Maria Teresa (comediante)

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Maria Teresa
Nome completo Teresa Bispo Palazoli
Outros nomes Teresa Palazoli Fróes
Nascimento 13 de março de 1936
Cabreúva, São Paulo
Nacionalidade brasileira
Morte 14 de agosto de 1999 (63 anos)
São Paulo, São Paulo
Causa da morte Edema pulmonar agudo, insuficiência cardíaca
Ocupação atriz e humorista
Atividade 1955-1995
Cônjuge Luis Roberto Fróes

Maria Teresa, nome artístico de Teresa Palazoli Fróes (Cabreúva, 13 de março de 1936São Paulo, 14 de agosto de 1999), foi uma atriz e comediante brasileira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Descendente de imigrantes italianos pelo lado paterno, Maria Teresa iniciou a carreira artística em 1951 na Rádio São Paulo atuando em radionovelas. Na mesma rádio iniciou sua carreira na comédia.[1] Chegou a ganhar o Troféu Roquette Pinto em 1956 como melhor atriz de rádio daquele ano. Em 1957 se transfere para a Rádio Record, que também pertencia as Emissoras Unidas.

Sua carreira começou quando participou de radionovelas e passou por quase todas as redes nacionais de televisão do Brasil, em que apresentou e participou de vários programas. Foi contratada pela TV Excelsior, na qual estreou um programa próprio, Maria Teresa Show. Fez muito sucesso interpretando a personagem "Marieta" em dupla com Murilo Amorim Correa, o "Vittorio", tendo gravado sete LPs com histórias deste casal de italianos. Maria Teresa foi a comediante feminina que mais venceu prêmios, tendo ganho vários Troféu Imprensa e prêmios Roquete Pinto, o mais importante prêmio da TV brasileira na década de 60.

Na década de 1980, interpretou a personagem "Mãe Mundinha", famosa pelo bordão "Quem furunfou, furunfou, quem não furunfou, não furunfa mais", pelo qual ganhou o Troféu Imprensa de 1982. Naquele mesmo ano, Sílvio Santos gravou uma música de carnaval utilizando o bordão de Mãe Mundinha como refrão. Em 1963 casou-se com o radialista Luís Roberto Fróes.[2]

Na década de 1970 foi várias vezes censurada e impedida de trabalhar pela ditadura militar, devido às críticas sociais de alguns de suas várias personagens, como o engraxate "Zé Galinha". Outra personagem que merece destaque é a velha "Teresoca", que interpretou em parceria com Adoniran Barbosa, o "Charutinho", no programa de rádio "História das Malocas", campeão de audiência da rádio Record na década de 50, e que produziu um LP com a dupla.

Sua carreira de sucesso foi coroada em 1992, quando chegou a ter um programa especial no SBT, chamado Maria Teresa Especial, em que além de Vamércia, a fofoqueira, ela interpretou suas outras personagens famosas como Mãe Mundinha, a velha Teresoca, a italiana Marietta esposa de Vittorio, Tártara, Zé Galinha, entre outras.[3]

Teve um quadro fixo no programa A Praça É Nossa entre maio de 1987 e julho de 1995 interpretando a fofoqueira Dona Vamércia, com seu inconfundível bordão "Minha boca é um túmbalo!". A personagem foi criada na década de 1950 por Maria na TV Record e foi novamente revivida no SBT. Vamércia ficava à janela da Praça e fazia fofocas dos personagens e convidados.[4] Ela trabalhou na Praça até 1995 quando teve de se afastar por problemas de saúde.[3] Outra personagem que interpretava era Lady Grace Benedita, uma cantora que fingia falar inglês e só enrolava, proferindo palavras sem sentido em inglês, misturando com o português.

Trabalhos[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Título Emissora
1958-1959 Histórias da Maloca [5] RecordTV
1961 Grande Show União
1961 O Riso é o Limite TV Rio
1963 Maria Teresa Show TV Excelsior
1963 São Paulo Se Diverte[6]
1967 Praça da Alegria RecordTV
1970 Café Sem Concerto Rede Tupi
1971-72 Central do Riso
1972-1973 Bronco Total RecordTV
1974 Agência Lig-Pag Rede Tupi
1975 Domingo é Dia de Show
1975 Alegríssimo
1976 Bacará 76 TVS RJ
1978 Risotheque Rede Tupi
1981 Reapertura SBT
1982 Pensão da Inocência[7]
1983 Show Riso
1983 Feira do Riso
1987-1995 A Praça É Nossa[8]
1993 Maria Teresa Especial

Morte[editar | editar código-fonte]

Maria Teresa ficou internada no Hospital São Camilo se recuperando de um infarto, recebeu alta médica e estava sob cuidados médicos quando teve complicações provocadas por um edema pulmonar agudo. Morreu no dia 14 de agosto de 1999.[1][9] Maria Teresa tinha doença de Parkinson.[3]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 1983 - Troféu Imprensa (venceu)
  • 1984 - Troféu Imprensa (venceu)
  • 1989 - Troféu Imprensa (venceu) [10]

Referências

  1. a b «Morre Maria Teresa, de "A Praça É Nossa"». Folha de São Paulo. 16 de agosto de 1999 
  2. RCPN São Caetano do Sul (28 de janeiro de 1963). «Talão de registro de casamento». Consultado em 30 de março de 2021 
  3. a b c Castro, Thell de (6 de março de 2021). «Em 1999, Brasil perdeu três grandes humoristas em menos de dois meses». TV História. Consultado em 12 de março de 2022 
  4. «Lembra deles? 10 personagens inesquecíveis dos 30 anos de "A Praça É Nossa"». Uol. 7 de maio de 2017. Consultado em 16 de março de 2022 
  5. «HISTORIA DAS MALOCAS». Museu da TV, Rádio & Cinema. Consultado em 10 de agosto de 2022 
  6. «Folhapress - Fotos - Os humoristas Pagano Sobrinho e Maria». folhapress.folha.com.br. Consultado em 25 de junho de 2021 
  7. «pensao-da-inocencia» 
  8. «istoegente» 
  9. «Maria Teresa Fróes morre em SP». Folha de Londrina. 13 de agosto de 1999. Consultado em 12 de março de 2022 
  10. «Maria Teresa Fróes, comediante que fazia o papel da fofoqueira Vamércia no programa A Praça é Nossa, do SBT». Consultado em 24 de maio de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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