Maurício de Tebas
São Maurício | |
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São Maurício num ícone copta | |
Nascimento | no Século III Egito |
Morte | aproximadamente 22 de setembro de 286 Agauno, hoje Saint-Maurice, Cantão de Valais, Suíça |
Veneração por | Toda a Cristandade |
Festa litúrgica | 22 de setembro[1] |
Padroeiro | exércitos, tecelões, Áustria, Piemonte |
Portal dos Santos |
São Maurício foi um capitão na Legião Tebana, uma unidade lendária do exército romano que fora recrutada no Alto Egito, na cidade de Tebas, e era composta inteiramente de cristãos.
Vida e obras
[editar | editar código-fonte]Durante a insurreição da Gália, principalmente contra os bagaudas, por volta do ano 286,[2] Maximiano marchou com a Legião Tebana sendo uma parte do seu exército.
Depois da revolta ter sido suprimida, e no seu retorno para Agauno (agora Saint-Maurice-en-Valais) na Suíça, Maximiano deu ordem para que todo exército fizesse sacrifícios aos deuses romanos em agradecimento ao sucesso da campanha. Como parte da celebração, o imperador também ordenou a execução de vários prisioneiros cristãos. A Legião Tebana recusou-se a obedecer a ordem e se retirou dos ritos, deixando o acampamento e se distanciando bem longe do resto do exército para não ser impelida ao que eles viam como terrorismo contra suas crenças.
Maximiano repetidamente ordenou que a Legião Tebana obedecesse suas ordens, e quando eles continuaram recusando, ele ordenou que a unidade fosse "dizimada", uma prática na qual um de cada dez homens era morto.
A Legião, contudo, não se abalou, apesar das ameaças de uma segunda dizimação, que foi executada. O imperador disse aos remanescentes que seriam todos mortos, mas seu capitão, Maurício, inspirou neles o exemplo dos soldados já martirizados, e lhes falou que a todos eles estava assegurado um lugar no Céu. Todos foram decapitados por outros soldados, sem resistência. Maximiano chegou a ponto de levar as execuções até mesmo contra os membros da Legião Tebana estacionada em outro lugar no Império da Gália, incluindo a própria Roma.
Devoção
[editar | editar código-fonte]São Maurício é um dos santos mais populares da Europa ocidental. Há mais de 650 lugares sagrados que levam seu nome na França. Mais de setenta cidades levam o nome dele.
Na Idade Média são Maurício foi o santo protetor de várias dinastias da Europa e depois dos santos imperadores romanos, muitos dos quais foram ungidos diante do altar de São Maurício na Basílica de São Pedro, em Roma.
O rei Sigismundo da Borgonha doou terra para um mosteiro em honra dele, em 515.
Henrique I da Germânia (919-936) cedeu a província suíça de Aargau em troca da Lança dos Santos; e a relíquia sagrada, a Espada de São Maurício, foi usada pela última vez na coroação do Imperador Carlos da Áustria como rei da Hungria, em 1916.
No Brasil, é considerado o padroeiro das Escolas Militares e da União Católica dos Militares.[3]
Patrono em
[editar | editar código-fonte]Imagens de São Maurício
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Estátua do séc. XIII da Catedral de Magdeburgo.
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Escultura barroca do séc. XVIII na Coluna da Santíssima Trindade em Olomouc, então do Império Austro-Húngaro, hoje da Rep. Checa.
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"Martírio de São Maurício" de El Greco, 1580-82.
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"Martírio de São Maurício" de Romulo Cincinato, 1583. Óleo sobre tela, 540 x 288 cm, Mosteiro de San Lorenzo, El Escorial, Espanha. Cincinnato deu ênfase à cena da execução.
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Jean Hey. "Retrado de Francisco de Chateaubriand apresentado por S. Maurício, c. 1500". Pintura sobre madeira. Glasgow Museums and Art Galleries, Glasgow, Escócia.
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S. Maurício no brasão de Coburg.
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Estátua de S. Maurício no Colégio Militar do Rio de Janeiro, Brasil.
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Maurício com uma mulher chorando, detalhe dos vitrais dos martires de Józef Mehoffer, na catedral de Friburgo, Suíça
Referências
- ↑ «Capitão Maurício-Patrono da CME». CME. 9 de fevereiro de 2011. Consultado em 9 de fevereiro de 2011
- ↑ S. Maurício e companheiros (soldados romanos), mártires, séc. III, evangelhoquotidiano.org
- ↑ Diretório Litúrgico do Ordinariado Militar do Brasil