Mohammad Reza Pahlavi
Por favor, melhore este Artigo, expandindo-o. (Junho de 2025) |
| Mohammad Reza Pahlavi | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Xá da Pérsia | |||||
| Reinado | 16 de setembro de 1941 a 11 de fevereiro de 1979 | ||||
| Coroação | 26 de outubro de 1967 | ||||
| Predecessor | Reza Xá | ||||
| Sucessor | Monarquia abolida (Ruhollah Khomeini como Líder Supremo) | ||||
| Dados pessoais | |||||
| Nascimento | 26 de outubro de 1919 Teerã, Império Cajar | ||||
| Morte | 27 de julho de 1980 (60 anos) Cairo, Egito | ||||
| Sepultado em | 29 de julho de 1980 Mesquita de Al-Rifa'i, Cairo, Egito | ||||
| Esposas | Fawzia Fuad do Egito Soraya Esfandiary-Bakhtiari Farah Diba | ||||
| |||||
| Casa | Pahlavi | ||||
| Pai | Reza Xá | ||||
| Mãe | Tadj ol-Molouk | ||||
| Religião | islã xiita | ||||
| Assinatura | |||||
Mohammad Rezā Shāh Pahlavi (em persa: محمد رضا شاه پهلوی; romaniz.: Mohammad Rezâ Šâhe Pahlevi) (Teerã, 26 de outubro de 1919 – Cairo, 27 de julho de 1980) foi o xá do Irã de 16 de Setembro de 1941 até à sua deposição pela Revolução Iraniana, em 11 de fevereiro de 1979. Segundo e último monarca da Pahlavi, ele assumiu o título de Shāhanshāh ("Imperador" ou "Rei dos Reis")[1][2] após sua coroação, em 26 de outubro de 1967. Mohammad Reza Pahlavi ostentou vários outros títulos, incluindo o de Āryāmehr ("Luz dos Arianos") e Bozorg Arteshtārān ("Líder dos Guerreiros").[3][4]
Mohammad Reza Pahlavi chegou ao poder durante a Segunda Guerra Mundial depois que uma invasão anglo-soviética forçou a abdicação de seu pai, Reza Xá. Durante seu reinado, a indústria petrolífera iraniana foi estatizada por um breve período, sob o governo democraticamente eleito do primeiro-ministro Mohammed Mossadegh, derrubado por um golpe de Estado patrocinado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, o que acabou por trazer de volta as empresas de petróleo estrangeiras.[5] O Irã comemorou o aniversário de 2500 anos de monarquia contínua desde a fundação do Império Persa por Ciro, o Grande durante o seu reinado, em Outubro de 1971. Nessa época ele também alterou o calendário iraniano da Hégira para o início do Império Persa, estabelecido a partir da coroação de Ciro, o Grande.[6] Como governante, ele deu início à Revolução Branca, uma série de reformas econômicas, sociais e políticas com a intenção declarada de transformar o Irã em uma potência global, modernizando a nação, privatizando determinadas indústrias e concedendo o direito de voto às mulheres.[7]
Muçulmano secular, Mohammad Reza perdeu gradativamente o apoio dos clérigos xiitas do Irã, bem como da classe trabalhadora, em virtude especialmente de sua forte política de modernização e secularização, o conflito com a tradicional classe de comerciantes conhecidos como bazaari, as relações com Israel e os problemas de corrupção envolvendo a ele, sua família e a elite dominante. Várias outras políticas controversas foram aprovadas, incluindo a proibição do partido comunista Tudeh e a repressão aos dissidentes políticos por parte do serviço de inteligência iraniano, a SAVAK. Conforme estatísticas oficiais, o Irã tinha mais de 2 200 presos políticos em 1978, um número que se multiplicou rapidamente com a revolução.[8]
Vários outros fatores contribuíram para a forte oposição ao Xá entre determinados grupos dentro do Irã, como o apoio dos Estados Unidos e do Reino Unido ao seu regime, os confrontos com fundamentalistas e o aumento da atividade comunista. Em 1979, a agitação política culminou com uma revolução que, em 17 de janeiro, obrigou-o a deixar o Irã. Logo depois, a monarquia iraniana foi formalmente abolida e o Irã foi declarado uma república islâmica liderada por Ruhollah Khomeini. Diante do risco de ser executado caso retornasse ao Irã, Mohammad Reza morreu no exílio no Egito, onde o presidente Anwar Sadat concedeu-lhe asilo político. Devido ao seu status de último soberano de facto do Irã, ele é muitas vezes referido apenas como "o Xá". Seu filho mais velho, Reza Pahlavi, lidera atualmente o Conselho Nacional do Irã, um declarado governo no exílio.
Primeiros anos
[editar | editar código]Nascido em Teerã, Mohammad Reza era o segundo filho (primeiro varão) de Reza Xá e sua segunda esposa, Tadj ol-Molouk.[9][a] Entretanto, como seu pai tornou-se Xá apenas em 1925, ele e seus irmãos não nasceram como membros da realeza.
Descrito como uma criança fraca e doentia,[b] Mohammad Reza foi criado em quase total isolamento até os seis anos de idade, convivendo apenas com sua mãe, irmãos, servos e velhos oficiais militares. Porém, ao ser investido como príncipe herdeiro, seu pai decidiu que o futuro monarca deveria ter uma "educação mais viril". Assim, ele foi separado de sua mãe e irmãs, passou a ser criado por uma governanta francesa e a estudar em uma escola especialmente montada para recebê-lo, com colegas de classe "cuidadosamente selecionados" entre garotos da elite.[10][11]
Quando Mohammad Reza completou 11 anos, Reza Xá, pretendendo isolá-lo da atmosfera incapacitante da corte, aceitou a recomendação de seu chefe de gabinete, Abdolhossein Teymourtash, de enviar o jovem para estudar no Instituto Le Rosey, um internato suíço. Ele foi o primeiro príncipe iraniano na linha de sucessão ao trono a estudar no exterior, permanecendo quatro anos na Suíça.[10] Retornou ao Irã em 1936 e ingressou na academia militar de Teerã, graduando-se dois anos depois como segundo-tenente de Infantaria e líder de sua turma.[10][12][13][14] Pouco depois, ele foi nomeado por seu pai inspetor das Forças Armadas Imperiais do Irã.[10][14]
Início do reinado
[editar | editar código]Deposição de Reza Xá
[editar | editar código]
Por muitas décadas, o Irã e o Império Alemão mantiveram laços de cooperação, em parte como uma reação às ambições do Reino Unido e do Império Russo (e mais tarde, a União Soviética) sobre a região.[15] Mesmo quando os nazistas chegaram ao poder na Alemanha em 1933, o comércio entre os dois países não foi seriamente afetado.[16] Ao contrário, a propaganda nazista, por vezes, mencionava e exaltava a ancestralidade ariana comum entre as duas nações.[17][18]
Embora o Irã tivesse declarado sua neutralidade numa fase ainda precoce da Segunda Guerra Mundial e possuísse pouca afinidade com as políticas antissemitas da Alemanha Nazi,[18][c] os britânicos passaram a acusar o país de ser pró-alemão e apoiador do nazismo.[22] Essa postura parece ser justificada pela importância estratégica que o Irã passou a ter para o governo britânico, que temia que a refinaria de Abadã (pertencente à britânica Anglo-Iranian Oil Company) pudesse cair sob domínio alemão.[18] Responsável pela produção de oito milhões de toneladas de petróleo em 1940, a refinaria era uma parte crucial do esforço de guerra dos Aliados.[18][23][d]

Além disso, quando em 21 de junho de 1941, a Alemanha rompeu unilateralmente o Pacto Molotov-Ribbentrop e invadiu a União Soviética — naquela que ficaria conhecida como "Operação Barbarossa" —,[25] os aliados passaram a considerar o chamado Corredor Persa, formado pela Ferrovia Trans-iraniana, como o caminho mais fácil e seguro para abastecer os soviéticos com os suprimentos do "Lend-Lease" norte-americano.[26][27] Estrategistas britânicos e soviéticos reconheciam a importância de controlar esse canal e, como pretexto para atingir esse fim, fizeram uma série de exigências ao Irã — a principal delas era a expulsão imediata de todos os cidadãos alemães de seu território —, ameaçando o governo com a "possibilidade de ação militar" e "ataques por ar e terra".[28] Apesar de Reza Xá aceitar as exigências, forças britânicas e soviéticas invadiram o território iraniano no dia 25 de agosto de 1941.[29][20][30][31]
Nesse contexto, voltou ao cenário político iraniano o ex-primeiro-ministro Mohammad Ali Foroughi, um antigo desafeto de Reza Xá, que viria a se tornar um dos principais responsáveis pela transição suave entre os reinados.[32] Doente e afastado da política desde que fora demitido em 1935,[e] Foroughi — "claramente pró-britânico e pró-americano", segundo o embaixador americano em Teerã, Louis G. Dreyfus, Jr.[38] — foi nomeado imediatamente após a invasão aliada, numa tentativa de Reza Xá de manter seu trono ou, ao menos, a continuidade da dinastia Pahlavi.[39][40][38][f] Entretanto, 21 dias após a nomeação, Reza Xá foi forçado a abdicar e seguir para o exílio. Mohammad Reza prestou juramento perante o Majlis no dia seguinte, em 17 de setembro de 1941.[39][20][42][g]
Alguns autores sugerem que Foroughi salvou a monarquia e a dinastia Pahlavi ao recusar a ideia britânica de tornar-se presidente de uma nova república iraniana.[44] Para outros, a atuação do primeiro-ministro foi preponderante para a abdicação de Reza Xá, ao convencer os britânicos de que sua deposição era a única solução para os problemas do país.[44] O fato, porém, é que ele teve um papel central na obtenção de um acordo com a Grã-Bretanha e a União Soviética que garantiu a independência do país ao final da guerra, bem como a retirada das forças de ocupação.[44] Tal acordo foi determinante para a retirada soviética em 1946. Sobre as divergências entre Foroughi e seu pai, Mohammad Reza confidenciou ao embaixador britânico que o primeiro-ministro "não esperava que qualquer filho de Reza Xá pudesse se tornar um ser humano civilizado".[44]
Três dias após sua ascensão ao trono, em 19 de setembro de 1941, Mohammad Reza decretou uma anistia geral.[45][46][47] Todos os perseguidos políticos por Reza Xá foram reabilitados e a lei de 1935 que proibia o uso do véu pelas mulheres foi revogada.[46][48][49][50][51] Embora o jovem monarca tenha tomado decisões populares, o ministro britânico reportou a Londres que a "recepção deveras espontânea que o jovem Xá recebeu em sua primeira aparição pública seria, possivelmente, mais em virtude do alívio pelo desaparecimento de seu pai do que pela afeição do povo por ele.".[42]
Nacionalização do petróleo e golpe de 1953
[editar | editar código]No início dos anos 1950, a crise política no Irã dominava a atenção dos líderes políticos britânicos e americanos.[52] Nas eleições parlamentares de 1951, a Frente Nacional, uma coalizão de partidos de oposição a Mohammad Reza, alcançou maioria na Majlis e seu líder Mohammed Mossadegh, comprometido com a nacionalização da indústria petrolífera iraniana (controlada, à época, pela Anglo-Iranian Oil Company), foi apontado para o cargo de primeiro-ministro.[53] Sob sua liderança, o movimento nacionalista do parlamento aprovou por unanimidade a lei de nacionalização, encerrando as atividades da lucrativa AIOC, que foi um dos pilares da economia e da influência política britânica na região.[54][55]
No início da disputa, o Irã contou com a simpatia política da administração norte-americana de Harry S. Truman, contrária às exigências britânicas.[56]
Tentativas de assassinato
[editar | editar código]
Mohammad Reza Pahlavi foi alvo de pelo menos duas tentativas de assassinato sem sucesso. Em 4 de fevereiro de 1949, ele participou de uma cerimônia anual para comemorar a fundação da Universidade de Teerã.[57] Na cerimônia, Fakhr-Arai disparou cinco tiros contra ele a uma distância de 10 metros. Apenas um dos tiros atingiu o rei, pastando sua bochecha. Fakhr-Arai foi imediatamente baleado por policiais nas proximidades. Após uma investigação, pensava-se que Fakhr-Arai era um membro do Partido Tudeh,[58] que foi banido.[59] No entanto, há evidências de que o suposto assassino não era um membro do Tudeh, mas um fundamentalista religioso membro da sociedade secreta Fada'iyan-e Islam.[60][61] O Tudeh foi, no entanto, considerado culpado e perseguido.[62]
O segundo atentado contra a vida do Xá ocorreu em 10 de abril de 1965.[63] Um soldado atirou em sua direção, no Palácio de Mármore. O assassino foi morto antes que ele alcançasse os aposentos reais. Dois guardas civis morreram protegendo o Xá.[64]
De acordo com Vladimir Kuzichkin — um ex-oficial da KGB que desertou para o MI6 — o Xá foi também supostamente um alvo da União Soviética, que tentou usar um controle remoto da TV para detonar uma bomba em um Volkswagen Fusca/Volkswagen Carocha. O controle remoto da TV não funcionou.[65] Um desertor romeno do alto escalão, Ion Mihai Pacepa, também apoiou esta alegação, afirmando que ele havia sido alvo de várias tentativas de assassinato por agentes soviéticos por muitos anos.
Anos 60 e 70
[editar | editar código]A década de 1960 foi marcada por repressão, estado de sítio, aumento da desigualdade social e econômica, e intensificação da censura e perseguição por parte da SAVAK (serviço secreto e orgão de segurança Iraniano).
Antes do golpe, comunistas dominavam as ruas de Teerã, celebrando a saída do xá. O exército reagiu, isolando manifestantes. Na madrugada de 19 de agosto, agentes iranianos recrutaram atletas em clubes esportivos para compor uma turba pró-xá, que marchou pelo bazar em apoio ao monarca. Naquele mesmo dia, Fazlollah Zahedi reapareceu, o xá retornou ao país, Mossadegh foi preso, líderes comunistas foram executados e foi declarada a Lei Marcial. Os EUA só reconheceriam décadas depois sua participação no golpe, embora Dulles, em entrevista, tenha negado ter gasto milhões de dólares para derrubar Mossadegh e devolver o controle do petróleo aos britânicos.
Posteriormente, o xá armou grupos curdos com ajuda de Israel para enfraquecer Saddam Hussein, o que contribuiu para a percepção de que ele era um "fantoche dos EUA".
A 27 de julho de 1967 foi agraciado com o Grande-Colar da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.[66]
Em 1971, comemorou-se, com cerimônias extravagantes na cidade de Persépolis, os 2.500 anos do Império Persa. A família real convidou líderes internacionais como Josip Broz Tito e Haile Selassie. A festa, com mais de 200 servidores franceses e um custo estimado em mais de 22 milhões de dólares, foi financiada em detrimento de projetos sociais e urbanísticos, causando escândalo internacional. Ao mesmo tempo, opositores ao xá foram reprimidos, e a oposição estudantil crescia, com homenagens anuais a três estudantes mortos em 1953 durante protestos contra a visita de Richard Nixon ao Irã.
Em 1975, sob recomendação do acadêmico de Harvard Samuel Huntington, o xá aboliu o sistema parlamentar e instituiu um partido único chamado Rastajiz (Ressurgimento). As receitas do petróleo — que aumentaram significativamente após a crise de 1971 — foram majoritariamente investidas em armamentos pesados, como tanques e aviões (nesse momento, o xá chegou a demonstrar certa independência do Ocidente ao aderir ao embargo). A oposição foi brutalmente reprimida pela SAVAK, que chegou a contar com cerca de 15 mil agentes, sendo considerada uma das polícias secretas mais implacáveis do mundo.
Em 1978, o crescente descontentamento político resultou em uma revolução popular que culminou na queda da monarquia. A repressão culminou em eventos como o Massacre da Praça Jaleh, com dezenas de mortos e feridos, e o Incêndio do Cinema Rex, um ataque em Abadã que, embora controversamente atribuído à SAVAK, marcou a escalada da revolta.
Revolução e exílio
[editar | editar código]O descontentamento popular atingiu seu auge em 1978. Temendo uma revolução, o presidente dos EUA, Jimmy Carter, instou o xá a implementar reformas democráticas. Mohammad Reza nomeou uma série de governos reformistas, todos fracassados. A revolução tornou-se inevitável. Em 16 de janeiro de 1979, o xá partiu para o exílio, pilotando ele mesmo seu avião. O presidente francês Valéry Giscard d’Estaing negou-lhe entrada na França.
O xá e sua esposa exilaram-se em diversos países: Marrocos, Bahamas, Equador, México, Estados Unidos, Panamá e, finalmente, Egito, onde foram recebidos pelo presidente Anwar el-Sadat. Mohammad Reza Pahlavi morreu de câncer em 27 de julho de 1980, no Cairo, sendo enterrado com honras em uma cerimônia de grande solenidade, segundo Jehan Sadat, com a imperatriz Farah Pahlavi à frente.
Notas
[editar | editar código]- ↑ Reza Xá teve onze filhos de seus quatro casamentos. Mohammad Reza tinha uma irmã gêmea, a princesa Ashraf Pahlavi.[9]
- ↑ Pouco antes de ser investido como príncipe herdeiro, Mohammad Reza contraiu febre tifoide, ficando entre a vida e a morte por semanas.[10]
- ↑ Abdul Hossein Sardari, chefe da missão diplomática iraniana na Paris ocupada, ficou conhecido como o "Schindler do Irã" ao conceder cidadania e passaportes iranianos a mais de 1500 judeus europeus, permitindo-lhes deslocar-se em segurança até o Irã.[19][20][18][21]
- ↑ As relações entre Grã-Bretanha e Irã eram tensas desde 1931, quando o Xá cancelou a Concessão D'Arcy, que deu à Anglo-Iranian Oil Company o direito exclusivo de comercializar o petróleo iraniano, repassando apenas 10% (possivelmente 16%) dos lucros ao Irã.[24]
- ↑ Mohammad Ali Foroughi era primeiro-ministro de Reza Xá em 1935, quando foi demitido pelo monarca ao tentar interceder por Mohammad Vali Asadi — pai de seu genro —, um dos principais acusados pelo motim de Meched contra as reformas impostas pelo xá. Asadi foi executado em 21 de dezembro desse mesmo ano.[33][34][35][36][37]
- ↑ Devido a sua doença (segundo a embaixada britânica em Teerã, ele sofria de angina pectoris) e ao desfecho do Caso Asadi, Foroughi encontrou franca resistência em sua família quando decidiu aceitar o cargo. Ele teria justificado sua posição dizendo: "O país abriu-me todas as portas durante sessenta anos e agora que o chefe de Estado necessita de mim, como posso recusar?"[41]
- ↑ O juramento de Mohammad Reza: "Eu, aos olhos de Deus Todo-Poderoso, juro sobre o Sagrado Alcorão e sobre tudo o que é sagrado aos olhos de Deus, que dedicarei minha vida à preservação da independência e integridade territorial do Irã e aos direitos do povo. Juro preservar e proteger o sistema constitucional do Irã e sua Lei Básica e reinar em conformidade com ela. Juro promover a religião Xiita Duodecimana Jafarita, tomar todas as minhas ações consciente da vigilância aguçada de Deus, não ter outra intenção além da grandeza e felicidade do Estado iraniano e pedir ao Todo-Poderoso que seja bem-sucedido em servir a nação iraniana. Em tudo isso, eu peço a ajuda dos luminosos espíritos guardiões do Islã."[43]
Referências
- ↑ Kia 2016, p. 353.
- ↑ «Shāhanshāh». World Public Library (em inglês). Consultado em 7 de julho de 2016
- ↑ D'Agostino 2010, p. 225.
- ↑ Kia 2016, p. 340.
- ↑ Kinzer 2008, p. 185-189.
- ↑ Rahimieh 2016, p. 25.
- ↑ Wagner 2010, p. 41-42.
- ↑ «Annual Report 1978» (PDF). International Amnesty (em inglês). 1978. Consultado em 8 de julho de 2016
- ↑ a b «Reza Shah's Wives». Institute for Iranian Contemporary Historical Studies (em inglês). 2012. Consultado em 14 de julho de 2016
- ↑ a b c d e Zonis 1976, p. 19-20.
- ↑ Shakibi 2009, p. 80.
- ↑ Magill 1999, p. 2566.
- ↑ Shakibi 2007, p. 81.
- ↑ a b Afkhami 2009, p. 38.
- ↑ Khatib-Shahidi 2012, p. 164.
- ↑ Khatib-Shahidi 2012, p. 165-166.
- ↑ Asgharzadeh 2007, p. 92.
- ↑ a b c d e Farrokh 2011.
- ↑ Curtis, Hooglund 2008, p. 30.
- ↑ a b c Iran Foreign Policy & Government Guide. Washington, DC: International Business Publication. 2011. Consultado em 8 de julho de 2016
- ↑ Wheeler, Brian (8 de março de 2012). «The 'Iranian Schindler' who saved Jews from the Nazis». BBC (em inglês). Consultado em 12 de julho de 2016
- ↑ Majd 2012, p. 11-12.
- ↑ «Persia Invaded». BBC (em inglês). 1941. Consultado em 13 de julho de 2016
- ↑ Afkhami 2009, p. 36.
- ↑ Rennell, Tony (23 de junho de 2011). «When Hitler took on Russia he fought a brutal war that was an orgy of rape and genocide». Daily Mail (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2016
- ↑ Motter 1952, p. 161-162.
- ↑ O'Reilly 2008, p. 42.
- ↑ Afkhami 2009, p. 71-73.
- ↑ Majd 2001, p. 380-381.
- ↑ Sorenson 2014, p. 206.
- ↑ Asgharzadeh 2007, p. 93-94.
- ↑ Dareini 1999, pp. 35-36, 126.
- ↑ Majd 2001, p. 219.
- ↑ Fischer 2003, p. 186.
- ↑ Cronin 2003, pp. 23, 27.
- ↑ Katouzian 2006, p. 278-279.
- ↑ Afkhami 2009, p. 35.
- ↑ a b Majd 2012, p. 283.
- ↑ a b Milani 2008, p. 156-157.
- ↑ Phillips 2009, p. 68.
- ↑ Milani 2008, p. 156.
- ↑ a b Afkhami 2009, p. 79.
- ↑ Milani, p. 87.
- ↑ a b c d Milani 2008, p. 157.
- ↑ Majd 2001, p. 381.
- ↑ a b Farmanfarmaian & Farmanfarmaian 2005, p. 143.
- ↑ Majd 2012, p. 319.
- ↑ Moghissi 2005, p. 174-175.
- ↑ Heath 2008, p. 256.
- ↑ Shakibi 2009, p. 202.
- ↑ Julicher 2015, p. 236.
- ↑ Marsh 2003, p. 12-16, 32.
- ↑ Ismael & Ismael 2011, p. 126.
- ↑ Ismael & Ismael 2011, p. 126-127.
- ↑ Ford, p. 52-53.
- ↑ Gendzier, p. 35.
- ↑ «Ali Vazir Safavi». Web Archive. 27 de outubro de 2009. Consultado em 6 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 27 de outubro de 2009
- ↑ «The Shah». Persepolis. Consultado em 6 de dezembro de 2014
- ↑ «Mohammad Reza Shah Pahlavi». Iran Chamber. Consultado em 6 de dezembro de 2014
- ↑ Stephen Kinzer, All The Shah's Men: An American Coup and the Roots of Middle East Terror, John Wiley & Sons, 2003, ISBN 0-471-26517-9
- ↑ Dreyfuss, Robert (2006). Devil's Game: How the United States Helped Unleash Fundamentalist Islam. [S.l.]: Owl Books. ISBN 0-8050-8137-2
- ↑ Behrooz writing in Mohammad Mosaddeq and the 1953 Coup in Iran, Edited by Mark j. Gasiorowski and Malcolm Byrne, Syracuse University Press, 2004, p.121
- ↑ «The Journal of Politics: Vol. 32, No. 1 (February 1970)». JSTOR. Consultado em 6 de fevereiro de 2014
- ↑ Musel, Robert (16 de julho de 1975). «The rise of Shah Mohammad Reza Pahlevi». Ludington Daily News. London. United Press International. Consultado em 23 de julho de 2013
- ↑ Kuzichkin, Vladimir (1990). Inside the KGB: My Life in Soviet Espionage. [S.l.]: Ballantine Books. ISBN 0-8041-0989-3
- ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Mohammad Reza Pahlavi". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de abril de 2016
Bibliografia
[editar | editar código]- Afkhami, Gholam Reza (2009). The Life and Times of the Shah (em inglês). Oakland: University of California Press. ISBN 978-0520253285
- Asgharzadeh, Alireza (2007). Iran and the Challenge of Diversity: Islamic Fundamentalism, Aryanist Racism, and Democratic Struggles (em inglês). Nova Iorque: Palgrave MacMillan. ISBN 978-1-349-53885-0
- Cronin, Stephanie (2003). The Making of Modern Iran: State and Society under Riza Shah, 1921-1941 (em inglês). Nova Iorque: Routledge. ISBN 978-0-415-30284-5
- Curtis, Glenn E.; Hooglund, Eric (2008). Iran: A Country Study (em inglês). Washington, DC: Library of Congress. ISBN 978-0-8444-1187-3
- D'Agostino, Glauco (2010). Sulle vie dell'Islam. Percorsi storici orientati tra dottrina, movimentismo politico-religioso e architetture sacre (em italiano). Roma: Gangemi. ISBN 978-88-492-1926-5
- Dareini, Ali Akbar (1999). The Rise and Fall of the Pahlavi Dynasty: Memoirs of Former General Hussein Fardust (em inglês). Délhi: Motilal Banarsidass Publishers. ISBN 81-208-1642-0
- Farmanfarmaian, Manucher; Farmanfarmaian, Roxane (2005). Blood & Oil: A Prince's Memoir of Iran, from the Shah to the Ayatollah (em inglês). Nova Iorque: Random House. ISBN 0-8129-7508-1
- Farrokh, Kaveh (2011). Iran at War: 1500-1988 (em inglês). Oxford: Osprey Publishing. ISBN 978-1846034916
- Fischer, Michael M. J. (2003). Iran: From Religious Dispute to Revolution (em inglês). Madison: The University of Wisconsin Press. ISBN 0-299-18474-9
- Ford, Alan W. (1954). The Anglo-Iranian Oil Dispute of 1951-1952 (em inglês). Berkeley: University of California Press. ASIN B0000CJ39B
- Gendzier, Irene L. (2006). Notes from the Minefield: United States Intervention in Lebanon and the Middle East, 1945-1958 (em inglês). Nova Iorque: Columbia University Press. ISBN 0-231-14011-8
- Heath, Jennifer, ed. (2008). The Veil: Women Writers on Its History, Lore, and Politics (em inglês). Berkeley: University of California Press. ISBN 978-0-520-25040-6
- Ismael, Tareq Y.; Ismael, Jacqueline S. (2011). Government and Politics of the Contemporary Middle East: Continuity and Change (em inglês). Abingdon: Routledge. ISBN 978-0-415-49144-0
- Julicher, Peter (2015). "Enemies of the People" Under the Soviets: A History of Repression and Its Consequences (em inglês). Jefferson: McFarland & Co. ISBN 978-0-7864-9671-6
- Katouzian, Homa (2006). State and Society in Iran: The Eclipse of the Qajars and the Emergence of Pahlavis (em inglês). Londres: I.B. Tauris. ISBN 978-1-84511-272-1
- Khatib-Shahidi, Rashid (2012). German Foreign Policy Towards Iran Before World War II: Political Relations, Economic Influence and the National Bank of Persia (em inglês). Nova Iorque: I.B. Tauris. ISBN 978-1-84885-324-9
- Kia, Mehrdad (2016). The Persian Empire: A Historical Encyclopedia (Empires of the World) (em inglês). 2. Santa Barbara: ABC-CLIO. ISBN 978-1610693905
- Kinzer, Stephen (2006). All the Shah's Men: An American Coup and the Roots of Middle East Terror (em inglês). Hoboken: John Wiley & Sons. ISBN 978-0-470-18549-0
- Magill, Frank N. (1999). Dictionary of World Biography (em inglês). Volume VIII:The 20th Century Go-N. Nova Iorque: Routledge. ISBN 0-89356-322-6
- Majd, Mohammad Gholi (2001). Great Britain and Reza Shah: The plunder of Iran, 1921-1941 (em inglês). Gainesville: University Press of Florida. ISBN 0-8130-2111-1
- Majd, Mohammad Gholi (2012). August 1941: The Anglo-Russian Occupation of Iran and Change of Shahs (em inglês). Lanham: University Press of America. ISBN 978-0-76185940-6
- Marsh, S. (2003). Anglo-American Relations and Cold War Oil: Crisis in Iran (em inglês). Londres: Macmillan. ISBN 978-0333968314
- Milani, Abbas (2008). Eminent Persians: The men and women who made modern Iran, 1941-1979 (em inglês). 1. Nova Iorque: Syracuse University Press and Persian World Press. ISBN 978-0-8156-0907-0
- Milani, Abbas (2011). The Shah (em inglês). Londres: Macmillan. ISBN 978-1-4039-7193-7
- Moghissi, Haideh (2005). Women and Islam (em inglês). 2: Social conditions, obstacles and prospects. Abingdon: Routledge. ISBN 0-415-32420-3
- Motter, T.H. Vail (2000). The Middle East Theater: The Persian Corridor and Aid to Russia (em inglês). Washington, DC: Center of Military History - United Stats Army. LCCN 52-60791
- O'Reilly, Marc J. (2008). Unexceptional: America's Empire in the Persian Gulf, 1941-2007 (em inglês). Lanham: Lexington Books. ISBN 978-0-7391-0590-0
- Phillips, Tomas B. (2009). Queer Sinister Things: The Hidden History of Iran (em inglês). Raleigh: Lulu Press. ISBN 978-0-557-50547-0
- Rahimieh, Nasrin (2016). Iranian Culture: Representation and Identity (em inglês). Londres: Routledge. ISBN 978-1-13891378-3
- Shakibi, Zhand (2009). Revolutions and the Collapse of the Monarchy: Human Agency and the Making of Revolution in France, Russia, and Iran (em inglês). Nova Iorque: I.B. Tauris. ISBN 978-1-84511-292-9
- Sorenson, David S. (2014). An Introduction to the Modern Middle East: History, Religion, Political Economy, Politics (em inglês). Philadelphia: Westview Press. ISBN 978-0-8133-4922-0
- Wagner, Heather Lehr (2010). The Iranian Revolution (em inglês). Nova Iorque: Chelsea House Publishers. ISBN 978-1-60413-490-2
- Zonis, Marvin (1976). Political Elite of Iran (em inglês). Princeton: Princeton University Press. ISBN 0-691-00019-0
| Mohammad Reza Pahlavi Dinastia Pahlavi 26 de outubro de 1919 – 27 de julho de 1980 | ||
|---|---|---|
| Precedido por Reza Xá |
Xá da Pérsia 16 de setembro de 1941 – 11 de fevereiro de 1979 |
Monarquia abolida República Islâmica do Irã |
