Missão de paz das Nações Unidas

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As missões de manutenção da paz das Nações Unidas são missões efetuadas pelas Nações Unidas utilizando-se de tropas internacionais conhecidas como forças de manutenção da paz das Nações Unidas que normalmente auxiliam em países com graves conflitos internos. A primeira missão de manutenção da paz realizada ocorreu em 1948 e tinha como objetivo monitorar o cessar-fogo árabe-israelense, sendo a última instaurada em 2017 e tinha como objetivo auxiliar na restruturação da justiça do país Haiti.[1][2][3]

Forças de manutenção da paz das Nações Unidas[editar | editar código-fonte]

As forças de manutenção da paz das Nações Unidas são consideradas forças armadas com o objetivo de promover a paz, estas forças tem como integrantes membros de exércitos de diversas nações de confiança do conselho de segurança da ONU, assim trazendo uma grande diversidade estratégica e cultural para seus combatentes.[1]

Os objetivos das tropas podem variar, porém os principais motivos para mobilização de tropas para países estrangeiros são: o monitoramento cessar-fogo entre países, conflitos internos (como a mobilização para evitar a proliferação de milícias em países socialmente fragilizados) que dificilmente seriam resolvidos sem um auxílio externo, treinamento de policiais e forças de segurança do país que necessita do auxílio, auxilio na retirada de tropas de um certo país, entre outros...[3]

História das missões de paz[editar | editar código-fonte]

A Força Internacional controlada pela Liga das Nações no Sarre (1934–1935) pode ser "o primeiro exemplo verdadeiro de uma força internacional de observação da paz".[1] Antes de qualquer missão oficial de manutenção da paz, a ONU desempenhou um papel importante no conflito de Trieste após a Segunda Guerra Mundial. De 1947 a 1954, Trieste foi declarada uma cidade-estado independente sob a proteção das Nações Unidas como o Território Livre de Trieste. O território foi dividido em duas zonas, que mais tarde formaram a base para a divisão do território entre a Itália e a Iugoslávia. A ONU também autorizou duas nações a estacionar tropas no Território Livre, os EUA (Trieste United States Troops) e o Reino Unido (British Element Trieste Force) na zona norte e a Iugoslávia na zona sul.[1]

Em 1956, a ONU respondeu à crise de Suez com a Força de Emergência das Nações Unidas para supervisionar a retirada das forças invasoras. A Força de Emergência das Nações Unidas [4] como uma força de manutenção da paz foi inicialmente sugerida como um conceito pelo diplomata canadense e futuro primeiro-ministro canadense Lester Pearson como um meio de resolver conflitos entre estados. Ele sugeriu o envio de militares desarmados ou levemente armados de vários países, sob o comando da ONU, para áreas onde as partes em conflito precisavam de uma parte neutra para observar o processo de paz. Pearson recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1957 por seu trabalho no estabelecimento de operações de manutenção da paz da ONU. A UNEF foi a primeira operação oficial de manutenção da paz armada baseada nas ideias de Pearson.[5] Desde 1956, a maioria das forças de paz da ONU, incluindo as chamadas missões de "observadores", estão armadas.[6]

Conflitos internacionais[editar | editar código-fonte]

A Força de Manutenção da Paz da ONU em Chipre, iniciada em 1964, tentou pôr fim ao conflito entre os gregos e turcos étnicos na ilha e evitar um conflito mais amplo entre os membros da OTAN, a Turquia e a Grécia. Uma segunda força de observação, UNIPOM, também foi enviada, em 1965, para as áreas da fronteira Índia-Paquistão que não estavam sendo monitoradas pela missão anterior, UNMOGIP, após um cessar-fogo na Guerra Indo-Paquistanesa de 1965. Nenhuma dessas disputas foi vista como tendo implicações ideológicas ou de Guerra Fria.[6]

Houve uma exceção à regra. Na Missão do Representante do Secretário-Geral na República Dominicana (DOMREP), 1965–1966, a ONU autorizou uma missão de observadores em um país onde se enfrentavam facções ideológicas. No entanto, a missão só foi iniciada depois que os EUA intervieram unilateralmente em uma guerra civil entre facções de esquerda e conservadoras. Os EUA consolidaram seu domínio e convidaram uma força da Organização dos Estados Americanos (dominada por tropas americanas) para manter a paz. A missão foi aprovada principalmente porque os americanos a apresentaram como fato consumado e porque a missão da ONU não era uma força de paz plena. Incluía apenas dois observadores em qualquer momento e deixou a manutenção da paz para outra organização internacional. Foi a primeira vez que a ONU atuou dessa forma com um bloco regional.[7]

Descolonização[editar | editar código-fonte]

A ONU também ajudou em dois programas de descolonização durante a Guerra Fria. Em 1960, a ONU enviou a ONUC para ajudar a facilitar a descolonização do Congo do controle belga. Permaneceu em vigor até 1964 para ajudar a manter a estabilidade e prevenir a divisão do país durante a Crise do Congo. Na Nova Guiné Ocidental de 1962 a 1963, o UNSF manteve a lei e a ordem enquanto o território era transferido do controle colonial holandês para a Indonésia.[1]

Guerras civis[editar | editar código-fonte]

A década de 1990 também viu a ONU redirecionar sua atenção para o genocídio e a limpeza étnica. A Guerra Civil em Ruanda e a dissolução da Iugoslávia foram ocasiões de atrocidades generalizadas e violência étnica. Oito missões de paz da ONU foram enviadas para a ex-Iugoslávia, UNPROFOR, UNCRO, UNPREDEP, UNMIBH, UNTAES, UNMOP, UNPSG e UNMIK, bem como duas para Ruanda, UNAMIR e UNOMUR. Apesar do fim da ajuda internacional inspirada na Guerra Fria, as guerras civis continuaram em muitas regiões e a ONU tentou trazer a paz. Vários conflitos foram a causa de várias missões de manutenção da paz.[1]

Esforços de facilitação de independência[editar | editar código-fonte]

Os soldados da paz da ONU também têm sido usados para supervisionar os movimentos de independência e o estabelecimento de novos estados. A partir de 1989, a UNTAG na Namíbia supervisionou a retirada da África do Sul e a eleição de um novo governo. Em 1991, um cessar-fogo e um referendo foram planejados pelo Marrocos em relação à região do Saara Ocidental. Desentendimentos impediram o referendo, mas o cessar-fogo continua sendo monitorado pela MINURSO. Em Timor Leste, em 1999, um referendo votou pela independência da Indonésia. Seguiu-se a violência das forças anti-independência e a UNTAET foi criada para estabelecer o controlo e administrar o território até à independência, após o que foi estabelecida uma missão de assistência, a UNMISET. A violência durante 2006 levou ao estabelecimento da UNMIT, que continua monitorando a situação.[1]

Tipos de auxílios[editar | editar código-fonte]

Militar[editar | editar código-fonte]

O auxílio militar incumbido à ONU é utilizado predominantemente para resolução de conflitos entre o pais auxiliado e grupos extra-governamentais, assim estes sendo grupos que de alguma forma impeçam o país de seguir um rumo democrático. Assim o auxílio militar é importante para resolução de guerras civis.

Os militares da ONU podem utilizar-se da força contra grupos militares ligados a alguma nação em alguns casos, sendo eles: o descumprimento do pacto de cessar-fogo, ordem superior de ataque as forças da ONU (auto-defesa), a resistência de sair de um território determinado estrangeiro por vias diplomáticas (em caso de invasões de um país sob outro) ou para resolução de conflitos onde um país não coopere para a resolução pacífica do conflito através da diplomacia (sendo este um caso raro e específico).

Em diversos casos onde a missão seja relacionada a monitorar um pedido de cessar-fogo e/ou a retirada de tropas, os militares da ONU não se envolvem em conflitos e estão presentes no território apenas para atestar que não haverá abusos de alguma das partes (como ataques após o cessar-fogo por exemplo). Mesmo assim, conflitos entre a ONU e alguma nação são extremamente raros. Normalmente os conflitos nestas missões ocorrerem por militares que discordam da resolução diplomática e não seguem as ordens vindas de seus países, assim automaticamente sendo classificados como um grupo extra-governamental tendo em vista que a ordem do governo de seu país era seguir o tratado diplomático, assim isentando o pais envolvido de qualquer sanção póstuma.[8]

Policial[editar | editar código-fonte]

O apoio policial fornecido pela ONU é fundamental para o cumprimento das leis dentro da nação em conflito. Assim os policiais trabalham com a fragilizada polícia preexistente no país auxiliado com o objetivo de reduzir crimes internos.

Muitas vezes crises que envolvem guerras civis ou grande deslocamento de militares para campos de batalha, acabam por gerar uma crise na segurança pública interna, assim crescendo os índices de crimes internos como: furtos, homicídios e depredações que são cometidos por oportunidade, tendo em vista que em caso de uma normalidade, os mesmos não teriam uma incidência tão alta quanto durante o período de crise.

Assim os policiais deslocados para este tipo de missão, não costumam se envolver em conflitos internacionais, tendo em vista que este papel está sendo coberto pelos militares e sim trabalham com a segurança e permanência da paz interna. Os policiais deslocados para estas missões, também auxiliam na formação de novos policiais que irão garantir a paz interna após o final da missão.[9]

Estruturais[editar | editar código-fonte]

Para o bom desenvolvimento das missões, a ONU incentiva a criação de estruturas para o atendimento da missão durante seu curso, que posteriormente serão deixadas funcionais como herança para o país em sua restruturação pós crise. Estas construções costumam ser: hospitais, alojamentos, postos de vigia... Que posteriormente poderão ser utilizados a partir da necessidade do país.[1][10]

Funcionários e "Staff's"[editar | editar código-fonte]

Para o bom funcionamento das instalações durante as missões, a ONU também costuma contratar profissionais para trabalhar nas mesmas. Sendo estes profissionais pertencentes a três grandes grupos: os profissionais internacionais enviados por seus países, os profissionais locais contratados e profissionais voluntários que não recebem auxílio financeiro para o cumprimento de suas missões. Todos estes compostos por civis, que exercerão papéis de alta importância na missão porém não necessariamente diretamente nas áreas de conflitos.

Inicialmente para a boa realização das operações, os funcionários internacionais são importantes para a criação e manutenção inicial de fundações, após isto, funcionários contratados locais, auxiliam no desenvolvimento econômico da região e ao mesmo tempo auxiliam para o bom funcionamento da missão.

As profissões procuradas para auxílio nas missões podem ser de: médicos, enfermeiros, engenheiros, juristas, tradutores, geógrafos, biólogos, cozinheiros, sanitaristas, almoxarifes, entre outros...[10]

Financeiro[editar | editar código-fonte]

O auxílio financeiro dado para a operação, normalmente não é realizado de maneira direta e sim com investimentos internacionais diretamente nas missões que irão deixar como herança: algumas estruturas importantes, algum aprendizado profissional e um breve financiamento econômico na região através de trabalhos prestados por civis para o bom funcionamento da missão durante seu curso.[10]

Lista de missões[editar | editar código-fonte]

Atualmente, a ONU já liderou cerca de 71 missões para a manutenção da paz, entre elas, 58 já foram consideradas encerradas e 12 estão em progresso até os dias de hoje, a lista a seguir representa informações básicas sobre as operações:

Missões encerradas[editar | editar código-fonte]

Datas de operação Nome da operação Localização Países envolvidos Comandantes Fatalidades Objetivo Imagens
1956-1967 Primeira Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF I)[11]  Egito Total:110
  • 109 militares
  • 1 funcionário local
Supervisionar a retirada de tropas durante a Crise de Suez
Soldados Brasileiros acampados na operação
1958-1958 Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNOGIL) Líbano Sem informações claras Sem informações claras Sem informações claras Resolução da crise ocorrida no Líbano no ano de 1958
1960-1964 Operação das Nações Unidas no Congo (ONUC)[12] República do Congo Total 250
  • 245 militares
  • 5 funcionários internacionais
Pevenir intervenção estrangeira e preservar o território do Congo
Soldado suíço durante a operação
1962-1963 Autoridade Executiva Temporária das Nações Unidas em Nova Guiné Ocidental (UNSF) [13]  Indonesia Sem fatalidades Monitorar a transição entre a Nova Guiné Neerlandesa para a Indonésia
1963-1964 Missão de Observação das Nações Unidas no Iêmen (UNYOM) [14]  Iêmen Sem fatalidades Auxílio na resolução da guerra civil do Iêmen
1965-1966 Missão de Observação das Nações Unidas para a Índia-Paquistão (UNIPOM) [15] Paquistão Sem fatalidades Monitorar o cessar fogo entre a Índia e o Paquistão durante seus conflitos
 Índia
1973-1979 Segunda Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF II)[16]  Egito Total 51
  • 49 militares
  • 2 funcionários internacionais
Supervisionar o cessar-fogo entre as forças egípcias e israelenses no final da Guerra do Yom Kippur
Uma imagem das forças de paz canadenses e panamenhas da UNEF no Sinai, em 1974.
 Israel
1988-1990 Missão de Bons Ofícios das Nações Unidas no Afeganistão e Paquistão (UNGOMAP)  Afeganistão Sem fatalidades Monitorar o cessar fogo durante o conflito Soviete-Afegã
Paquistão
1988-1991 Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas para Irã e Iraque (UNIIMOG)[17] Irã Irão Total 1
  • 1 militar
Verificar, confirmar e supervisionar o cessar-fogo e a retirada das forças após a Guerra Irã-Iraque.
 Iraque
1988-1995 Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola (UNAVEM) [nota 1][18]  Angola Sem informações claras Sem informações claras Sem informações claras Supervisionar a retirada de tropas cubanas de Angola
1989-1990 Grupo de Assistência à Transição das Nações Unidas (UNTAG) [19] Namíbia Total 19
  • 11 militares
  • 4 policiais
  • 3 funcionários internacionais
  • 1 funcionário local
Supervisionar a transição democrática na Namíbia
Tropas fazem a inspeção em veículos da ONU ao final da missão
1989-1992 Missão de Observação da Nações Unidas na América Central (ONUCA)[20]  El Salvador

 Guatemala  Honduras Nicaragua

Total 1
  • 1 militar
Supervisionar a crescente crise na América Central
1991-1992 Missão Avançada das Nações Unidas no Camboja (UNAMIC)[21] Camboja Camboja Sem fatalidades Restruturação do Camboja em sua guerra civil
1991-1995 Missão de Observação da Nações Unidas em El Salvador (ONUSAL)[22]  El Salvador Total 5
  • 3 policiais
  • 2 funcionários locais
Observação da guerra civil em El Salvador
1992-1993 Autoridade de Transição das Nações Unidas no Camboja (UNTAC)  Camboja Total 82
  • 45 militares
  • 16 policiais
  • 5 funcionários internacionais
  • 16 funcionários locais
Implementar um governo de transição democrática após a guerra civil no Camboja
1991-2003 Missão de Observação das Nações Unidas para Iraque e Kuwait (UNIKOM)[23]  Iraque Total 18
  • 13 militares
  • 4 funcionários internacionais
  • 1 funcionário local
Manutenção de paz implantada na zona desmilitarizada entre o Iraque e o Kuwait
Kuwait
1992-1994 Operação das Nações Unidas em Moçambique (ONUMOZ) [24]  Moçambique Total 26
  • 23 militares
  • 2 policiais
  • 1 funcionário internacional
Monitorar cessar-fogo na Guerra Civil de Moçambique
1992-1993 Operação das Nações Unidas na Somália I (UNOSOM I) [25] Somália Total 6
  • 6 militares
Assegurar o cessar-fogo; reorganizada como Unified Task Force (UNITAF)
Soldados egípcios descansam em blindados
1992-1995 Força de Proteção das Nações Unidas (UNPROFOR)[26]  Bósnia e Herzegovina

 Croácia

Iugoslávia

Sem informações claras Sem informações claras Sem informações claras Promover a paz durante as guerras iugoslavas
Comboio da ONU se deslocando durante a operação
1993-1997 Missão de Observação das Nações Unidas na Libéria (UNOMIL) [27] Libéria Sem fatalidades Monitorar cessar-fogo e eleições na Libéria
1993-1994 Missão de Observação das Nações Unidas em Uganda-Ruanda (UNOMUR) [28] Ruanda Sem fatalidades Assegurar o cessar-fogo entre Rwanda e o grupo rebelde baseado em Uganda
Uganda
1993-1996 Missão de Assistência das Nações Unidas para Ruanda (UNAMIR) [29] Ruanda Total 27
  • 25 militares
  • 1 policial
  • 1 funcionário local
Promover assistência humanitária ao país após o genocídio de Ruanda
1993-1995 Operação das Nações Unidas na Somália II (UNOSOM II) [30] Somália Total 154
  • 149 militares
  • 3 funcionários internacionais
  • 2 funcionários locais
Estabilizar a Somália e apoiar os esforços de assistência humanitária
Soldado estado-unidense tentando identificar local de atirador de elite durante a operação
1993-1996 Missão das Nações Unidas no Haiti (UNMIH)[31] Haiti Total 9
  • 6 militares
  • 3 policiais
Resolução de conflitos em seu estado de início no país
1993-2009 Missão de Observação das Nações Unidas na Geórgia (UNOMIG)[32]  Geórgia Total 12
  • 8 militares
  • 2 funcionários internacionais
  • 2 funcionários locais
Auxilio durante a guerra de Abecásia
1994-1996 Operação das Nações Unidas para Restauração da Confiança na Croácia (UNCRO)  Croácia Sem informações claras Sem informações claras Sem informações claras Auxilio durante a guerra da independência croata
1994-1994 Grupo de Observação das Nações Unidas na Faixa de Aouzou (UNASOG) [33] Chade Sem fatalidades Monitorar a retirada da Líbia dos territórios disputados, atribuídos pela Corte Internacional de Justiça ao Chade
 Líbia
1994-2000 Missão de Observadores das Nações Unidas no Tajiquistão (UNMOT)[34] Tajiquistão Total 7
  • 3 militares
  • 2 funcionários internacionais
  • 2 funcionários locais
Auxilio humanitário durante a guerra civil no país
1995-1999 Força de Desdobramento Preventivo das Nações Unidas (UNPREDEP)  Macedônia Total 4
  • 4 militares
Auxilio na resolução pós-guerra do conflito na Iugoslávia
1995-2002 Missão das Nações Unidas na Bósnia e Herzegovina (UNMIBH)[35]  Bósnia e Herzegovina Total 12
  • 1 militar
  • 8 policiais
  • 3 funcionários locais
Auxilio durante a guerra da Bósnia
1996-1998 Administração Transitória das Nações Unidas para a Eslavônia Oriental, Baranja e Sírmia Ocidental (UNTAES)  Croácia Sem fatalidades Auxilio na administração do país pós-guerra de independência
1996-1997 Missão de Apoio das Nações Unidas no Haiti (UNSMIH) [36] Haiti Total 1
  • 1 policial
Auxilio na estabilização da nova democracia no Haiti
1996-2002 Missão de Observadores das Nações Unidas em Prevlaka (UNMOP)[37]  Croácia Sem fatalidades Resolução do conflito entre a Croácia e a Iugoslávia pela região da Prevlaka
Iugoslávia
1997-1997 Missão de Verificação das Nações Unidas na Guatemala (MINUGUA)  Guatemala Sem fatalidades Auxilio na guerra civil da Guatemala
1997-1999 Missão de Observação das Nações Unidas em Angola (MONUA)  Angola Total 17
  • 9 militares
  • 1 policial
  • 5 funcionários internacionais
  • 1 funcionário local
  • 1 outro[nota 2]
Monitorar cessar-fogo e desarmamento ao fim da crise na Angola
1997-2000 Missão da Polícia Civil das Nações Unidas no Haiti (MIPONUH) Haiti Total 7 Treinar uma polícia civil no país
1998-1999 Missão de Observação das Nações Unidas em Serra Leoa (UNOMSIL) [38] Serra Leoa Sem fatalidades Monitorar desarmamento e desmobilização na após a guerra civil no país
1998-2000 Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana (MINURCA) [39] República Centro-Africana Total 2
  • 2 militares
Manutenção da segurança e da estabilidade na República Centro-Africana
1999-1999 Missão das Nações Unidas em Timor-Leste (UNAMET) Timor-Leste Total 17
  • 16 militares
  • 1 policial
Resolver o conflito iniciado após a invasão da Indonésia sob o Timor-Leste
Indonésia
1999-2002 Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste (UNTAET) Timor-Leste Sem fatalidades Reestruturação democrática do país após o conflito
Homens da Nova Zelândia fazem proteção de uma base da ONU durante a missão
2000-2008 Missão das Nações Unidas na Etiópia e Eritreia (UNMEE) [40] Eritreia Total 20
  • 13 militares
  • 3 funcionários internacionais
  • 4 funcionários locais
Monitorar cessar-fogo entre Etiópia e Eritreia
 Etiópia
1999-2010 Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) [41] República do Congo Total 228 [nota 4] Missão de auxilio para estabilização da República do Congo durante e após a segunda guerra civil no país
Soldado indiano em patrulha durante a operação
2002-2005 Missão das Nações Unidas de Apoio a Timor-Leste (UNMISET)[42] Timor-Leste Total 21
  • 13 militares
  • 2 funcionários internacionais
  • 4 funcionários locais
  • 2 outros
Apoio humanitário pós crise no país
2012-2012 Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria (UNSMIS) Síria Síria Sem informações claras Total 1
  • 1 funcionário local
Resolução na guerra civil da Síria
2004-2007 Operação das Nações Unidas no Burundi (ONUB) [43]  Burundi Total 24
  • 21 militares
  • 1 policial
  • 1 funcionário internacional
  • 1 funcionário local
Ajudar a implementar os acordos de Arusha
2004-2017 Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (MINUSTAH) Haiti Sem informações claras Auxilio na estabilização do Haiti pós crise governamental e climática com terremotos
Soldado brasileiro é prestigiado por crianças em Porto Príncipe
2006-2012 Missão Integrada das Nações Unidas em Timor Leste (UNMIT)[44] Timor-Leste Sem informações claras Total 17
  • 9 policiais
  • 4 funcionários internacionais
  • 4 funcionários locais
Auxilio no país após sua crise em 2006
Obrigado Barrack.jpg
Base da operação UNMIT
2007-2010 Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana e no Chade (MINURCAT) [45] República Centro-Africana Total 2[nota 5] Estabilização do conflito de Darfur
Chade
2003-2018 Missão das Nações Unidas na Libéria (UNMIL)[46] Libéria Sem informações claras Sem informações claras Sem informações claras Estabilização a Libéria durante sua segunda guerra civil
Tropas irianianas durante o conflito
2004-2017 Operação das Nações Unidas na Costa do Marfim (UNOCI)[47] Costa do Marfim Sem informações claras Sem informações claras Sem informações claras Auxilio na primeira guerra civil da Costa do Marfim
2005-2011 Missão das Nações Unidas no Sudão (UNMIS)[48] Sudão

 United States
 Ukraine
 Uruguay
 Vietnam
 Yemen
 Zambia
 Zimbabwe
}}

Total 60
  • 26 militares
  • 3 policiais
  • 8 funcionários internacionais
  • 22 funcionários locais
  • 1 outro[nota 6]
Auxilio na segunda guerra do Sudão
Rwanda UNMIS troops.jpg
Tropas da Ruanda se preparam para embarcar
2007-2020 Missão das Nações Unidas e da União Africana em Darfur (UNAMID)[49] Sudão Total 64
  • 51 militares
  • 12 policiais
Auxilio na restruturação do Sudão pós conflitos
Soldados recebendo honrarias antes de voltarem para seus lares durante a missão
2017-2020 Missão das Nações Unidas para Apoio à Justiça no Haiti (MINUJUSTH)[50] Haiti Sem informações claras Sem informações claras Sem informações claras Auxilio no estabelecimento de novas condutas públicas ligadas á justiça no país

Missões ativas[editar | editar código-fonte]

Data de início Nome da operação Localização Comandante atual Diretor atual Objetivo Imagem
1948 (76 anos) Organização de Supervisão de Trégua das Nações Unidas (UNTSO) Oriente Médio Suíça Patrick Gauchat Estados Unidos Alan Doyle Monitorar diversos cessar fogo em conflitos no oriente médio
Soldados mantem posição em Israel
1949 (75 anos) Grupo de Observadores Militares das Nações Unidas para Índia e Paquistão (UNMOGIP)  Índia Uruguai José Eladio Alcaín Estados Unidos Nester Odaga-Jalomayo Monitorar o cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão nos estados de Jammu e Caxemira
Soldados escutam líder comunitário no ano de 2005 na região da Caxemira
Paquistão
1964 (60 anos) Força das Nações Unidas para Manutenção da Paz no Chipre (UNFICYP)  Chipre Noruega Ingrid Gjerde Canadá Colin Stewart Contribuir para a finalização dos conflitos de tomada de região entre o Chipre e o Chipre do Norte
UNFICYP peacekeepers patrolling the buffer zone.jpg
Soldados patrulham limites durante a missão de paz
Chipre do Norte
1974 (50 anos) Força das Nações Unidas de Observação da Separação (UNDOF)  Israel Nepal Ishwar Hamal República da Irlanda Timothy Daly Resolução de conflitos em fronteiras entre os países
Soldados em observação de fronteiras na região em 2017
Síria Síria
Líbano
1978 (46 anos) Força Provisória das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) Líbano Itália Stefano Del Col Monitorar a retirada de soldados e grupos israelenses após a invasão do país
Patrulha italiana no Líbano em 2020
1991 (33 anos) Missão das Nações Unidas para o referendo no Saara Ocidental (MINURSO)[51]  Marrocos China Wang Xiaojun Rússia Alexander Ivanko Monitorar o referendo e o conflito envolvendo Marrocos e o Saara Ocidental
Quarteis da MINURSO em 2013
 Saara Ocidental
1999 (25 anos) Missão de Administração Interina das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK) Kosovo Estados Unidos Barrie Freeman Líbano Caroline Ziadeh Manter a paz em Kosovo durante seus conflitos civis
2010 (14 anos) Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) República do Congo Brasil Marcos de Sá Affonso da Costa Argélia Leila Zerrougui Acompanhar o processo de paz da Segunda Guerra do Congo
Soldadas da ONU em patrulha conversam com crianças em 2020
2011 (13 anos) Força Interina de Segurança das Nações Unidas para Abyei (UNISFA) Sudão Etiópia Gebre Adhana Woldezgu Etiópia Haile Tilahun Gebremaria Monitorar a disputa da região de Abyei entre o Sudão e o Sudão do Sul
Sudão do Sul
2011 (13 anos) Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS) Sudão do Sul Índia Shailesh Tinaikar África do Sul Nicholas Haysom Monitorar a situação do Sudão do Sul após sua guerra civil e sua idependência
2013 (11 anos) Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA) Mali Suécia Dennis Gyllensporre El-Ghassim Wane Estabilização de Mali após a rebelião dos tuaregues em 2012.
2014 (10 anos) Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA) República Centro-Africana Burquina Fasso Daniel Sidiki Traoré Senegal Mankeur Ndiaye Estabilização da república Centro-Africana após a guerra civil

Notas e referências

Notas

  1. As missões de verificação em Angola foram feitas em 3 partes, assim deixando as informações sobre as missões confusas
  2. A ONU caracteriza "outro" como pessoas que acompanhavam de alguma maneira a operação porém sem exercer os papéis de: soldados, policiais e funcionários
  3. A ONU caracteriza "outro" como pessoas que acompanhavam de alguma maneira a operação porém sem exercer os papéis de: soldados, policiais e funcionários
  4. Nesta missão a ONU não informou detalhadamente os cargos das vítimas
  5. Nesta missão a ONU não informou detalhadamente os cargos das vítimas
  6. A ONU caracteriza "outro" como pessoas que acompanhavam de alguma maneira a operação porém sem exercer os papéis de: soldados, policiais e funcionários

Referências

  1. a b c d e f g h Paul F. Diehl, Peace Operations (Polity Press, 2008), pp. 34–36.
  2. «Firsthand Perspective: Witnessing the Work of UN Peacekeepers». unfoundation.org (em inglês). 29 de maio de 2019. Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  3. a b «Why We Do It». unfoundation.org (em inglês). Consultado em 19 de dezembro de 2021 
  4. General Assembly Resolution 1000 (ES-I)UN Doc A/RES/1000 (ES-I) of 5 November 1956 Establishment of the UNEF Arquivado em 19 maio 2008 no Wayback Machine
  5. 1950s United Nations Peacekeeping http://www.un.org/events/peacekeeping60/1950s.shtml
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  7. Kenkel, Kai Michael (21 de janeiro de 2016). «Peace Operations». Oxford University Press. Political Science. Consultado em 18 de dezembro de 2021 
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