Mosquete Modelo 1752

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Mosquete Modelo 1752

ilustração aproximada do Mosquete Modelo 1752.
Tipo Mosquete
Local de origem Reino de Espanha Reino de Espanha
História operacional
Em serviço 1752 em diante
Utilizadores
Guerras Ver Guerras
Histórico de produção
Data de criação 1752
Fabricante Arsenais Estatais — Espanha[1]
Período de
produção
1752século XIX
Especificações
Peso de 4,90 kg (10,8 lb)[1]
Comprimento de 1 450 mm (57 in)[1]
Comprimento 
do cano
de 1 100 mm (43 in)[1]
Cartucho Cartucho de papel, musket ball subdimensionada para reduzir os efeitos de incrustação de pólvora ao disparar.
Calibre de 17,5 mm (0,69 in)
Cano de disparo de alma lisa
Ação Pederneira
Cadência de tiro 2 a 3 tpm, 4 no máximo, dependendo da habilidade do atirador
Alcance efetivo 43 m (47 yd)[1]
Sistema de suprimento tiro único por antecarga
Mira De ferro[1]

O Mosquete Modelo 1752 foi a primeira arma padrão da infantaria do "Ejército de Tierra" espanhol, inventado em 1752 e usado pelo exército espanhol desde então, até ser substituído pelos fuzis Minié, muito mais eficazes, em meados do século XIX. O Mosquete M1752 foi implantado nas colônias hispano-americanas, onde entrou em ação durante a invasão britânica de Cuba. A Espanha também forneceu cerca de 10.000 a 12.000 desses mosquetes para os rebeldes americanos durante sua luta contra os britânicos.[2][3]

Visão geral[editar | editar código-fonte]

O Mosquete Modelo 1752 foi um mosquete típico para o período, a arma manteve uma longa vida útil sob a coroa espanhola e foi implantada em suas várias forças de linha de frente em vários domínios espanhóis. O Modelo 1752 estava em ampla circulação até meados da década de 1850, época em que mais e mais forças de combate estavam adotando mosquetes Minié mais modernos (categorizados como "mosquetes estriados").[1]

O Mosquete Modelo 1752 apresentava características de design associadas às armas longas desse período nas guerras terrestres (na infantaria de linha) - possuiam canos longos e pesados utilizando coronhas de madeira de peça única que abrigava o cano de aço e o mecanismo de ação da arma. Como eram armas de antecarga, que exigia o uso de uma vareta de carregamento, mantida em um canal na coronha sob o cano. A coronha era afixada ao cano em vários pontos, geralmente duas cintas de latão e um protetor também de latão, na ponta do guarda mão, que tinha mais um tubo de suporte da vareta fundido nela.[1]

O mecanismo de disparo era do método de pederneira, exigindo que um pedaço de sílex fosse colocado em uma espécie de pinça no cão e armado para trás antes do disparo. As etapas adicionais incluíam o carregamento de pólvora negra primeiramente no cano juntamente com a bala esférica e em seguida na caçoleta. A coronha de madeira incorporava uma empunhadura reta que era ligeiramente inclinada para baixo e estendida para se tornar o batente que tinha uma placa de proteção. A mira era feita através de acessórios ao longo da parte superior da arma. O gatilho foi instalado dentro de um anel oblongo (guarda-mato) sob o mecanismo de ação. O mecanismo de ação era específico e conhecido como "mecanismo Miquelet", que retrabalhava algumas das práticas de design conhecidas da pederneira - principalmente na mola principal e no cão.[1]

Variantes[editar | editar código-fonte]

O Modelo 1752 sofreu algumas modificações posteriores em 1755 e 1757.[1]

Modelo 1752[editar | editar código-fonte]

O Modelo 1752 original.[1]

Modelo 1755[editar | editar código-fonte]

O Modelo 1755 foi uma versão modificada do padrão em 1755.[1]

Modelo 1757[editar | editar código-fonte]

O Modelo 1757 foi uma versão modificada do padrão em 1757.[1]

Guerras[editar | editar código-fonte]

Esses foram os conflitos nos quais o Mosquete Modelo 1752 foi utilizado:

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m «Model 1752 (Spanish) Muzzle-Loaded Service Musket». Military Factory. Consultado em 24 de janeiro de 2021 
  2. Herman O. Benninghoff, II (Março de 2005). «Some Spanish Weapons in the American Revolution» (PDF). American Society of Arms Collectors. Consultado em 24 de janeiro de 2021 
  3. Troiani, Don; Coates, Earl J.; Kochan, James (1998). Don Troiani's Soldiers in America, 1754-1865 (em inglês) ilustrada ed. [S.l.]: Stackpole Books. p. 138. 242 páginas. ISBN 978-0-81170-519-6. Consultado em 24 de janeiro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]