Guilhermina Pena

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Guilhermina Pena
Guilhermina Pena
6.ª Primeira-dama do Brasil
Período 15 de novembro de 1906
até 14 de junho de 1909
Presidente Afonso Pena
Antecessor(a) Marieta Alves
Sucessor(a) Anita Peçanha
3.ª Segunda-dama do Brasil
Período 17 de junho de 1903
até 15 de novembro de 1906
Vice-presidente Afonso Pena
Antecessor(a) Amélia Pereira
Sucessor(a) Anita Peçanha
10.ª Primeira-dama de Minas Gerais
Período 14 de julho de 1892
até 7 de setembro de 1894
Governador Afonso Pena
Antecessor(a) Matilde Cerqueira
Sucessor(a) Adelaide Bias Fortes
Dados pessoais
Nome completo Maria Guilhermina de Oliveira Pena
Nascimento 21 de junho de 1857
Barbacena, Minas Gerais
Morte 14 de julho de 1929 (72 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade Brasileira
Cônjuge Afonso Pena (c. 1875; v. 1909)
Filhos(as) 12

Maria Guilhermina de Oliveira Penna (Barbacena, 21 de junho de 1857Rio de Janeiro, 14 de julho de 1929) foi a esposa do 6.º Presidente do Brasil, Afonso Pena e a primeira-dama do país de 1906 a 1909. Foi segunda-dama brasileira de 1903 a 1906 e também primeira-dama de Minas Gerais entre 1892 a 1894. Entre seus filhos está Afonso Pena Júnior, ex-ministro da Justiça e membro da Academia Brasileira de Letras.[1][2]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Família[editar | editar código-fonte]

Nascida em Barbacena, no interior de Minas Gerais, era filha do comendador João Fernandes de Oliveira Penna (1794–1895) e de Guilhermina Teodolina Augusta da Silva Canedo (1814–1868). Oriunda de uma prole com onze filhos, foi a sétima entre os irmãos que incluíam, Belisario Augusto, visconde de Carandaí. Foi descendente de Mariano José Pereira da Fonseca, Marquês de Maricá.[1]

Casamento[editar | editar código-fonte]

Maria Guilhermina casou-se com Afonso Augusto Moreira Pena em 23 de janeiro de 1875. Tiveram doze filhos:

  1. Maria da Conceição, nascida em 10 de dezembro de 1875 e falecida em 10 de setembro de 1966;
  2. Maria Guilhermina, nascida em 25 de junho de 1878 e falecida em data desconhecida;
  3. Affonso Júnior, nascido em 25 de dezembro de 1879 e falecido em 12 de abril de 1968;
  4. Álvaro Augusto, nascido em 24 de maio de 1881 e falecido em 29 de outubro de 1908;
  5. Salvador, nascido em 11 de agosto de 1882 e falecido em 23 de junho de 1935;
  6. Alexandre, nascido em 5 de novembro de 1884 e falecido em 24 de fevereiro de 1958;
  7. Otávio, nascido em 17 de agosto de 1887 e falecido em 21 de julho de 1961;
  8. Regina Alexandre, nascida em 16 de março de 1889 e falecida em data desconhecida;
  9. Dora, nascida em 2 de outubro de 1890 e falecida em data desconhecida;
  10. Albertina, nascida em 1891 e falecida em data desconhecida;
  11. Manuel, nascido em 1892 e falecida em data desconhecida;
  12. Olga, nascida em 1894 e falecida em 26 de setembro de 1948.

Cartas de amor[editar | editar código-fonte]

As cartas de amor que Afonso Pena enviava à esposa revelam que o casamento era feliz:[3]

Minha adorada Mariquinhas

Passa hoje o teu aniversário e eu me acho separado de ti por distância superior a 850 léguas. Não! Não é possível! Onde quer que eu esteja, qualquer que seja a distância material que nos separe, meu coração, toda a minha alma está e estará sempre junto de ti, a esposa amiga e declarada, a companheira adorada que Deus me concedeu, na sua infinita bondade, para fazer a felicidade de minha vida! Amo-te hoje como no dia em que recebi junto ao altar! Que sacrifício estou fazendo, Santo Deus! Longe de ti e dos filhos, e fazendo-te também sofrer! Tu, inocente, sacrificada pela carreira que adotei! Perdoa-me querida e adorada esposa, atendendo à pureza de minhas intenções, ao patriótico intuito que me inspirou.

[...] Sim! A Deus devemos infinitas graças pela bênção que concedeu a nossa união. É a primeira vez que consigo escrever a bordo, estando o vapor em alto-mar, e para ti vai o meu coração, todo o meu ser.

Beijo e abençoo os filhos. Receba mil beijos do teu, todo teu Negrão.

Primeira-dama do Brasil[editar | editar código-fonte]

Em 15 de novembro de 1906, Maria Guilhermina se tornou a nova moradora do Palácio do Catete como primeira-dama do Brasil, em meio a posse do marido como Presidente da República.[4]

As antecessoras de Maria Guilhermina, como primeiras-damas do país, foram duas filhas de Rodrigues Alves, Catita (até 1904) e Marieta, porque ele já era viúvo durante seu mandato.

Morte[editar | editar código-fonte]

Maria Guilhermina perdeu seu filho Álvaro em 1908.[5] A morte do filho agravou a pneumonia acometida pelo presidente, resultando no falecimento de Afonso Pena em 1909.[1] Viúva, faleceu em 14 de julho de 1929, aos setenta e dois anos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Afonso Pena | Atlas Histórico do Brasil - FGV». atlas.fgv.br. Consultado em 13 de junho de 2019 
  2. «Afonso Pena Júnior». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 13 de junho de 2019 
  3. «Carta de Afonso Pena». Consultado em 29 de junho de 2008. Arquivado do original em 29 de setembro de 2004 
  4. PORTO, Walter Costa, O voto no Brasil,e mesmo assim com todos a sua volta Topbooks, 2002
  5. williarts (11 de junho de 2019). «14 de Junho de 1909 - Morre Afonso Pena». iFolha. Consultado em 8 de janeiro de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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18921894
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