Morte de Darren Rainey

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Entrada para o Instituto Correcional de Dade e o Instituto Correcional de Homestead; Rainey morreu em Dade

Darren Rainey (12 de janeiro de 1962 – 23 de junho de 2012) morreu no Instituto Correcional de Dade (Dade CI), localizado em território não incorporado no Condado de Miami-Dade, na Flórida, em 23 de junho de 2012.[1] A prisão fica próxima à Florida City, ao sul de Homestead.

Em 2014, o presidiário do Dade CI, Mark Joiner, acusou as autoridades da prisão de torturar até a morte o prisioneiro portador de deficiência intelectual, Darren Rainey, escaldando-o no chuveiro.[2] Um prisioneiro afirmou que Rainey, 50 anos, havia defecado em sua cela e se recusava a limpá-la, e por isso os guardas da prisão o puniram. Ele morreu em 23 de junho de 2012.[1] Originalmente, a polícia classificou sua morte como não explicada, e o Departamento de Correções nunca puniu nenhum funcionário. Mais tarde, dois oficiais em serviço no momento da morte receberam promoções. A polícia começou a entrevistar testemunhas depois que o Miami Herald obteve registros públicos e fez uma visita à prisão.[3]

Causa da morte[editar | editar código-fonte]

Rainey foi trancado em um chuveiro projetado para que ele não tivesse controle sobre a temperatura de 180 °F (82,2 °C) da água. Ele morreu de queimaduras em mais de 90% do seu corpo. Posteriormente, soube-se que sua pele "caiu ao toque".[4]

Pelo menos outros oito prisioneiros foram submetidos a banhos escaldantes dentro da "Unidade de Cuidados de Transição" de Dade.[4]

Resultado da investigação[editar | editar código-fonte]

Como resultado da investigação policial, organizações de direitos humanos tais como a Anistia Internacional, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) da Flórida e o Conselho de Igrejas da Flórida enviaram uma carta ao Procurador-Geral dos Estados Unidos, Eric Holder, pedindo pela intervenção do Departamento de Justiça dos EUA (USDOJ). [2] Em abril de 2014, George Mallinckrodt, um psicoterapeuta que trabalhou de 2008 a 2011 na ala psiquiátrica do Instituto Correcional de Dade, chamada Unidade de Cuidados de Transição, apresentou uma queixa ao USDOJ sobre a forma como os prisioneiros intelectualmente deficientes são tratados.[5]

Em julho de 2014, Mike Crews, secretário do Departamento de Correções da Flórida, suspendeu Jerry Cummings, diretor da do Instituto Correcional de Dade, colocando-o em licença remunerada.[6] Mais tarde naquele mês, Cummings foi demitido.[7]

Até maio de 2015, ninguém havia sido acusado pelo Departamento de Polícia de Miami-Dade, e o médico legista de Miami-Dade não havia ainda realizado uma autópsia.[1] Neste mesmo mês, o Departamento de Justiça dos EUA começou a investigar a morte de Rainey.[8]

Em janeiro de 2016, o Agência Forense de Miami-Dade concluiu a autópsia de Darren Rainey, sendo esta vazada para o Miami Herald. Nela foi determinado que a morte de Rainey havia sido acidental e decorrente de uma combinação do confinamento no chuveiro, além de seus problemas no coração e pulmão e sua esquizofrenia. O médico legista não constatou que a equipe não pretendesse ferir Rainey nem que a água do chuveiro estivesse excessivamente quente. A autópsia final não foi divulgada ao público.[9]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]