Maria do Carmo Barreto Campello

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maria do Carmo Barreto Campello
Maria do Carmo Barreto Campello
Maria do Carmo Barreto Campello, foto de Wellington de Melo.
Nome completo Maria do Carmo Barreto Campello de Melo
Nascimento 21 de julho de 1924
Recife
Morte 23 de julho de 2008 (84 anos)
Recife
Nacionalidade Brasil Brasileira
Cônjuge José Otávio de Melo (8 filhos)
Ocupação Poetisa
Principais trabalhos Música do silêncio (1970)
Prémios Prêmio Literário Othon Bezerra de Mello (1970)
Página oficial
www.mariadocarmobcm.com.br

Maria do Carmo Barreto Campello de Melo (Recife, 21 de julho de 1924 - Recife, 23 de julho de 2008), foi uma poetisa brasileira. Figura entre as mais importantes poetisas pernambucanas contemporâneas.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

A jovem Maria do Carmo.

Passou a infância no engenho da Torre, cujo terreno deu origem ao atual bairro da Torre, no Recife. Filha do jurista e professor Francisco Barreto Campelo e de Lilia Araújo Barreto Campello.[1]

Bacharel em Letras Clássicas e Licenciada em Didática de Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Recife, e pós-graduada com os Cursos de Especialização e de Aperfeiçoamento em Literatura e Língua Portuguesa, pela UFPE.

Na década de 1960 trabalhou no Jornal do Commercio, onde era responsável por uma coluna de página inteira, intitulada “Nossa Página”, dedicada à arte e a temas gerais. Foi professora de Língua Portuguesa e Língua Latina e funcionária da antiga Sudene, onde se aposentou.

Integrou a Academia Pernambucana de Letras, onde ocupou a cadeira nº 29, que tem como patrono Padre Gomes Pacheco, e acadêmica emérita da Academia Pernambucana de Artes e Letras.[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

Tem 14 obras publicadas, agrupadas em 12 volumes.[1]

  • Música do Silêncio - 1º Momento: Os Símbolos; 2º Momento: Os Sobreviventes (1968);
  • Música do Silêncio - 3º Momento: Ciclo da Solidão (1971);
  • Música do Silêncio - 4º Momento: O Tempo Reinventado (1972);
  • VerdeVida: O Tempo Simultâneo; Música do Silêncio - 5º Momento: As Circunstâncias (1976);
  • Ser em Trânsito (1979);
  • Miradouro (1982);
  • Partitura Sem Som (1983);
  • De Adeus e Borboletas (1985);
  • Retrato Abstrato (1990);
  • Solidão Compartilhada (1994);
  • Visitação da Vida (2000);
  • A Consoada (2003);
  • Sempre poesia - obras completas (2009)

além de participar em diversas coletâneas.

A qualidade de sua poesia mostra-se estável desde sua primeira publicação. Um motivo que certamente é responsável por essa característica é que sua estréia literária deu-se quando sua personalidade, assim como sua personalidade artística encontravam-se já plenamente desenvolvidas, de modo que em sua obra não há oscilações qualitativas.

Sua poesia não segue padrões métricos. Seu verso é livre e a sonoridade é o fator determinante na composição. Seu método de composição não envolve um trabalho literário sobre um tema determinado, como compunha João Cabral de Melo Neto, por exemplo; antes, seus poemas surgem de uma profunda inspiração e em geral já lhe chegam à mente prontos, sendo submetidos apenas a pequenos tratamentos literários. Essa forma encarar a composição poética assemelha-se à dos gregos antigos, que viam a poesia como um dom das Musas; segundo a autora, a inspiração é um dom do Espírito Santo.

A religiosidade católica é um dos principais temas na poesia de Maria do Carmo. Outros temas recorrentes são o “Eu”, o silêncio, a solidão, o amor conjugal e maternal, a família e os vegetais, em especial o flamboyant. Maria do Carmo Barreto Campello de Melo faleceu no dia 23 de julho de 2008, após sofrer um derrame cerebral e permancer internada por sete dias no Hospital Memorial São José

Projeto "Arte e Vida"[editar | editar código-fonte]

Participou do “Projeto Arte e Vida” como Coordenadora de Literatura.

Esse projeto tem como objetivo tirar crianças e adolescentes da convivência com a violência e o tráfico de drogas por meio da arte e da valorização da autoestima e atua em três das mais violentas comunidades do Recife: a favela Coque, a favela de Santo Amaro e a favela do Pilar.

O projeto auxilia meninos e meninas com idade entre 7 e 17 anos, que recebem aulas de reforço, teatro, literatura, música, dança e artes plásticas.

Referências

  1. a b c d «A poesia plural de Maria do Carmo Barreto Campello de Melo». Domingo com Poesia. Consultado em 16 de maio de 2023 
  2. «Maria do Carmo Barreto Campello de Melo». Wellington de Melo. Consultado em 16 de maio de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]