Martinho de Barros

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Frei Martinho de Barros C.O.[1] foi um clérigo português, e confessor de D. João V de Portugal.

Martinho de Barros tinha fama de ter um apetite sexual insaciável, e um pénis de dimensões colossais; tal levou a que Caetano José da Silva Souto-Maior, conhecido como "o Camões do Rossio" tivesse composto o "poema épico-obsceno" intitulado Martinhada, uma série de versos eróticos com forte componente satírico e cómico nos quais alude às hiperbólicas virtudes sexuais do clérigo.[2]

Diz-se que Martinho de Barros repreendera uma vez o rei no confessionário pelas duas frequentes infidelidades conjugais. O rei, porque conhecia a vida do padre, maquinou uma vingança: mandou que, a todas as refeições, servissem apenas galinha ao seu confessor. Quando o padre protestou, D. João V ter-se-á limitado a responder "Nem sempre galinha, nem sempre rainha…".[3]

Em 1731, segundo o diário do Conde da Ericeira, foram furtados vários objectos do Paço da Ribeira, dentre os quais um castiçal, pelo que se terá mandado fechar a porta da escada interior que dava acesso à Patriarcal, tendo Martinho de Barros ficado encarregue de distribuir nove chaves.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Sousa, António Caetano de (1747). Historia genealogica da Casa Real Portugueza (Tomo XII, Parte I). [S.l.]: Regia Officina Sylviana. p. 302 
  2. Souto-Maior, Caetano José da Silva (1849). Martinhada: poema epico-obsceno, dedicado ao R.mo P.e M.e Martinho de Barros. [S.l.]: Typ. dos Amores 
  3. Pimentel, Alberto (2009). As Amantes de D. João V. [S.l.]: Bonecos Rebeldes. ISBN 9789898137296 
  4. Brazão, Eduardo. «Diário do 4.º conde da Ericeira, D. Francisco Xavier de Menezes (1731-1733)». Biblos Revista da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. XVII: Tomos I (1941), págs. 109-115; e Tomo II (1941), págs. 567-572. Consultado em 6 de Julho de 2017 
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