Marufe de Carca

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Santo Marufe de Carca
Marufe de Carca
Uma miniatura de Marufe de Carca
Místico, Pregador
Nascimento c. 750-60
Bagdá
Morte c. 815-20
Festa litúrgica (não consta)
Portal dos Santos

Marufe de Carca (em persa: معروف کرخی; romaniz.:Maruf Karkhi), também conhecido por seu nome completo Abu Mafuz Marufe ibne Firuz de Carca (Abu Mahfuz Maruf Ibn Firuz al-Karkhi), foi um santo sufi que é uma figura essencial no sufismo. Veio de um passado cristão[1] e a história de sua conversão para o islamismo é uma das mais famosas na tradição islâmica.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Marufe nasceu no distrito de Uacite ou Carca em Bagdá. O nome de seu pai era Firuz, o que sugere que ele era de origem persa.[2] Sua religião original é frequentemente compreendida como tendo sido cristã, o que pode significar que o pregador e místico armênio islâmico, Farqad Sabakhi, pode ter orientado Marufe.[3] Attar narra em seu Memorial dos Santos que Marufe se converteu ao Islã em tenra idade nas mãos de Ali ibne Muça, depois de rejeitar todas as formas de politeísmo. A tradição reconta que ele imediatamente foi e contou a seu pai e sua mãe, que se regozijaram com sua decisão e se tornaram eles mesmos muçulmanos. Depois de aceitar o Islã, Marufe se tornou um estudante de Daúde Tai, e se submeteu a um severo julgamento de seu discipulado. Marufe, entretanto, permaneceu firme e provou a si mesmo tão devotadamente, que sua retidão se tornou localmente famosa.

Tradição sufi[editar | editar código-fonte]

No sufismo, aqueles da ordem de Marufi são aqueles conectados a Marufe. Marufe deste modo forma um penúltimo vínculo no que é conhecido como a Cadeia Dourada (silsilah) do Sufismo, a linha de iniciação que forma uma cadeia ininterrupta com Maomé. Marufe, sendo um escravo liberto e discípulo de Ali ibne Muça, deu forma à parte dessa linhagem, enquanto ao mesmo tempo mantinha as instruções de seu mestre Daúde Tai e deste modo sendo também seu sucessor. Os sufis veneram Marufe em alto grau devido as múltiplas cadeias espirituais que se entrelaçam em suas instruções.[4]

Referências

  1. Memorial of the Saints, Attar, Maruf al-Karkhi, pg. 161
  2. Cyril Glasse, "The New Encyclopedia of Islam", Published by Rowman & Littlefield, 2008
  3. Historical dictionary of Sufism By John Renard, pg. 87
  4. What is Sufism?, M. Lings, pg. 120, Suhail Academy Publishing
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