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Movimento Independente para a Reconstrução Nacional / Partido da Direita Portuguesa

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Movimento Independente para a Reconstrução Nacional / Partido da Direita Portuguesa
Fundação27 de julho de 1979
Dissolução12 de novembro de 1997
SedePortugal Portugal
IdeologiaNacionalismo
Neosalazarismo
Integralismo Lusitano
Conservadorismo nacional
Populismo de direita
Protecionismo
Corporativismo
Espectro políticoExtrema-direita

O Movimento Independente para a Reconstrução Nacional / Partido da Direita Portuguesa (MIRN/PDP), foi um partido português, já dissolvido, fundado em 1979.

Defendia o estabelecimento de um regime presidencialista[1] e foi frequentemente conotado com a extrema-direita.

História

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Foi oficialmente inscrito como partido em 1979 tendo na sua genealogia o Movimento Independente para a Reconstrução Nacional (MIRN), criado em janeiro de 1977 pelo General Kaúlza de Arriaga, seu Líder.̴

O MIRN foi legalizado como associação a 23 de dezembro de 1976 e os seus estatutos tornados públicos em janeiro de 1977 e, como não era ainda um partido, os militantes do CDS e PPD que quisessem podiam ter dupla filiação – a direção do CDS emitiu uma diretiva a proibir os seus militantes de o fazerem.[2]

A Juventude do MIRN conseguiu, no entanto, afirmar-se entre os jovens da direita, recrutando entre o Movimento Nacionalista Português e a Juventude do CDS. Os jovens foram um dos principais alvos do recrutamento do movimento e, para evitar desvios mais radicais, nocivos para a imagem pública do MIRN, Kaúlza nomeou o tenente-coronel Bernardino Margalho Soares para dirigir a estrutura juvenil.[2]

A sede do MIRN era na Avenida da Liberdade, em Lisboa, que era propriedade do industrial Lúcio Tomé Feteira. A delegação do Porto terá sido fundada pelos então jovens Diogo Pacheco de Amorim e Frederico Ancede.[3]

Em 1979 apoiou a Aliança Democrática (AD).[2]

Concorreu depois às eleições legislativas de 1980, pretendendo ser uma alternativa à mesma AD, coligado com o Partido da Democracia Cristã (PDC) e a Frente Nacional (FN) tendo obtido resultados pouco significativos. Entretanto, o seu Presidente foi afastado pelo advogado António dos Santos Ferreira, que assumiu as suas funções.[carece de fontes?] Em 1984 cessou a sua actividade enquanto partido político, dissolvendo-se oficialmente em 1997.

O seu ideal, segundo um seu opúsculo programático, surgia para executar a nova política externa fundada “nas três riquezas nacionais: a capacidade de trabalho dos portugueses […]; o incalculável valor global das nossas posições geoestratégicas […]; e as relações privilegiadas com importantes países de expressão lusíada".

Pretendia internamenteː

  1. Rever a Constituição para estabelecer um regime presidencialista, uma IV República;
  2. A ‘desmarxização’ do país,
  3. diminuição do papel económico do Estado e das suas funções sociais,
  4. reprivatização da economia,
  5. “a redução da libertinagem, da parasitagem e da marginalidade” e
  6. “a reorganização e o funcionamento capazes do ensino e da assistência sanitária, privatizando-os”.

Uma outra grande ideia do MIRN era o julgamento de todos os responsáveis pela descolonização no seguimento do 25 de Abril de 1974, dos socialistas aos comunistas, sem esquecer os centristas e os sociais-democratas. O MIRN considerava a descolonização uma “catástrofe nos aspetos humano, como político, económico, estratégico”, nas palavras de Kaúlza no documento A Proposta MIRN, de 1977.[2]

Cronologia

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Resultados eleitorais do partido

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Resultados em eleições
(o ano liga à página da eleição)
Ano Designação Tipo de Eleição Votos % Mandatos
1980 PDC-MIRN/PDP-FN Legislativas 23 819 0.4% 0

(fonte: Comissão Nacional de Eleições)

Ver também

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Referências

  1. a b «Movimento Independente para a Reconstrução Nacional/Partido da Direita Portuguesa». Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 31 de maio de 2010 
  2. a b c d Movimento Independente para a Reconstrução Nacional (MIRN), Setenta e Quatro (consulta em 8.5.2022)
  3. Movimento Independente para a Reconstrução Nacional (MIRN), Setenta e Quatro (consulta em 8.5.2022(
  4. «Resultados Eleitorais». Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 31 de maio de 2010 
  5. a b «Acordão N.º 674/97». Tribunal Constitucional. 12 de novembro de 1997. Consultado em 31 de maio de 2010 

Ligações externas

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