Neptuno e Tritão
Neptuno e Tritão | |
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Autor | Gian Lorenzo Bernini |
Data | 1622–23 |
Género | Escultura de mármore |
Altura | 182 cm |
Localização | Museu Vitória e Alberto, Londres |
Neptuno e Tritão é uma das primeiras esculturas do artista italiano Gian Lorenzo Bernini, confeccionada em mármore entre 1622 e 1623. Atualmente, encontra-se no Museu Vitória e Alberto, em Londres.[1][2]
Histórico
[editar | editar código-fonte]A obra foi originalmente encomendada pelo cardeal Alessandro Peretti di Montalto, servindo como fonte para decorar um jardim na Villa Peretti Montalto, no Monte Esquilino, em Roma. Foi comprada pelo inglês Thomas Jenkins em 1786, que a vendeu neste mesmo ano para o pintor Joshua Reynolds. Depois da morte de Reynolds, em 1792, a escultura foi vendida para Charles Pelham, que a manteve na sua casa em Chelsea, Londres. Seus descendentes a moveram, em 1906, para uma casa de campo em Lincolnshire. Em 1950, foi comprada pelo Museu Vitória e Alberto.[3]
Iconografia
[editar | editar código-fonte]A escultura faz referência aos seres mitológicos Neptuno (ou Poseidon) e seu filho, Tritão, os senhores dos mares. Embora ambos apareçam de maneira relativamente breve na literatura clássica, são considerados divindades poderosas no controle da terra e dos mares. É comum o equívoco de atribuir a Neptuno apenas os mares. No entanto, no mito grego, Neptuno é o controlador da terra e de tudo o que ela possui, assim como Zeus é o senhor dos céus e Hades do submundo. Neptuno e Tritão são frequentemente representados na água, segurando tridentes e, geralmente, dirigindo carruagens.
Bernini fez uma representação diferente das divindades. A história retratada na escultura é um mito no qual Neptuno resgata a frota de Eneias da fúria do mar. Bernini reinterpretou-o, focando-se mais nas ações de Neptuno e Tritão do que na própria história em si. No mito, Neptuno vem do fundo do mar e divide os navios com seu tridente. Bernini captou essa cena, com Neptuno apontando o tridente para baixo, embora não faça nenhuma referência aos navios de Eneias, dando assim a impressão de que Neptuno governou os mares a partir de cima.[4]
Referências
- ↑ Paul Williamson, ed. (1996). European Sculpture at the Victoria and Albert Museum. Londres: Victoria and Albert Museum. p. 132. ISBN 978-1851771738
- ↑ «Neptune and Triton by Gianlorenzo Bernini, 1620–2» (em inglês). Victoria and Albert Museum. Consultado em 3 de março de 2012. Cópia arquivada em 5 de outubro de 2017
- ↑ «TO BE SHOWN AT ART EXHIBITION.». National Library of Australia (em inglês)
- ↑ Collier, Willam. «New Light on Bernini's Neptune and Triton». Journal of the Warburg and Courtauld Institutes. 31: 38–440
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Avery, Charles (1997). Bernini: Genius of the Baroque. Londres: Thames and Hudson. ISBN 9780500286333
- Baldinucci, Filippo (2006). The Life of Bernini. [S.l.]: Pennsylvania State University Press. ISBN 9780271730769
- Bernini, Domenico (2011). The Life of Giano Lorenzo Bernini. [S.l.]: Pennsylvania State University Press. ISBN 9780271037486
- Mormando, Franco (2011). Bernini: His Life and His Rome. Chicago: University of Chicago Press. ISBN 9780226538525
- Wittkower, Rudolf (1955). Gian Lorenzo Bernini: The Sculptor of the Roman Baroque. Londres: Phaidon Press. ISBN 9780801414305
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Obra na Web Gallery of Art