María Lugones
| María Lugones María Lugones | |
|---|---|
| Conhecido(a) por | pioneira nos estudos do feminismo decolonial |
| Nascimento | 6 de janeiro de 1944 |
| Morte | 14 de julho de 2020 (76 anos) |
| Residência | Estados Unidos |
| Nacionalidade | argentina |
| Alma mater |
|
| Carreira científica | |
| Instituições | Universidade de Binghamton |
| Campo(s) | Sociologia e feminismo |
| Tese | Morality and Personal Relations (1978) |
María Lugones (Buenos Aires, 26 de janeiro de 1944 – Nova Iorque, 14 de julho de 2020) foi uma socióloga, professora, feminista e ativista argentina, radicada nos Estados Unidos.[1]
Era professora de literatura comparada e estudos femininos da Universidade de Binghamton, em Nova Iorque.[2] María estudava e teorizava sobre as variadas formas de resistência de várias formas de opressão. É conhecida por sua teoria dos eus múltiplos, seu trabalho com feminismo e o desenvolvimento da colonialidade do gênero.[1]
Biografia
[editar | editar código]Nasceu em Buenos Aires, em 1944. Na década de 1960, mudou-se para os Estados Unidos, após viver uma relação conturbada com seu pai devido à sua sexualidade. Ingressou na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, onde cursou filosofia, formando-se em 1969. Em seguida ingressou no mestrado pela Universidade de Wisconsin–Madison, concluído em 1973, e posteriormente obteve o doutorado na mesma instituição, com habilitação em Ciências Políticas, defendendo sua tese intitulada Morality and Personal Relations, em 1978.[3]
Entre 1973 e 1993, María lecionou no Carleton College e, então, mudou-se para a Universidade de Binghamton, onde lecionou nos programas de filosofia, estudos latino-americanos e caribenhos, estudos sobre feminismo, gênero e sexualidade e no departamento de literatura comparada.[2] Foi professora visitante na Universidade de Chicago, na Universidad Andina Simón Bolivar, entre outros.[1]
Doença e morte
[editar | editar código]Lugones foi diagnosticada com seu terceiro câncer de pulmão no final de 2019 e foi hospitalizada com sintomas semelhantes aos de pneumonia após se submeter a radioterapia em 2020. Ela faleceu em 14 de julho de 2020, aos 76 anos, em um hospital da cidade de Syracuse, Nova Iorque. A causa da morte foi parada cardíaca.[4] Por conta da pandemia de COVID-19, seu funeral ocorreu apenas para familiares e amigos próximos, seguido da cerimônia de cremação.[5]
Carreira científica
[editar | editar código]Pluralidade
[editar | editar código]Lugones é a autora de Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions (2003)[6], uma coleção de ensaios,[7] muitos dos quais foram originalmente publicados em Hypatia, Signs e outros periódicos. Entre eles, encontra-se o ensaio Playfulness, "World"‐Travelling, and Loving Perception,[8] que aborda a experiência de navegar identidades hifenizadas de uma perspectiva fenomenológica.[9] Lugones propõe uma pluralidade de eus que mudam de uma pessoa para outra, com cada mudança produzindo um novo mundo correspondente.[10] Em outro ensaio, Purity, Impurity, and Separation,[11] Lugones introduz o conceito de coagulação como uma prática interseccional de resistência que funciona contra uma lógica opressiva de pureza. Exemplos de coagulação incluem troca de código, drag, transgressão de gênero e experimentação multilíngue.[12]
Viagem pelo mundo
[editar | editar código]Lugones escreveu um artigo intitulado Playfulness, "World"‐Travelling, and Loving Perception, que utiliza seu próprio método, que ela chamou de "Viagem pelo Mundo", para compreender como outros indivíduos nos percebem e a si mesmos em seu próprio mundo. Permitir-nos viajar para mundos diferentes e compreender os outros nos permitirá começar a amá-los por meio de suas próprias experiências. Ao nos identificarmos com eles, as pessoas começarão a entender quem são como indivíduos. Lugones explicou que o olhar arrogante é uma técnica que muitos indivíduos usam para quebrar seu espírito e conquistar seus mundos; no entanto, Lugones argumenta que a percepção amorosa é a resposta ao olhar arrogante que nos faz viajar para outros mundos.[8]
Segundo Lugones, podemos nos sentir à vontade em mundos diferentes ao sermos capazes de falar a língua do mundo em que entramos, subjetivamente felizes em um mundo onde somos livres para decidir qualquer coisa por nós mesmos sem qualquer restrição, estabelecendo relações pessoais com as pessoas para criar um vínculo e compartilhando um interesse com um estranho que nos permite relacionar-nos. No entanto, ter a sensação de facilidade em um mundo diferente não é suficiente para compreender um indivíduo, pois é preciso mais do que facilidade para amar e se identificar com os outros. Lugones explicou que precisamos do atributo da ludicidade para nos relacionarmos com os outros, uma vez que isso nos permite existir com uma abertura para aceitar e criar novas ideias sem quaisquer regras ou barreiras que nos impeçam. Consequentemente, a "percepção amorosa" e a ludicidade coexistem para amar e compreender uns aos outros que são diferentes.[8]
Colonialidade do gênero
[editar | editar código]Em seus trabalhos posteriores, Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System (2007)[13] e Rumo a um Feminismo Decolonial (2010),[14] Lugones volta sua atenção para a colonialidade: seu impacto na formação de gênero, bem como para as diversas estratégias de resistência que poderiam contribuir para seu eventual desmantelamento. Combinando a teoria da colonialidade do poder de Aníbal Quijano com uma estrutura feminista e interseccionalista, Lugones conclui que o gênero é uma imposição colonial. Baseando-se em exemplos históricos de tribos nativas americanas pré-coloniais e ginecráticas, Lugones situa o gênero como um sistema de classificação colonial que divide e subjuga as pessoas de forma diferente, dependendo de múltiplos factores interseccionais, incluindo a classe e a etnia.[15]
Conceitos e contribuições
[editar | editar código]A obra de María Lugones desloca o foco do feminismo hegemônico para as tramas históricas em que raça, gênero, sexualidade e colonialidade se co-constituem. No ensaio de 1987, propõe o world-travelling (viajar entre “mundos”) e a percepção amorosa como práticas críticas à “visão arrogante” e como base de coalizões entre mulheres em diferença; a noção assume a multiplicidade de eus e desafia universalismos feministas abstratos.[16] Em 2007, articula o sistema colonial/moderno de gênero e a heterossexualidade como eixos de dominação, aproximando a crítica feminista ao conceito de colonialidade do poder de Aníbal Quijano.[17] O desenvolvimento dessa tese aparece em espanhol, com ênfase na colonialidade e gênero, discutindo a invenção colonial de “mulher/homem” e a racialização da humanidade.[18] Em 2010, apresenta a síntese programática Toward a Decolonial Feminism (traduzida ao português em 2014), defendendo um feminismo de(s)colonial atento à subjetividade e às práticas de resistência no cotidiano.[19][20] O livro Pilgrimages/Peregrinajes (2003) reúne ensaios sobre coalizão e opressões múltiplas, consolidando o vocabulário conceitual da autora.[21]
Obras publicadas (seleção comentada)
[editar | editar código]- Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions (2003)
Coletânea de ensaios sobre coalizão, opressões co-constitutivas e práticas de resistência (inclui textos sobre world-travelling).[22]
- Playfulness, “World”-Travelling, and Loving Perception (1987)
Artigo clássico que introduz viagem entre mundos e percepção amorosa como crítica ao olhar arrogante e à unidade abstrata no feminismo.[23]
- Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System (2007)
Formula o sistema colonial/moderno de gênero e sua face heterossexualista como constitutivos da modernidade colonial.[24]
- Colonialidad y género (2008)
Versão ampliada em espanhol que discute a invenção colonial de “mulher/homem” e a racialização da humanidade.[25][26]
- Toward a Decolonial Feminism (2010) / Rumo a um feminismo descolonial (2014)
Síntese programática do feminismo de(s)colonial, com ênfase em agência, subjetividade e práticas cotidianas de resistência; traduzido para o português na Revista Estudos Feministas.[27][28]
- Speaking Face to Face: The Visionary Philosophy of María Lugones (2019, orgs. DiPietro, McWeeny, Roshanravan)
Coletânea crítica dedicada à obra e à prática coalicional de Lugones, com estudos de recepção internacional.[29]
Recepção e impacto
[editar | editar código]A obra de Lugones é amplamente citada nos debates decoloniais e feministas, com forte impacto na América Latina, nos EUA e em contextos transnacionais. O volume coletivo Speaking Face to Face (SUNY, 2019) consolidou sua recepção no campo filosófico e nos estudos de gênero, articulando leituras de sua filosofia e de suas práticas coalicionais.[30] No Brasil, a tradução de Toward a Decolonial Feminism como Rumo a um Feminismo Descolonial (2014) difundiu suas teses para o público lusófono, tornando-se referência em dossiês e pesquisas na área.[31] Entre os reconhecimentos, foi homenageada como Distinguished Woman in Philosophy pela Society for Women in Philosophy (2016) e recebeu o Frantz Fanon Lifetime Achievement Award da Caribbean Philosophical Association (2020).[32][33][34] Obituários e notas institucionais reforçam o alcance e a combinação singular entre teoria e prática na trajetória de Lugones.[35]
Debates e críticas
[editar | editar código]A recepção de Lugones inclui debates internos ao feminismo de(s)colonial e aos estudos de gênero. Autoras como Yuderkys Espinosa Miñoso e Ochy Curiel reconhecem a importância de sua crítica à colonialidade do gênero e, ao mesmo tempo, tensionam genealogias, ênfases epistemológicas e estratégias políticas do campo, ampliando-o com perspectivas antirracistas e lesbianas decoloniais.[36][37] Leituras críticas pontuais observam que certas formulações iniciais podem subestimar experiências específicas (p. ex., lesbianidade ou negritude) ou carecer de detalhamento empírico em contextos locais; essas críticas, porém, tendem a propor extensões do marco de Lugones, e não sua rejeição, mantendo o eixo na co-constituição entre raça, gênero, sexualidade e colonialidade.[38][39] No conjunto, o debate indica que a proposta de feminismo de(s)colonial de Lugones permanece referência central e em constante reelaboração por autoras latino-americanas e afro-diaspóricas.[40]
Prêmios e indicações
[editar | editar código]Em 2016, foi nomeada Distinguished Woman Philosopher pela Society for Women in Philosophy.[3] Em 2020, recebeu o Prêmio Frantz Fanon Lifetime Achievement pelo Caribbean Philosophical Association, em reconhecimento à sua contribuição à filosofia/teoria decolonial, à filosofia/teoria feminista, à filosofia/teoria indígena, aos estudos críticos de gênero, raça e sexualidade, à filosofia latino-americana e à teoria dos sistemas mundiais.[41]
Legado
[editar | editar código]
Como mulher não branca e lésbica nos Estados Unidos, tal vivência guia suas inúmeras obras.[42] Durante os anos 1990, Lugones fazia parte da agenda de pesquisa modernidade/decolonialidade, ou virada decolonial, ao lado de Walter Mignolo e Catherine Walsh,[43] entre outros, e retomando a teoria de Aníbal Quijano sobre a colonialidade do poder juntamente ao marco feminista e interseccional, cunhando o conceito de colonialidade do gênero. A colonialidade de gênero de Lugones defende que o gênero é uma imposição colonial, apresentando a perspectiva decolonial juntamente a hierarquia de gênero, oferecendo maneiras alternativas de entender a opressão sobre a mulher, criticando a ótica eurocêntrica e heteronormativa.[44]
Obras publicadas
[editar | editar código]Livros
[editar | editar código]- Lugones, María (2003). Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions (em inglês). Lanham, Md.: Rowman & Littlefield. ISBN 978-1-4616-4090-5. OCLC 606972544
- Kusch, Rodolfo; Lugones, María; Price, Joshua M.; Mignolo, Walter (2010). Indigenous and popular thinking in América (em inglês). Durham, NC: Duke University Press. ISBN 978-0-8223-9251-4. OCLC 631245966
Artigos científicos
[editar | editar código]- Lugones, María (1987). «Playfulness, "World"-Travelling, and Loving Perception». Hypatia (em inglês) (2): 3–19. ISSN 0887-5367. doi:10.1111/j.1527-2001.1987.tb01062.x. Consultado em 8 de novembro de 2024
- Lugones, María (1995). «Hard to Handle Anger». In: Bell, Linda A.; Blumenfeld, David. Overcoming Racism and Sexism (em inglês). Lanham, MD: Rowman & Littlefield. ISBN 0-8476-8030-4. OCLC 32235851
- Lugones, María (1998). «The Discontinuous Passing of the Cachapera/Tortillera from the Barrio to the Bar to the Movement». In: Bar On, Bat-Ami; Ferguson, Ann. Daring to Be Good: Essays in Feminist Ethico-Politics (em inglês). New York: Routledge. ISBN 0-415-91554-6. OCLC 37261096
- Lugones, María (8 de fevereiro de 2022). «Motion, Stasis, and Resistance to Interlocked Oppressions». In: Aiken. Making Worlds: Gender, Metaphor, Materiality (em inglês). [S.l.]: University of Arizona Press. doi:10.2307/j.ctv27bds8b.8
- Lugones, María (5 de setembro de 2017). «Enticements and Dangers of Community for a Radical Politics». In: Young, Iris Marion; Jaggar, Alison M. A Companion to Feminist Philosophy (em inglês). Oxford, UK: Blackwell Publishing Ltd. doi:10.1002/9781405164498.ch47
- Lugones, María (1999). «Tenuous connections in impure communities». Elsevier BV. Ethics and the Environment (em inglês). 4 (1): 85–90. Bibcode:1999EEnv....4...85L. ISSN 1085-6633. doi:10.1016/s1085-6633(99)80009-6
- Beltré, Mildred; Bryce, Geoff; Camacho, Julia Schiavone; Flores, Aurelia; Gonzales, Easa; Hernandez, Nydia; Hoagland, Sarah; Keating, Cricket; Kerr, Laura DuMond (1999). «Towards a practice of radical engagement: Escuela Popular Norteña's 'Politicizing the Everyday' Workshop». The Radical Teacher (em inglês) (56): 13–18. ISSN 0191-4847. JSTOR 20710014. Consultado em 9 de maio de 2022
- Lugones, Maria (2000). «Multiculturalism and Publicity: On María Pía Lara's Moral Structures». Cambridge University Press. Hypatia (em inglês). 15 (3): 175–181. ISSN 0887-5367. doi:10.1111/j.1527-2001.2000.tb00337.x
- Lugones, María (2000). «Wicked Caló: A Matter of the Authority of Improper Words». In: Hoagland, Sarah Lucia; Frye, Marilyn. Feminist Interpretations of Mary Daly (em inglês). University Park, Pa.: The Pennsylvania State University Press. ISBN 0-271-02018-0. OCLC 42954756
- Lugones, María (28 de abril de 2003). Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions (em inglês). [S.l.]: Rowman & Littlefield Publishers
- Lugones, María (2004). «Impure Communities». Diversity and Community: An Interdisciplinary Reader (em inglês). Malden, MA, UK: Blackwell Publishers Ltd. pp. 58–64. ISBN 9780470756102. doi:10.1002/9780470756102.ch4
- Price, Joshua M; Lugones, María (2003). «Problems of Translation in Postcolonial Thinking». Wiley. Anthropology News (em inglês). 44 (4): 7–9. ISSN 1541-6151. doi:10.1111/an.2003.44.4.7
- Lugones, María; Price, Joshua (2003). «The Inseparability of Race, Class, and Gender in Latino Studies». Springer Science and Business Media LLC. Latino Studies (em inglês). 1 (2): 329–332. ISSN 1476-3435. doi:10.1057/palgrave.lst.8600039
- Lugones, María (2007). «Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System». Cambridge University Press. Hypatia (em inglês). 22 (1): 186–219. ISSN 0887-5367. doi:10.1111/j.1527-2001.2007.tb01156.x
- Lugones, María (30 de dezembro de 2008). «Colonialidad y género». Colegio Mayor de Cundinamarca. Tabula Rasa (em inglês) (9): 73–101. ISSN 1794-2489. doi:10.25058/20112742.340

- Lugones, María (1 de outubro de 2010). «Toward a Decolonial Feminism». Hypatia (em inglês). 25 (4): 742–759. ISSN 0887-5367. JSTOR 40928654. doi:10.1111/j.1527-2001.2010.01137.x
- Lugones, María (2011). «Comment: It's All in Having a History: A Response to Michael Hames-García's Queer Theory Revisited». Gay Latino Studies: A Critical Reader (em inglês). [S.l.]: Duke University Press. doi:10.1215/9780822393856-003
- DiPietro, Pedro J. (1 de junho de 2019). Speaking Face to Face: The Visionary Philosophy of María Lugones (em inglês). [S.l.]: SUNY Press
- Lugones, María (1 de janeiro de 2020). «Gender and Universality in Colonial Methodology». The Pennsylvania State University Press. Critical Philosophy of Race (em inglês). 8 (1–2): 25–47. ISSN 2165-8684. doi:10.5325/critphilrace.8.1-2.0025
Ver também
[editar | editar código]Referências
- ↑ a b c Bidaseca, Karina. «María Lugones – Mulheres na Filosofia». Enciclopédia Mulheres na Filosofia. Consultado em 8 de novembro de 2024. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ a b Micale, Jennifer. «María Lugones leaves a global legacy - Binghamton News». News - Binghamton University (em inglês). Consultado em 8 de novembro de 2024. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ a b «Referência do pensamento feminista decolonial, ativista e filósofa argentina María Lugones morre aos 76 anos». Leda Antunes (ed.). Portal Geledés. 18 de julho de 2020. Consultado em 8 de novembro de 2024. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ Smith, Harrison (21 de julho de 2020). «Maria Lugones, feminist philosopher who studied colonialism's legacy, dies at 76». The Washington Post (em inglês). Consultado em 1 de agosto de 2025. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ «Morre filósofa e ativista feminista argentina, María Lugones, aos 76 anos». CLAUDIA. Consultado em 8 de novembro de 2024. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ Lugones, María (2003). Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions (em inglês). Lanham, Md.: Rowman & Littlefield. ISBN 978-1-4616-4090-5. OCLC 606972544
- ↑ Mignolo, Walter D. (2011). «Modernity and Decoloniality - Latin American Studies - Oxford Bibliographies - obo». www.oxfordbibliographies.com (em inglês). doi:10.1093/obo/9780199766581-0017. Consultado em 1 de agosto de 2025. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ a b c Lugones, María (1987). «Playfulness, "World"-Travelling, and Loving Perception». Hypatia (em inglês). 2 (2): 3–19. JSTOR 3810013. doi:10.1111/j.1527-2001.1987.tb01062.x
- ↑ «Feminism and Race in the United States | Internet Encyclopedia of Philosophy» (em inglês). Consultado em 1 de agosto de 2025. Cópia arquivada em 14 de agosto de 2025
- ↑ Mariana, Ortega (14 de março de 2016). In-between : Latina feminist phenomenology, multiplicity, and the self (em inglês). Albany, New York: [s.n.] ISBN 9781438459776. OCLC 908287035
- ↑ Lugones, María (1994). «Purity, Impurity, and Separation». Signs (em inglês). 19 (2): 458–479. JSTOR 3174808. doi:10.1086/494893
- ↑ Garry, Ann (14 de março de 2012). «Who is Included?Intersectionality, Metaphors, and the Multiplicity of Gender». Who Is Included?: Intersectionality, Metaphors, and the Multiplicity of Gender (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. pp. 493–530. ISBN 9780199932788. doi:10.1093/acprof:oso/9780199855469.003.0019
- ↑ Lugones, María (29 de novembro de 2006). «Heterosexualism and the Colonial / Modern Gender System». Hypatia (em inglês). 22 (1): 186–209. ISSN 1527-2001. Consultado em 1 de agosto de 2025
- ↑ Lugones, María (1 de outubro de 2010). «Toward a Decolonial Feminism». Hypatia (em inglês). 25 (4): 742–759. ISSN 0887-5367. JSTOR 40928654. doi:10.1111/j.1527-2001.2010.01137.x. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ Giraldo, Isis (2016). «SAGE Journals: Your gateway to world-class journal research». Feminist Theory (em inglês). 17 (2): 157–173. doi:10.1177/1464700116652835
- ↑ Lugones, María (1987). «Playfulness, "World"-Travelling, and Loving Perception». Hypatia. 2 (2): 3–19. doi:10.1111/j.1527-2001.1987.tb01062.x. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ Lugones, María (2007). «Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System». Hypatia. 22 (1): 186–209. doi:10.1111/j.1527-2001.2007.tb01156.x. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ Lugones, María (2008). «Colonialidad y género» (PDF). Tabula Rasa (9): 73–102. Cópia arquivada (PDF) em 13 de agosto de 2025
- ↑ Lugones, María (2010). «Toward a Decolonial Feminism». Hypatia. 25 (4): 742–759. doi:10.1111/j.1527-2001.2010.01137.x. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ Lugones, María (2014). «Rumo a um feminismo descolonial». Revista Estudos Feministas. 22 (3): 935–952. doi:10.1590/S0104-026X2014000300013
- ↑ Lugones, María (2003). Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions. Lanham: Rowman & Littlefield. ISBN 9780742514591. Cópia arquivada em 13 de agosto de 2025
- ↑ Lugones, María (2003). Pilgrimages/Peregrinajes: Theorizing Coalition Against Multiple Oppressions. Lanham: Rowman & Littlefield. ISBN 9780742514591
- ↑ Lugones, María (1987). «Playfulness, "World"-Travelling, and Loving Perception». Hypatia. 2 (2): 3–19. doi:10.1111/j.1527-2001.1987.tb01062.x
- ↑ Lugones, María (2007). «Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System». Hypatia. 22 (1): 186–209. doi:10.1111/j.1527-2001.2007.tb01156.x
- ↑ Lugones, María (2008). «Colonialidad y género» (PDF). Tabula Rasa (9): 73–102
- ↑ «Coloniality and Gender». Tabula Rasa (9). 2008
- ↑ Lugones, María (2010). «Toward a Decolonial Feminism». Hypatia. 25 (4): 742–759. doi:10.1111/j.1527-2001.2010.01137.x
- ↑ Lugones, María (2014). «Rumo a um feminismo descolonial». Revista Estudos Feministas. 22 (3): 935–952. doi:10.1590/S0104-026X2014000300013
- ↑ Speaking Face to Face: The Visionary Philosophy of María Lugones. Albany: SUNY Press. 2019. ISBN 9781438474533 Parâmetro desconhecido
|organizador3=ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido|organizador2=ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido|organizador=ignorado (ajuda) - ↑ Speaking Face to Face: The Visionary Philosophy of María Lugones. Albany: SUNY Press. 2019. ISBN 9781438474533 Parâmetro desconhecido
|organizador3=ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido|organizador2=ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido|organizador=ignorado (ajuda) - ↑ Lugones, María (2014). «Rumo a um feminismo descolonial». Revista Estudos Feministas. 22 (3): 935–952. doi:10.1590/S0104-026X2014000300013
- ↑ «U.S.-Midwest SWIP – Central APA 2016». Consultado em 6 ago. 2025
- ↑ Gordon, Lewis (4 fevereiro 2020). «Caribbean Philosophical Association's 2020 Award Winners». Blog of the APA. Consultado em 6 agosto 2025. Cópia arquivada em 20 dezembro 2023
- ↑ «CPA – In Memoriam: María Lugones». Consultado em 6 ago. 2025. Cópia arquivada em 14 janeiro 2025
- ↑ Micale, Jennifer (7 ago. 2020). «Thought and practice: María Lugones leaves a global legacy». Binghamton News. BingUNews. Consultado em 6 ago. 2025. Cópia arquivada em 13 agosto 2025
- ↑ Espinosa Miñoso, Yuderkys (2014). «Una crítica descolonial a la epistemología feminista crítica» (PDF). El Cotidiano. 29 (184): 7–12
- ↑ Curiel, Ochy (13 dezembro 2021). «Conversa: "O poder deve ser trabalhado na comunidade"». Fundação Rosa Luxemburgo. Consultado em 6 agosto 2025. Cópia arquivada em 27 março 2025
- ↑ Gonçalves, João (2019). «Gênero, sexualidade e decolonialidade». Revista Três Pontos. 16 (1): 65–79
- ↑ Espinosa Miñoso, Yuderkys (1 jul. 2020). «Why We Need Decolonial Feminism». Consultado em 6 ago. 2025
- ↑ Rodrigues, Luciana (2022). «Decolonial Feminism: María Lugones' influences and contemporary ramifications». Revista Estudos Feministas. 30 (1)
- ↑ Smith, Harrison (21 de julho de 2020). «Maria Lugones, feminist philosopher who studied colonialism's legacy, dies at 76»
. The Washington Post (em inglês). Consultado em 1 de agosto de 2025. Cópia arquivada em 13 agosto 2025
- ↑ Carvalho, Guilherme (11 de janeiro de 2023). «O Feminismo Decolonial de María Lugones: colonialidade, gênero e Interseccionalidade». Revista TOMO: e17757–e17757. ISSN 1517-4549. doi:10.21669/tomo.v42i.17757. Consultado em 8 de novembro de 2024
- ↑ «Perspectivas pós-coloniais e decoloniais em Relações Internacionais – IRI – Instituto de Relações Internacionais». Consultado em 8 de novembro de 2024
- ↑ Grecco, Gabriela de Lima (29 de junho de 2020). «Feminismos y género en los Estudios Internacionales». Relaciones Internacionales (em espanhol) (44): 127–145. ISSN 1699-3950. doi:10.15366/relacionesinternacionales2020.44.007. Consultado em 8 de novembro de 2024
Bibliografia
[editar | editar código]- Speaking Face to Face: The Visionary Philosophy of María Lugones (em inglês). SUNY series, Praxis: teoria em ação, ed. por Pedro J. DiPietro, Jennifer McWeeny, Shireen Roshanravan, State University of New York Press, 2019.
- Editors' Introduction: Tango Dancing with María Lugones: Toward Decolonial Feminisms (em inglês). Edição especial: Rumo aos feminismos decoloniais, Filosofia crítica da raça, vol. 8, n.º 1-2, 2020.
Ligações externas
[editar | editar código]- Obituário de Maria Lugones, no The Washington Post (em inglês)
- Maria Lugones no Global Social Theory (em inglês)
- Página de María Lugones no Departamento de Filosofia da Binghamton University (em inglês) – Perfil institucional com informações sobre sua atuação acadêmica e áreas de pesquisa.
- Obituário e perfil de María Lugones no Binghamton News (2020) (em inglês) – Artigo que resume sua trajetória, principais ideias e impacto intelectual.
- Playfulness, “World”-Travelling, and Loving Perception (1987), artigo completo em Hypatia (em inglês) – Texto fundamental em que Lugones introduz os conceitos de viagem entre mundos e percepção amorosa.
- Heterosexualism and the Colonial/Modern Gender System (2007), artigo completo em Hypatia (em inglês) – Apresenta a formulação do sistema colonial/moderno de gênero e sua relação com a heterossexualidade.
- Colonialidad y género (2008), artigo completo em Tabula Rasa (em espanhol) – Versão expandida das teses sobre colonialidade do gênero, com discussão sobre binarismo e racialização.
- Toward a Decolonial Feminism (2010), artigo completo em Hypatia (em inglês) – Síntese programática do feminismo de(s)colonial proposto por Lugones.
- Rumo a um feminismo descolonial (2014), tradução para o português publicada na Revista Estudos Feministas (em português) – Versão acessível ao público lusófono do artigo “Toward a Decolonial Feminism”.
- Página In Memoriam de María Lugones na Caribbean Philosophical Association (em inglês) – Registro institucional de homenagem com depoimentos e breve resumo de sua contribuição.
- Speaking Face to Face: The Visionary Philosophy of María Lugones, coletânea crítica organizada por Pedro DiPietro, Jennifer McWeeny e Shireen Roshanravan (SUNY Press, 2019) (em inglês) – Reunião de ensaios acadêmicos sobre a obra, impacto e prática coalicional de Lugones.