O Príncipe do Egito
O Príncipe do Egito[nota 1] | |
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The Prince of Egypt | |
Pôster de divulgação. | |
![]() 1998 • cor • 99 min | |
Direção | Simon Wells Brenda Chapman Steve Hickner |
Produção | Penney Finkelman Cox Sandra Rabins |
Produção executiva | Jeffrey Katzenberg |
Roteiro | Philip LaZebnik Nicholas Meyer |
Baseado em | Livro do Êxodo |
Elenco | Val Kilmer Ralph Fiennes Michelle Pfeiffer Sandra Bullock Jeff Goldblum Danny Glover Patrick Stewart Helen Mirren Steve Martin Martin Short |
Gênero | animação musical drama |
Música | Stephen Schwartz (canções) Hans Zimmer |
Edição | Nick Fletcher |
Companhia(s) produtora(s) | DreamWorks Animation |
Distribuição | DreamWorks Pictures |
Lançamento | ![]() ![]() ![]() |
Idioma | inglês hebraico |
Orçamento | US$ 70 milhões[1] |
Receita | US$ 218 613 188[1] |
Página no IMDb (em inglês) |
The Prince of Egypt (bra/prt: O Príncipe do Egito)[2][3] é um filme norte-americano de 1998, uma animação musical, primeiro filme animado tradicionalmente produzido e lançado pela DreamWorks Animation. O filme é uma adaptação do Livro do Êxodo que segue a vida de Moisés como príncipe do Egito, até o seu destino final para guiar os filhos de Israel para fora do Egito. O filme foi dirigido por Brenda Chapman, Simon Wells e Steve Hickner.
Foi indicado a dois Oscars, vencendo em uma categoria, Melhor Canção Original pela canção "When You Believe".[4] A música, escrita por Stephen Schwartz, foi nomeada para Melhor Canção Original no Golden Globe Awards[5] e também foi indicada para Melhor Performance de uma música para um filme no ALMA Award.
Foi lançado nos cinemas em 18 de dezembro de 1998. O filme faturou 218 613 188 de dólares no mundo inteiro,[1] tornando-o o segundo longa de animação não lançado pela Disney a arrecadar mais de 100 milhões nos EUA depois de The Rugrats Movie.
Índice
Enredo[editar | editar código-fonte]
No Egito Antigo, os hebreus trabalham como escravos para construir a civilização egípcia. O Faraó Seti I, preocupado com o crescimento do número de escravos, ordena que todos os bêbes hebreus do sexo masculino sejam executados. Joquebede, uma escrava, tenta salvar seu bebê colocando-o em uma cesta no rio Nilo e sua filha mais velha Miriam acompanha o percurso do cesto através do rio. O cesto é encontrado pela rainha Tuia, mãe de Ramsés, que adota o menino e o batiza com o nome de Moisés.
Aproximadamente 20 anos depois, Moisés e Ramsés eram irmãos inseparáveis e sempre aprontavam alguma brincadeira, correndo pelos templos a cavalo, implicando com os sacerdotes ou trocando cabeças de estátuas, coisas que não agradavam ao seu pai que sempre culpa a Ramsés pelos incidentes.
Após uma das travessuras de Moisés e Ramsés, Seth pune com palavras a Ramsés o chamando de Elo fraco, Moisés defende o irmão dizendo ao pai que ele necessita somente de uma oportunidade. Após preparar um banquete para o filho, ouvindo o que Moisés tinha dito, nomeia Ramsés príncipe regente, como tributo ao novo regente, os sarcedotes Hotep e Huy oferecem Zípora para Ramsés, que por sua vez recusa e a passa para Moisés, o qual a moça recusa. Logo após o incidente, Ramsés nomeia Moisés Arquiteto Chefe Real como agradecimento.
Após seguir Zípora em sua fuga para voltar para Midiã, Moisés encontra Miriam, que lhe conta a verdade sobre sua origem, no começo Moisés não aceita o que ela lhe disse, mas sua conversa com seus pais e seus sonhos o convencem de que ele é realmente hebreu. Tempo depois, Ramsés praticamente, Faraó, inicia a construção de um enorme templo e explora cada vez mais a mão-de-obra escrava. Moisés, já sabendo da sua origem, empurra um guarda egípcio que humilhava um ancião hebreu do alto de um edifício de construção, matando-o. Com medo das leis egípcias, Moisés, foge do Egito e vaga pelo deserto a procura de um novo recomeço.
No meio do deserto, perto de Midiã, Moisés salva as irmãs de Zípora de bandidos. Ele é muito bem recebido pelo pai de Zípora, Jetro, Alto Sacerdote de Midiã. Moisés torna-se um pastor de ovelhas e mais tarde se casa com Zípora.
Tempo depois, Moisés tenta resgatar uma ovelhinha perdida do rebanho e encontra um arbusto em chamas e é instruído por Deus a libertar seu povo. Moisés imediatamente volta ao Egito em busca de Ramsés e pede a ele que liberte o seu povo, mas Ramsés recusa várias vezes e faz o povo egípcio e o povo hebreu sofrer cada vez mais. Em contrapartida o faraó sofre com as Dez pragas do Egito.
Por fim, Ramsés deixa os hebreus partirem, mas logo em seguido volta para os trazer escravos de volta ao Egito. Deus se manifesta através de Moisés e o povo consegue atravessar o Mar Vermelho. No final, após a travessia e vendo que seu povo estava livre, Moisés sobe ao monte e volta com as Tábuas da Lei, contendo os 10 Mandamentos, cena final do filme.
Personagens principais e vozes originais[editar | editar código-fonte]
- Moisés..... Val Kilmer
- Deus..... Val Kilmer
- Ramsés ..... Ralph Fiennes
- Zípora ..... Michelle Pfeiffer
- Miriam..... Sandra Bullock
- Aarão ..... Jeff Goldblum
- Faraó Seth..... Patrick Stewart
- Jetro ..... Danny Glover
- Rainha Tuya..... Helen Mirren
- Hotep..... Steve Martin
- Huy..... Martin Short
- Joquebede..... Ofra Haza
Produção[editar | editar código-fonte]
Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]
Jeffrey Katzenberg, um dos executivos da Walt Disney, sempre demonstrou interesse em realizar uma adaptação do épico Os Dez Mandamentos (1956). Durante sua gestão na companhia, Katzenberg apresentou a ideia à Michael Eisner, que a recusou. O conceito do filme foi trazido à tona com a criação da DreamWorks SKG em 1994, juntamento com os parceiros de Katzenberg - o diretor Steven Spielberg e o produtor musical David Geffen.[6] Durante a reunião sobre o projeto, Spielberg foi o mais entusiasta, chegando a afirmar: "Vocês têm de fazer Os Dez Mandamentos".[6]
The Prince of Egypt foi escrito em todo o processo de narrativa. Inciando com um esboço preliminar, as supervisoras de enredo Kellu Asbury e Lorna Cook lideraram uma equipe de catorze artistas de storyboard e roteiristas durante a montagem do filme, sequência por sequência. Uma vez aprovados, os storyboards passaram pelo sistema de edição digital Avid Media Composer, sob a supervisão do editor Nick Fletcher para criar o "carretel de histórias". Esta sequência permitiu aos cineastas avaliar e editar o filme em continuidade antes da produção, e também deu base ao layout final.[7] As dublagens tiveram início logo após a seleção do elenco. Os dubladores gravaram sua performances individualmente com a orientação de um dos três diretores em estúdio. As faixas de voz foram o aspecto mais importante da atuação do elenco.[7] Como a exatidão teológica também foi um fator considerado pela empresa, Jeffrey Katzenberg decidiu convocar estudiosos bíblicos, teólogos e líderes cristãos, judeus e islâmicos para delinear a perspectiva da produção e manter o enredo fiel aos relatos originais. O resultado final de produção foi bem recedido pelos especialistas em religião.[6]
Design e animação[editar | editar código-fonte]
Os diretores de arte Kathy Altieri e Richard Chavez e o produtor Darek Gogol lideraram uma equipe de nove artistas de desenvolvimento visual na criação de um estilo visual para o filme que fosse representativo para a época, a escala e o estilo arquitetônico do Antigo Egito.[7] Parte do processo incluiu pesquisas e coleções de variadas obras de arte, assim como a participação em excursões pelo Egito antes do início da produção.[7]
Os designers de personagens, Carter Goodrich, Carlos Grangel e Nicolas Marlet se empenharam em estabelecer um design e aparência geral aos personagens. Partindo de várias inspirações para os personagens, o time de designers buscou traços mais realistas do que a maioria dos filmes animados de então.[7] Ambas as equipes de design, buscaram estabelecer uma diferenciação entre a fisionomia angular e mais simétrica dos egípcios e a orgânica e natural fisionomia dos hebreus.[7]
A equipe de animação do filme, incluindo 350 artistas de 34 nacionalidades distintas, foi recrutada primeiramente da Walt Disney Feature Animation[8], que havia conquistado o conceito de Katzenberg enquanto na Walt Disney Company; e da Amblimation, um extinda divisão da Amblin Entertainment de Steven Spielberg.[9] Assim como na Disney, as equipes de animação foram subdivididas por personagem, por exemplo, o animador Kristof Serrand dirigiu uma equipe que desenvolveu o personagem Moisés.[10] Foi também amplamente considerada a retratação das etnias dos egípcios, hebreus e núbios conforme mostrado ao longo do filme.
Há 1.192 cenas no filme, das quais 1.180 contêm trabalhos de efeitos especial, mais especificamente nas cenas que retratam fenômenos naturais (raios, chuvas, ventos, entre outros). Um misto de animação tradicional e imagens geradas por computador foram aplicadas na sequência das pragas do Egito e na travessia do Mar Vermelho.[6][11] Os personagens animados foram coloridos digitalmente.[12]
A voz de Deus[editar | editar código-fonte]
A criação da voz de Deus foi responsabilidade de Lon Bender e da equipe de Hans Zimmer. "O desafiador desta voz foi tentar envolvê-la a algo nunca ouvido antes", declarou Bender.[13] "Fizemos muitas pesquisas sobre vozes para criar algo nunca escutado antes".[13] A solução foi utilizar a voz do ator Val Kilmer, que dublara o próprio Moisés, para sugerir a ideia de uma voz que sai do próprio interior. Como resultado, Kilmer deu voz à Moisés e à Deus.[13]
Música
A Música tema "When you Believe", foi interpretada por Whitney Houston e Mariah Carey, e venceu o Óscar de "Melhor Canção Original". Mais tarde, essa música ganhou uma versão em português chamada "Se Tu Quiseres Crer", com os cantores gospel Soraya Moraes e Robinson Monteiro.
Notas
Referências
- ↑ a b c «The Prince of Egypt (1998)». Box Office Mojo. Consultado em 19 de junho de 2011
- ↑ «O Príncipe do Egito». Brasil: CinePlayers. Consultado em 5 de dezembro de 2018
- ↑ «O Príncipe do Egito». Portugal: SapoMag. Consultado em 5 de dezembro de 2018
- ↑ «Academy Awards, USA: 1998». awardsdatabase.oscars.org. Consultado em 19 de junho de 2011
- ↑ «HFPA-Awards search». Hollywood Foreign Press Association. Consultado em 19 de junho de 2011
- ↑ a b c d «Dan Wooding's strategic times». Assistnews.net Parâmetro desconhecido
|arquivado=
ignorado (ajuda) - ↑ a b c d e f «Prince of Egypt-About the Production». Filmscouts.com. 4 de março de 2009
- ↑ Horn, John (01 de junho de 1997). «Can Anyone Dethrone Disney?». Los Angeles Times Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑ «DreamWorks Animation In Process Of Being Sold To Japan's SoftBank». Inquisitr
- ↑ Felperin, Leslie (1998). «The Prince of Egypt»
- ↑ Tracy, Joe (3 de agosto de 2003). «Breathing Life Into The Prince of Egypt». AnimationArtist.com
- ↑ «Respect for Tradition Combined With Technological Excellence Drives Cambridge Animation's Leadership». Animation World Magazine SIGGRAPH 98 Special
- ↑ a b c «Sound design of Prince of Egypt». Filmsound.org
- Filmes dos Estados Unidos de 1998
- Filmes de animação dos Estados Unidos
- Filmes sobre judeus e/ou judaísmo
- Filmes com temática religiosa
- Filmes da DreamWorks Animation
- Filmes épicos
- Filmes dobrados em português de Portugal
- Filmes premiados com o Oscar de melhor canção original
- Representações culturais de Moisés
- Representações culturais de Ramsés II
- Filmes dirigidos por Simon Wells
- Filmes ambientados no Antigo Egito
- Filmes em língua inglesa
- Filmes baseados na Bíblia
- Filmes sobre Deus
- Filmes ambientados no século XIII a.C.