Marcelo Crivella
Marcelo Crivella | |
|---|---|
Foto oficial de Marcelo Crivella como senador pelo Rio de Janeiro. | |
| Deputado Federal pelo Rio de Janeiro | |
| Período | 1.º de fevereiro de 2023 até a atualidade |
| Legislatura | 57.ª Legislatura |
| Prefeito do Rio de Janeiro | |
| Período | 1.º de janeiro de 2017 até 1.º de janeiro de 2021[a] |
| Vice-prefeitos | Fernando Mac Dowell (2017-2018) Nenhum (2018–2020) |
| Antecessor(a) | Eduardo Paes |
| Sucessor(a) | Eduardo Paes |
| Senador pelo Rio de Janeiro | |
| Período | 1.º de fevereiro de 2003 até 1.º de janeiro de 2017[b] |
| Legislaturas | 52.ª Legislatura 53.ª Legislatura 54.ª Legislatura 55.ª Legislatura |
| Sucessor(a) | Eduardo Lopes |
| Ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil | |
| Período | 2 de março de 2012 até 17 de março de 2014 |
| Presidente | Dilma Rousseff |
| Antecessor(a) | Luiz Sérgio |
| Sucessor(a) | Eduardo Lopes |
| Dados pessoais | |
| Nome completo | Marcelo Bezerra Crivella |
| Nascimento | 9 de outubro de 1957 (68 anos) Rio de Janeiro, Distrito Federal, Brasil |
| Nacionalidade | brasileiro |
| Alma mater | Universidade Santa Úrsula |
| Prêmio(s) | |
| Parentesco | Edir Macedo (tio) R. R. Soares (tio) Cristiane Cardoso (prima) André Soares (primo) Marcos Soares (primo) |
| Partido | PL (2002-2005) PMR (2005-2006) PRB (2006-2019) Republicanos (2019-atualidade) |
| Religião | neopentecostalismo |
| Profissão | engenheiro civil, escritor e pastor |
Marcelo Bezerra Crivella GOMM • GOMA • GOMD (Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1957) é um engenheiro, escritor religioso e político brasileiro, filiado ao Republicanos. Foi senador (2003 a 2017), ministro da Pesca e Aquicultura (2012 a 2014) e prefeito do Rio de Janeiro (2017 a 2020). É deputado federal pelo Rio de Janeiro, desde fevereiro de 2023.
É bispo, atualmente licenciado, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD),[8] denominação neopentecostal fundada por seu tio, Edir Macedo.[9]
Foi eleito senador pela primeira vez 2002, com cerca de 3,2 milhões de votos.[1] Em 2010, tornou-se o primeiro senador reeleito no estado do Rio de Janeiro em 24 anos. Exerceu seu mandato até sua posse como prefeito da capital fluminense, cargo para o qual foi eleito no segundo turno da eleição municipal de 2016, em disputa com Marcelo Freixo (PSOL).[8] Candidatou-se à reeleição, sendo derrotado por Eduardo Paes (DEM) no segundo turno da eleição municipal de 2020.[10] Eleito deputado federal em 2022, foi condenado à cassação de seu mandato pela Justiça Eleitoral em 2023, decisão da qual cabe recurso.[11]
Na manhã de 22 de dezembro de 2020, Crivella foi preso preventivamente pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em operação que investiga esquema de corrupção na prefeitura do Rio, sendo também afastado do cargo de prefeito pela Justiça fluminense, nove dias antes do término de seu mandato.[1][12] Como o vice-prefeito Fernando Mac Dowell faleceu em maio de 2018, o presidente da Câmara Municipal do Rio, Jorge Felippe (DEM), assumiu como prefeito em exercício.[13]
Vida pessoal
[editar | editar código]Nascido na Policlínica de Botafogo e residente à época no bairro da Gávea, é descendente de imigrantes italianos e de migrantes nordestinos[14] e filho único de Eris Bezerra Crivella e Mucio Crivella, ambos católicos. Frequentou a Igreja Metodista na juventude.[15] Sua ligação com o tio, Edir Macedo, fez com que começasse a frequentar a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em 1977. Depois de sua conversão começou a trabalhar na igreja recém-criada por Macedo. Após ter seu ministério aprovado, tornou-se pastor e depois foi consagrado a bispo. Trabalhou por dez anos como missionário em países da África.[15][16][17][18] Sua pregação religiosa também é veiculada por radiodifusão.
É casado e tem três filhos.[17][19] Formado em engenharia civil pela Universidade Santa Úrsula e Faculdade de Engenharia Civil de Barra do Piraí, atual UGB, em 1984.[17][20] Trabalhou como taxista para custear os estudos universitários, e foi professor universitário em Barra do Piraí.[17][18] Por conta do seu ministério religioso, tornou-se cantor e compositor, tendo 14 discos lançados, que já venderam mais de 5 milhões de cópias.[21][22] Os álbuns foram lançados pela gravadora Line Records, da qual Crivella é o principal artista.[23][24]
Prisão nos anos 1990
[editar | editar código]Em outubro de 2016, a revista Veja divulgou imagens onde Crivella aparece de frente e de perfil, em duas fotos tiradas na 9ª DP (Catete) no dia 18 de janeiro de 1990. Segundo a reportagem, Crivella passou o dia na prisão e só saiu com o compromisso de voltar no dia seguinte. O inquérito policial estava guardado há 25 anos, mas não estava em um arquivo público, e sim na casa do senador. A Veja diz que ele só decidiu mostrar o inquérito depois de ser confrontado com as fotos. A revista traz as diferentes versões contadas à polícia. O vigia Nilton Linhares, que morreu em 2001, reivindicava a posse do terreno. No inquérito, o advogado dele diz que Crivella foi até o local com seus comandados, chegou arrombando o portão com um pé de cabra e seguranças armados de revólveres, ameaçando toda a família do segurança, esposa e duas filhas. Segundo a revista, foi então que a polícia teria sido chamada.[25]
Em resposta, Crivella gravou um vídeo negando a prisão, publicado em reportagem da Globo News. "Fiquei preso um dia. Na 9ª DP, lotada de gente. E o delegado pra me constranger, malandro, ele me mandou fazer essa foto. Isso devia ser, eu cheguei lá devia ser umas seis horas da manhã, seis e meia, o dia amanhecendo cedinho", contou Crivella. "Cara, pô, você acha justo invadir um terreno da igreja, que você vai construir um templo pras pessoas pobres, pra favelado, pra miserável e, de repente os caras, é o terreno da igreja. Eu até propus a eles o seguinte: eu alugo uma casinha pra vocês, pô. Mas aqui não dá. Era um terreno caro, meu irmão. [...] Cara, teve um dia que eu tava tão revoltado, eu acordei de manhã, levei os caminhões que a gente tinha, fui pra lá, arrebentei aquela cerca, entrei lá dentro, comecei a tirar as coisas do cara, botar em cima do caminhão, não toquei nas pessoas", diz Crivella ao justificar a ação.[25]
A publicação da Veja gerou polêmica às vésperas do segundo turno das eleições para prefeito do Rio de Janeiro. Marcello Rubioli, juiz de fiscalização eleitoral do Rio, chegou a conceder direito de resposta na revista para o candidato pastor, mas Teori Zavascki, então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a decisão. Para o ministro, "a ordem de retirada de conteúdo jornalístico [tinha] caráter de censura estatal".[26]
Fazenda Canaã
[editar | editar código]Na final da década de 1990, o bispo Edir Macedo, líder e fundador da IURD, convidou Marcelo Crivella para ajudar num projeto com o intuito de revitalizar a cidade de Irecê, localizada no sertão baiano.[27] Para arrecadar os fundos necessários, Crivella lançou o CD "Mensageiro da solidariedade". Os recursos obtidos pela pela venda do CD - fontes falam em 1 milhão[27] a 1,5 milhão de cópias[28] - foram utilizados na compra de um terreno de 500 hectares, no qual foi instalada a "Fazenda Canaã".[27]
O objetivo do projeto era criar uma fazenda que ajudasse a livrar o município da miséria e fome.[29] Para tanto, a localidade teria plantações de alimentos com tecnologia de irrigação importada de Israel, moradias, escola, fábrica de extrato de tomate e uma confecção têxtil.[27][29] A primeira colheita se deu um ano depois da inauguração da Fazenda, em 2001.[27]
O projeto é de responsabilidade do Instituto Ressoar – braço social da RecordTV.[27] A participação de Crivella no projeto social costuma ser utilizada por ele em suas propagandas eleitorais.[29] Segundo Crivella, sua iniciativa teria levado água à cidade e livrado ela da fome, em iniciativa pioneira e num "modelo de reforma agrária", em suas próprias palavras.[29] O jornal Folha de S.Paulo, no entanto, alega que quando Crivella iniciou o projeto da Fazenda Canaã Irecê já era uma das maiores produtoras de cenoura, cebola e beterraba irrigadas do país.[29] O veículo de imprensa também aponta que a cidade já contava com empresas de irrigação e perfuração de poços artesianos muito antes da chegada da Universal.[29]
Em 2013, a Comissão de Ética da Presidência da República decidiu investigar o uso da estrutura do Ministério da Pesca em benefício da Fazenda Nova Canaã. Crivella, na época, era o Ministro da Pesca. A decisão foi tomada após matéria da revista IstoÉ acusar Crivella de utilizar o Ministério para desenvolver um projeto de criação de tilápia na Fazenda Canaã.[30][31] Crivella negou a utilização de dinheiro público na produção dos peixes.[30]
Atuação política
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Marcelo Crivella entrou na vida pública, postulando ao cargo de Senador da República nas eleições de 2002 pelo antigo Partido Liberal (PL).[32] Crivella foi eleito para um mandato no período 2003-2011, e reeleito em 2010 para o período 2011-2019.[33] Crivella candidatou-se ainda ao governo do Rio de Janeiro, em 2006 e 2014 e à prefeitura da capital em 2004, 2008 e 2016.
Em 2004 foi o segundo colocado na disputa pela prefeitura carioca, porém não conseguiu ir para o segundo turno contra Cesar Maia.[34] Segundo Crivella, este sofreu uma perseguição por parte do jornal O Globo, que publicou diversas matérias acusando-o de fraudes.[carece de fontes] Em 2005, em meio à crise do Mensalão, junto com o vice-presidente da República, José Alencar, entre outros políticos, cria uma dissidência dentro do PL e funda o Partido Republicano Brasileiro (PRB), partido que se denomina como centro-esquerda e que reafirma o apoio ao governo Lula.[carece de fontes]
No ano de 2006 se candidata ao governo do estado do Rio de Janeiro, sendo apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que também apoiou o candidato Vladimir Palmeira), e na maior parte do tempo apontado pelas pesquisas como o segundo mais votado. Na última semana antes das eleições, porém, é ultrapassado pela candidata do PPS, Denise Frossard, e acaba novamente fora do segundo turno. Durante a campanha, fez duras críticas ao candidato do PMDB Sérgio Cabral, com quem acabou firmando apoio no segundo turno,[35] e Cabral foi eleito.[36]

Crivella foi candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.[37] Logo após ao lançamento da pré-candidatura de Fernando Gabeira, Crivella gerou polêmica em entrevista ao destacar que o deputado do PV apoia o "homem-com-homem" e a legalização da maconha.[38]
Disputou a quarta eleição direta em 2008, pelo cargo de prefeito da capital fluminense, porém ficou em terceiro lugar no primeiro turno.[39] Em 2010, Crivella foi eleito para o segundo mandato de senador pelo Rio de Janeiro, de 2011 a 2019.[40]
Em 29 de fevereiro de 2012 foi escolhido para assumir o hoje extinto Ministério da Pesca e Aquicultura no governo de Dilma Rousseff.[2] Tomou posse em 2 de fevereiro.[41] Durante o período em que chefiou o Ministério, Crivella teria se envolvido em várias irregularidades na contratação de serviços de instalação e substituição de vidros, colocação de películas reflexivas e atividades afins, que seriam realizadas pela Rota Nacional Comércio e Serviços. As investigações apontaram que a contração desse serviço em 2013 foi realizada sem que houvesse real necessidade para tanto. Além disso, apurou-se que o valor pago extrapolava o praticado no mercado, com sobrepreço de R$ 411 595 às custas da União. Ademais, tais serviços se quer chegaram ser realizados.
Para o Ministério Público Federal (MPF), o esquema fraudulento teve sucesso a partir da atuação de dois núcleos. O primeiro, composto pelo alto escalão do ministério, liderado pelo então ministro Marcelo Crivella. E o segundo, formado por um baixo escalão, que contava com a participação de servidores comissionados nomeados por Crivella. A Justiça Federal em Brasília (TRF-1), nos autos do processo de nº 1012743-15.2018.4.01.3400, acolheu o pedido do Ministério Público Federal, em caráter liminar, e determinou a indisponibilidade dos bens de Crivella.[42] Ele deixou a Ministério da Pesca e Aquicultura em 17 de março de 2014 em uma reforma ministerial promovida pela presidente.[3]
Em 2014, Crivella concorreu novamente ao cargo de governador do Estado do Rio de Janeiro, classificando-se em segundo lugar no primeiro turno, e obtendo mais de 44% dos votos no segundo turno.
Chegou a cogitar filiar-se ao PSB, visando as eleições para a prefeitura do Rio em 2016.[43] Mais tarde desmentiu sua ida para o PSB, dizendo que havia recebido proposta do partido, porém optou por permanecer no PRB. Busca uma aliança com o também senador Romário (PSB) para ampliar sua votação para além dos setores evangélicos, o que teria limitado sua votação em 2004 e 2008. Mas Romário lançou sua pré-candidatura à prefeitura do Rio em 2016.[44]
Foi o candidato mais votado para prefeito do Rio de Janeiro no primeiro turno da eleição em 2016.[45] Disputou o segundo turno com o candidato Marcelo Freixo do PSOL, e saiu vencedor, sendo eleito o 53º prefeito do Rio.[4] Tomou posse em 1º de janeiro de 2017.
Senado Federal
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No Senado Federal, Crivella teve como marca a atuação junto à diáspora brasileira. Ele foi presidente da Subcomissão Permanente de Proteção dos Cidadãos Brasileiros no Exterior, subordinada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, da qual Crivella foi vice-presidente. Um de seus alvos foi a detenção, por período indeterminado, de cidadãos brasileiros nos Estados Unidos, acusados de serem imigrantes ilegais.[46]
Crivella foi apontado pela ONG Transparência Brasil como o terceiro senador mais prolífico na proposição de matérias com impacto.[47]
O senador Marcelo Crivella esteve entre os parlamentares que, na avaliação dos internautas, melhor representou a população no Congresso Nacional. O Prêmio foi entregue pelo site Congresso em Foco. Crivella recebeu três prêmios, nas seguintes categorias: Melhores Senadores do Ano, Defesa da Agropecuária e Profissionalização da Gestão Pública.[48]
Dos 640 parlamentares que exerceram o mandato em 2015, Crivella foi o que mais aprovou leis, oito leis no total, de acordo com o site Congresso em Foco.[49]
Como Senador, Crivella criou o projeto "Cimento Social" em 2007, que previa a reforma de 505 casas na Mangueira e Andaraí, com verbas federais.[50] O projeto foi criticado por especialistas, que questionaram sua eficácia, tachando-o de "publicitário";[50] já a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados conclui que Crivella utilizou o projeto para "se promover".[51] Como uma das áreas beneficiadas pelo projeto se encontrava na época sob domínio do tráfico de drogas, as obras do Cimento Social foram acompanhadas pelo Exército, para garantir sua segurança.[52] Em junho de 2008, três jovens foram detidos por militares por suposto desacato; os jovens foram então entregues pelos militares a traficantes, e horas depois encontrados mortos.[51] Os militares confessaram o crime, e presos; o ocorrido gerou uma crise no Governo Federal, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim indo ao Rio de Janeiro pedir desculpas, em nome do governo, às famílias dos mortos; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou o ocorrido.[51] Investigação da Câmara dos Deputados concluiu que houve "uso inadequado do Exército na região".[51] A Justiça Federal determinou a retirada dos militares da região; o Governo Federal recorreu e conseguiu que as tropas fossem mantidas, mas mas somente na rua onde as obras eram feitas.[51] Investigação do Exército sobre o ocorrido apontou que um assessor de Crivella teria negociado com os traficantes a desmobilização das bocas de fumo perto de onde se realizavam as reformas.[53]
Dez dias depois do ocorrido, as verbas federais foram embargadas pela Justiça. Sem verbas públicas, Crivella utilizou recursos próprios para entregar as primeiras casas.[50] Nas eleições municipais de 2008, Crivella defendeu o seu projeto, afirmando que ele era uma "fonte de emprego", bem como prometendo que, se eleito prefeito do Rio de Janeiro, iria levar o Cimento Social para outras regiões.[52] Sob o assassinato dos três jovens, Crivella defendeu a atuação do Exército, afirmando que esse não poderia ser responsabilizado pelo ocorrido, que seria culpa do tente que liderava os militares acusados do crime.[52]
É também de Crivella o projeto de lei, rejeitado,[54] que pretendia corrigir uma lacuna na constituição sobre o tema terrorismo, motivado pelas tragédias que acompanharam outros eventos esportivos. O objetivo era tipificar os atos de terrorismo, de forma a separá-los de crimes comuns. Alguns movimentos sociais afirmavam que o Congresso tinha o objetivo de criminalizar as manifestações e movimentos sociais,[55] o que foi minimizado pelo veto parcial da então presidente Dilma[56] em relação ao projeto aprovado (que não era o do Crivella). A definição de terrorismo segundo o projeto rejeitado era: "Provocar ou infundir terror ou pânico generalizado mediante ofensa à integridade física ou privação da liberdade de pessoa, por motivo ideológico, religioso, político ou de preconceito racial, étnico ou xenófobo."[57]
Prefeito do Rio de Janeiro (2017–2020)
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Marcelo Crivella tomou posse como prefeito no dia 1 de janeiro de 2017. Desde o início de seu mandato, alegou enfrentar problemas de caixa, e tentou reduzir gastos da máquina pública. Cortou verbas de gratificações para servidores e diminuiu de cerca de 3 mil para 1 500 o número de cargos comissionados. Mas essas medidas não foram suficientes, e faltaram recursos para setores essenciais, provocando um colapso nos hospitais municipais, devido à falta de médicos, leitos e remédios. Especialistas avaliam que o novo governo pecou no planejamento e na gestão ao substituir servidores de carreira por nomeações políticas.[58] Em outubro de 2017, uma pesquisa realizada pelo Instituto DataFolha mostrou que a sua gestão foi considerada ruim ou péssima por 40% dos entrevistados, enquanto que 16% consideravam a sua gestão ótima ou boa.[59]
Houve uma queda brusca em recursos para conservação de vias nos dois primeiros anos do mandato de Crivella. Os investimentos em pavimentação caíram 73%. Em 2013 e 2014, durante a gestão anterior, foram aplicados R$ 610 milhões. Em 2017 e 2018, a soma dos valores empregados caiu para R$ 164 milhões.[60]
Apesar de prometer rigor com o setor de transportes durante a campanha, Crivella cedeu às pressões dos consórcios. O ex-assessor do vice-prefeito Fernando Mac Dowell, Atílio Flegner, acredita que a visão política de Crivella tenha sobressaído aos planos de Mac Dowell para a Secretaria de Transportes (SMTR). "O primeiro aumento, de R$ 3,60 para R$ 3,95, foi anunciado em junho do ano passado, quando o vice-prefeito tinha falecido há cerca de 20 dias", ressalta. O primeiro aumento foi fruto de acordo de Crivella com os consórcios, em meio a ameaças de paralisação e brigas judiciais. Como parte da negociação, o prefeito cedeu novo prazo para a frota ser climatizada por completo: 2020. Em fevereiro de 2019, veio o segundo reajuste, para R$ 4,05. Em dezembro de 2017, no entanto, Mac Dowell apresentou um estudo próprio que apontava a tarifa justa sendo R$ 3,09.[61]
Sobre as obras do BRT TransBrasil, iniciadas ainda na gestão do prefeito anterior, Eduardo Paes, no final de 2014, a primeira previsão era de que seria entregue em 2016. Em agosto de 2016 sofreu a sua primeira interrupção e só foi retomada em abril de 2017, já na gestão de Crivella. Houve uma segunda suspensão dos trabalhos, que aconteceu em março de 2018, e o novo prazo de entrega passou a ser 2018. Quando anunciou a retomada das obras, no final de julho de 2018, a prefeitura divulgou um novo cronograma, agora com a previsão de que o corredor expresso fosse entregue em meados de 2019. Mas como ainda faltavam licitar três terminais — Deodoro, Missões e Margaridas —, a expetativa era que as obras se arrastassem até pelo menos 2020.[62]
Em maio de 2019, a Avenida Niemeyer foi fechada pela Justiça do Rio, devido ao risco de deslizamentos e aos desastres ocorridos no início do ano, onde 2 pessoas morreram devido aos deslizamentos.[63] Ao longo do ano houve investimentos de R$ 34 milhões em 56 pontos da via, e em janeiro de 2020 Crivella solicitou a reabertura da via.[64] Em fevereiro de 2020 a prefeitura entrou com pedido no STJ para a reabertura da via, visto que o fechamento da mesma está sendo abusivo e usado politicamente contra Crivella.[65] Em 6 de março de 2020, após 9 meses do fechamento da via, o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, determinou a reabertura da mesma.[66] O ministro João Noronha levou em consideração, entre outros pontos, o prejuízo à mobilidade urbana, a lesão à economia da cidade, o término das obras de geotécnica realizadas pela prefeitura e a interferência indevida do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em matéria de competência da prefeitura.[67]
Em 2019, Crivella determinou que o contrato de concessão com a LAMSA para a gestão da Linha Amarela seja cancelado. Segundo auditoria do município, foi constatado prejuízo de R$ 1,6 bilhão à população da cidade, o que foi confirmado pela CPI da Linha Amarela realizada na Câmara dos Vereadores. Se constatou que, no contato firmado com a Lamsa, foi excluída a receita com o fluxo de carros que passam pela Linha Amarela. Dessa forma, o retorno financeiro da concessionária, que deveria ser de 10%, passou para 30%: 150 milhões de carros passaram pelos pedágios sem que isso fosse contabilizado. Ainda de acordo com a CGM, os ganhos da LAMSA com a Linha Amarela foram suficientes para que a concessão tivesse se encerrado em 2015.[68]
As contas do governo Crivella referentes ao ano de 2019 foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, por 5 votos a 1. Foi a primeira vez na história que um prefeito do Rio de Janeiro teve suas contas reprovadas. As contas de 2019 apresentaram déficit de R$ 4,24 bilhões; Crivella defendeu, perante o Tribunal de Contas, que assumiu uma Administração Municipal com dificuldades financeiras e "R$ 10 bilhões de receitas a menos" que seu antecessor, em suas palavras. A decisão final sobre as contas cabe à Câmara dos Vereadores do município.[69][70]
Em operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público, Crivella foi preso ainda no exercício do mandato de prefeito em 22 de dezembro de 2020. Por o vice eleito em 2016 ter falecido em 2018, quem assumiu o comando municipal pelos últimos 9 dias de mandato, como prefeito interino, foi Jorge Felippe, presidente da câmara municipal de vereadores. Crivella não chegou a perder o mandato de prefeito, no entanto.[71][72]
Controvérsias
[editar | editar código]Câmara dos Deputados e cassação (2023)
[editar | editar código]Crivella foi eleito deputado federal do Rio de Janeiro pelo Republicanos nas eleições de 2022, obtendo 110 450 votos.[73] No entanto, em abril de 2023, poucos meses após sua posse, a juíza eleitoral Márcia Santos Capanema julgou parcialmente procedente, em primeira instância, uma ação movida por Eduardo Paes contra Crivella devido a abuso de poder econômico, desconsiderando a acusação de abuso de poder político, durante a eleição municipal de 2020, na campanha de Crivella distribuiu 1,5 milhão de panfletos com notícias falsas sobre Paes, acusando-o de ser ligado ao PSOL, apoiar a liberação das drogas, a legalização do aborto e a implementação do inexistente "kit gay" nas escolas; a decisão declarou Crivella inelegível pelos oito anos subsequentes a 2020, determinando a cassação de seu diploma, e consequentemente, de seu mandato como deputado federal.[74] A candidata a vice-prefeita de Crivella em 2020, Andréa Firmo, também foi declarada inelegível e foi condenada a pagar uma multa de R$ 42 499,50, mesmo valor pago para produzir os panfletos mentirosos contra Paes, com recursos de campanha, a partir de seu CNPJ.[75] A defesa de Crivella afirmou que a decisão não teria efeito imediato e iria recorrer, enquanto Paes comemorou a condenação de Crivella.[74]
Em maio de 2023, Crivella foi novamente condenado, junto a seu assessor especial Marcos Luciano, à inelegibilidade por oito anos, contando a partir de 2020, à cassação de seu diploma e de seu mandato de deputado federal e também a uma multa de R$ 433 290, pela juíza eleitoral Márcia Santos Capanema, em ação movida pela coligação "É a vez do povo" (PT-PCdoB), em 2020, que acusou o ex-prefeito de "abuso de poder de autoridade e conduta vedada a agente público em campanhas eleitorais", devido a seu envolvimento no escândalo dos "Guardiões do Crivella", divulgado pela TV Globo em 2020.[76] A coligação acusou Crivella de "monitorar e impedir a interlocução de cidadãos com profissionais de imprensa" para barrar a divulgação de informações e reportagens sobre o sistema de saúde do Rio durante o período eleitoral, utilizando assessores comissionados da prefeitura que ficaram conhecidos como Guardiões do Crivella. A defesa do ex-prefeito afirmou que já recorreu da decisão.[77]
Em 8 de outubro de 2024, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) decidiu declarar Crivella inelegível por oito anos a partir das eleições de outubro de 2020, devido aos crimes de abuso de poder político e econômico nas eleições municipais de 2016 e 2020. Com a sentença, Crivella e Rafael Alves, além da inegibilidade, foram multados em R$ 106.410 cada um. A maioria dos desembargadores do TRE concordou com o voto do relator, Rafael Estrela, que defendeu a manutenção da sentença de primeira instância, emitida em março do mesmo ano, que decretou a inelegibilidade de Crivella e Alves, além do pagamento das multas.[78]
Desempenho em eleições
[editar | editar código]| Ano | Eleição | Candidato a | Partido | Coligação | Suplentes/Vice | Votos | Resultado |
|---|---|---|---|---|---|---|---|
| 2002 | Estadual do Rio de Janeiro | Senador | PL | Sem coligação | Eraldo Macedo (PL) | 3 243 289 | Eleito |
| 2004 | Municipal do Rio de Janeiro | Prefeito | PL | Todos Pela Paz (PL / PSL / PRP) |
Káthia Koslowski (PSL) | 753 189 | 2º colocado |
| 2006 | Estadual do Rio de Janeiro | Governador | PRB | (PRB / PTN / PRTB) | José Carlos de Assis (PRTB) | 1 531 431 | 3º colocado |
| 2008 | Municipal do Rio de Janeiro | Prefeito | PRB | Vamos arrumar o Rio (PR / PSDC / PRTB / PRB) |
Jimmy Pereira (PRTB) | 625 237 | 3º colocado[40] |
| 2010 | Estadual do Rio de Janeiro | Senador | PRB | Sem coligação | Eduardo Lopes (PRB) | 3 332 886 | Eleito[40] |
| 2014 | Estadual do Rio de Janeiro | Governador | PRB | Sem coligação | General Abreu (PRB) | 3 442 713 | 2º colocado |
| 2016 | Municipal do Rio de Janeiro | Prefeito | PRB | Por um Rio mais humano (PRB / PTN / PR) |
Fernando Mac Dowell (PR) | 1 700 030[79] | Eleito |
| 2020 | Municipal do Rio de Janeiro | Prefeito | Republicanos | Com Deus, Pela Família e Pelo Rio (Republicanos, PODE, PTC, PMN, PRTB, PP, Patriota, Solidariedade) |
Andréa Firmo (PRTB) | 913 700[80] | 2º colocado |
| 2022 | Estadual do Rio de Janeiro | Deputado Federal | Republicanos | Sem coligação | - | 110 450 [81] | Eleito |
Convicções pessoais
[editar | editar código]Marcelo Crivella é reputado como um político de orientação conservadora.[82][83] No entanto, ao ser eleito Prefeito do Rio de Janeiro, em 2016, rejeitou o rótulo de conservador.[84] Um dos fundadores do PRB, Crivella afirmou que o partido é mais próximo da esquerda que do neoliberalismo.[22] Em discurso no Senado, Crivella saudou o PCdoB, ressaltando que o Evangelho contém ensinamentos do Comunismo.[85] O prefeito também já foi aliado do Presidente Lula, e seu partido fez parte da base de sustentação ao governo Lula. Apesar de Crivella não se considerar conservador, a imprensa aponta que a maioria dos seus votos vêm de eleitores considerados conservadores.[86][87] Nas eleições municipais de 2020, Crivella buscou se aproximar do Presidente da República, Jair Bolsonaro, de orientação e eleitorado conservador.[88]
Crivella é contra a legalização do aborto.[89] Sobre homofobia ele esclareceu, após protestos de ativistas, que teme consequências inadvertidas da lei contra a homofobia, mas é contrário à violência homofóbica.[90]
Em 2009, na tribuna do Senado, sobre a influência atual de Charles Darwin, Crivella disse que é criacionista e rejeita a teoria da evolução. Ele afirmou que "não há provas conclusivas de que […] uma espécie possa gerar outra espécie". Ele disse também que não existem fósseis com características de reinos animais distintos, como "seres metade anfíbio e metade ave ou peixe".[91][92] O Tiktaalik já havia sido descrito em 2006.
Crivella é favorável a políticas públicas de planejamento familiar, por meio da educação sexual e esterilização, e à Lei de Biossegurança, que regulamentou as pesquisas com células-tronco.[93]
Discografia
[editar | editar código]Além de político e bispo licenciado da IURD, também é músico e compositor.
EPs
[editar | editar código]- 1992 - Aos que Sofrem (Grav. Line Records - Produzido em parceria com Tonny Sabetta)
- 1993 - Stop Suffering (Grav. UCKG Records - RSA)
Álbuns de estúdio
[editar | editar código]- 1997 - Perfume Universal (Grav. Line Records)
- 1998 - Como Posso me Calar (Grav. Line Records)
- 1998 - África (Grav. EMI Music)
- 1999 - Tá Amarrada a Escravidão (Grav. Line Records)
- 1999 - O Mensageiro da Solidariedade (Grav. Glory Records/Sony Music)
- 2000 - Vamos Irrigar o Sertão (Grav. Nova Canaã Produções)
- 2001 - Coração a Coração (Grav. Line Records)
- 2002 - Fonte Universal (Grav. Line Records)
- 2003 - Um Grande Amor (Grav. Line Records)
- 2004 - Não se Compara (Grav. Line Records)
- 2007 - Pai (Grav. Line Records)
- 2009 - Confiar (Grav. Line Records)
- 2014 - Marcelo Crivella - 25 anos (Grav. Independente)
- 2015 - Vai Arrebentar (Grav. Independente)
- 2016 - Deus Vê (Grav. Independente)
Coletâneas
[editar | editar código]- 2003 - Coletâneas (Vols. 1, 2 e 3) (Grav. Line Records)
Livros
[editar | editar código]Foi o autor dos livros: Histórias de Sabedoria e Humildade, uma coleção de contos de cunho moral e religioso, Um Sonho que se Tornou Realidade, que trata do Projeto Nordeste, e Evangelizando a África, de 2002.[94][95]
Ver também
[editar | editar código]Notas
Referências
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- ↑ Crivella pede a reabertura da Niemeyer
- ↑ Prefeitura entra no STJ
- ↑ Justiça determina reabertura imediata da avenida Niemeyer
- ↑ Avenida Niemeyer é reaberta após ficar nove meses fechada por decisão judicial
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- ↑ «Livros de Marcelo Crivella». Marcelocrivella.com.br
- ↑ «Crivella pede desculpas por possíveis ofensas em livro». O Globo. 16 de outubro de 2016
| Precedido por Luiz Sérgio |
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| Precedido por Eduardo Paes |
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Sucedido por Eduardo Paes |
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