Márcio Bittar

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Marcio Bittar
Márcio Bittar
Marcio Bittar
Senador pelo Acre
Período 1 de fevereiro de 2019
até a atualidade
Deputado federal do Acre
Período 1 de fevereiro de 2011 até 31 de janeiro de 2015
1 de fevereiro de 1999 até 31 de janeiro de 2003
Deputado estadual do Acre
Período 1 de janeiro de 1995
até 31 de janeiro de 1999
Dados pessoais
Nascimento 28 de junho de 1963 (60 anos)
Franca, SP
Prêmio(s)
Partido PMDB (1981-1999)
PPS (1999-2009)
PSDB (2009-2017)
MDB (2017-2021)
PSL (2021-2022)
UNIÃO (2022-presente)
Profissão pecuarista

Márcio Miguel Bittar (Franca, 28 de junho de 1963) é um pecuarista e político brasileiro, filiado ao União Brasil (UNIÃO), com atuação política no Acre.[2][3] É pai de 4 filhos e reside em Rio Branco, capital do Acre. Nas eleições de 2018, foi eleito ao Senado Federal, obtendo 185 066 votos, o que corresponde a 23,28% dos votos válidos.[4] Faz parte da bancada ruralista.[5]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de Mamede Bittar e Manife Miguel Bittar. Após viver a infância entre as cidades mato-grossenses de Cuiabá e Jauru[6] mudou-se para Campo Grande entrando no movimento estudantil, como militante do clandestino PCB e em 1981 tornou-se secretário-geral da Juventude do PMDB e no mesmo ano assumiu a presidência da União Campograndense dos Estudantes (UCE) exercendo-a por dois anos e em 1984 fundou a União Sul-Mato-Grossense dos Estudantes (USMES). Toda essa militância teve a forte participação de sua saudosa irmã, Mariluce Bittar. Foi representante da Instituição no Comitê das Diretas JÁ em 1985, participou dos Núcleos para Legalização dos Partidos de Esquerda, foi membro do Comitê Pró-Pantanal contra implantação de uma Usina de Álcool em 1980, estudou Filosofia Política - Teoria Marxista sob orientação do Partido Comunista da União Soviética em 1984.[7]

Após mudar-se para o Acre manteve-se filiado ao PMDB elegendo-se deputado estadual em 1994 e deputado federal em 1998[8] filiando-se ao PPS no início da legislatura. Pela nova legenda, perdeu a disputa para senador em 2002[9], mas no ano seguinte foi Chefe de Assessoria Parlamentar do Ministério da Integração Nacional durante o governo Lula[7]. Em 2004, foi vencido por Raimundo Angelim (PT) ao disputar a prefeitura de Rio Branco[8]. Disputou novo cargo majoritário, em 2006, porém foi derrotado por Binho Marques, nas eleições para o governo do Acre, em primeiro turno.[10]

Filiado ao PSDB conquistou seu segundo mandato de deputado federal em 2010, com a maior votação da história do Acre e a segunda maior votação proporcional do Brasil neste pleito.[10] Durante o mandato, ocupou o cargo de Primeiro Secretário da Câmara Federal.

Nas eleições de 2014, conseguiu ultrapassar os 30% dos votos válidos no primeiro turno e se classificou para a disputa do segundo turno contra o então governador Tião Viana (PT). Ao final, por uma diferença inferior a 10 mil votos, foi derrotado com 48,71% dos votos válidos.[11]

Posteriormente, após divergências com membros do PSDB estadual,[12] retornou ao MDB e disputou as eleições de 2018 como um dos candidatos ao Senado Federal, na mesma coligação que apresentava Gladson Cameli (PP) para governador e Sérgio Petecão (PSD) para a outra vaga de senador. Ao final da eleição, saiu vitorioso com a segunda maior votação (23,28%) ao lado de Petecão (30,71%). Com esse resultado, Márcio derrotou o então senador Jorge Viana (PT) que também tentava a reeleição.[13]

Posições políticas[editar | editar código-fonte]

Márcio Bittar se auto considera "liberal conservador", sendo membro de grupos liberais acrianos, como o Instituto Liberal do Acre e se opondo aos governos petistas do Brasil e do Acre.[14][15][16] Ele é um grande apoiador do Conservadorismo Moderado e do Liberalismo Clássico.[17]

Aborto[editar | editar código-fonte]

Bittar é pró vida, sendo verbalmente contra a legalização do aborto e é favorável como está na lei em casos de risco de vida, gravidez resultante de estupro e anencefalia fetal, sendo contrário em todos os demais casos[18]

Economia[editar | editar código-fonte]

Marcio se considera liberal na economia. É a favor das reformas econômicas de liberação da economia e a privatização de empresas públicas que não dão lucros. Enquanto deputado votou favorável as reformas do Governo Michel Temer como a PEC do teto dos gastos e a sua reforma trabalhista.[19]

Meio ambiente[editar | editar código-fonte]

Apesar de já ter sido membro de Comitê Pró-Pantanal e ter sido contrário a implantação de usinas de álcool[7] Marcio redigiu em 2020 um Projeto de Lei, o qual foi apresentado pela deputada Mara Rocha, com o propósito de modificar unidades de conservação no Acre e reduzir reservas ambientais.[20]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Nº 197, quarta-feira, 14 de outubro de 2020». Imprensa Nacional. 14 de outubro de 2020. p. 9. Consultado em 13 de fevereiro de 2024 
  2. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «Márcio Miguel Bittar». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 24 de setembro de 2021 
  3. «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Márcio Bittar». Consultado em 26 de outubro de 2013 
  4. «Petecão, do PSD, e Márcio Bittar, do MDB, são eleitos senadores pelo Acre». G1. Globo 
  5. Stankevicius Bassi, Bruno (22 de março de 2019). «Nova Frente Parlamentar da Agropecuária reúne 257 deputados e senadores; com 25, PSL de Bolsonaro só fica atrás de PP e PSD». De Olho nos Ruralistas. Consultado em 7 de março de 2020 
  6. «Especial do UOL sobre as eleições de 2006: biografia de Márcio Bittar». Consultado em 26 de outubro de 2013 
  7. a b c «Biografia do(a) Deputado(a) Federal MARCIO BITTAR». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 10 de abril de 2022 
  8. a b «Biografia de Márcio Bittar no especial do G1 sobre as eleições de 2006». Consultado em 26 de outubro de 2013 
  9. Naquele ano foi reeleita Marina Silva (PT) e a segunda vaga ficou com Geraldo Mesquita Júnior (PSB).
  10. a b «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral: estado do Acre». Consultado em 26 de outubro de 2013 
  11. «Segundo turno Tião Viana X Márcio Bittar: Apuração dos votos e resultado das Eleições 2014 AC (Fonte: TSE) - UOL Eleições 2014». UOL Eleições 2014. Consultado em 27 de outubro de 2018 
  12. «Márcio Bittar faz as malas do PSDB e procura PMDB – Ac24Horas – Portal de notícias do Acre». www.ac24horas.com. Consultado em 27 de outubro de 2018 
  13. «Senadores e deputados federais/estaduais eleitos: Apuração e resultado das Eleições 2018 AC - UOL Eleições 2018». UOL Eleições 2018. Consultado em 27 de outubro de 2018 
  14. Perazzo, Valdir (15 de outubro de 2018). «Perazzo escreve: "Senador eleito Marcio Bittar: um liberal conservador"». ContilNet. Consultado em 7 de março de 2020 
  15. «Marcio Bittar». Política Coletiva. 7 de agosto de 2018. Consultado em 7 de março de 2020 
  16. Bittar, Marcio (23 de outubro de 2013). «Marcio Bittar: As raízes do Mal». PSDB - AC. Consultado em 7 de março de 2020 
  17. «MDB do Acre declara apoio a Jair Bolsonaro». agazeta.net. 9 de outubro de 2018. Consultado em 7 de março de 2020 
  18. Marcio Bittar on Facebook Watch (em inglês), consultado em 26 de junho de 2021 
  19. Soares, Olavo. «O que esperar do "novo" MDB no Congresso?». Gazeta do Povo. Consultado em 26 de junho de 2021 
  20. «PL quer tirar proteção integral da Serra do Divisor e reduzir quase 8 mil hectares de Resex no Acre». G1. Consultado em 29 de janeiro de 2020 
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