Operação Chuvas de Verão

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Operação Chuvas de Verão
Segunda Intifada
Data 28 de junho26 de novembro de 2006
(4 meses, 4 semanas e 1 dia)
Local Faixa de Gaza e Negueve
Desfecho Cessar-fogo às 6:00 da manhã (horário local) do dia 26 de novembro de 2006.
Beligerantes
 Israel Hamas
Territórios palestinos Fatah
Comitês de Resistência Popular
Jihad Islâmica
Comandantes
Israel Dan Halutz
Israel Yoav Galant
Khalid Meshal
Mohammed Deif
Ismail Haniya
Forças
30 000 1 000
Baixas
11 mortos[1]
  • 5 soldados
  • 6 civis
38 soldados feridos
1 soldado capturado
44 civis feridos
402 mortos
  • 277 militantes armados
  • 117 civis
  • 6 policiais
  • 2 guardas presidenciais
65 militantes capturados
≈ 1 000 feridos

A Operação Chuvas de Verão (em hebraico: מבצע גשמי קיץ, trans.: Mivtza Gishmey Kayitz) foi parte de uma série de conflitos entre as Forças de Defesa de Israel e militantes palestinos na Faixa de Gaza, realizados a partir de 28 de junho de 2006. A Operação Chuvas de Verão foi seguida pela Operação Nuvens de Outono (em hebraico: מבצע ענני סתיו‎, Mivtza Ananei Stav), lançada em novembro daquele ano.[2]

As operações[editar | editar código-fonte]

A ação militar israelense na Faixa de Gaza teve como pano de fundo o sequestro do soldado Gilad Shalit pelas milícias palestinas, a partir do território israelense, e o constante bombardeio de mísseis Qassam, desde Gaza, contra as cidades do sul de Israel. Foi a maior operação militar israelense no território palestino desde a remoção dos assentamentos judaicos em 2005.

As ações mobilizaram milhares de soldados e se iniciou com bombardeios sobre diversos alvos en Gaza (pontes, uma central elétrica e escritórios da Autoridade Nacional Palestina, entre outros). A destruição da única central elétrica agravaria os problemas humanitários na Faixa de Gaza, que sofria com a suspensão das ajudas econômicas norte-americana e europeia para a Palestina, após a vitória do Hamas nas eleições legislativas palestinas de 2006. Mais de 700 mil palestinos ficaram desprovidos de abastecimento de luz, água e outros serviços básicos, assim como sem alimentos e atenção médica durante o decorrer da operação militar israelense.[3]

Desde a segunda semana de julho, as forças de Israel ocuparam o centro da Faixa de Gaza e dividiram o território palestino. Também houve a prisão de ministros e deputados do Hamas na Cisjordânia.[4]

Em novembro, as forças israelenses lançaram uma nova e ampla ação militar, batizada como Operação Nuvens de Outono, desta vez atacando Beit Hanoun, ao norte da Faixa de Gaza. Os ataques deixaram 56 palestinos mortos, a metade deles civis, e mais 200 feridos.[5][6]

Ainda naquele mês, após cinco meses de operações militares na Faixa de Gaza (com mais de 400 palestinos mortos), Israel concordou em realizar um cessar-fogo com o grupo Hamas, desde que este se compromete a não retornar a lançar foguetes contra o território israelense.[5]

Ao longo de cinco meses, as duas operações militares israelenses deixaram 405 palestinos mortos, dos quais 243 eram civis[7] Segundo o porta-voz do Unicef, Michael Bociurkiw, 97 das crianças perderam a vida na Faixa de Gaza e 15 na Cisjordânia naquele ano em decorrência das operações militares israelenses.[8] Por sua vez, 5 soldados e seis civis israelenses morreram e outros 40, entre soldados e civis, ficaram feridos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências