Movimento Popular de Saúde

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O Movimento Popular de Saúde (MOPS) surgiu no Brasil na década de 1970 a partir da mobilização pela saúde como direito social. Agregou integrantes de diversas entidades do campo da esquerda, como as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), ligadas à Teologia da Libertação, a Pastoral da Saúde, o movimento sindical e líderes comunitários.[1] Sua criação oficial ocorreu no "III Encontro Nacional de Experiências em Medicina Comunitária", realizado em Goiânia, em 1981.[2]

Apoiando-se no grande alcance do movimento católico em todo o território nacional, sobretudo através das CEBs, o MOPS se multiplicou por cidades de grande e pequeno porte, produzindo intensas ações de reivindicação por serviços de saúde. Exerceu papel fundamental na defesa da participação social no controle dos serviços públicos de saúde e do financiamento público do sistema de saúde durante a 8ª Conferência Nacional de Saúde (1986), um momento histórico de mobilização popular que culminou na criação do Sistema Único de Saúde.[3]

Referências

  1. Doimo, A. M.; Rodrigues, M. M. A. (outubro de 2003). «A formulação da nova política de saúde no Brasil em tempos de democratização: entre uma conduta estatista e uma concepção societal de atuação política». Política & Sociedade (3): 95-115 
  2. Stotz, E. N. (março de 2005). «A educação popular nos movimentos sociais da saúde: uma análise de experiências nas décadas de 1970 e 1980». Trab. educ. saúde. 3 (1). doi:10.1590/S1981-77462005000100002 
  3. Carvalhais, R. (2009). «Movimentos populares transformaram o modelo de saúde pública no país». Revista Ser Médico. CREMESP. Consultado em 15 de janeiro de 2021