Mary Rose
Mary Rose | |
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Os restos do Mary Rose em Portsmouth | |
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Operador | Marinha Real Inglesa |
Batimento de quilha | 1510 |
Lançamento | julho de 1511 |
Comissionamento | 1512 |
Porto de registro | Portsmouth, Inglaterra |
Estado | Navio-museu |
Destino | Afundou em 1545 Resgatado em 1982 |
Características gerais | |
Tipo de navio | Navio de guerra carraca |
Tonelagem | 500 t (700–800 t depois de 1536) |
Propulsão | Velas |
Armamento | 78–91 canhões |
O Mary Rose é o único sobrevivente dos navios de guerra Tudor do século XVI, e encontra-se em exposição no Portsmouth Historic Dockyard, depois de 437 anos no fundo do Solent.
Descoberto em 1965 por Alexander McKee, foi trazido à superfície em 1982.
Histórico[editar | editar código-fonte]
Construído entre 1509 e 1511, foi um dos primeiros navios desenhados de origem para disparem artilharia pelos costados (bordadas). Mas o Mary Rose marca também o abandono da construção naval em casco trincado, e a adopção do tabuado liso, mais adequado à instalação das portinholas que garantiam a estanquicidade do casco.[1]
O Mary Rose foi alvo de duas grandes reformas, uma em Portsmouth em 1527-28, e outra no Tâmisa por volta de 1536; suspeita-se que durante esta última foram adicionadas 700 t ao navio.
Após uma longa e bem sucedida carreira, o Mary Rose afundou-se acidentalmente durante um recontro com a frota francesa em 1545.
Depois de uma redescoberta acidental, em 1836, em que foi recuperada parte do seu armamento, o navio voltaria a desaparecer durante cerca de 140 anos. Até que voltou a ser localizado, em 1979, dando origem a uma das maiores operações de arqueologia marinha da história.
Em 1982, a parte do casco (cerca de 40%) que sobreviveu ao naufrágio e ao desgaste dos elementos foi devolvida à superfície, juntamente com mais de 19 mil artefactos. O casco encontra-se hoje em exibição na doca histórica de Portsmouth, onde tinha sido construído, permitindo aos visitantes uma visão incomparável de um dos primeiros verdadeiros navios de guerra do mundo e o último, entre os que foram construídos durante a dinastia Tudor, a chegar até aos dias de hoje.
Os objetos recuperados, bem como os restos mortais da tripulação que foram recuperados, estão à guarda do Museu Mary Rose, aberto em 2013, na mesma cidade
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Richard Barker, Brad Loewen and Christopher Dobbs, "Hull Design of the Mary Rose" in Marsden (2009), p. 36.