Catita-de-listras

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Monodelphis scalops)
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCatita-de-listras
Crânio da catita-de-listras
Crânio da catita-de-listras
Espécime avistado em 2019
Espécime avistado em 2019
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Marsupialia
Ordem: Didelphimorphia
Família: Didelphidae
Gênero: Monodelphis
Espécie: M. scalops
Nome binomial
Monodelphis scalops
(Thomas, 1888)
Distribuição geográfica
Distribuição do Monodelphis scalops
Distribuição do Monodelphis scalops
Wikispecies
Wikispecies
O Wikispecies tem informações sobre: Catita-de-listras

Catita-de-listras[2] (nome científico: Monodelphis scalops)[3] é uma espécie de marsupial da família dos didelfiídeos (Didelphiidae). Pode ser encontrada na Argentina, Paraguai e no Brasil, nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

A catita-de-listras apresenta porte pequeno, com comprimento de 20 centímetros, cauda entre 57 e 65 milímetros, e massa corporal entre 48 e 74 gramas. Possui padrão de coloração dorsal avermelhada na cabeça, membros anteriores e posteriores, cinza salpicado de branco na região intermediária entre a cabeça e as ancas, não possui faixas dorsais longitudinais, e a pelagem ventral é composta de pelos cinzas de ápice creme amarelado. A cauda, não-preênsil, possui porção proximal coberta de pelos semelhantes aos do dorso e os ¾ restantes cobertos por pelos avermelhados. Não possui marsúpio.[4]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

A catita-de-listras tem distribuição pelo sudeste do Brasil nas regiões do bioma da Mata Atlântica dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo, estendendo o território até o Paraná, e a outros países como Paraguai e Argentina.[5]

Ecologia e comportamento[editar | editar código-fonte]

A catita-de-listras foi classificada como insetívoro-onívora. Não há informações mais precisas sobre os hábitos alimentares e nem sobre a reprodução desta espécie. É um marsupial terrícola, presente tanto em florestas primárias quanto secundárias. Sua atividade é predominantemente crepuscular.[6][7]

Conservação[editar | editar código-fonte]

A perda progressiva de habitat devido ao homem é uma ameaça para algumas partes da área de distribuição e algumas populações estão em declínio. Consta como vulnerável na entrada de 2006 da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).[8] No Brasil, também aparece em várias listas de conservação: em 2005, foi citado como criticamente em perigo na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[9] em 2014, como quase ameaçado no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo;[10] e em 2018, como ameaçado na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro[11] e pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[2][12]

Referências

  1. a b Vieira, E.; Brito, D. (2008). Monodelphis scalops (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 22 de setembro de 2014..
  2. a b «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  3. Gardner, A. L. (2005). «Monodelphis scalops». In: Wilson, D. E.; Reeder, D. M. Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference 3.ª ed. Baltimore: Imprensa da Universidade Jons Hopkins. p. 15. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  4. Brown, Barbara E. (2004). Atlas of New World marsupials. Chicago, Ilinóis: Museu Field de História Natural 
  5. Grazzini, Guilherme; Mochi-Junio, Cássio Marcelo; Oliveira, Heloisa de; Pontes, Jaqueline dos Santos; Gatto-Almeida, Fernanda; Tiepolo, Liliani Marilia (2015). «Identidade, riqueza e abundãncia de pequenos mamíferos (Rodentia e Didelphimorphia) de área de Floresta com Araucária no estado do Paraná, Brasil». Papéis Avulsos de Zoologia (São Paulo). 55 (15): 217–230. ISSN 1807-0205. doi:10.1590/0031-1049.2015.55.15 
  6. Pine, Ronald H. (1979). «Taxonomic notes on "Monodelphis dimidiata itatiayae (Miranda-Ribeiro)", Monodelphis domestica (Wagner) and Monodelphis maraxina Thomas (Mammalia : Marsupialia : Didelphidae)». Mammalia. 43 (4). ISSN 0025-1461. doi:10.1515/mamm.1979.43.4.495 
  7. Ferreira Haluch, Carolina; Abilhoa, Vinícius; Ventura de Pina, Juliana (24 de novembro de 2004). «Peixes marinhos do estado do Paraná depositados no Museu de História Natural do Capão da Imbuia (MHNCI), Curitiba, Paraná, Brasil». Estudos de Biologia. 26 (56). ISSN 1980-590X. doi:10.7213/reb.v26i56.21742 
  8. Nascimento, Dayse Carvalho do; Chagas, Carolina Costa; Souza, Norma Valéria Dantas de Oliveira; Marques, Graciete Saraiva; Rodrigues, Fernanda Rocha; Cunha, Clicia Vieira; Santos, Deborah Machado dos; Silva, Patricia Alves dos Santos (dezembro de 2016). «Experiência Cotidiana: a Visão da Pessoa com Estomia Intestinal». Estima. 14 (4): 183–192. ISSN 1806-3144. doi:10.5327/z1806-3144201600040005 
  9. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  10. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  11. «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022 
  12. «Monodelphis scalops (Thomas, 1888)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 26 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022