Ocypode quadrata

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maria-farinha
Ocypode quadrata
Ocypode quadrata
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Infraordem: Brachyura
Superfamília: Ocypodoidea
Família: Ocypodidae
Género: Ocypode
Espécie: O. quadrata
Nome binomial
Ocypode quadrata
(Fabricius, 1787) [1]
Sinónimos

Ocypode quadrata, popularmente conhecido como papa-defunto, maria-farinha, caranguejo-fantasma, espia-maré, vaza-maré, aguarauçá, guaruçá, grauça e guriçá, é uma espécie de caranguejo da família dos ocipodídeos. Possui carapaça quadrada e coloração branco-amarelada (o que facilita sua camuflagem com o ambiente), sendo encontrado em praias arenosas desde Nova Jérsei, nos Estados Unidos, até o sul do Brasil.[2] Na Região Nordeste do Brasil, recebe a denominação popular local de "maria-farinha", e inclusive no estado de Pernambuco existe uma praia com tal denominação.

Pode ser encontrado em praticamente todo o litoral brasileiro.[3]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

O. quadrata vive em tocas que constroem nas praias, já tendo sido observadas tocas construídas a cerca de 400 metros da praia. Suas tocas podem ter até 1,3 metros de profundidade e podem ser fechadas por areia durante períodos muito quente. É considerado um caranguejo semi-terrestre, relacionado com seu comportamento que transita aos ambientes aquáticos e terrestres. Apesar de ser costumeiramente visto em terra, respira por brânquias, necessitando de água para tal comportamento respiratório. A sua distribuição ao longo faixa de praia e restinga baixa (inclusive das tocas) tem relação com o seu tamanho (influenciando idade e sexo ) dos mesmos.[4]

O. quadrata pode produzir uma variedade de sons, através do estralo de suas garras, e da estridulação de suas patas, além de barulhos típicos de borbulhamentos. Possuem comportamento agressivo quando confrontado com outros animais ou com humanos: geralmente, ergue o corpo e levanta a garra como forma de se proteger de ameaças.

É mais ativo à noite, ou ao amanhecer, do que de dia. Se alimenta de uma variedade de materiais biológicos como restos de peixes e outros animais mortos, insetos, plantas e detritos humanos como restos de alimentos.

Praias com areias fofas são o seu habitat preferido, apresenta uma baixa população durante o inverno. Nos Estados Unidos, são negativamente impactados pelas ações humanas, principalmente pela presença de veículos nas praias que esmagam a areia onde estão escondidos, resultando no seu esmagamento devido à compressão efetuada pelo peso dos veículos.

Referências

  1. Sammy De Grave; N. Dean Pentcheff; Shane T. Ahyong; et al. (2009). «A classification of living and fossil genera of decapod crustaceans» (PDF). Raffles Bulletin of Zoology. Suppl. 21: 1–109 
  2. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 704.
  3. Adilson Fransozo, Maria Lucia Negreiros-Fransozo & Giovana Bertini (2002). «Morphometric studies of the ghost crab Ocypode quadrata (Fabricius, 1787) (Decapoda: Ocypodidae) from Ubatuba, São Paulo, Brazil». In: E. Escobar-Briones & F. Álvarez. Modern Approaches to the Study of Crustacea. New York: Kluwer/Plenum. pp. 189–195. ISBN 0-306-47366-6 
  4. {citar livro Melo, G. A. S.. Manual de identificação dos dos Crustácea Decapoda do litoral brasileiro, e pesquisa dos autores BOVOLON, S.; TAVARES, M. . ADAPTAÇÕES MORFOLÓGICAS DO ESQUELETO ENDOFRAGMAL E ESCAFOGNATITO EM CARANGUEJOS (CRUSTACEA: DECAPODA: BRACHYURA).

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