Movimento ao Socialismo

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Movimento ao Socialismo
Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía de los Pueblos
Presidente Evo Morales
Fundação 23 de julho de 1997
Sede La Paz,  Bolívia
Ideologia Socialismo
Indigenismo[1]
Anti-imperialismo[1]
Espectro político Esquerda a Extrema-esquerda
Afiliação internacional Foro de São Paulo
Aliança Progressista
Câmara dos Deputados
75 / 130
Senado
21 / 36
Cores       Azul

O Movimento ao Socialismo - Instrumento Político para a Soberania dos Povos (em espanhol: Movimiento al Socialismo - Instrumento Político por la Soberanía de los Pueblos, abreviado MAS-IPSP), ou simplesmente Movimento ao Socialismo (MAS), é um partido político socialista boliviano.[2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

O MAS tem suas origens na organização dos cocaleros da região do Chapare, sob a liderança de Evo Morales. Em 1995, diversas organizações camponesas se uniram na Assembléia pela Soberania dos Povos (ASP). Sem conseguir o número de asinaturas necessário para a formalização do partido, o grupo de Morales acabou se filiando à Izquierda Unida (IU) para as eleições de 1997. Eleito deputado, Morales deixou a IU em 1999 e assumiu o comando do Movimiento al Socialismo-Unzanguista (MAS-U)[3], sigla que havia sido fundada pelo empresário David Añez Pedraza em 1987[4][5].

Nas eleições legislativas de 2002, a candidatura de Morales à presidência da Bolívia ficou em segundo lugar, perdendo para Gonzalo Sánchez de Lozada. No mesmo ano o jovem partido obteve 27 das 130 cadeiras do Parlamento. Dois anos depois, nas eleições municipais de 2004, os candidatos a prefeito do MAS venceram em dois terços dos municípios da zona rural. Nas eleições presidenciais de 2005, Morales elegeu-se presidente[6].

Resultados eleitorais[editar | editar código-fonte]

Eleições gerais[editar | editar código-fonte]

Data CI. Candidato

apoiado

Votos % +/- Deputados +/- Senadores +/- Status
2002 2.º Evo Morales 581 884
20,9 / 100,0
27 / 130
8 / 27
Oposição
2005 1.º Evo Morales 1 544 374
53,7 / 100,0
Aumento32,8%
72 / 130
Aumento45
12 / 27
Aumento4 Governo
2009 1.º Evo Morales 2 943 209
64,2 / 100,0
Aumento10,5%
88 / 130
Aumento16
26 / 36
Aumento14 Governo
2014 1.º Evo Morales 3 173 304
61,4 / 100,0
Baixa2,8%
88 / 130
Estável
25 / 36
Baixa1 Governo
2019 1.º Evo Morales 2 889 359
47,08 / 100,0
Baixa14,32%
67 / 130
Baixa21
21 / 36
Baixa4 Anulada
2020 1.º Luis Arce 3 393 978
55,10 / 100,0
Aumento8,02%
75 / 130
Aumento8
21 / 36
Estável Governo

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. a b Quiroga, María Virginia (2012). «A identidade política do MAS-IPSP na Bolívia: Tradições, demandas e antagonismos». Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Brasília (ICS-UnB). Pós - Revista Brasiliense de Pós-Graduação em Ciências Sociais. 11. Consultado em 8 de novembro de 2022 
  2. LEVITSKY, Steven; ROBERTS, Kenneth M. The Resurgence of the Latin American Left. JHU Press, 2013. Página 239 (em inglês)
  3. VIANA, João Paulo Saraiva Leão; MIGUEL, Vinícius Raduan. Bolívia: ascensão indígena ao poder e o Movimento ao Socialismo (MAS). Página 96
  4. Fallece fundador y presidente vitalicio del partido de Evo Morales. El País, 20 de outubro de 2010
  5. CORONADO, Cristian. Pasado, presente y futuro de los partidos étnicos en Bolivia. Rev Cien Cult [online]. 2011, n.26 (em espanhol)
  6. EITZINGER, Manuel. Evo Morales y su Movimiento al Socialismo: ¿Populismo étnico, nacionalismo reformado?. GR Historia del populismo latinoamericano en el siglo XX – Teoría y práctica. Página 4 (em espanhol)