Naja nigricollis

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaNaja nigricollis

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Elapidae
Género: Naja
Espécie: N. nigricollis
Nome binomial
Naja nigricollis
Reinhardt, 1843
Distribuição geográfica

A Naja nigricollis, comumente conhecida como cobra-cuspideira[2], é uma espécie de serpente venenosa, da família Elapidae.[3]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

Esta espécie é natural do continente africano[4][1], podendo ser encontrada em Angola[5], no Benim, na Burkina Faso, nos Camarões, na República Centro-Africana, no Chade, na República Democrática do Congo, no Congo, na Etiópia, no Gabão, na Gâmbia, no Gana, na Guiné-Bissau, na Guiné, na Costa do Marfim, no Quênia, na Libéria, no Mali, na Mauritânia, na Namíbia, no Níger, na Nigéria, no Senegal, na Serra Leoa, no Sudão, na Tanzânia, na Somália, no Togo, no Uganda e na Zâmbia.

Descrição[editar | editar código-fonte]

Esta serpente de grandes dimensões, que pode ultrapassar os dois metros de comprimento, destaca-se pela coloração escura e pelo potente veneno que produz.[6] O veneno da cobra-cuspideira é neurotóxico, sendo capaz de paralisar e interromper a comunicação entre os nervos e os músculos.[7]

À guisa do que sucede com as demais cobras peçonhentas, dentro das presas ocas desta serpente há um canal que é usado para injetar o veneno. Porém o sulco das presas cria um ângulo de 90º, de maneira que, quando a cobra-cuspideira pressiona as glândulas que segregam o veneno, este esguicha-lhe por entre os dentes, tendo como alvo habitual as mucosas dos predadores.[7]

Graças à sua grande capacidade de produzir veneno, a cobra-cuspideira é capaz de esguichar entre 40 a 50 vezes seguidas e ainda de desferir uma picada.[3]

Referências

  1. a b Jallow, M., Luiselli, L., Penner, J., Rödel, M.-O., Segniagbeto, G., Niagate, B., Spawls, S., Howell, K., Msuya, C.A. & Ngalason, W. (2021). Naja nigricollis (em inglês). IUCN 2021. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2021​: e.T13265913A13265918. doi:10.2305/IUCN.UK.2021-2.RLTS.T13265913A13265918.en Página visitada em 28 de outubro de 2021.
  2. Infopédia. «cobra-cuspideira | Definição ou significado de cobra-cuspideira no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 15 de outubro de 2021 
  3. a b Wüster, Wolfgang. «The phylogeny of cobras inferred from mitochondrial DNA sequences: Evolution of venom spitting and the phylogeography of the African spitting cobras (Serpentes: Elapidae: Naja nigricollis complex)». Elsevier. Molecular Phylogenetics and Evolution: 437–453 
  4. Haagner, G.V. «Geographical Distribution - Naja nigricollis». Allen Press. Journal of Herpetology: 43 
  5. Conradie, W. «The herpetofauna of the Cubango, Cuito, and lower Cuando river catchments of south-eastern Angola». Center for Biological Diversity. Amphibian & Reptile Conservation: 6–36 
  6. ABRAHAM, G. «Interessante Jugendfärbung bei Naja nigricollis». SinumX. Sauria: 21 
  7. a b Hayes, W.K. «Spitting versus Biting: Differential Venom Gland Contraction Regulates Venom Expenditure in the Black-Necked Spitting Cobra, Naja nigricollis nigricollis». Allen Press. Journal of Herpetology: 453-460