Mytilus
mexilhões e similares Mytilus | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Espécie-tipo | |||||||||||||||
Mytilus edulis Linnaeus, 1758 | |||||||||||||||
Espécies | |||||||||||||||
Ver texto. |
Mytilus é um género de moluscos bivalves pertencentes à família Mytilidae da ordem Mytiloida, maioritariamente de água salgada.[1] Com distribuição cosmopolita, o género inclui a maior parte das espécies marinhas conhecidas pelo nome comum de mexilhões, entre as quais algumas espécies comestíveis e com interesse comercial (Mytilus edulis e Mytilus galloprovincialis) por serem de média a grande dimensão.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Os mexilhões são animais sésseis que vivem nas zonas intertidais, fixos pelo bisso às rochas costeiras. A sua concha é negra azulada, sem ornamentação a não ser as linhas de crescimento. A sua charneira é disodonte. Entre os predadores naturais do mexilhão encontra-se a estrela-do-mar.
São usados com frequência como indicador de poluição marinha, devido à sua habilidade de filtração aquática como forma de obter nutrientes.
Tal como a ostra, o mexilhão tem a capacidade de produzir pérolas, algumas delas com grande valor no mercado.
Espécies
[editar | editar código-fonte]O Mytilus edulis existe na costa atlântica da Europa, enquanto que o Mytilus galloprovincialis existe na região mediterrânica e na costa atlântica portuguesa. A espécie atlântica é mais alongada, enquanto que a mediterrânica tem o umbo recurvado para baixo[2]. O género Mytilus inclui as seguintes espécies:[1]
- Mytilus californianus Conrad, 1837 — mexilhão-da-califórnia;
- Mytilus coruscus Gould, 1861 — mexilhão-da-coreia (costas do Mar do Japão e Península da Coreia);
- O complexo específico de Mytilus edulis:
- Mytilus edulis Linnaeus, 1758 — mexilhão-azul-comestível;
- Mytilus galloprovincialis Lamarck, 1819 — mexilhão-do-mediterrâneo;
- Mytilus planulatus Lamarck, 1826 — mexilhão-azul-australiano;
- Mytilus platensis d'Orbigny, 1842 (= M. chilensis Hupe, 1854 ) — mexilhão-azul-chileno;
- Mytilus trossulus Gould, 1850 — mexilhão-falso.
Uso humano
[editar | editar código-fonte]Os mexilhões do género Mytilus são explorados desde há milénios para consumo humano em múltiplas áreas costeiras das regiões temperadas e frias de todos os oceanos. Várias espécies são utilizada em maricultura, que no caso é por vezes referida por mitilicultura.
Os mexilhões fazem parte da dieta dos países europeus onde se encontram naturalmente. Em Portugal, a forma mais típica como os pescadores a consumiam era assada numa telha sobre brasas.
Na região costeira da Califórnia, mexilhões fazem parte da dieta dos ameríndios desde pelo menos há 12 000 anos.[3]
Notas
- ↑ a b A.W.B. Powell, New Zealand Mollusca, William Collins Publishers Ltd, Auckland, New Zealand 1979 ISBN 0-00-216906-1
- ↑ Gibson, Chris. Pocket Nature: Seashore. Londres, 2008: Dorling Kindersley.
- ↑ Erlandson, Jon M., T.C. Rick, T.J. Braje, A. Steinberg, & R.L.Vellanoweth. 2008. Human Impacts on Ancient Shellfish: A 10,000 Year Record from San Miguel Island, California. Journal of Archaeological Science 35:2144-2152.
Referências
[editar | editar código-fonte]- «Mytilus» (em inglês). ITIS (www.itis.gov)
- J. H McDonald, R. Seed and R.K. Koehn (1991) Allozymes and morphometric characters of three species of Mytilus in the Northern and Southern Hemispheres. Marine Biology 111: 323-333.
Ligações externas
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