Marco Lucchesi

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Marco Lucchesi, 2014
Nascimento 9 de dezembro de 1963 (59 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Escritor
Magnum opus Clio

Marco Americo Lucchesi (Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1963) é um premiado poeta, escritor, romancista, ensaísta, tradutor, historiador e esperantista[1] brasileiro, sétimo ocupante da cadeira nº15 da Academia Brasileira de Letras (desde 2011).[2][3] É também professor titular da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Graduou-se em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e formou-se como Mestre e Doutor em Ciência da Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e como Pós-Doutor em Filosofia da Renascença pela Universidade de Colônia, na Alemanha. É professor de Literatura Comparada na UFRJ desde 1989, pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e professor visitante em diversas instituições internacionais.

Foi eleito em 7 de dezembro de 2017, o presidente mais jovem da Academia Brasileira de Letras (ABL) dos últimos setenta anos.

Seus livros foram traduzidos para o árabe, romeno, italiano, inglês, francês, alemão, espanhol, persa, russo, turco, polonês, hindi, sueco, húngaro, urdu, bangla e latim. Foi editor das revistas Poesia Sempre, Tempo Brasileiro (de 2007 a 2015 – vol. 171 a 203) e Mosaico Italiano (de 2005 a 2008 – ed. 21 a 52). Entre 2012 e 2017 foi diretor da fase VIII da Revista Brasileira da ABL, tendo coordenado a publicação dos números 70 a 93. É membro do conselho da Editora da UFRJ (2016-2020), assim como de várias revistas científicas e literárias no Brasil, na América Latina e na Europa. Tem sido consultor e preparou originais para as editoras, Record, Nova Fronteira, Nova Aguilar, José Olympio, Civilização Brasileira e Bem-Te-Vi. Foi também colunista do Jornal O Globo de 2010 a 2018.

Destacou-se também no setor de Coordenação Geral de Pesquisa e Editoração da Biblioteca Nacional, onde foi responsável pela edição de catálogos e fac-símiles no período entre 2006 e 2011. Foi curador de exposições da Biblioteca Nacional, como as que celebraram os cem anos da morte de dois escritores brasileiros: “Machado de Assis, cem anos de uma cartografia inacabada” (2008), e “Uma poética do espaço brasileiro, sobre Euclides da Cunha” (2009). Em 2010, foi o responsável pela grande exposição “Biblioteca Nacional 200 anos: uma defesa do infinito”.

Traduziu diversos autores, dentre os quais, publicados em livro, dois romances de Umberto Eco, a Ciência Nova, de Vico, os poemas do romance Doutor Jivago, obras de Guillevic, Primo Levi, Rumi, Hölderlin, Khliebnikov, Trakl, Juan de la Cruz, Francisco Quevedo, Angelus Silesius. Tendo conhecimento de mais de vinte idiomas, “criou inclusive uma língua artificial denominada “laputar”.[4]

Recebeu diversos prêmios, dentre os quais destacam-se o Prêmio Alceu Amoroso Lima, pelo conjunto da obra poética (2008), o prêmio Marin Sorescu, na Romênia (2006), e o Prêmio do Ministero dei Beni Culturali da Itália. Obteve por três vezes o Prêmio Jabuti e recebeu o título de Doutor Honoris Causa na Universidade de Tibiscus (Romênia, 2016).

Em janeiro de 2023, foi indicado pela Ministra da Cultura do terceiro governo Lula, Margareth Menezes, para presidir a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.[5][6]

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

Publicou, dentre outras obras:

  • Meridiano Celeste & Bestiário ( Prêmio Alphonsus de Guimaraens) (2006)
  • Domínios da Insônia: Novos Poemas Reunidos (2019)
  • "Clio"(2014). Segundo lugar do Prêmio Jabuti 2015
  • A memória de Ulisses (Prêmio João Fagundes de Meneses) (2006)
  • "Poesi" (1999). Prêmio Cliento (1999). Prêmio Binacchin 2000
  • O Bibliotecário do Imperador" (2013). Prêmio Machado de Assis da UBE, 2013. Finalista do Prêmio São Paulo 2011
  • O dom do crime (romance finalista do prêmio São Paulo e Prêmio Machado de Assis da UBE) (2010)
  • "O Canto da Unidade: Em Torno da Poética de Rûmî. [Tradução de Marco Lucchesi e Rafi Moussavi] (2007). Prêmio Mário Barata de Ensaio da UBE. Finalista do Prêmio Jabuti de Tradução 2008
  • Caminhos do Islã (2002). Indicação ao Prêmio Portugal Telecom 2003

Referências

  1. «Verda Stelo». O Globo. Consultado em 17 de junho de 2019 
  2. Jornal da Poesia. Marco Lucchesi (dados biográficos).
  3. Academia Brasileira de Letras ganha seu integrante mais jovem. Marco Lucchesi, de 47 anos, ocupará cadeira que já foi do poeta Olavo Bilac Arquivado em 7 de março de 2011, no Wayback Machine.. R7, 3 de março de 2011
  4. «Biografia». 16 de março de 2020. Consultado em 23 de junho de 2021 
  5. Brasil, Ubiratan (3 de janeiro de 2023). «Escritor e tradutor Marco Lucchesi vai presidir a Fundação Biblioteca Nacional». Estadão. Consultado em 3 de janeiro de 2023 
  6. Torres, Bolívar (3 de janeiro de 2023). «Marco Lucchesi será novo presidente da Biblioteca Nacional: 'A agenda política tem lugar para o sonho'». O Globo. Consultado em 3 de janeiro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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Fernando Bastos de Ávila
Olivenkranz.png ABL - sétimo acadêmico da cadeira 15
2011 — atualidade
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