Mohammed Mossadegh

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Mohammad Mossadegh
Mohammed Mossadegh
Mohammad Mossadegh
60.º Primeiro Ministro do Irã Irã
Período 28 de Abril de 1951
a 16 de Julho de 1952
Monarca Mohammad Reza Pahlavi
Antecessor(a) Ahmad Qavam
Sucessor(a) Fazlollah Zahedi
62.º Primeiro Ministro do Irã
Período 21 de Julho de 1952
a 19 de Agosto de 1953
Monarca Mohammad Reza Pahlavi
Antecessor(a) Hossein Ala'
Sucessor(a) Ahmad Qavam
Líder da Frente Nacional do Irã
Período 1 de janeiro de 1949
5 de março de 1967
Antecessor(a) Criação do Partido
Sucessor(a) Karim Sanjabi
Membro do Parlamento do Irã
Período 1 de maio de 1920
19 de agosto de 1953
Dados pessoais
Nascimento 16 de outubro de 1882
Teerã, Pérsia
Morte 5 de março de 1967 (84 anos)
Ahmadabad-e Mosaddeq, Irã
Alma mater Institut d'études politiques de Paris
Universidade de Neuchâtel
Cônjuge Zia os-Saltane (1901–1965)
Partido Frente Nacional do Irã
Religião Islamismo
Assinatura Assinatura de Mohammed Mossadegh

Mohammed Mossadeq (pronúncia), em persa: محمد مصدق, AFI: mohæmˈmæd(-e) mosædˈdeɣ; Teerão, 1880Ahmad Abad, 5 de março de 1967) foi primeiro-ministro do Irão entre 1951 e 1953.[1][2][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Mossadegh nasceu em 16 de junho de 1882 na capital Teerã. Filho de uma família proeminente de altos cargos no governo, seu pai, Mirza Hideyatu'llah Ashtiani Bakhtiari, foi ministro das finanças sob a Dinastia Qajar, e sua mãe, Shahzadi Malika Taj Khanum, era neta do reformista Qajar príncipe Abbas Mirza, e bisneta de Fat′h Ali Shah Qajar.[4][5][6]

Fez os seus estudos em Paris, na Institut d'études politiques de Paris e na Suíça, onde em 1913 se doutorou em direito pela Universidade de Neuchâtel.[7][8]

Mossadegh lecionou na Escola de Teerã de Ciência Política no início da Primeira Guerra Mundial, antes de iniciar sua carreira política.[9]

Trajetória Politica[editar | editar código-fonte]

Em 1921 foi nomeado ministro das Finanças. Desempenhou ainda a função de ministro dos Negócios Estrangeiros entre 1923 e 1925. Neste ano opôs-se ao golpe de Reza Khan, que tinha deposto o último membro da dinastia Qadjar, declarando-se . Em consequência do seu posicionamento, Mossadegh foi forçado a se retirar da vida política, tendo estado preso durante dois anos.

Mossadegh regressaria à política em 1943, ano em que foi eleito deputado, liderando uma força política nacionalista. Dois anos antes Reza Khan tinha abdicado a favor do seu filho, Mohammad Reza Pahlavi. Mossadegh não era comunista, mas um nacionalista que defendia o controlo por parte do Irão das suas riquezas petrolíferas. Neste sentido, opôs-se com sucesso à atribuição à União Soviética de uma concessão de petróleo na região norte do país. Era também favorável à nacionalização da Anglo-Iranian Oil Company.

Por causa da sua enorme popularidade, o xá do Irão teve que aceitar a sua eleição como primeiro-ministro do país em 1951. A 1 de Maio do mesmo ano o parlamento aprovou a nacionalização do petróleo, tendo sido extinta a Anglo-Iranian. Nesse ano a revista "Time" nomeou-o "Homem do ano" e Mossadegh era visto com o símbolo na luta antiimperialista. Em retaliação os britânicos orquestraram nos mercados internacionais um embargo ao petróleo iraniano com o objectivo de sufocar economicamente o país. Os Estados Unidos da América opuseram-se ao boicote por entenderem que ele poderia favorecer uma aproximação à União Soviética.

Esta situação, aliada ao desejo de Mossadegh em possuir mais poderes como primeiro-ministro, instalou uma crise entre Mossadegh e o xá. Foi então que os britânicos pensaram num plano para afastar Mossadegh do poder, no qual envolveram os Estados Unidos, agitando junto desta nação o fantasma de um suposto desejo por parte da União Soviética em controlar o Irão.

Em 15 de agosto de 1953, instigado pela CIA, o xá demitiu Mossadegh, o que provocou tumultos populares a favor do primeiro-ministro; o xá foi obrigado a abandonar o Irão, refugiando-se em Roma. Mossadegh permaneceu no seu cargo até 19 de Agosto, quando um golpe de estado instalou o general Fazlollah Zahedi como novo primeiro-ministro.

Mossadegh foi detido e condenado a três anos de prisão. Após a sua libertação viveu o resto dos seus dias sob prisão domiciliária, tendo falecido com cancro.

Galeria de imagens[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Andrew Burke, Mark Elliott & Kamin Mohammadi, Iran (Lonely Planet, 2004; ISBN 1740594258), p. 34.
  2. Cold War and the 1950s (Social Studies School Service, 2007: ISBN 1560042931), p. 108.
  3. Loretta Capeheart and Dragan Milovanovic, Social Justice: Theories, Issues, and Movements (Rutgers University Press, 2007; ISBN 0813540380), p. 186.
  4. Mohammad Mossadegh: Political biography By Farhad Dība, p4
  5. The Cold War, 1945-1991: Leaders and other important figures in the Soviet Union, Eastern Europe, China, and the Third World by Benjamin Frankel
  6. Afkhami, Gholam Reza (2009). The life and times of the Shah. [S.l.]: University of California Press. p. 110. ISBN 0-520-25328-0 
  7. «Iranian Elites». tlfl.blogfa (em inglês). Consultado em 8 de Fevereiro de 2015 
  8. Kinzer, Stephen (outubro de 2008). «Inside Iran's Fury». Smithsonian Magazine. Consultado em 9 de agosto de 2013 
  9. «The Political Life and Legacy of Mossadegh». IFVC (em inglês). Consultado em 8 de Fevereiro de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Forças Armadas dos Estados Unidos
Pessoa do ano
1951
Sucedido por
Isabel II do Reino Unido
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