Murilo Mendes
Murilo Mendes | |
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Retrato de Murilo Mendes por Ismael Nery, 1922 (coleção particular) | |
Nome completo | Murilo Monteiro Mendes |
Nascimento | 13 de maio de 1901 Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil |
Morte | 13 de agosto de 1975 (74 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Poeta e prosador |
Prêmios | Prêmio de Poesia da Fundação Graça Aranha (1930)
Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina (1972) |
Escola/tradição | Surrealismo |
Religião | Católica |
Assinatura | |
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Murilo Monteiro Mendes (Juiz de Fora, 13 de maio de 1901 — Lisboa, 13 de agosto de 1975) foi um poeta e prosador católico brasileiro, expoente do surrealismo no movimento modernista brasileiro.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascido na cidade de Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, em 13 de maio de 1901, aniversário da abolição da escravidão no Brasil pela Lei Áurea, Murilo Mendes é filho de Onofre Mendes, funcionário público, e Elisa Valentina Monteiro de Barros. No dia 20 de outubro de 1902, sua mãe, "afeiçoada ao canto e ao piano, morre de parto com vinte e oito anos".[1] Casou-se, então, o seu pai com Maria José Monteiro ("Minha segunda mãe, Maria José, grande dama de cozinha e salão, resume a ternura brasileira. Risquei do vocabulário a palavra madrasta.").[2]
Em Juiz de Fora, fez seu curso primário e parte do curso ginasial no Colégio Moraes e Castro, no Colégio Malta e na Academia de Comércio.[3] Presenciou, em 1910, a passagem do cometa Halley, que o conduziu para a poesia.[4] Em 1916, ingressou na Escola de Farmácia de Juiz de Fora, a qual abandonou decorrido um ano apenas.[5] Como aluno interno, estudou no Colégio Santa Rosa, em Niterói. Irregular e indisciplinado, fugiu para, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, assistir a dois espetáculos de Diaguilev e ver Nijinski dançar.[6][7] Por toda a sua vida, Wolfgang Amadeus Mozart foi o músico preferido.[8]
Entre 1917 e 1921, devido a várias tentativas da família de conseguir-lhe um trabalho, foi empregado como telegrafista, prático de farmácia, guarda-livros, funcionário do cartório do pai, professor de francês em um colégio de Palmira (atual Santos Dumont) e, mudando-se para o Rio de Janeiro com o irmão mais velho, trabalhou como arquivista na Diretoria do Patrimônio Nacional, subordinado ao Ministério da Fazenda.[9] Na Diretoria do Patrimônio Nacional, Murilo Mendes conheceu, em 1921, Ismael Nery, desenhista da seção de arquitetura e topografia, tornando-se grandes amigos.[10][11] Contudo, o poeta continuou a buscar, sem vocação, ocupações várias, como a de funcionário do Banco Mercantil, escrevente no cartório de seu primo Aníbal Monteiro Machado, inspetor federal de ensino secundário e escrivão da 4a Vara da Família do Distrito Federal.[12]
A morte prematura de Ismael Nery, em 1934, provocou em Murilo Mendes uma crise religiosa, a qual o converteu ao catolicismo.[13] Na edição Tempo e Eternidade (1935) escreveu um poema em homenagem ao amigo.[14]
Em 1938, quando Salzburgo foi tomada na Segunda Guerra Mundial pelos alemães, Luciana Stegagno Picchio, amiga e organizadora da extensa obra de Murilo Mendes, indica um episódio paradigmático de seu caráter singular: Murilo "telegrafa a Hitler o seu protesto em nome de Wolfgang Amadeus Mozart".[15]
Acometido de tuberculose, passou, em 1943, um breve período internado no Sanatório Boa Vista, em Correias, no estado do Rio de Janeiro.[16] Em 1947, casou-se com a poeta e tradutora portuguesa Maria da Saudade Cortesão, filha de Jaime Cortesão, escritor e historiador português exilado no Brasil.[17] Fixou o casal, inicialmente, o domicílio no Rio de Janeiro.
Viajou, a turismo, para a Espanha em 1952.[18] Depois em 1953, esteve novamente na Espanha como professor visitante na Universidade de Madri.[19] Em 1953, proferiu, na Sorbonne, palestra sobre Jorge de Lima, amigo cuja morte ocorrera há pouco.[20] Entre 1953 e 1955, ministrou conferências nas Universidades de Bruxelas, Louvain, Amsterdam e Paris sobre temas de cultura brasileira. Mudou-se para a Itália em 1957, contratado pelo Departamento Cultural do Itamaraty, a fim de exercer a função de professor de Literatura Brasileira na Universidade de Roma, desenvolvendo ainda curso idêntico na Universidade de Pisa.[21] Instalaram-se o poeta e sua esposa no domicílio definitivo situado, em Roma, na Via del Consulato, 6.[22][23]
Murilo Mendes faleceu por problemas cardíacos no dia 13 de agosto de 1975, na casa do seu sogro, Jaime Cortesão, em Lisboa.[24] Foi sepultado no Cemitério dos Prazeres.[25]
Após a morte de Murilo Mendes, ocorreram diversas manifestações. Entre elas, dois meses após o falecimento, o pintor Pasquale Santoro promoveu, na Itália, evento em sua homenagem. No Museu de Arte de São Paulo, Pietro Maria Bardi organizou, em 1980, a Exposição Brasil-Itália, tendo salas especiais denominadas "Um Poeta Brasileiro na Itália - Murilo Mendes" e "Um Poeta Italiano no Brasil - Giuseppe Ungaretti".[26] Em Lisboa, com a contribuição de Maria da Saudade Cortesão e João Nuno Alçada, a Fundação Calouste Gulbenkian realizou, em 1987, a exposição "Murilo Mendes - O Olhar do Poeta".[27]
Fortuna Crítica[editar | editar código-fonte]
Em sua Apresentação da Poesia Brasileira, Manuel Bandeira assinala que Murilo Mendes "é talvez o mais complexo, o mais estranho e seguramente o mais fecundo poeta desta geração".[28] Incorporando o surrealismo e o catolicismo, a sua obra destaca-se na literatura brasileira.
Murilo Mendes publicou o seu primeiro livro, Poemas, em 1930, o qual seu pai custeara em Juiz de Fora.[29] Por ele recebeu, no mesmo ano, o Prêmio de Poesia da Fundação Graça Aranha.[30] No ano seguinte, 1931, publicou o auto Bumba-meu-poeta. Em 1932, foi publicado o livro de poemas-piadas História do Brasil, os quais, por considerar o poeta que "destoam do conjunto da minha obra", excluiu da obra completa Poesias, editada em 1959.[31] Poesias reuniu a produção literária de Murilo Mendes entre 1925 a 1955, excluindo também O Sinal de Deus (1936), edição de poemas em prosa que havia sido retirada do mercado.[32] Luciana Stegagno Picchio, em sua História da Literatura Brasileira, observa que, meticuloso, "em torno do núcleo primitivo (Poemas e Bumba-meu-poeta, 1930)" constituiu Murilo uma "obra coerente como poucas", "por círculos concêntricos".[33]
A grande biógrafa de Murilo Mendes, Laís Corrêa de Araújo, nota que o primeiro livro, Poemas, foi publicado posteriormente à Semana de Arte Moderna, acontecimento do modernismo brasileiro ocorrido em 1922. É questionável o intervalo por volta de oito anos da Semana de 22 até à obra Poemas. Entretanto, verifica a sua biógrafa que "não seria o mero fato de um distanciamento geográfico do escritor do eixo das operações renovadoras (São Paulo - Rio de Janeiro) - pois já residia no Rio em 1920" e que "em 1922 tinha Murilo vinte e um anos, uma idade portanto psicologicamente propícia às contestações, à rebeldia".[34] Colocando à parte o desvio do livro História do Brasil, Laís Corrêa de Araújo apresenta a justificação de que, ainda que adotando o verso livre, as "ideias filosóficas", as "preocupações estéticas" de Murilo Mendes já não repercutiam os movimentos de 1920 a 1930.[35] No poema emblemático Mapa, que pertence ao livro Poemas, lê-se Murilo afirmando que "tudo é ritmo do cérebro do poeta. Não me inscrevo em nenhuma teoria". Alceu Amoroso Lima, em carta à biógrafa, escreveu, com agudo senso crítico, que Murilo Mendes nunca foi um "homem de rebanhos".[36]
Porém, em 1934, um importante evento marcou Murilo Mendes. A morte do amigo Ismael Nery converteu Murilo Mendes ao catolicismo. Com a colaboração de Jorge de Lima, publicou então o livro Tempo e Eternidade (1935). E, a partir deste ponto, surgiu um poeta "inserido na situação angustiosa do homem dividido entre a constatação de uma potencialidade redentora (Deus) e a sua impotência e desamparo do degredado (homem-pecador)".[37] No poema A Ceia do Poeta, pertencente a Tempo e Eternidade, vê-se Murilo a considerar Deus na terra: "Diante do prato em que apenas toquei / Medito no dia em que multiplicaste pães e peixes, / Tu que sacias a fome e a sede do universo". Por outro lado, na obra A Poesia em Pânico (1937), o poeta confessa em A Danação sua dúvida: "Há fortes iluminações sem permanência. / A parte da Graça é tão pequena / Que me vejo esmagado pelo monumento do mundo". No livro Mundo Enigma (1945), o poema Emaús revela também Murilo sem reconhecer Deus: "Sempre és o hóspede - nunca és o rei. / Muito mais derrotado que vitorioso. / Quando chegas e bates ao meu coração / Eu não te reconheço - há luz demais -". Murilo Mendes mostra-se uma pessoa não conformada com este mundo.

Durante sua vida, tendo conhecido, no Brasil, Arpad Szenes e Maria Helena Vieira da Silva, casal de pintores que deixou a Europa para o Rio de Janeiro entre 1939 e 1947, George Bernanos, escritor exilado da França de 1938 a 1945, Le Corbusier, arquiteto francês, e Albert Camus, que esteve no Brasil para uma turnê de conferências em 1949,[38] na Europa, a partir de 1952, Murilo Mendes entrou em contato com vários novos escritores e artistas estrangeiros. Podem ser citados, neste passo, exemplos como Giuseppe Ungaretti,[39] Alberto Magnelli,[40] Ruggero Jacobbi, Rafael Alberti,[41] Jorge Guillén, Ezra Pound,[42] Sophia de Mello Breyner Andresen, António Ramos Rosa, Joan Miró,[43] Marc Chagall, André Breton e René Char, estes dois últimos quem Murilo visitou em Paris de 1952 a 1953.[44][45] A propósito, o surrealismo originário de André Breton e atribuído ao poeta "passa por estas amizades, embora existisse na base uma predisposição ao 'surreal', antes ou além das modas e dos credos de escola".[46] Em carta endereçada, em 1949, a Francis Picabia, ilustrador de sua obra Janela do caos, Murilo expressou a sua visão do surrealismo:
"[...] Não sou um surrealista ortodoxo, mas devo confessar que o surrealismo sempre exerceu sobre mim um grande fascínio. Acho que há muita surrealidade mesmo em certos clássicos; que há um estado surrealista na vida, um estado que com frequência se esconde, mas que todavia se revela em toda sua estranheza e angústia. Esse estado transparece inevitavelmente em meus poemas. [...]."[47]
Em carta para sua biógrafa Laís Corrêa de Araújo, Murilo Mendes declarou sua posição insólita:
"Eu tenho sido toda a vida um franco-atirador. Procuro obedecer a uma espécie de lógica interna, de unidade apesar dos contrastes, dilacerações e mudanças; e sempre evitei os programas e manifestos."[48]
É interessante também mencionar que o surrealismo de Murilo Mendes uniu, fortemente, a sua poesia com o elemento plástico. João Cabral de Melo Neto, amigo de Murilo, afirmou que "sua poesia me foi sempre mestre, pela plasticidade e novidade de imagem. Sobretudo foi ela quem me ensinou a dar precedência à imagem sobre a mensagem, ao plástico sobre o discursivo".[49]
A obra poética de Murilo Mendes é extensa e não reflete a matéria do modernismo brasileiro. Todavia, não deixa o poeta de olhar, peculiarmente, para o Brasil, a exemplo do livro Contemplação de Ouro Preto, publicado em 1954. Nesta "viagem às raízes barrocas", com profunda reflexão em relação ao catolicismo, Murilo passa a "assumir abertamente a sua mineiridade[50]".[51] No poema Romance das Igrejas de Minas, redige Murilo: "Por isso escrevi um canto / Com palavras essenciais, / Baseado na beleza / Da antiga Minas Gerais, / Inspirado na grandeza / Da rude religião, / Princípio e fim da existência,". Neste livro, Murilo Mendes cita, em certos pontos, figuras emblemáticas de Ouro Preto: o extraordinário Aleijadinho ("O escopro genial do Aleijadinho", do poema Motivos de Ouro Preto); os primeiros revolucionários contra a Monarquia de Portugal sobre sua colônia da Inconfidência Mineira ("Paredes em faiscado, / Consistórios, corredores / Onde vagueiam fantasmas / De poetas inconfidentes, / De frades conspiradores;", de Romance das Igrejas de Minas); no poema Acalanto de Ouro Preto, a dedicatória a Alberto da Veiga Guignard; também de Romance das Igrejas de Minas, outra dedicatória, desta vez a Rodrigo M. F. de Andrade, primeiro diretor do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN, atual IPHAN) e responsável por proteger na sua gestão, dentre o patrimônio histórico e cultural brasileiro, o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
À exceção de O Discípulo de Emaús (1945), na Itália Murilo Mendes tornou-se igualmente prosador. Mas, nas palavras de Luciana Stegagno Picchio, ajustado "daquela especial prosa poética, epigramática, definitória e surrealista à sua maneira".[52] No seu primeiro livro em prosa publicado da Itália em 1968, A Idade do Serrote, Murilo remontou a sua juventude em Juiz de Fora. Na obra Poliedro, editada em 1972, fixou a lição surrealista sua salientando "faces" e significados novos a diversos objetos. Outra prosa poética notável é Retratos-relâmpago, de 1973, na qual, dividida em setores, reproduziu variadas pessoas. Neste passo, Murilo Mendes reúne, em equivalência, a obra poética à prosa, retirando delimitações.

José Guilherme Merquior afirma que "Murilo Mendes é um poeta deslocado na tradição dominante da lírica de língua portuguesa" o qual "não obteve compreensão substancial por parte da generalidade da crítica". Diante do seu surgimento, poucos foram os críticos que conseguiram alcançá-lo a exemplo de Alceu Amoroso Lima, ao ver na sua obra a marca de um "estado de espírito". Um estado de espírito que, segundo José Guilherme Merquior, Mário de Andrade, já em 1931, definiu como sendo o "aproveitamento mais sedutor e convincente da lição surrealista".[53] Mas, Murilo Mendes adota um surrealismo no qual busca "uma compreensão crítica de sua época". Na indignação diante do conflito armado, ilustra Merquior que Murilo Mendes "exerceu para nós o lirismo da denúncia humanista da guerra, frequentemente alcançando o cerne social da desgraça. É suficiente reler apenas como Lamentação ou como Os Pobres para verificar com que profundidade o poeta foi tocado pela guerra, e com que humanidade lhe reagiu".[54] Luciana Stegagno Picchio ressalta que Murilo buscou ser contemporâneo: "Se o texto a interpretar é o mundo e o meio cognoscitivo, a linguagem, o ofício do poeta é fazer-se contemporâneo de todo acontecimento".[55] Tendo por base o surrealismo, Murilo Mendes conciliou, em poesia e prosa, a realidade, mesmo vulgar, a elementos transcendentes. Manuel Bandeira destaca que Murilo realizou uma "constante incorporação do eterno ao contingente".[56]

Na Introdução Geral à Poesia Completa e Prosa publicada, em 1994, pela Editora Nova Aguilar, José Guilherme Merquior aponta também, com perspicácia, que Murilo Mendes integrou o surrealismo no catolicismo. Nota o crítico que, em verdade, "o projeto surreal não era, em substância, estético, mas sim de cunho, antes de tudo, existencial".[57]
Na Itália, publicou, em 1959, Siciliana, texto bilíngue traduzido e com prefácio de Giuseppe Ungaretti. Por sua vez, organizada por Ruggero Jacobbi, em obra bilíngue (português-italiano) realizada por Luciana Stegagno Picchio, Chiocchio e Ungaretti, editou-se, em 1961, Introdução à Poesia de Murilo Mendes.[58] Entre outras obras, o reconhecimento de Murilo Mendes o levou a ganhar, no ano de 1972, o Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina. Carlos Drummond de Andrade, na sua crônica no Jornal do Brasil, criticou, diante do Prêmio atribuído a Murilo e com o qual se tinham distinguido também Salvatore Quasimodo, Prêmio Nobel de Literatura de 1959, e Giuseppe Ungaretti, a indiferença dos artistas brasileiros. Do Brasil, Drummond assinalou "uma obra que é fruto saboroso da cultura brasileira confrontada com valores universais".[59][60]
No Museu de Arte Murilo Mendes, situado em sua cidade natal, Juiz de Fora, encontram-se reunidos livros, correspondências, documentos e obras de arte que pertenceram ao poeta.
Obras[editar | editar código-fonte]
- Poemas (1930);
- Bumba-meu-poeta (1931);
- História do Brasil (1932) - com capa de Di Cavalcanti;
- Tempo e Eternidade (1935) - escrita, em conjunto, com Jorge de Lima;
- O Sinal de Deus (1936);
- A Poesia em Pânico (1937);
- O Visionário (1941);
- As Metamorfoses (1944) - ilustrada por Portinari e com capa de Santa Rosa;
- Mundo Enigma (1945);
- O Discípulo de Emaús (1945);
- Poesia Liberdade (1947);
- Janela do Caos (1949) - ilustrada com seis litografias de Francis Picabia;
- Contemplação de Ouro Preto (1954);
- Poesias (1959) - obra completa até a data e incluindo Sonetos brancos, com a exclusão de O Sinal de Deus e História do Brasil;
- Siciliana (1959) - em texto bilíngue traduzido por A. A. Chiocchio e com prefácio de Giuseppe Ungaretti;
- Tempo Espanhol (1959);
- Siete Poemas Inéditos (1961);
- Introdução à Poesia de Murilo Mendes (1961) - organizada por Ruggero Jacobbi, em texto bilíngue de Luciana Stegagno Picchio, Chiocchio e Giuseppe Ungaretti;
- Antologia Poética (1964);
- Italianíssima (7 Murilogrammi) (1965);
- A Idade do Serrote (1968);
- Convergência (1970);
- Poliedro (1972);
- Retratos-relâmpago, 1a série (1973);
- Marrakech (1974) - com litografias de G. I. Giovannola.
Póstumas[editar | editar código-fonte]
- Ipotesi (1977) - organizada e prefaciada por Luciana Stegagno Picchio;
- Transístor (1980) - antologia de prosa escrita entre 1931 e 1974;
- Janelas Verdes, primeira parte (1989) - com ilustrações em tinta da China e duas serigrafias originais assinadas por Maria Helena Vieira da Silva.
Inéditas publicadas na edição Poesia completa e prosa da Editora Nova Aguilar (1994)[editar | editar código-fonte]
- Carta Geográfica (1965-1967);
- Espaço Espanhol (1966-1969) - notas de viagem;
- Janelas Verdes, segunda parte (1970);
- Retratos-relâmpago 2a série (1973-1974);
- Conversa Portátil (1971-1974) - miscelânia em prosa e verso;
- A invenção do Finito (1960-1970);
- Papiers - originais em prosa e verso, em francês;
- Quatro Textos Evangélicos (1984) - publicados, postumamente, na revista Letterature d'America, em Roma;
- O Infinito Íntimo (1948-1953) - inclui textos poéticos menores.
Prêmios recebidos[editar | editar código-fonte]
- Prêmio Graça Aranha, pelo livro Poemas (1930);
- Prêmio Internacional de Poesia Etna-Taormina (1972).
Referências
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 67
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 67
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 12
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 67
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 67
- ↑ SANT'ANNA, Afonso Romano de (1979). O Menino Experimental: antologia. São Paulo: Summus. p. 9
- ↑ «POETA - Vida». Museu de Arte Murilo Mendes. Consultado em 7 de julho de 2021
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 51
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 13
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 68
- ↑ «POETA - Vida». Museu de Arte Murilo Mendes. Consultado em 21 de outubro de 2021
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. pp. 13–14
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 69
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. pp. 258–259
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 25
- ↑ «POETA - Vida». Museu de Arte Murilo Mendes. Consultado em 8 de julho de 2021
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 71
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 48
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 48
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 71
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 17
- ↑ «POETA - Vida». Museu de Arte Murilo Mendes. Consultado em 31 de dezembro de 2020
- ↑ «Murilo Mendes». Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. Consultado em 26 de maio de 2019
- ↑ «POETA - Vida». Museu de Arte Murilo Mendes. Consultado em 31 de dezembro de 2020
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- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 20
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. pp. 20–21
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- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 972
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 15
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 25
- ↑ «POETA - Vida». Museu de Arte Murilo Mendes. Consultado em 8 de junho de 2019
- ↑ PICCHIO, Luciana Stegagno (1997). História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 549
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 68
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. pp. 75–76
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de Araújo (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 372
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 80
- ↑ SAMARA, Fernanda A. O. de Lócio (2020). «Dos desencontros ao encontro: a viagem de Albert Camus ao Brasil em 1949». Consultado em 21 de outubro de 2021
- ↑ «Poesia sempre». Departamento Nacional do Livro. Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional (Ano 3 - nº 6). Outubro 1995: p. 48
- ↑ Na Europa, Alberto Magnelli tornou-se amigo de Murilo Mendes. Em 1964, Murilo publicou, com a colaboração de vários autores, texto sobre o pintor.
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. pp. 1222–1226
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. pp. 1277–1280
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 1275
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. pp. 1238–1241
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. pp. 17–18
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 27
- ↑ GUIMARÃES, Júlio Castañon (2007). Carta de Murilo Mendes a Francis Picabia. Cartas de Murilo Mendes e Roberto Assumpção. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa. pp. 96–97
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. p. 67
- ↑ SANT'ANNA, Afonso Romano de (1979). O Menino Experimental: antologia. São Paulo: Summus. p. 162
- ↑ Expressão que indica a qualidade de ser originário de Minas Gerais.
- ↑ ARAÚJO, Laís Corrêa de (2000). Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva. pp. 102–103
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 27
- ↑ MERQUIOR, José Guilherme (1996). Razão do Poema: ensaios de crítica literária e de estética. Rio de Janeiro: Topbooks. pp. 69–70
- ↑ MERQUIOR, José Guilherme (1996). Razão do Poema: ensaios de crítica literária e de estética. Rio de Janeiro: Topbooks. pp. 73–74
- ↑ PICCHIO, Luciana Stegagno (1997). História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 549
- ↑ BANDEIRA, Manuel (1993). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 631
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. p. 12
- ↑ «POETA - Vida». Museu de Arte Murilo Mendes. Consultado em 31 de maio de 2019
- ↑ ANDRADE, Carlos Drummond de Andrade (24 de fevereiro de 1972). «MURILO MENDES - PRÊMIO ETNA TAORMINA». Jornal do Brasil
- ↑ MENDES, Murilo (1994). Poesia Completa e Prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. pp. 37–38
Bibliografia detalhada[editar | editar código-fonte]
- Araújo, Laís Corrêa de. Murilo Mendes: ensaio crítico, antologia, correspondência. São Paulo: Perspectiva, 2000.
- Bandeira, Manuel. Poesia completa e prosa. Organizada pelo autor. Reimpressão da 4º ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993.
- Mendes, Murilo. Poesia completa e prosa. Organização e preparação do texto Luciana Stegagno Picchio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
- Merquior, José Guilherme. Razão do poema: ensaios de crítica e de estética. Rio de Janeiro: Topbooks, 1996.
- Picchio, Luciana Stegagno. História da literatura brasileira. Trad. Pérola de Carvalho e Alice Kyoko. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997.
- Sant'Anna, Affonso Romano de. O menino experimental: antologia. São Paulo: Summus, 1979.