Cerca medieval de Évora

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(Redirecionado de Muralha Fernandina de Évora)
Cerca medieval de Évora
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Tipo Muralha
Estilo dominante Gótico, Manuelino, Maneirista e Revivalista
Início da construção Séc. XIV
Restauro Séc. XV, XVI, XVII, XVIII e XIX.
Proprietário atual Câmara Municipal de Évora
Função atual Marco histórico
Património Nacional
Classificação  Monumento Nacional
Ano 1910
DGPC 69830
SIPA 3822
Geografia
País Portugal
Cidade Évora
Coordenadas 38° 34' 21" N 7° 54' 54" O

A cerca medieval de Évora, também referida como cerca nova de Évora, muralha medieval de Évora ou muralhas fernandinas de Évora, refere-se às muralhas da cidade de Évora erigidas por D. Afonso IV e D. Fernando I. Localizam-se na freguesia de Santo Antão, na cidade de Évora, em Portugal.

O seu conjunto encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1922,[1] e integra o conjunto do Centro Histórico de Évora, inscrito como Património Mundial da UNESCO.[2]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Castelo de Évora

As obras de edificação deste circuito de muralhas tiveram início no século XIV, por ordem de Afonso IV de Portugal e perduraram até ao reinado de Fernando I de Portugal.

Posteriormente, no século XVII foram reforçadas pela construção de baluartes avançados.[3][4]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O conjunto é constituído pelas torres e panos de muralha erguidos nos séculos XIV e XV que delimitam a cidade medieval, as torres da Rampa dos Colegiais, do Baluarte de São Bartolomeu, do Jardim Público, das Portas de Aviz, as que se situam nas proximidades do Convento do Calvário (entre as portas do Raimundo e da Lagoa), e entre o baluarte do conde de Lippe e o Quartel de Cavalaria.[5]

Essas estruturas são caracterizadas por diversos estilos arquitectónicos, desde o gótico e o manuelino das janelas dos alçados Norte e Oeste, o estilo abaluartado do tipo Vauban da Porta de Aviz e de outros troços da muralha seiscentista, até ao estilo revivalista da Porta do Raimundo ou a descaracterização da Porta da Lagoa, em virtude das numerosas reedificações e restauros aos longo dos séculos.[5][6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. Decreto n.º 8229, DG n.º 133, de 04-07-1922
  2. World Heritage Convention (UNESCO). «Historic Centre of Évora.» (em inglês). Consultado em 17 de março de 2011 
  3. IGESPAR, Ministério da Cultura de Portugal. «Ficha detalhada das Muralhas de Évora (cerca medieval)». Consultado em 18 de março de 2011 
  4. Simplício, Maria Domingos V. M. (2003). Évora: origem e evolução de uma cidade medieval. in Revista da Faculdade de Letras - Geografia. Porto: [s.n.] pp. 366 e 367. Consultado em 17 de Março de 2011 
  5. a b Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (SIPA/DGPC). «Muralhas e Fortificações de Évora / Sistema Defensivo de Évora». Consultado em 18 de Março de 2011 
  6. ESPANCA, Túlio (1966). Inventário Artístico de Portugal-Distrito de Évora. vol. I. Lisboa: [s.n.] 

Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]

  • LIMA, Miguel dos Reis Pedroso de (1995). O recinto muralhado de Évora: subsídios para o estudo do seu traçado. texto policopiado - Tese Mestrado em Recuperação do Património Arquitectonico e Paisagístico. Évora: Universidade de Évora. Consultado em 17 de Março de 2011 
  • ESPANCA, Túlio (1945). Fortificações e Alcaidarias de Évora. Cadernos de História da Arte Eborense. Évora: [s.n.] 
  • MIRA, Élia, BALESTEROS, Carmen (1993–1999). Muralhas de Évora. Actas das Jornadas Inter e Pluridisciplinares. Lisboa: Universidade Aberta 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]