Nothoprocta pentlandii

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Nothoprocta pentlandii
Vocalização
Classificação científica
Reino:
Filo:
Classe:
Ordem:
Família:
Gênero:
Espécies:
N. pentlandii
Nome binomial
Nothoprocta pentlandii
(Gray, 1867)[2]
Subespécies[2]

N. p. pentlandii (Gray, 1867)
N. p. ambigua (Cory, 1915)
N. p. oustaleti (Berlepsch & Stolzmann, 1901)
N. p. niethammeri (Koepcke, 1968)
N. p. fulvescens (Berlepsch, 1902)
N. p. doeringi (Cabanis, 1878)
N. p. mendozae (Banks & Bohl, 1968)

O inhambu-andino,[3] ou alternativamente inambu-andino, também conhecido por tinamu-andino (nome científico: Nothoprocta pentlandii) é uma espécie de ave tinamiforme pertence à família dos tinamídeos. É comumente encontrado em sua ampla área de distribuição, que ocorre nos Andes sul-americanos.[4]

Taxonomia[editar | editar código-fonte]

Todas as espécies de inhambu pertencem à família Tinamidae, que por sua vez pertence à ordem dos Tinamiformes, sendo também, de modo mais amplo, ratitas, embora sejam capazes de voar curtas distâncias.[5]

É um dos seis representantes do gênero Nothoprocta, introduzido em 1873, pelos naturalistas ingleses Philip Lutley Sclater e Osbert Salvin. O epíteto específico foi nomeado pelo zoólogo compatriota George Robert Gray em 1867.[2] pentlandii é a forma latina de Pentland, que comemora o viajante irlandês Joseph Barclay Pentland.

O nome do gênero combina os termos do grego antigo κρυπτός "kruptós", que significa 'coberto', 'escondido'; οὐρά, "ourá", 'cauda'; e -ellus, um sufixo latino que significa 'diminutivo', provavelmente em referência à cauda curta, coberta por pequenas plumas, fazendo-a parecer escondida.[6]

Subespécies[editar | editar código-fonte]

São reconhecidas sete subespécies:[7]

  • N. p. pentlandii (Gray, 1867) – subespécie nominal, ocorre nos Andes ao oeste da Bolívia, nordeste da Argentina e extremo norte do Chile.
  • N. p. ambigua (Cory, 1915) – ocorre nos Andes do sul do Equador e nordeste do Peru.
  • N. p. oustaleti (Berlepsch & Stolzmann, 1901) – ocorre nos Andes do sul e centro do Peru.
  • N. p. niethammeri (Koepcke, 1968) – ocorre na costa do Peru central.
  • N. p. fulvescens (Berlepsch, 1902) – ocorre nos Andes do sudoeste do Peru.
  • N. p. doeringi (Cabanis, 1878) – ocorre nos Andes da Argentina central; em Sierras de Córdoba, nas províncias de San Luis e Córdova.
  • N. p. mendozae (Banks & Bohl, 1968) – ocorre no centro-oeste da Argentina; nas províncias de Neuquén e Mendoza.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O inhambu-andino possui cerca de 27 a 30 centímetros de comprimento. Suas partes superiores são marrom-acinzentadas seguindo ao marrom-oliva, com barras pretas e brancas distribuídas pelas costas. O peito é cinzento e pintado com pequenas manchas brancas ou, ainda, amarelo-acastanhadas, assim como a região inferior do abdômen. A crista inhambu-andino é negra, enquanto a plumagem lateral do rosto são cinzentas. Finalmente, seus pés são amarelos, e o bico é cinza-escuro.

Distribuição e habitat[editar | editar código-fonte]

O inhambu-andino pode ser encontrado na região da Cordilheira dos Andes, que se distribui do sudoeste equatoriano até o Chile central, bem como a cadeia montanhosa de Sierras de Córdoba, nas províncias ao norte da Argentina. Possui preferência a matagais de clima tropical e subtropical, com altitudes entre 800 e 4,100 metros acima do nível do mar.[8]

Conservação[editar | editar código-fonte]

A IUCN classifica esta espécie como pouco preocupante,[1] com uma faixa de ocorrência de 550,000 km2 (210,000 sq mi).[8]

Notas de rodapé[editar | editar código-fonte]

  1. a b BirdLife International (2016). «Nothoprocta cinerascens». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22678262A92763901. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22678262A92763901.enAcessível livremente. Consultado em 12 de novembro de 2021 
  2. a b c Brand, Sheila (14 de agosto de 2008). «Systema Naturae 2000 / Classification, Genus Nothoprocta». Project: The Taxonomicon. Consultado em 12 de junho de 2022 
  3. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 95. ISSN 1830-7809. Consultado em 1 de setembro de 2022 
  4. Clements, James F. (2007). The Clements Checklist of Birds of the World. Cornell Laboratory of Ornithology; American Birding Association 6.ª ed. Ithaca, Nova Iorque: Comstock Publishing Associates; Cornell University Press. ISBN 978-0-8014-4501-9. OCLC 77573859 
  5. Davies, S.J.J.F (2003). «Tinamous». In: In Hutchins, Michael. Grzimek's Animal Life Encyclopedia. Birds I Tinamous and Ratites to Hoatzins. 8 2.ª ed. Farmington Hills: Gale Group. pp. 57–59. ISBN 0-7876-5784-0 
  6. Gotch, A. F. (1979). «Tinamous». Latin Names Explained. A Guide to the Scientific Classifications of Reptiles, Birds & Mammals. Nova Iorque: Facts on File (publicado em 1995). p. 183. ISBN 0-8160-3377-3 
  7. Gill, Frank; Donsker, David; Rasmussen, Pamela, eds (11 de agosto de 2022). «Ratites: Ostriches to tinamous». IOC World Bird List Version 12.2 (em inglês). International Ornithologists' Union. Consultado em 17 de abril de 2022 
  8. a b BirdLife International (2008). «Andean Tinamou (Nothoprocta pentlandii) - BirdLife Species Factsheet». Data Zone. Consultado em 4 de setembro de 2022 

Referências[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]