O Auto da Compadecida (minissérie)
O Auto da Compadecida | |||||||
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Informação geral | |||||||
Formato | microssérie | ||||||
Gênero | Drama Comédia | ||||||
Duração | 40 minutos aproximadamente (cada capitulo) | ||||||
Criador(es) | Guel Arraes Adriana Falcão João Falcão | ||||||
Baseado em | Auto da Compadecida, O Santo e a Porca e Torturas de um Coração de Ariano Suassuna | ||||||
País de origem | ![]() | ||||||
Idioma original | (português) | ||||||
Produção | |||||||
Elenco | Matheus Nachtergaele Selton Mello Fernanda Montenegro Maurício Gonçalves Lima Duarte Marco Nanini Denise Fraga e grande elenco | ||||||
Tema de abertura | "Cavaleiro do Sol", Antúlio Madureira | ||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | ![]() | ||||||
Transmissão original | 5 de janeiro – 8 de janeiro de 1999 | ||||||
Episódios | 4 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Programas relacionados | O Auto da Compadecida (filme) Cordel Encantado |
O Auto da Compadecida é uma minissérie de televisão brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 5 de janeiro a 8 de janeiro de 1999 em 4 capítulos.
Escrita por Guel Arraes, Adriana Falcão e João Falcão, baseada na peça teatral homônima de Ariano Suassuna com elementos de O Santo e a Porca e Torturas de um Coração — ambas também de autoria de Suassuna —, com direção de Guel Arraes.[1] A microssérie teve maior sucesso pela primeira vez na história da emissora. Em 2000 a minissérie chegou aos cinemas no formato de filme, porém, nessa versão possui uma hora a menos que a minissérie, tendo muitas partes cortadas.
Sinopse[editar | editar código-fonte]
No vilarejo de Taperoá, sertão da Paraíba, na década de 1930, o esperto João Grilo (Matheus Nachtergaele) e seu amigo Chicó (Selton Mello), covarde e mentiroso, são dois nordestinos sem eira nem beira que andam pelas ruas anunciando A Paixão de Cristo, "o filme mais arretado do mundo". A sessão é um sucesso, eles conseguem alguns trocados, mas a luta pela sobrevivência continua. João Grilo e Chicó empregam-se na padaria de Eurico (Diogo Vilela), cuja esposa, a fogosa Dora (Denise Fraga) adora um homem bravo, trai o marido e é mais devotada à cadela Bolinha do que ao esposo.
Chicó envolve-se com Dora, mas a chegada da bela Rosinha (Virginia Cavendish), filha de Antonio Moraes (Paulo Goulart), desperta a paixão de Chicó, e ciúmes do cabo Setenta (Aramis Trindade) e de Vincentão (Bruno Garcia), o valentão da cidade. Os planos da dupla, que envolvem o casamento entre Chicó e Rosinha e a posse de uma porca de barro recheada de dinheiro, dote da bisavó de Rosinha para a moça, são interrompidos pela chegada do cangaceiro Severino (Marco Nanini) e a morte de João Grilo.
João Grilo, Eurico, Dora, Padre João (Rogério Cardoso), o Bispo (Lima Duarte) e Severino reencontram-se no Juízo Final, onde serão julgados no Tribunal das Almas por Jesus (Maurício Gonçalves) e pelo diabo (Luís Melo). O destino de cada um deles será decidido pela aparição de Nossa Senhora, a Compadecida (Fernanda Montenegro) e traz um final surpreendente, principalmente para João Grilo.
Elenco[editar | editar código-fonte]
Ator | Papel |
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Matheus Nachtergaele | João Grilo |
Selton Mello | Chicó |
Rogério Cardoso | Padre João |
Denise Fraga | Dora |
Diogo Vilela | Eurico |
Paulo Goulart | Major Antônio Noronha de Brito Moraes |
Virginia Cavendish | Rosinha |
Bruno Garcia | Vicentão |
Enrique Diaz | Cangaceiro ("Cabra") |
Luís Melo | Diabo |
Maurício Gonçalves | Jesus Cristo ("Emanuel") |
Aramis Trindade | Cabo Setenta |
- Participações Especiais
Ator | Papel |
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Marco Nanini | Severino de Aracaju ("Capitão") |
Lima Duarte | Bispo |
Fernanda Montenegro | A Compadecida (Nossa Senhora) |
Exibição[editar | editar código-fonte]
Foi reexibida pela primeira vez no Viva no horário das 23h15 entre 17 e 20 de dezembro de 2012, substituindo Presença de Anita;[2] e novamente pelo canal no horário das 23h, entre 26 e 29 de julho de 2014, tendo sido escalada de imediato, como forma de homenagem ao autor Ariano Suassuna.[3]
Foi reexibida pela Rede Globo entre 7 e 10 de janeiro de 2020, após Amor de Mãe, em comemoração de 20 anos de sua exibição original e de 55 anos da emissora.[4][5][6] Desde a reexibição na TV aberta, a minissérie entrou para o catálogo de streaming Globoplay, com novos efeitos especiais.
Foi reexibida pela terceira vez no Viva entre 5 e 26 de março de 2022, substituindo O Canto da Sereia e sendo substituída por Ó Pai, Ó, com exibição aos sábados às 20h30.[7]
Trilha sonora[editar | editar código-fonte]
Capa: Matheus Nachtergaele e Selton Mello.
- Aboio - Domínio Público
- Presepada - Sérgio Campelo
- Régia - Sérgio Campelo
- Rói-Couro - Dimas Sedícias
- Cavalo Bento - Sérgio Campelo
- Severino - Sérgio Campelo
- Engenho - Cláudio Moura
- Choro Miúdo - Bozó
- Embolé - Sérgio Campelo
- Caboclos de Orubá - Dimas Sedícias
- O Pulo da Gaita - Sérgio Campelo
- Sentença - Sérgio Campelo
- Filho de Chocadeira - Sérgio Campelo
- Mãe dos Homens - Sérgio Campelo
Abertura[editar | editar código-fonte]
A abertura da minissérie contém cenas do filme La Vie et la passion de Jesus Christ (1903). O tema de abertura é "Cavaleiro do Sol", gravado por Antúlio Madureira.
Atualização[editar | editar código-fonte]
Em 2020, a TV Globo substituiu a abertura original pela versão atualizada para re-exibição.
Recepção[editar | editar código-fonte]
O Auto da Compadecida foi um sucesso de público e crítica. No site AdoroCinema, ele detém uma nota média de 4,7/5, com base em 3 304 avaliações.[8] Na Folha de São Paulo, o jornalista Fernando de Barros e Silva, escreveu "Guel Arraes conseguiu preservar, com notável rendimento estético em se tratando de transpor uma obra feita para teatro na linguagem de outro veículo, toda a complexidade que a peça de Suassuna como que disfarça por trás de sua aparência simplória. E Arraes conseguiu traduzir para a TV. Também por isso, valeria a pena ver de novo".[9]
Referências
- ↑ Agência Estado (15 de setembro de 2000). «Suassuna aprova "O Auto" de Guel Arraes». Portal Terra Cinema. Consultado em 25 de janeiro de 2010
- ↑ Martins, Mirella (7 de novembro de 2012). «Canal Viva reexibirá O Auto da Compadecida». JC. Consultado em 15 de fevereiro de 2022
- ↑ «Viva exibe minissérie "O Auto da Compadecida" em homenagem a Suassuna». UOL TV e Famosos. Consultado em 15 de fevereiro de 2022
- ↑ Redação (20 de novembro de 2019). «'O Auto da Compadecida' vai ser reprisada na Globo, diz Virgínia Cavendish». Quem.com. Consultado em 20 de novembro de 2019
- ↑ Gabriel Vaquer (21 de novembro de 2019). «Globo reprisará O Auto da Compadecida em janeiro de 2020 por comemoração de 20 anos». Observatório da Televisão. Consultado em 21 de novembro de 2019
- ↑ Flávio Ricco (26 de novembro de 2019). «Reapresentação de "O Auto da Compadecida" já tem data na Globo». UOL. Consultado em 26 de novembro de 2019
- ↑ «SBT precisa mudar urgentemente o seu jeito de ser». R7.com. 2 de março de 2022. Consultado em 2 de março de 2022
- ↑ «O Auto da Compadecida». AdoroCinema. Consultado em 16 de janeiro de 2022
- ↑ Fernando de Barros e Silva (31 de janeiro de 1999). «A dialética da malandragem». Folha de São Paulo. Consultado em 16 de janeiro de 2022