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Martinho de Melo e Castro

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Martinho de Melo e Castro
Martinho de Melo e Castro
Primeiro-Ministro
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal
Período9 de dezembro de 1785 a 1 de abril de 1786
Antecessor(a)Aires de Sá e Melo
Sucessor(a)Tomás Xavier de Lima
Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar do Reino de Portugal
Período1770 a 1795
Antecessor(a)Francisco Xavier de Mendonça Furtado
Sucessor(a)Rodrigo de Sousa Coutinho
Dados pessoais
Nascimento11 de janeiro de 1716
Lisboa, Portugal
Morte24 de março de 1795 (79 anos)
ProfissãoPolítico

Martinho de Melo e Castro (Lisboa, 11 de janeiro de 171624 de março de 1795)[1][2], frequentemente designado apenas por Martinho de Melo, foi um diplomata e político português que desempenhou cargos de grande relevo nos reinados de D. José I e de D. Maria I e que se notabilizou como reformador do sistema colonial português quando exerceu as funções de secretário de Estado da Marinha e do Ultramar entre 1770 e 1795.[3] Foi primeiro-ministro da Rainha D. Maria I.

Melo e Castro passou algum tempo no Reino Unido como enviado extraordinário entre 1756 e 1762. Regressou a Londres como plenipotenciário entre 1764 até 19 de dezembro de 1769.[4]

Foi filho de Francisco de Melo e Castro e de Maria Joaquina Xavier da Silva, e pai de Manoel Bernardo de Melo Castro.

Seu filho viajou para o Brasil entre os anos de 1754 e 1756 na comitiva de Mendonça Furtado, que fora enviado por Marquês de Pombal, para ser o vice-Rei do Grão-Pará e Maranhão.

Martinho de Melo e Castro integrou a comitiva e foi enviado para unificar a "vila" no atual estado do Amapá. Nessa missão, criou a Vila de São José de Macapá, sendo o seu primeiro administrador, então designado governador. Na vila, atual cidade de Macapá, foi o construtor da Igreja Matriz.

Como Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar do Reino de Portugal, Martinho de Melo e Castro teve um papel decisivo na política colonial do Império Português entre a sua nomeação e morte, 25 anos no cargo.[5] Indo na direção contrária do Marquês de Pombal, Melo e Castro preferiu uma política com relação ao Brasil mais rígida e alinhada com princípios mercantilistas.[6]

Exemplares dessa linha são o Alvará de 1785, passado sob a sua gestão com o objetivo de reduzir o número de manufaturas no Brasil em prol da agricultura, mineração e outras atividades primárias,[7] e as suas instruções frustradas pela rainha D. Maria I para o Marquês de Barbacena de cobrar impreterivelmente cobrar a Derrama, instrumento fiscal que acabaria sendo o ponto contencioso central da Inconfidência Mineira.[8]

Referências

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  1. Maxwell, Kenneth (2004). Conflicts and Conspiracies: Brazil and Portugal, 1750-1808 (em inglês). [S.l.]: Routledge. p. 423 
  2. de Melo e Castro, Afonso Moreira Semblano (2020). Martinho de Melo e Castro. [S.l.: s.n.] p. 33 
  3. http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1307545317_ARQUIVO_Anpuh-ErikaDias-MartinhodeMeloeCastroeacompanhiapombalina.pdf
  4. «Representação de Portugal no Reino Unido - Titulares». idi.mne.pt. Consultado em 2 de julho de 2025. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2016 
  5. FIGUEIREDO, Lucas (2018). O Tiradentes. Uma biografia de Joaquim José da Silva Xavier. São Paulo: Companhia das Letras. pp. 71–73. ISBN 978-85-359-3136-5 
  6. MAXWELL, Kenneth (2004). Conflicts and Conspiracies: Brazil and Portugal, 1750-1808. Londres e Nova Iorque: Routledge. p. 159. ISBN 0-415-94989-0 
  7. MAXWELL, Kenneth (2004). Conflicts and Conspiracies: Brazil and Portugal, 1750-1808. Londres e Nova Iorque: Routledge. pp. 66–67. ISBN 0-415-94989-0 
  8. FIGUEIREDO, Lucas (2018). O Tiradentes. Uma biografia de José Joaquim da Silva Xavier. São Paulo: Companhia das Letras. pp. 174–176. ISBN 978-85-359-3136-5 

Precedido por
Aires de Sá e Melo

Primeiro-Ministro
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal

1785—1786
Sucedido por
Tomás Xavier Teles da Silva
Precedido por
Francisco Xavier de Mendonça Furtado

Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar do Reino de Portugal

1770—1795
Sucedido por
Rodrigo de Souza Coutinho
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