Obra de Machado de Assis

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Machado de Assis fotografado por Marc Ferrez, 1890.

A obra de Machado de Assis constitui-se de 10 romances, 220 contos, 10 peças teatrais, 5 coletâneas de poemas e sonetos[1], e mais de 600 crônicas.[2][3][4] Suas primeiras produções foram editadas por Paula Brito,[5] e, mais tarde, por Baptiste-Louis Garnier. Garnier havia chegado ao Rio de Janeiro em 1844 de Paris e estabeleceu-se aí como uma figura notória do mercado livreiro brasileiro.[6] Hoje em dia, é comum as editoras brasileiras publicarem volumes especiais intitulados "Obra Completa de Machado de Assis" a fim de reunir toda a gama de sua produção.

Lista das obras[editar | editar código-fonte]

Lista de contos
Título Data de Publicação Periódico Coletânea Nº de Palavras
Três Tesouros Perdidos 1858/01 A Marmota Páginas Recolhidas (Ver. 2) 687
O País das Quimeras* 1862/11 O Futuro Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 5196
Frei Simão 1864/06 Jornal das Famílias Contos Fluminenses 2632
Virginius 1864/07 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 4928
O Anjo das Donzelas 1864/09 Jornal das Famílias Contos Avulsos 6168
Casada e Viúva 1864/11 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 4817
Questão de Vaidade 1864/12 Jornal das Famílias Histórias Românticas 15165
Confissões de Uma Viúva Moça 1865/04 Jornal das Famílias Contos Fluminenses 7569
O Teles e o Tobias** 1865/08 Semana Ilustrada Contos e Crônicas 8263
Cinco Mulheres 1865/08 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 5708
Linha Reta e Linha Curva 1865/10 Jornal das Famílias Contos Fluminenses 14821
O Oráculo 1866/01 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 2110
Diana** 1866/02 Jornal das Famílias Contos Avulsos 3785
As Botas* 1866/02 Semana Ilustrada 335
O Pai** 1866/02 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 9760
Uma Excursão Milagrosa 1866/04 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 5869
O Que São as Moças 1866/05 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 5731
Felicidade Pelo Casamento** 1866/06 Jornal das Famílias Contos Esparsos 8199
A Pianista 1866/09 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 8630
Astúcias de Marido 1866/10 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 5883
Fernando e Fernanda** 1866/11 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 5674
Possível e Impossível** 1867/01 Jornal das Famílias Contos Avulsos 6738
Francisca** 1867/03 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 4971
Onda** 1867/04 Jornal das Famílias Contos Avulsos 5665
O Último Dia de um Poeta 1867/05 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 8618
História de uma Lágrima** 1867/11 Jornal das Famílias Contos Sem Data 4198
Não É Mel Para a Boca do Asno 1868/01 Jornal das Famílias Contos Esparsos 6093
O Carro Nº13 1868/03 Jornal das Famílias Contos e Crônicas 4738
A Mulher de Preto 1868/04 Jornal das Famílias Contos Fluminenses 8526
Quinhentos Contos** 1868/06 Jornal das Famílias Contos Esparsos 7505
O Segredo de Augusta 1868/07 Jornal das Famílias Contos Fluminenses 7778
Luís Soares 1869/01 Jornal das Famílias Contos Fluminenses 7185
O Anjo Rafael 1869/10 Jornal das Famílias Contos Esparsos 12773
A Vida Eterna** 1870/01 Jornal das Famílias Contos Avulsos 4926
Miss Dollar 1870/02 Coletânea Contos Fluminenses 7946
O Capitão Mendonça 1870/04 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 7944
O Rei dos Caiporas 1870/09 Jornal das Famílias Contos Avulsos 5107
Aurora Sem Dia 1870/11 Jornal das Famílias Histórias da Meia-Noite 6739
Mariana 1871/01 Jornal das Famílias Contos Avulsos 5735
Ayres e Vergueiro 1871/01 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 3276
Almas Agradecidas 1871/03 Jornal das Famílias Histórias Românticas 6755
A Felicidade** 1871/03 Jornal das Famílias Contos Esparsos 4640
O Caminho de Damasco 1871/11 Jornal das Famílias Histórias Românticas 11560
Ruy de Leão* 1872/01 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 9003
Quem Não Quer Ser Lobo... 1872/04 Jornal das Famílias Histórias Românticas 7721
Uma Loureira 1872/05 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 6542
A Parasita Azul 1872/06 Jornal das Famílias Histórias da Meia-Noite 14569
Canseiras Em Vão** 1872/07 Jornal das Famílias Contos Esparsos 5287
Qual dos Dois? 1872/09 Jornal das Famílias Histórias Românticas 16104
Uma Águia Sem Asas 1872/09 Jornal das Famílias Histórias Românticas 4422
Quem Conta um Conto... 1873/02 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 4612
Ernesto de Tal 1873/03 Jornal das Famílias Histórias da Meia-Noite 7667
Tempo de Crise 1873/04 Jornal das Famílias Contos Avulsos 3792
O Relógio de Ouro 1873/04 Jornal das Famílias Histórias da Meia-Noite 2544
Decadência de Dois Grandes Homens 1873/05 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 4572
As Bodas de Luís Duarte 1873/06 Jornal das Famílias Histórias da Meia-Noite 5657
Nem Uma Nem Outra 1873/08 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 13302
Um Homem Superior 1873/08 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 4672
Ponto de Vista 1873/10 Jornal das Famílias Histórias da Meia-Noite 4407
A Menina Dos Olhos Pardos** 1873/12 Jornal das Famílias Contos Esparsos 5638
Os Óculos de Pedro Antão 1874/03 Jornal das Famílias Contos Avulsos 6174
Um Dia de Entrudo 1874/06 Jornal das Famílias Contos Avulsos 6091
Muitos Anos Depois 1874/10 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 6559
Miloca 1874/11 Jornal das Famílias Histórias Românticas 7385
Valério 1874/12 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 8372
Quem Boa Cama Faz** 1875/04 Jornal das Famílias Contos Esparsos 7363
Brincar Com Fogo 1875/07 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 3645
Antes Que Cases... 1875/07 Jornal das Famílias Contos Esparsos 7889
A Mágoa do Infeliz Cosme 1875/08 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 3989
A Última Receita 1875/09 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 1970
Um Esqueleto 1875/10 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 5331
Onze Anos Depois 1875/10 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 5448
A Chinela Turca 1875/11 A Época Papéis Avulsos 3508
O Sainete 1875/12 A Época Contos Avulsos 2860
Casa, Não Casa 1875/12 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 4579
História de uma Fita Azul 1875/12 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 5367
To Be or Not To Be 1876/02 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 5195
Longe dos Olhos... 1876/03 Jornal das Famílias Contos Recolhidos 4987
Encher Tempo 1876/04 Jornal das Famílias Histórias Românticas 11364
O Passado, Passado 1876/06 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 3398
Dona Mônica 1876/08 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 7953
Uma Visita de Alcibíades* 1876/10 Jornal das Famílias Contos Esparsos 1256
O Astrólogo 1876/11 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 3335
Sem Olhos 1876/12 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 6376
Um Almoço 1877/03 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 5470
Silvestre 1877/06 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 7696
A Melhor das Noivas 1877/09 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 5891
Um Ambicioso 1877/11 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 6634
O Machete 1878/02 Jornal das Famílias Contos Esquecidos 3815
O Bote de Rapé*** 1878/03 O Cruzeiro Contos Sem Data 1434
A Sonâmbula*** 1878/03 O Cruzeiro Dispersos 1315
Um Cão de Lata ao Rabo*** 1878/04 O Cruzeiro Novas Relíquias/P. Recolhidas (Ver. 2) 2263
O Califa de Platina*** 1878/04 O Cruzeiro Páginas Recolhidas (Ver. 2) 2103
Filosofia de um Par de Botas*** 1878/04 O Cruzeiro Novas Relíquias/P. Recolhidas (Ver. 2) 1984
A Herança 1878/04 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 2784
Antes da Missa*** 1878/05 O Cruzeiro Novas Relíquias/P. Recolhidas (Ver. 2) 1555
Na Arca*** 1878/05 O Cruzeiro Papéis Avulsos 2184
O Caso Ferrari*** 1878/05 O Cruzeiro Novas Relíquias 2139
Elogio da Vaidade*** 1878/05 O Cruzeiro Páginas Recolhidas (Ver. 2) 2189
Conversão de um Avaro 1878/07 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 5827
Folha Rota 1878/10 Jornal das Famílias Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 2669
Dívida Extinta 1878/11 Jornal das Famílias Contos Fluminenses (Vol. 2) 7602
Curiosidade** 1879/01 A Estação Contos Sem Data 11342
Um Para o Outro 1879/07 A Estação Dispersos 6842
A Chave 1879/12 A Estação Contos Sem Data 6641
O Caso da Viúva 1881/01 A Estação Contos Sem Data 6439
A Mulher Pálida 1881/08 A Estação Contos Sem Data 4709
O Alienista**** 1881/10 A Estação Papéis Avulsos 16813
Teoria do Medalhão 1881/12 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 2918
Uma Visita de Alcibíades 1882/01 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 2507
O Segredo do Bonzo 1882/04 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 2842
Dona Benedita 1882/04 A Estação Papéis Avulsos 7375
O Anel de Polícrates 1882/07 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 2725
O Empréstimo 1882/07 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 2708
O Imortal 1882/07 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 7487
A Sereníssima República 1882/08 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 2794
O Espelho 1882/09 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 3171
Verba Testamentária 1882/10 Gazeta de Notícias Papéis Avulsos 3411
Letra Vencida 1882/10 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 3689
O Programa 1882/12 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 7288
A Igreja do Diabo 1883/02 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2663
Papéis Velhos 1883/03 Gazeta de Notícias Páginas Recolhidas 2498
A Ideia de Ezequiel Maia 1883/03 Gazeta de Notícias Contos Esparsos 2707
História Comum 1883/04 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 1068
O Lapso 1883/04 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 3079
O Destinado 1883/04 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 1285
Conto Alexandrino 1883/05 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2962
Cantiga de Esponsais 1883/05 A Estação Histórias sem Data 1439
Singular Ocorrência 1883/05 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2593
Troca de Datas 1883/05 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 3983
Último Capítulo 1883/06 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 3002
Questões de Maridos 1883/07 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 1556
Três Consequências 1883/07 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 1347
Galeria Póstuma 1883/08 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2859
Capítulo dos Chapéus 1883/08 A Estação Histórias sem Data 4773
Duas Juízas** 1883/09 A Estação Contos Sem Data 1748
Anedota Pecuniária 1883/10 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 3140
Primas de Sapucaia! 1883/10 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 3106
Médico é Remédio 1883/10 A Estação Dispersos 2024
Vidros Quebrados 1883/11 Gazeta Literária Contos Esquecidos 1632
Uma Senhora 1883/11 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2659
Cantiga Velha 1883/11 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 3157
Metafísica das Rosas 1883/12 Gazeta Literária Outras Relíquias 1069
Fulano 1884/01 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2254
A Segunda Vida 1884/01 Gazeta Literária Histórias sem Data 2733
Trina e Una 1884/01 A Estação Contos e Crônicas 3646
Noite de Almirante 1884/02 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2376
Manuscrito de um Sacristão 1884/02 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2674
O Contrato 1884/02 A Estação Contos Sem Data 1225
A Carteira 1884/03 A Estação Contos Fluminenses (Vol. 2) 1268
O Melhor Remédio 1884/03 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 1083
Ex Cathedra 1884/04 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2798
A Viúva Sobral 1884/04 A Estação Contos Sem Data 2837
A Senhora do Galvão 1884/05 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2636
Entre Duas Datas 1884/05 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 3248
As Academias de Sião 1884/06 Gazeta de Notícias Histórias sem Data 2587
Evolução 1884/06 Gazeta de Notícias Relíquias de Casa Velha 1979
O Enfermeiro 1884/07 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3075
Vinte Anos! Vinte Anos! 1884/07 A Estação Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 1515
Conto de Escola 1884/09 Gazeta de Notícias Várias Histórias 2866
O Incorrigível** 1884/09 A Estação Contos Sem Data 1135
O Caso do Romualdo 1884/09 A Estação Relíquias de Casa Velha (Ver. 2) 5959
Dona Paula 1884/10 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3152
O Diplomático 1884/10 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3381
A Cartomante 1884/11 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3111
Uma Carta 1884/12 A Estação Contos Fluminenses (Vol. 2) 1742
Só! 1885/01 Gazeta de Notícias Outras Relíquias 2847
Um Bilhete** 1885/02 A Estação Contos Sem Data 458
Adão e Eva 1885/03 Gazeta de Notícias Várias Histórias 1866
Um Apólogo 1885/03 Gazeta de Notícias Várias Histórias 672
O Dicionário 1885/03 Gazeta de Notícias Páginas Recolhidas 1074
A Causa Secreta 1885/08 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3340
Habilidoso 1885/09 Gazeta de Notícias Contos Esparsos 2209
Viagem À Roda de Mim Mesmo 1885/10 Gazeta de Notícias Outras Relíquias 3334
Uns Braços 1885/11 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3264
O Cônego Ou Metafísica do Estilo 1885/11 Gazeta de Notícias Várias Histórias 1832
Entre Santos 1886/01 Gazeta de Notícias Várias Histórias 2930
Trio em Lá Menor 1886/01 Gazeta de Notícias Várias Histórias 2504
Viver! 1886/02 Gazeta de Notícias Várias Histórias 2470
Terpsícore 1886/03 Gazeta de Notícias Contos Avulsos (Nova Aguilar) 2978
Curta História 1886/05 A Estação Contos Fluminenses (Vol. 2) 976
Um Dístico 1886/06 A Quinzena Contos Sem Data 913
Pobre Cardeal! 1886/07 Gazeta de Notícias Relíquias de Casa Velha (Ver. 2) 2785
A Desejada das Gentes 1886/07 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3089
Antes a Rocha Tarpéia 1887/01 Almanaque da Gazeta de Notícias Contos Esparsos 1231
Identidade 1887/03 Gazeta de Notícias Outras Relíquias 3593
Sales 1887/05 Gazeta de Notícias Contos Sem Data 2665
Eterno! 1887/09 Gazeta de Notícias Páginas Recolhidas 3628
Um Homem Célebre 1888/06 Gazeta de Notícias Várias Histórias 3329
Dona Jucunda 1889/01 Gazeta de Notícias Contos Avulsos 3647
Como Se Inventaram os Almanaques 1890/01 Almanaque das Fluminenses Contos Avulsos 1433
O Caso da Vara 1891/02 Gazeta de Notícias Páginas Recolhidas 2440
Mariana 1891/10 Gazeta de Notícias Várias Histórias 2991
Pobre Finoca! 1891/12 A Estação Contos Fluminenses (Vol. 2) 3981
O Caso Barreto 1892/03 A Estação Relíquias de Casa Velha (Ver. 2) 3702
Um Sonho e Outro Sonho 1892/05 A Estação Relíquias de Casa Velha (Ver. 2) 4361
Uma Partida 1892/10 A Estação Dispersos 5159
Vênus! Divina Vênus! 1893/01 Almanaque da Gazeta de Notícias Contos Esquecidos 3434
Um Quarto de Século 1893/08 A Estação Relíquias de Casa Velha (Ver. 2) 5196
João Fernandes 1894/01 A Estação Contos Sem Data 1518
Missa do Galo 1894/05 A Semana Páginas Recolhidas 2501
A Inglesinha Barcelos 1894/05 A Estação Contos Avulsos 4114
Um Erradio 1894/09 A Estação Páginas Recolhidas 6406
Orai Por Ele! 1895/01 Almanaque da Gazeta de Notícias Contos Esparsos 858
Ideias de Canário 1895/11 Gazeta de Notícias Páginas Recolhidas 1669
Uma Noite 1895/12 Revista Brasileira Páginas Recolhidas (Ver. 2) 4695
Flor Anônima 1897/01 Almanaque da Gazeta de Notícias Outros Contos (Nova Aguilar) 1679
Uma Por Outra 1897/09 A Estação Contos Avulsos 8277
Maria Cora 1898/01 A Estação Relíquias de Casa Velha 6553
Lágrimas de Xerxes 1899/06 Coletânea Páginas Recolhidas 2130
Pílades e Orestes 1903/01 Almanaque Brasileiro Garnier Relíquias de Casa Velha 3309
Jogo do Bicho 1904/01 Almanaque Brasileiro Garnier Outras Relíquias 3036
Anedota do Cabriolet 1905/01 Almanaque Brasileiro Garnier Relíquias de Casa Velha 2506
Um Incêndio 1906/01 Almanaque Brasileiro Garnier Relíquias de Casa Velha (Vol. 2) 1509
Pai Contra Mãe 1906/01 Coletânea Relíquias de Casa Velha 3891
Marcha Fúnebre 1906/01 Coletânea Relíquias de Casa Velha 2567
Um Capitão de Voluntários 1906/01 Coletânea Relíquias de Casa Velha 4452
Suje-se Gordo! 1906/01 Coletânea Relíquias de Casa Velha 1632
Umas Férias 1906/01 Coletânea Relíquias de Casa Velha 2583
O Escrivão Coimbra 1907/01 Almanaque Brasileiro Garnier Outras Relíquias 3832

(*) Contos posteriormente reescritos de forma significativa. São eles: "O País das Quimeras" ("Uma Excursão Milagrosa"), "As Botas" ("Filosofia de um Par de Botas"), "Ruy de Leão" ("O Imortal") e "Uma Visita de Alcibíades".

(**) Contos classificados como de autoria questionável.[10]

(***) Textos experimentais e de difícil classificação publicados no jornal O Cruzeiro em 1878.

(****) Dos contos listados acima, O Alienista merece particular consideração; há um debate entre os críticos machadianos, uns defendendo que o texto é um conto e outros dizendo que trata-se de uma novela ou mesmo de um romance. O texto só começou a ser publicado à parte modernamente, pois à época foi incluído na coletânea Papéis Avulsos (1882). A teoria mais aceita é que Machado escreveu um conto com características semelhantes de um romance, ou seja, uma novela.[11][12]

Crônicas[editar | editar código-fonte]

Durante praticamente toda a carreira, Machado de Assis escreveu crônicas jornalísticas, seja nos folhetins[22] do rodapé da primeira página, seja em outras seções. "Como cronista, Machado foi uma testemunha de seu tempo, apaixonado na juventude, desconfiado na meia-idade, francamente desiludido na maturidade, que legou um painel para a compreensão do Brasil de sua época e de como os homens de então entendiam os acontecimentos."[23] Contribuiu com as seguintes colunas/órgãos da imprensa:

1) Aquarelas, em O Espelho (1859), assinando como M-as

2) Comentários da Semana, no Diário do Rio de Janeiro (1861-62), assinando como Gil e M.A.

3) Crônica, em O Futuro (1862-63), assinada com o próprio nome.

4) Correspondência/Correspondência da Corte/Correspondência da Imprensa Acadêmica (a coluna foi mudando de nome), na Imprensa Acadêmica (1864), assinando como Sileno.[24]

5) Novidades da Semana/Pontos e Vírgulas/Badaladas (coluna coletiva que mudou de nome duas vezes), na Semana Ilustrada (1864-76). Como vários escritores compartilharam o mesmo pseudônimo (Dr. Semana), diferentes especialistas divergem sobre quais textos seriam realmente de Machado de Assis.

6) Vespas Americanas, na Semana Ilustrada (1864), assinando como Gil. A coluna, aproveitando o sucesso da revista satírica Les Guêpes (As Vespas) do francês Alphonse Karr, só saiu duas vezes.[25]

7) Ao Acaso (subtítulo: Crônica da Semana), no Diário do Rio de Janeiro (1864-65), assinando com o próprio nome ou suas iniciais.

8) Cartas Fluminenses, no Diário do Rio de Janeiro (1867), assinando como Job.

9) Correspondência da Corte (segunda fase), na Imprensa Acadêmica (1868), assinando como Glaucus.

10) História de Quinze Dias, na Ilustração Brasileira (1876-78), assinada como Manassés.

11) História de Trinta Dias, na Ilustração Brasileira (1878, quando a revista se tornou mensal), assinada como Manassés.

12) Notas Semanais, em O Cruzeiro (1878), assinadas como Eleazar.

13) Balas de Estalo, na Gazeta de Notícias (1883-86), a maioria assinada como Lélio. Diferentes cronistas alternavam-se na coluna, usando pseudônimos distintos.

14) A + B (diálogos), na Gazeta de Notícias (1886), assinadas como João das Regras.[26]

15) Gazeta de Holanda, na Gazeta de Notícias (1886-88), crônicas humorísticas rimadas assinadas como Malvólio.[27]

16) Bons Dias!, na Gazeta de Notícias (1888-89), assinando como Boas-Noites.

17) Bons Dias!, na Imprensa Fluminense (em número único deste jornal, de 20-21/5/1888, comemorando a libertação dos escravos), assinando como Boas-Noites.

18) A Semana, na Gazeta de Notícias (1892-1900). Publicada aos domingos sem assinatura. Em 28/2/1897 o autor se despede do leitor, mas escreve duas crônicas extras em 4-11/11/1900.[28]

Publicações póstumas[editar | editar código-fonte]

As primeiras publicações póstumas foram organizadas por Mário de Alencar. Foram elas: Teatro (1910), Crítica (1910), Outras Relíquias (1910) e A Semana (1914).[29][30]

O volume de Teatro contém as peças O Caminho da Porta, O Protocolo, Quase Ministro, Os Deuses de Casaca, Tu, só tu, puro amor, Não Consultes Médico e Lição de Botânica. Outras Relíquias,[31] com o subtítulo "Prosa e Verso", contém uma seleção de contos (Identidade, Jogo do Bicho, Viagem À Roda de Mim Mesmo, Só!, O Escrivão Coimbra e Metafísica das Rosas), além de poesias e "páginas avulsas". A Semana tem uma seleção de 108 das 248 crônicas escritas para sua coluna na Gazeta de Notícias entre 1892 e 1897, e mais duas escritas em 1900.

Em 1921, seleções de sua obra foram incluídas nas séries Páginas Escolhidas, da Editora Garnier, e Estante Clássica (Vol. 2), da Revista de Língua Portuguesa. Em 1923 e 1925 foram lançados, respectivamente, Pensamentos e Conceitos e Pensamentos (organizado por Júlio César da Silva), coletando frases e trechos de toda a obra de Machado.

Em 1923 Graça Aranha organizou e prefaciou a correspondência entre Machado de Assis e Joaquim Nabuco, publicada pela Monteiro Lobato & Cia. com o título Machado de Assis e Joaquim Nabuco e subtítulo Comentários e notas à correspondência entre estes dous escritores.[32]

Em 1931 Renato Travassos publicou as Cartas de Machado de Assis e Euclides da Cunha (Editora Waissman).

Em 1932 foi publicada a Correspondência, coletada por Fernando Nery, e também Novas Relíquias,[33] que coleta dois dos textos experimentais ("Fantasias") publicados no jornal O Cruzeiro em 1878 (Um Cão de Lata ao Rabo, Filosofia de um Par de Botas), bem como escritos de crítica teatral ("Revista Dramática", publicada no Diário do Rio de Janeiro), crítica literária e poesias.

Em 1937 a Editora W. M. Jackson publica as primeiras Obras Completas do autor, em 31 volumes: nove volumes de romances, dez volumes de contos (incluindo volumes estendidos de Relíquias de Casa Velha e de Páginas Recolhidas, um segundo volume de Contos Fluminenses e de Relíquias de Casa Velha e um volume inédito de Histórias Românticas), sete volumes de crônicas (três só de crônicas da seção "A Semana" publicada na Gazeta de Notícias), e volumes de Crítica Literária, Crítica Teatral, Correspondência, Poesias e Teatro Completo.[34]

Em 1939 Elói Pontes publica pela Editora Mandarino as Páginas Esquecidas contendo textos esparsos.[35]

Em 1944 sai a primeira edição em livro da novela Casa Velha, publicada originalmente em folhetins na revista A Estação, de janeiro de 1885 a fevereiro de 1886. Nesta edição, conta com prefácio da crítica literária Lúcia Miguel Pereira. Essa mesma edição incluiu o conto Uma por Outra, originalmente publicado em A Estação, também redescoberto por Lúcia Miguel Pereira.

Entre 1956 e 1958, Raimundo Magalhães Júnior organizou e publicou pela Civilização Brasileira vários volumes de contos e crônicas do autor. São eles Contos Avulsos, Contos Esparsos, Contos Esquecidos, Contos Recolhidos, Contos Sem Data, Diálogos e Reflexões de um Relojoeiro, Crônicas de Lélio e Contos e Crônicas. Em sua seleção de contos, incluiu alguns escritos publicados sob pseudônimos no Jornal das Famílias e A Estação, que dividem críticos se foram realmente escritos por Machado de Assis.[36]

Em 1957 José Galante de Sousa publica pela Civilização Brasileira uma coletânea de 36 trabalhos inéditos em livro (vinte poemas e dezesseis artigos) intitulada Poesia e Prosa.[37]

Em 1959, a editora Nova Aguilar publica a Obra Completa do autor, em três volumes: um para os romances, outro para os contos, e o último para poesia, crônicas e miscelânea.

Em 1965, Jean-Michel Massa organiza a publicação do livro Dispersos de Machado de Assis, coletando 150 textos de origem variada até então nunca reunidos, incluindo poemas, crônicas, crítica literária, traduções (entre elas do romance Oliver Twist, de Charles Dickens, traduzido a partir de uma versão francesa),[38], a "ópera cômica" A Sonâmbula e os contos Um Para o Outro,[39] Médico é Remédio[40] e Uma Partida. Nessa edição do Ministério da Educação e Cultura e Instituto Nacional do Livro, apenas os textos de Machado estão em português; a Introdução e Notas foram mantidas em francês.

Em julho de 1996, a professora de língua e literatura francesa da Unesp Daniela Mantarro Callipo descobriu uma crônica da coluna "Balas de Estalo" do jornal Gazeta de Notícias, de 1o de janeiro de 1885, assinada por Lélio, pseudônimo usado por Machado de Assis, que até então passara despercebida, talvez por ocupar a terceira página, quando normalmente a coluna saía na segunda página.[41]

Em 2008, o pesquisador Ubiratan Machado publica, nos Anexos ao seu Dicionário de Machado de Assis, cinco textos machadianos até então inéditos em livro: um relato de uma viagem a Vassouras, um editorial, um canto suplementar ao Inferno de Dante, um parecer sobre uma peça teatral e um poema sem título.[42]

Em dezembro de 2013, a doutora em Letras Lúcia Granja publicou na revista eletrônica de estudos machadianos Machado de Assis em Linha o artigo "Outros Textos Encontrados de Machado de Assis", tradução de um texto original francês de Jean-Michel Massa, contendo "algumas peças não incluídas em seu famoso Dispersos de Machado de Assis".[43]

Em 2014 Mauro Rosso publicou pela Academia Brasileira de Letras a obra Machado de Assis: Textos Inéditos em Livro contendo cinco textos que "jaziam até agora esquecidos nas páginas dos periódicos oitocentistas onde foram publicados pela primeira e única vez: uma crônica, um editorial, um conto inacabado, uma conferência e um prólogo à tradução de um poema".[44] O conto inacabado trata-se de "Um Parêntesis na Vida", de 1863. É uma versão anterior de "Felicidade pelo Casamento", publicado em 1866.

A Revista Brasileira n. 87 (abril-maio-junho de 2016) publicou artigo intitulado Machado de Assis inédito, desconhecido, anônimo, surpreendente onde o pesquisador independente Felipe Pereira Rissato apresenta alguns trabalhos inéditos de Machado de Assis,[45] a saber, o poema "Desculpas", dois aforismos sobre a abolição da escravatura no Ceará em 1884[46] e a crônica "Lembranças de minha mãe" publicada anonimamente na Revista Luso-Brasileira de 31 de julho de 1860.[47]

Em 2019, a doutora em Letras Sílvia Maria Azevedo, com base em "exame sério e meticuloso", reuniu a totalidade das crônicas da seção Badaladas, publicadas sob o pseudônimo Dr. Semana, na Semana Ilustrada de 20/6/1869 a 19/3/1876, cuja atribuição a Machado de Assis até então permanecia duvidosa, em um livro de 1608 páginas da Nankim Editorial intitulado Badaladas Dr. Semana.[48]

Em 2020, a pesquisadora Cristiane Garcia Teixeira publicou, na revista ArtCultura,[49] um artigo intitulado "M’achado biógrafo: da investigação de uma revista a um texto inédito" onde atribuiu a Machado de Assis um esboço biográfico de D. Pedro II publicado na revista O Espelho em 6/11/1859.[50]

Em artigo intitulado "'O grito do Ipiranga' e a persistência do tópos histórico (um poema inédito de Machado de Assis)" publicado no Volume 14 de Machado de Assis em Linha (2021), o professor Wilton José Marques revelou a descoberta do poema “O Grito do Ipiranga”, publicado no Correio Mercantil em 8-9/9/1856.[51]

Crítica[editar | editar código-fonte]

Romantismo X Realismo[editar | editar código-fonte]

Capa de Ressurreição, primeiro romance do autor, convencional aos estilos da época.

Em sua História da Literatura Brasileira, José Verissimo dedica-se a um capítulo inteiro para tratar de Machado de Assis e lhe separa duas fases de sua obra: uma ligada à escola romântica e outra realista.[52] No entanto, é enfático ao registrar logo de início: "A data do seu nascimento e do seu aparecimento na literatura o fazem da última geração romântica. Mas a sua índole literária avessa a escolas, a sua singular personalidade, que lhe não consentiu jamais matricular-se em alguma, quase desde os seus princípios fizeram dele um escritor à parte, que tendo atravessado vários momentos e correntes literários, a nenhuma realmente aderiu senão mui parcialmente, guardando sempre a sua isenção."[53] Isto posto, com diversos elementos contrários às tradições, os romances machadianos da primeira fase seriam Ressurreição (1872), A Mão e a Luva (1874), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), enquanto que os da segunda seriam todos os outros restantes de sua carreira, Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908), pertencentes a um Realismo heterodoxo próprio do Machado. Embora esta divisão seja ortodoxa entre os acadêmicos, o próprio Machado escrevera numa apresentação de uma reedição de Helena que este romance e os outros de sua fase "romanesca" possuíam um "eco de mocidade e fé ingênua."[54]

Sobre os livros de contos, Contos Fluminenses (1872) e Histórias da Meia Noite (1873), consecutivamente, são posicionados em sua primeira fase, e Papéis Avulsos (1882), ao lado de Histórias sem Data (1884), Várias Histórias (1896), Páginas Recolhidas (1899), e Relíquias de Casa Velha (1906), na segunda.[55] Seus dois primeiros livros de estreia, Crisálidas (1864) e Falenas (1870), são poéticos. Vinte e dois poemas, escritos entre 1858 e 64, compunham este primeiro livro. Há nestes poemas todos uma emoção "menos desbordante" que o comum lirismo da literatura brasileira.[56] As Crisálidas eram inspiradas pelo higor por intensas emoções amorosas ou pelo belo do feminino; os tercetos de "No Limiar" e os alexandrinos de "Aspiração" prefiguram os temas subjetivos e sentidamente idealizados de suas Ocidentais de 1882, embora não apresentassem excesso de sentimentalismo ou exagero de idealismo mas estremes da oratória.[57] Os dois livros poéticos embebiam-se dos cânones românticos, mas não se filiavam à natureza tropical do país.[58] Três anos antes destas duas publicações, Machado estreava como dramaturgo com a comédia Desencantos e a sátira Queda que as Mulheres Têm para os Tolos (tradução do livro de Victor Hénaux). Após 1866, a produção poética e teatral, outrora frequente, torna-se escassa.[59]

"Não me culpeis pelo que lhe achardes romanesco. Dos que então fiz, este me era particularmente prezado. Agora mesmo, que há tanto me fui a outras e diferente páginas, ouço um eco remoto ao reler estas, eco de mocidade e fé ingênua. E claro que, em nenhum caso, lhes tiraria a feição passada; cada obra pertence ao seu tempo."

—Apresentação de Machado de Assis a uma reedição de Helena.[60]
Volume de Memórias Póstumas de Brás Cubas dedicado pelo próprio autor para a Biblioteca Nacional.

Liberto da "Escola Romântica" ou do "convencionalismo", como prefere a crítica moderna, Machado assume uma posição mais madura de sua carreira e compõe sucessivamente o que seriam todas as suas principais obras. A brusca mutação do autor é estudada pelos biógrafos juntamente com sua suposta "crise espiritual dos 40 anos" e da estadia que tivera de fazer para Nova Friburgo após a morte da esposa.[61] Apesar dessa sua segunda fase ser chamada "realista", críticos modernos argumentam que, ao contrário dos realistas, "que eram muito dependentes de um certo esquematismo determinista, Machado não procura causas muito explícitas ou claras para a explicação das personagens e situações".[62] Além disso, Machado criticava filosofias como o determinismo e o cientificismo da segunda metade do século XIX, fazendo com que suas obras não se encaixem perfeitamente nos pressupostos estéticos do Realismo.[63]

Ainda assim, aparecem já nos romances da segunda fase, sobretudo em Memórias Póstumas de Brás Cubas e em Quincas Borba, e mesmo em diversos contos, todos os elementos centrais trazidos de forma contundente pelo Realismo: a crítica social, sobretudo uma crítica dirigida à burguesia, a crítica à escravidão, ao uso do "homem pelo homem", a crítica a um sistema capitalista puramente interesseiro, financeiro, calculista do dinheiro pelo dinheiro e da mercantilização da vida, das relações, do casamento etc.[64][65] Em Esaú e Jacó, testemunhamos eferverscência política, fim do império e proclamação da República sob a ótica de alguns personagens em particular, onde elementos realistas dos "micropoderes" e dos "microeventos" são misturados a metáforas em relação ao "macropoder" e aos "macroeventos". Após Memórias Póstumas de Brás Cubas, sucede-se diversas escritas de contos cuja estética é vista como "mais madura" e cujos temas são mais ousados.[66] Os mais famosos e estudados, "A Causa Secreta", "Capítulos dos Chapéus", "A Igreja do Diabo", "Pai Contra Mãe" e outros, fazem parte desta fase. Iniciou sua carreira como contista em 1858, com "Três Tesouros Perdidos", e seguiu no ramo escrevendo contos em climas de tensões e de intensidade nos acontecimentos.[11] Por vezes, seus contos são anedóticos, como em "A Cartomante", onde existe um final surpreendente, ou moderno, com o simples flagrante de um cotidiano, como em "Conto de Escola", ou de caráter, como em "Um Homem Célebre" ou em "O Espelho", que busca traçar "tipos humanos determinados em ideias fixas".[11] Em "Pílades e Orestes", retoma um tema da mitologia clássica para fazer um retrato sem precedentes na literatura brasileira de um casal homoerótico.

Escrevendo prolificamente conto e romance, surgiu o debate se Machado de Assis era mais genial em um ou em outro. Em 1882, publica O Alienista, que para alguns trata-se de conto, enquanto que para outros é uma novela.[11] É eminente, contudo, diferenciar a forma dos dois gêneros em Machado: seu romance "procura representar o mundo como um todo: persegue a espinha dorsal e o conjunto da sociedade", enquanto que seu conto "é a representação de uma pequena parte desse conjunto, mas não de qualquer parte, e sim daquela especial de que se pode tirar algum sentido."[67] Em sua produção final, publicou o "diplomático romance" Memorial de Aires e a peça teatral Lição de Botânica.[68]

Estilo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Estilo de Machado de Assis

A obra de Machado de Assis assume uma originalidade despreocupada com as modas literárias dominantes de seu tempo. Os acadêmicos notam cinco fundamentais enquadramentos em seus textos: "elementos clássicos" (equilíbrio, concisão, contenção lírica e expressional), "resíduos românticos" (narrativas convencionais ao enredo), "aproximações realistas" (atitude crítica, objetividade, temas contemporâneos), "procedimentos impressionistas" (recriação do passado através da memória), e "antecipações modernas" (o elíptico e o alusivo engajados a um tema que permite diversas leituras e interpretações).[69]

Temática[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Temática de Machado de Assis

Entre a temática na obra machadiana destaca-se a escravidão, os papéis sociais, a mulher, o ciúmes, a filosofia, como também a loucura, a solidão e a homossexualidade.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. http://machado.mec.gov.br/#obraCompleta
  2. Moisés, 2001, p.15 e 45.
  3. Gledson (ed), 1990, p.11.
  4. Ubiratan Machado, no verbete "Cronista" de seu Dicionário de Machado de Assis, informa que "nosso levantamento indica 663 trabalhos, sendo possível que este número seja maior".
  5. Mônica Pimenta Velloso, "Do boato de rua à alta cultura Arquivado em 19 de maio de 2011, no Wayback Machine." (01/10/2008). Acesso: 9 de agosto, 2010.
  6. El Far, 2004, p.38.
  7. Publicado em 25 folhetins em A Estação. Redescoberto por Lúcia Miguel Pereira, só veio a ser publicado em livro em 1944.
  8. Na verdade, coletânea de vários gêneros, pois além dos oito contos, reúne também seis crônicas, um discurso, uma peça teatral, uma crítica literária e uma página de reminiscências, "O velho Senado". Ver verbete "Páginas recolhidas" do Dicionário de Machado de Assis de Ubiratan Machado.
  9. Na verdade, coletânea de vários gêneros: poesia, contos, discursos, crítica literária, peças teatrais.
  10. DA SILVA, Ana Cláudia Suriani. OS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS: Periodicidade e Ficção no Brasil (Século xix). Livro 7/8 – revista do NELE, [S. l.], p. 25-65, 1 jan. 2019. Disponível em: https://discovery.ucl.ac.uk/id/eprint/10045314/7/Suriani%20da%20Silva_LIVRO%207-8%20A%20C%20Suriani%20da%20Silva.pdf. Acesso em: 12 mar. 2021.
  11. a b c d Sem nome, "O conto de Machado de Assis- parte I". Acesso: 4 de agosto, 2010.
  12. Júnior, 1972, p.11.
  13. Adaptação da peça La Chasse au Lion de Gustave Vattier e Émile de Najac. Só foi publicada em livro postumamente.
  14. Publicada no livro Teatro, da Tipografia do Diário do Rio de Janeiro, junto com O Protocolo.
  15. Publicada no livro Teatro, da Tipografia do Diário do Rio de Janeiro, junto com O Caminho da Porta.
  16. Manuscrito original localizado por Eugênio Gomes em 1952 na Biblioteca Nacional. Publicada pela primeira vez em 1956 em Contos sem Data, coleção de 14 contos e duas peças teatrais organizada por Raimundo Magalhães Júnior. Ver verbete "Forcas caudinas (As)" do Dicionário de Machado de Assis de Ubiratan Machado.
  17. Publicada na Revista Brasileira e incluída nas Relíquias de Casa Velha.
  18. Publicada nas Relíquias de Casa Velha.
  19. Poema dramático publicado na coletânea Falenas.
  20. Obra publicada juntamente com Crisálidas, Falenas e Americanas, na coletânea Poesias Completas.
  21. Poema herói-cômico publicado pela primeira vez na coletânea póstuma Outras Relíquias.
  22. O folhetim (do francês feuilleton) era uma seção, geralmente no rodapé da primeira página do jornal, onde um escritor publicava uma coluna com uma crônica (folhetim-crônica), ou um romance em capítulos (romance folhetinesco, que poderia depois ser lançado em livro).
  23. Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Cronista".
  24. Crônicas incluídas nos Dispersos de Machado de Assis coligidos por Jean-Michel Massa (1965).
  25. Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Vespas Americanas".
  26. Sete crônicas dialogadas incluídas nos Diálogos e Reflexões de um Relojoeiro, coligidos por R. Magalhães Júnior, bem como na Machadiana Eletrônica v. 3 n. 6 (2020) acessível na Internet.
  27. As Gazetas de Holanda [...] eram jornais ou panfletos publicados em Amsterdã e Leiden, nos séculos XVII e XVIII, por refugiados franceses" – verbete "Gazeta de Holanda" do Dicionário de Machado de Assis de Ubiratan Machado. Por serem crônicas em versos, costumam ser incluídas no volume Poesia das obras completas.
  28. Para a elaboração desta lista, foi consultado principalmente o Dicionário de Machado de Assis de Ubiratan Machado.
  29. https://www.literaturabrasileira.ufsc.br/
  30. https://issuu.com/ims_instituto_moreira_salles/docs/clb_-_machado_de_assis_-_geral
  31. Machado de Assis. «Outras Relíquias (PDF)». Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  32. Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Machado de Assis e Joaquim Nabuco".
  33. Machado de Assis. «Novas Relíquias (PDF)». Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  34. «Obras Completas de Machado de Assis (prospecto)» (PDF). Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  35. Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Páginas esquecidas".
  36. https://core.ac.uk/download/pdf/296837411.pdf
  37. Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Poesia e prosa".
  38. Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Oliveiro Twist"
  39. Publicado de forma incompleta, já que o texto integral só foi redescoberto mais tarde, por Mauro Rosso. Ver Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Um para o outro".
  40. Apenas a parte final, pois o exemplar de 31/10 de A Estação encontrava-se extraviado. O conto completo só foi publicado em 1998. Ver Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, verbete "Médico é remédio"
  41. Leonardo Cruz. «Pesquisadora encontra crônica "esquecida' de Machado de Assis (Folha de São Paulo de 22/8/1998)». Consultado em 26 de maio de 2023 
  42. Ubiratan Machado, Dicionário de Machado de Assis, 2a edição revista e ampliada, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2021.
  43. Jean-Michel Massa, tradução de Lúcia Granja. «OUTROS TEXTOS ENCONTRADOS DE MACHADO DE ASSIS». Consultado em 28 de janeiro de 2022  line feed character character in |título= at position 26 (ajuda)
  44. Hélio Seixas Guimarães. «Machado de Assis inédito e atual». Consultado em 29 de janeiro de 2022 
  45. Segundo o autor, "a produção literária de Machado de Assis ainda a ser encontrada é tão numerosa, que, tão complicado quanto deslindá-la, é atribuir um adjetivo a cada um desses achados sem repetir os mesmos clichês: inédito, desconhecido, raro, esquecido... muito embora seja uma redundância válida.
  46. Publicados em A Terra da Redenção, órgão dos cearenses abolicionistas, em 24/5/1883 e 25/3/1885. O primeiro, resgatado por Lusirene Ferreira, rezava: "A escravidão é a mancha negra. O Ceará inventou a mancha cristalina. Pingou a liberdade em um ponto do território; o pingo vai-se alargando e invadindo o resto. A mancha da escravidão é passageira, a da liberdade será eterna."
  47. «Revista Brasileira N. 87» (PDF). Consultado em 31 de janeiro de 2022 
  48. Victor da Rosa. «Os embalos da semana com Machado de Assis». Consultado em 28 de janeiro de 2022 
  49. Cristiane Garcia Teixeira. «M'achado biógrafo: da investigação de uma revista a um texto inédito». Consultado em 10 de fevereiro de 2022 
  50. Segundo o pesquisador Ubiratan Machado em correspondência pessoal não publicada, "não há a menor fundamentação para atribuí-lo a Machado", por ser "um texto primário, mal redigido".
  51. Wilton José Marques. «"O grito do Ipiranga" e a persistência do tópos histórico (um poema inédito de Machado de Assis)» (PDF). Consultado em 31 de janeiro de 2022 
  52. Perrot, p.3.
  53. Veríssimo, p.182.
  54. Freitas, 2001, p.60
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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