Marco Peduceu Pláucio Quintílio

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Marco Peduceu Pláucio Quintílio ou Marco Peduceu Pláucio Quintilo (em latim: Marcus Peducaeus Plautius Quintillus; m. 205) foi um político romano da gente Pláucia aparentado por nascimento, adoção ou casamento aos imperadores da dinastia nerva-antonina. Através de seu casamento com Fadila, uma das filhas de Marco Aurélio e Faustina, Peduceu se tornou cunhado do futuro imperador Cômodo[1]. Depois do assassinato de Cômodo, em 192, caiu em desgraça com o novo imperador Sétimo Severo durante o ano dos cinco imperadores. Peduceu se matou depois de saber que havia sido condenado à morte pelo imperador.

Primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Pláucio era filho de Ceiônia Fábia, filha do césar Lúcio Élio, o primeiro herdeiro adotivo do imperador Adriano, morto antes de conseguir assumir o trono. Acredita-se que seu pai biológico era Pláucio Quintílio, cônsul em 159. Em algum momento o próprio Peduceu foi adotado como herdeiro do cônsul em 141, Marco Peduceu Estloga Priscino[2]. Através de seu pai adotivo ou de seus pais biológicos, Peduceu era descendente de algumas das mais importantes famílias romanas da época.

Época antonina[editar | editar código-fonte]

Quando Peduceu se casou com Fadila, ele se tornou genro de Marco Aurélio, cunhado de Cômodo e concunhado do do co-imperador Lúcio Vero, que era casado com Lucila, outra das filhas de Marco Aurélio. O casal teve dois filhos, um menino chamado Pláucio Quintílio e uma menina chamada Pláucia Servília. Em 177, Peduceu serviu como cônsul com Cômodo. Foi novamente cônsul com Cômodo já no reindo dele em data desconhecida entre 180 e 192. Sabe-se também que Peduceu foi áugure. Quando Marco Aurélio morreu, em 180, Cômodo ascendeu ao trono e Peduce se tornou um de seus principais conselheiros. Foi novamente cônsul, também com Cômodo como co-cônsul, em data desconhecida entre 180 e 192.

Ano dos cinco imperadores[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Ano dos cinco imperadores

Depois do assassinato de Cômodo em dezembro de 192, cinco postulantes ao cargo de imperador surgiram e travaram uma guerra civil. Quando Sétimo Severo, tendo vencido parte de seus adversários, marchou para Roma, Dídio Juliano propôs que o Senado e as virgens vestais fossem encontrar Severo no caminho como suplicantes, mas Peduceu interveio para impedir[3].

Com a ascensão da dinastia severa, Peduceu se retirou da vida pública e se mudou para sua villa. Apesar disto, ele foi alvo de um delator em 205 e acabou condenado à morte. Quando soube da ordem, ele próprio se matou. Suas últimas palavras teriam sido "Faço a mesma oração que Serviano fez para Adriano", ou seja, que Severo um dia iria desejar morrer, mas não conseguiria[3]. Não se sabe se Fadila ainda estava viva na época.

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Tito Pompônio Próculo Vitrásio Polião

com M. Flávio Áper II

Cômodo I
177

com Marco Peduceu Pláucio Quintílio

Sucedido por:
Sérvio Cornélio Cipião Salvidieno Orfito

com Décimo Vélio Rufo


Referências

  1. Anthony Richard Birley, Marcus Aurelius, revised edition (New York: Barnes & Noble, 1999), p. 182
  2. Olli Salomies, Adoptive and Polyonymous Nomenclature in the Roman Empire (Helsinki: Societas Scientiarum Fennica, 1992), p. 101
  3. a b Anthony Richard Birley, Septimius Severus: the African emperor, second edition (London: Routledge, 1999), p. 165

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Birley, Anthony Richard (1999). Septimius Severus: the African emperor (em inglês) 2ª ed. London: Routledge 
  • Birley, Anthony Richard (2000). Marcus Aurelius (em inglês). London: Routledge 
  • Bowman, Alan K.; Garnsey, Peter; Rathbone, Dominic (2000). The Cambridge ancient history (em inglês). 11 2ª ed. [S.l.: s.n.] 
  • Garzetti, Albino (1974). From Tiberius to the Antonines: a history of the Roman Empire AD 14-192 (em inglês). [S.l.: s.n.] 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]