Molho de alho

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Aioli com azeitonas
Tofu com molho de alho apimentado

Molho de alho é um molho preparado com alho como ingrediente principal. Normalmente tem um sabor pungente, com a profundidade do sabor do alho determinado pela quantidade utilizada do ingrediente. O alho é geralmente utilizado amassado ou finamente picado. O molho simples é feito apenas do alho adicionado a outro ingrediente que se misturará com ele por meio de emulsão, como óleo, manteiga ou maionese. Vários ingredientes adicionais podem ser usados na preparação.

A receita pode ser usado para complementar ou adicionar sabor a muitos alimentos e pratos, como bifes, peixes, frutos do mar, carne de carneiro,chuleta, frango, ovos e legumes. Ele também é usado como condimento.[1][2]

Tipos de molho de alho[editar | editar código-fonte]

Agliata[editar | editar código-fonte]

Couve-flor à milanesa servida com agliata

Agliata é um condimento salgado de alho utilizado na cozinha italiana para dar sabor e acompanhar carnes, peixes e vegetais assados, fritos ou cozidos.[3] Seu primeiro registro data da Roma Antiga, e continua sendo uma receita popular na culinária da Ligúria, no noroeste da Itália. Um molho similar, preparado com alho-poró no lugar do alho, recebe o nome de Porrata.[4][5][6]

Aioli[editar | editar código-fonte]

Aioli é um molho feito de alho e azeite de oliva do Mediterrâneo; em algumas regiões, outros emulsificantes como o ovo são utilizados.[7] O nome significa "alho e óleo" em Catalão e Provençal. É particularmente associado com a culinária das costas mediterrâneas da Espanha (Valência, Catalunha, Ilhas Baleares, Múrcia e Andaluzia oriental), França (Provence) e Itália (Ligúria).

Molho de alho e mel[editar | editar código-fonte]

Asas de frango com molho de alho e mel

Molho de alho e mel (Honey garlic sauce) é um molho agridoce popular no Canadá. Ele é geralmente colocado em asas de frango, costelas e outros alimentos de carne como almôndegas.[8][9]

Mojo[editar | editar código-fonte]

Na culinária cubana, o nome mojo se aplica a qualquer molho que é feito com base em azeite de oliva ou banha de porco, alho e o suco de alguma fruta cítrica, tradicionalmente de laranja-azeda.[10][11] Ele é utilizado para dar sabor ao aipim e também para marinar carnes assadas, principalmente suína.[12]

Mujdei[editar | editar código-fonte]

Mujdei é um molho picante da culinária da Romênia, feito de dentes de alho esmagados e moídos até se transformarem em uma pasta, salgados e misturados com água ou algum óleo vegetal.[13] O óleo mais usado na preparação é o de girassol.

Skordalia[editar | editar código-fonte]

Skordalia (ramequim no centro) com homus, vegetais e pão pita

Skordalia é um purê grosso da cozinha grega, feito pela combinação de alho esmagado com uma base densa que pode ser feita de pão amanhecido hidratado, purê de batatas, nozes ou amêndoas. Em seguida, azeite é batido na mistura para que se torne uma emulsão suave.[14] Vinagre também pode ser adicionado.

Ta'leya[editar | editar código-fonte]

Ta'leya é um molho de alho da culinária egípcia, feito fritando alho e adicionando vinagre e especiarias.[15][16]

Taratoor[editar | editar código-fonte]

Taratoor é um cremoso molho de alho da cozinha árabe da região do Golfo Pérsico e da cozinha francesa. Ele é um antecessor do aioli, e foi preparado inicialmente por camponeses da Grande Síria. Mais tarde, foi levado para a Península Ibérica pelos fenícios, e foram levados novamente para lá posteriormente pelos árabes; a partir disso, ele chegou no sul da França.[2]

Molho de tomate com alho[editar | editar código-fonte]

Essa versão é preparada utilizando tomates como ingredientes principais. Na cozinha italiana, alla pizzaiola refere-se ao tomate-molho de alho, que é usada em pizzas, massas e carnes.[17]

Toum[editar | editar código-fonte]

Toum é um molho de alho comum no Levante. Semelhante ao aioli Provençal, ele é feito de alho, sal, azeite ou óleo vegetal e suco de limão, ingredientes que são tradicionalmente esmagados juntos utilizando um pilão de madeira.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. David, E.; Child, J.; Renny, J. (1999). French Provincial Cooking. Col: Penguin twentieth-century classics. [S.l.]: Penguin Publishing Group. p. 137. ISBN 978-1-101-50123-8. Consultado em 29 de julho de 2017 
  2. a b Salloum, H.; Lim, S. (2012). Arabian Nights Cookbook: From Lamb Kebabs to Baba Ghanouj, Delicious Homestyle Arabian Cooking. [S.l.]: Tuttle Publishing. p. 27. ISBN 978-1-4629-0524-9. Consultado em 29 de julho de 2017 
  3. Crocetti, Adri Barr (18 de abril de 2015). «A Heritage Pasta». L'Italo-Americano. Consultado em 3 de abril de 2016 
  4. «PORRATA: Vocabolario della Crusca, Firenze - 4° edizione (1729-1738)» 
  5. Capatti, A.; Montanari, M.; O'Healy, A. (2003). Italian Cuisine: A Cultural History. Col: Arts and Traditions of the Table: Perspe. [S.l.]: Columbia University Press. p. 36. ISBN 978-0-231-50904-6 
  6. may, T. (2005). Italian Cuisine: The New Essential Reference to the Riches of the Italian Table. [S.l.]: St. Martin's Press. p. 25. ISBN 978-0-312-30280-1. Consultado em 3 de abril de 2016 
  7. Goodman, M.; Holland, L.; McKinstry, P. (2006). Food to Live by: The Earthbound Farm Organic Cookbook. [S.l.]: Workman Pub. p. 224. ISBN 978-0-7611-4389-5. Consultado em 29 de julho de 2017 
  8. Richard, S. (2009). Dinner Survival: The Most Uncomplicated, Approachable Way to Get Dinner to Fit Your Life. Col: Cooking for the rushed. [S.l.]: Simon & Schuster. p. 74. ISBN 978-1-4165-4364-0 
  9. Mintz, Corey (4 de junho de 2016). «How I learned to butcher a piggy for market». thestar.com. Consultado em 19 de abril de 2016 
  10. Books, Madison; Andrews McMeel Publishing, LLC; Kummer, C. (2007). 1001 Foods To Die For. [S.l.]: Andrews McMeel Publishing. p. 385. ISBN 978-0-7407-7043-2. Consultado em 29 de julho de 2017 
  11. Albala, K. (2011). Food Cultures of the World Encyclopedia [4 volumes]: [Four Volumes]. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 1-PA94. ISBN 978-0-313-37627-6. Consultado em 29 de julho de 2017 
  12. Steve Otto (24 de outubro de 2007). «Cuban Is Ours, Any Way You Try To Slice It». Cópia arquivada em 7 de maio de 2009 
  13. Planet, L. (2017). Lonely Planet Romania & Bulgaria. Col: Travel Guide. [S.l.]: Lonely Planet Publications. p. 593. ISBN 978-1-78701-066-6. Consultado em 29 de julho de 2017 
  14. Wright, C.A. (2001). Mediterranean Vegetables: A Cook's ABC of Vegetables and Their Preparation in Spain, France, Italy, Greece, Turkey, the Middle East, and North Africa with More Than 200 Authentic Recipes for the Home Cook. [S.l.]: Harvard Common Press. p. 170. ISBN 978-1-55832-196-0. Consultado em 29 de julho de 2017 
  15. «New Statesman». Statesman and Nation Publishing Company. 1987. 36 páginas 
  16. Smith, A. (2013). The Oxford Encyclopedia of Food and Drink in America. Col: The Oxford Encyclopedia of Food and Drink in America. [S.l.]: OUP USA. p. 678. ISBN 978-0-19-973496-2. Consultado em 9 de junho de 2016 
  17. Anderson, B. (2001). The Foods of Italy: The Quality of Life. Col: Naturalmente Italiano. [S.l.]: Italian Trade Commission. p. 154. Consultado em 29 de julho de 2017