Mirin

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Recipiente com mirin

Mirin (em japonês: ou みりん) é um condimento essencial da culinária japonesa, que tem uma consistência de 40 a 50% de açúcar.[1] É um tipo de vinho de arroz, semelhante ao saquê, porém com um teor alcoólico mais baixo - 14%,[2] em vez dos 20% típicos da célebre bebida. Existem três tipos gerais de mirin; o primeiro é o hon mirin (lit. "mirin verdadeiro"),[3] que contém álcool; o shio mirin, que contém álcool e 1,5% de sal,[1] para escapar dos impostos cobrados sobre o álcool, e o shin mirin (lit. "mirin novo"),[4] ou mirin-fu chomiryo (lit. "tempero à la mirin),[5] que contém menos de 1% de álcool embora conserve o mesmo sabor.

Durante o período Edo, o mirin era consumido como um saquê doce.[6] O otoso, bebido tradicionalmente no Shōgatsu, o Ano Novo japonês, pode ser feito ao se embeber uma mistura de especiarias no mirin.[7]

No estilo de Kansai, o mirin é fervido brevemente antes de ser usado, para que um pouco de seu álcool evapore, enquanto no estilo regional de Kanto ele é usado sem qualquer forma de tratamento. O mirin fervido é chamado de nikiri mirin (煮切り味醂),[8] literalmente "mirin inteiramente fervido." O mirin é utilizado para acrescentar um tom mais claro ao peixe grelhado ou para anular seu odor característico. Uma pequena quantidade de mirin frequentemente é usada no lugar de açúcar e molho de soja; seu sabor é muito forte, no entanto, e é sempre usado com parcimônia. Pode ser usado como acompanhamento para sushis, e no molho teriyaki.[5]

Na culinária japonesa, o mirin é conhecido por suas oito virtudes que o transformam em um item multiuso e indispensável na despensa: doçura, brilho, umami, cor, firmeza, aroma, harmonização de sabores, além de servir como neutralizador de odores.[1][9]

Referências

  1. a b «Diversified uses of Mirin». Taiwan News. Consultado em 7 de janeiro de 2009. Cópia arquivada em 6 de janeiro de 2009 
  2. Shimbo, Hiroko, Beitchman, Shimbo e Tsai, Ming (2000). The Japanese Kitchen: 250 Recipes in a Traditional Spirit. [S.l.]: Harvard Common Press. p. 75. ISBN 9781558321779. Consultado em 6 de janeiro de 2009 
  3. Yamaguchi, Roy, Namkoong, Joan e Caruso, Maren (2003). Hawaii Cooks: Flavors from Roy's Pacific Rim Kitchen. [S.l.]: Ten Speed Press. p. 19. ISBN 9781580084543. Consultado em 6 de janeiro de 2009 
  4. Telford, Anthony (2003). The Kitchen Hand: A Miscellany of Kitchen Wisdom. [S.l.]: Allen & Unwin. p. 153. Consultado em 6 de janeiro de 2009 
  5. a b Shimbo, Hiroko, Beitchman, Shimbo e Tsai, Ming (2000). The Japanese Kitchen: 250 Recipes in a Traditional Spirit. [S.l.]: Harvard Common Press. p. 77. ISBN 9781558321779. Consultado em 6 de janeiro de 2009 
  6. Chiba, Machiko; 千葉真知子; Whelehan, J. K.; Hamamura, Tae e Floyd, Elizabeth (2005). Japanese Dishes for Wine Lovers. [S.l.]: Kodansha International. 12 páginas. ISBN 9784770030030. Consultado em 6 de janeiro de 2009 
  7. Gauntner, John (31 de dezembro de 2001). «An o-tososan a year keeps the doc away». The Japan Times. Consultado em 7 de janeiro de 2009. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2009 
  8. Tsuji, Shizuo; Sutherland, Mary; Reichl, Ruth e Tsuji, Yoshiki (2007). Japanese Cooking: A Simple Art. [S.l.]: Kodansha International. p. 219. ISBN 9784770030498. Consultado em 7 de janeiro de 2009 
  9. Takahashi, Ayumi (28 de janeiro de 2013). «Mirin, o saquê de cozinha». Revista Hashitag. Editora JBC. Consultado em 7 de abril de 2016