Movimento antivacina
O movimento antivacina é uma oposição mais ou menos organizada à vacinação pública, oriunda de uma ampla gama de críticos de vacinas, algo que existe desde as primeiras campanhas de vacinação.[1] O movimento antivacina moderno, de natureza quase mundial, faz uso dos recursos da internet e se baseia em ideias sem comprovação científica e em teorias da conspiração.
História[editar | editar código-fonte]
Apesar de sempre existirem pessoas que desconfiavam da eficiência e segurança das vacinas, a comunidade médica acredita que o movimento antivacina teve um estopim em 1998, quando o médico britânico Andrew Wakefield publicou um estudo fraudulento em uma conceituada revista científica, a The Lancet.[2][3] Nele, Wakefield relacionava a vacina tríplice viral, que previne contra a caxumba, o sarampo e a rubéola, ao autismo. [2][3] O artigo foi desacreditado quando outros cientistas fizeram novos estudos para comprovar a conexão, o que nunca aconteceu.[2][3] Pouco tempo após a publicação, descobriu-se que o médico estava envolvido com advogados que queriam lucrar com base em processos contra fabricantes de vacinas. Ademais, ele utilizou dados falsos e alterou informações sobre os pacientes. Após a confirmação do caso, a The Lancet se retratou e retirou o estudo de seus arquivos.[3] Wakefield perdeu o registro médico e a publicação foi tirada de circulação.[2][3] Entretanto, grupos antivacina argumentam com o estudo até a época atual.[2]
A resistência à vacinação foi listada pela Organização Mundial da Saúde como uma das dez maiores ameaças à saúde global neste 2019.[4]
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Controvérsia sobre o papel das vacinas no autismo
- Campanha de vacinação
- Desinformação na pandemia de COVID-19
- Imunidade de grupo
Referências
- ↑ Wolfe R, Sharp L (2002). «Anti-vaccinationists past and present». BMJ. 325 (7361): 430–2. PMC 1123944
. PMID 12193361. doi:10.1136/bmj.325.7361.430
- ↑ a b c d e Thais Carvalho Diniz (5 Dezembro 2017). «Movimento antivacina: como surgiu e quais consequências ele pode trazer?». UOL Universa. Consultado em 22 Dezembro 2019
- ↑ a b c d e Julia Di Spagna (17 Outubro 2019). «Entenda o que é o movimento antivacina». Guia do Estudante. Consultado em 22 Dezembro 2019
- ↑ «Movimento antivacina: como combater essa onda que ameaça sua saúde?». Anahp — Associação Nacional de Hospitais Privados. 3 de outubro de 2019. Consultado em 22 Dezembro 2019
- ↑ Wane, Joanna. «The case for vaccination» (PDF). North & South. Consultado em 3 Julho 2015
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Organização Mundial da Saúde considera movimento antivacina uma ameaça à saúde mundial (Veja)
- Movimento antivacina: como combater essa onda que ameaça sua saúde? (Associação Nacional de Hospitais Privados)
- Os perigos do movimento antivacinas (Sociedade Brasileira de Pediatria)
- CFM e SBP alertam população e médicos para necessidade de manter vacinação em dia (Conselho Federal de Medicina)