, a antiga prática de pintar os dentes de preto». MegaCurioso - As curiosidades mais interessantes estão aqui