Monteiro Lopes

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Monteiro Lopes é uma espécie de biscoito preparado em massa delicada crocante, além de conter uma cobertura com chocolate empanada em açúcar cristal. É um biscoito típico do Norte do Brasil, mais especificamente de Belém do Pará.[1]

Origem do nome[editar | editar código-fonte]

Etimologia popular[editar | editar código-fonte]

O doce mais trivial de qualquer mesa de aniversário chama-se “Monteiro Lopes”, há uma versão popularizada do motivo pelo qual foi assim batizado, por uma certa razão, digamos, íntima. Seria uma versão paraense da obra de Shakespeare, Romeu e Julieta. Tudo começou em Belém do Pará, em meados do século XIX, onde duas famílias com padarias disputavam a preferência dos clientes que frequentavam o tradicional mercado do Ver-o-Peso. De um lado, o mulato Manuel Monteiro, que conquistava os consumidores do mercado com seu biscoito com camada de chocolate por cima, mas que não poderia ouvir falar em seu maior rival, o português Antônio Lopes, que também comercializava no local e agradava combro seu biscoito crocante. A disputa entre as famílias era grande, porém os filhos acabaram se apaixonando e casando. Para isso, o casal teve que sair da capital paraense e se casar escondidos na cidade de Cametá. O casamento veio à tona somente após a morte de seus pais e em homenagem a eles e a familia, o casal decidiu unir os doces e batizaram com os sobrenomes de suas famílias, o que a partir dali ficou conhecido como Monteiro Lopes.[2]

Etimologia real[editar | editar código-fonte]

A verdadeira história da iguaria Monteiro Lopes remete ao falecido desembargador Agnano Moura Monteiro Lopes, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) nos anos 60 e 70. Agnano, negro, quando jovem recém-formado em Direito no início dos anos 30, conheceu Laura, jovem branca de família portuguesa, que contrária ao namoro expulso-a de casa, sendo a jovem acolhida pela mãe de Agnano, Dona Júlia. Uma amiga doceira de Dona Júlia, em função de toda história do jovem casal criou o doce, parte branca, parte escura, para simbolizar a união dizendo "o branco não se separa do negro", batizando-o com o nome de família que ambos a partir do casamento compartilhariam, foram 56 anos de união e 4 filhos.[2][3][4]

Referências

  1. ASOLIVA (20 de outubro de 2004). «Monteiro Lopes». Azeite de Oliva Espanhol. ICEX. Consultado em 22 de maio de 2023. Arquivado do original em 6 de maio de 2005 
  2. a b Silva Jr., Juarez C. da (1 de junho de 2019). «Monteiro Lopes, a real história da iguaria paraense». Blog do Juarez. WordPress.com. Consultado em 22 de maio de 2023. Cópia arquivada em 17 de maio de 2023 
  3. Palheta, Nélio (23 de fevereiro de 2018). Diário Oficial do Estado do Pará (PDF). A História no Diário Oficial (Relatório). Belém: Imprensa Oficial do Estado do Pará. p. 2. 80 páginas. Consultado em 22 de maio de 2023 
  4. Silva Jr., Juarez C. da (23 de outubro de 2018). «Monteiro Lopes: o Desembargador e o biscoito». Prezi. Consultado em 22 de maio de 2023