Meningioma

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Meningioma
Meningioma
TAC com contraste do cérebro em que se observa um meningioma
Especialidade Neurocirurgia
Sintomas Nenhuns, crises epilépticas, demência, problemas de fala, problemas de visão, fraqueza unilateral[1]
Início habitual Idade adulta[2]
Tipos Grau I, II, III[2]
Fatores de risco Radiação ionizante, antecedentes familiares[3]
Método de diagnóstico Imagiologia médica[1]
Condições semelhantes Hemangiopericitoma, linfoma, schwannoma, tumor fibroso solitário, metástases[4]
Tratamento Observação, cirurgia, radioterapia[1]
Medicação Anticonvulsivos, corticosteroides[1]
Prognóstico Sobrevivência a 10 anos após remoção completa: 95%[5]
Frequência c. 1 em 1000 (EUA)[3]
Classificação e recursos externos
CID-10 D32.9
CID-9 239.7
CID-ICD-O 9530/0, 953
CID-11 412704135
OMIM 607174
DiseasesDB 8008
eMedicine 341624
MeSH D008579
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Meningioma é um tumor geralmente de crescimento lento que se forma nas meninges, as membranas que envolvem o cérebro e medula espinal.[2] Os sintomas dependem da localização e são o resultado da pressão do tumor nos tecidos adjacentes.[3][6] Em muitos casos o tumor nunca chega a manifestar sintomas.[1] Em alguns casos podem ocorrer crises epilépticas, status epilepticus[7], demência, problemas de fala, problemas de visão, fraqueza de um dos lados do corpo ou incontinência urinária.[1]

Entre os fatores de risco estão a exposição a radiação ionizante, como a radioterapia, antecedentes familiares da doença e neurofibromatose do tipo II.[1][3] À data de 2014 não aparentava existir qualquer relação com o uso de telemóveis.[6] Os meningiomas aparentam ser capazes de se formar a partir de uma série de diferentes tipos de células, incluindo células aracnóides.[2][1] O diagnóstico é geralmente confirmado por exames imagiológicos,[1]

Nos casos em que não se manifestam sintomas, pode ser necessária apenas vigilância.[1] A maior parte dos casos que produzem sintomas podem ser curados com cirurgia.[2] Após cirurgia com remoção completa do tumor, o tumor recorre em menos de 20% dos casos.[1] Quando não é possível cirurgia ou o tumor não pode ser removido, pode ser considerada radiocirurgia.[1] A quimioterapia não tem demonstrado ser útil.[1] Uma pequena percentagem de casos é de crescimento rápido e está associado a prognósticos mais desfavoráveis.[2]

A condição afeta atualmente 1 em cada 1000 pessoas nos Estados Unidos.[3] O tumor geralmente forma-se em idade adulta.[2] Os tumores deste grupo representam cerca de 30% de todos os tumores cerebrais.[4] A condição afeta duas vezes mais mulheres do que homens.[3] As descrições médicas de meningiomas remontam a pelo menos 1614 pelo médico suiço Felix Plater.[8]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m Ferri, Fred F. (2017). Ferri's Clinical Advisor 2018 E-Book: 5 Books in 1 (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 809. ISBN 9780323529570. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
  2. a b c d e f g «Adult Central Nervous System Tumors Treatment». National Cancer Institute (em inglês). 26 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 28 de julho de 2017 
  3. a b c d e f Wiemels, J; Wrensch, M; Claus, EB (setembro de 2010). «Epidemiology and etiology of meningioma.». Journal of Neuro-Oncology. 99 (3): 307–14. PMC 2945461Acessível livremente. PMID 20821343. doi:10.1007/s11060-010-0386-3 
  4. a b Starr, CJ; Cha, S (26 de maio de 2017). «Meningioma mimics: five key imaging features to differentiate them from meningiomas.». Clinical Radiology. 72 (9): 722–728. PMID 28554578. doi:10.1016/j.crad.2017.05.002 
  5. Goodman, Catherine C.; Fuller, Kenda S. (2011). Pathology for the Physical Therapist Assistant – E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 192. ISBN 978-1437708936. Cópia arquivada em 10 de setembro de 2017 
  6. a b World Cancer Report 2014. [S.l.]: World Health Organization. 2014. pp. Chapter 5.16. ISBN 978-9283204299 
  7. Rissardo, JamirPitton; Caprara, AnaLetícia Fornari (2019). «Status epilepticus secondary to meningioma». Current Medical Issues (em inglês) (4). 152 páginas. ISSN 0973-4651. doi:10.4103/cmi.cmi_2_19. Consultado em 26 de outubro de 2021 
  8. Joung H. Lee (11 de dezembro de 2008). Meningiomas: Diagnosis, Treatment, and Outcome. [S.l.]: Springer Science & Business Media. pp. 3–13. ISBN 978-1-84628-784-8