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Operação Contenção

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Operação Contenção
Parte de Guerra às drogas no Brasil
Vista aérea dos corpos levados a praça no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro
Período28 de outubro de 2025 – presente
LocalComplexo da Penha e Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, Brasil
Resultadoem andamento
Partes
Líderes
Rio de Janeiro Cláudio Castro
Rio de Janeiro Victor César Santos
Rio de Janeiro Marcelo de Menezes
Rio de Janeiro Felipe Curi
Edgard Alves de Andrade
Pedro Paulo Guedes
Carlos da Costa Neves
Washington Cesar Braga da Silva
Luciano Martiniano da Silva
Wilton Carlos Rabello Quintanilha
Juan Breno Ramos
Forças
  • 2 500 agentes
  • 32 veículos blindados
centenas de criminosos
Baixas
Morte(s)
Preso(s)
  • 123 presos,[nota 2] destes 33 de fora do Rio
Danos
  • 118 armas apreendidas, sendo 93 fuzis

A Operação Contenção foi iniciada em 28 de outubro de 2025 pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para conter o avanço do Comando Vermelho (CV). Aproximadamente 2 500 agentes policiais participaram e executaram 100 mandados de prisão para deter integrantes[2] da facção criminosa em 26 comunidades da Zona Norte do Rio de Janeiro, principalmente nos complexos da Penha e do Alemão.[3][4]

Confrontos intensos ocorreram durante todo o dia. Organizações criminosas incendiaram barricadas e usaram bombas lançadas por drones contra as equipes das forças especiais.[5] A operação apreendeu mais de uma tonelada de drogas e 118 armas,[6][7] incluindo 93 fuzis,[5] e houve 121 mortes.[8] O governador do estado, Cláudio Castro, declarou sem provas e ainda antes da identificação dos 117 corpos,[9] que todos os mortos eram criminosos e classificou a operação como "um sucesso."[10] Destes, embora dois não tenham sido identificados, 108 tiveram comprovada sua ligação à facção Comando Vermelho, com 97 tendo histórico criminal relevante e 59 com mandados de prisão.[11][12] Apesar da avaliação oficial, a ação não resultou na prisão de Doca, apontado como um dos principais líderes do Comando Vermelho e considerado o alvo central da megaoperação.

O número de mortos na operação ultrapassou o do massacre do Carandiru, tornando-a a mais letal da história do Brasil.[13][14][15][16][17]

Antecedentes

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Organização criminosa mais antiga em atividade no Brasil, o Comando Vermelho (CV), surgiu na década de 1970 no Instituto Penal Cândido Mendes, em Ilha Grande, quando presos políticos de esquerda foram encarcerados junto a presos comuns, influenciando-os com táticas de guerrilha urbana. Inicialmente chamada Falange Vermelha, a facção expandiu-se nas décadas seguintes e consolidou redes em diferentes estados brasileiros.[18][19][20] Os complexos do Alemão e da Penha tornaram-se áreas estratégicas para o CV por concentrarem circulação, logística e pontos de arrecadação, com histórico de presença de lideranças e armamento pesado.[21] Investigações da Polícia Federal aponta o fornecimento de armas por um empresário dono de clube de tiro em Americana, SP.[22]

Em 2024–2025, relatórios e coberturas indicaram intensificação do tráfico e maior profissionalização de quadrilhas, inclusive com rotas interestaduais e internacionais, elevando a pressão por ações de grande porte contra o CV.[23]Autoridades estaduais vinham apontando a presença de foragidos e quadros do CV nas áreas-alvo, além da chegada de integrantes de outras regiões do país, o que reforçou a leitura de “santuários” para a facção no Rio.[24]

Às vésperas de eventos ligados à Grupo C40 de Grandes Cidades para a Liderança Climática (como o C40 e o Premio Earthshot), o contexto de segurança pública ganhou centralidade na agenda estadual e federal, com sinalização de reforço operacional e de coordenação entre órgãos.[25][26] Esta operação ocorreu uma semana antes a cidade sediar a cúpula destes eventos.[3]

Investigações da Polícia Federal apontam que parte dos fuzis da facção foram confeccionados em duas fábricas clandestinas na cidade de Santa Bárbara d'Oeste, em São Paulo e Belo Horizonte, em Minas Gerais.[27]

Operação

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Comitiva do governo federal visitou o Rio após operação com mais de cem mortos e, com Lewandowski e Andrei Rodrigues, reuniu-se com Cláudio Castro para discutir ações conjuntas de segurança.

A operação foi lançada durante a madrugada para o cumprimento de cerca de cem mandados de prisão. As equipes policiais que chegaram aos locais ainda no fim da madrugada do dia 28 encontraram traficantes fortemente armados[28] e enfrentaram uma forte resistência por parte dos traficantes, que rapidamente ergueram barreiras e barricadas, algumas em chamas, em diversas áreas dos dois complexos. Em retaliação, os criminosos também utilizaram drones e bombas contra os policiais.[29]

Veículo blindado do CORE (Polícia Civil) e ao fundo uma barricada com veículo em chamas

Um total de 123 pessoas foram presas, sendo 113 adultos e 10 adolescentes (estes, apreendidos). Destes, 17 foram presos por mandados de prisão prévios, 82 por prisões em flagrante; 61 tinham antecedentes criminais e 30 eram egressos dos sistema, isto é, já haviam sido presos anteriormente.[30] 29 presos eram de outros estados, sendo: 17 da Bahia, 5 do Pará, 3 de Pernambuco, 1 do Espírito Santo, 1 do Maranhão, 1 da Paraíba e 1 de Santa Catarina.[30]

Foram apreendidas 122 armas, sendo 96 fuzis, 25 pistolas, 1 revólver, 260 carregadores e aproximadamente 5 600 munições, além de 12 artefatos explosivos e 15 veículos.[30] O prejuízo estimado da facção criminosa somente com os fuzis foi de 5 milhões de reais.[31] Dentre as armas apreendidas, duas tinham a inscrição "CV AM" (Comando Vermelho do Amazonas), e uma "Tropa de Manaus".[32] Alguns dos fuzis foram desviados das forças armadas brasileiras, argentinas, peruanas e venezuelanas.[33]

Também foram apreendidas 2 toneladas de maconha e aproximadamente 22 kgs de cocaína.[30]

O líder da facção, Edgard Alves de Andrade, vulgo Doca, conseguiu escapar, tendo contado com a ajuda de 70 criminosos. O governo do estado ofereceu uma recompensa de cem mil reais por informações que levem à sua captura.[34]

Reflexos pela cidade

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Criminosos atravessaram ônibus impedindo a circulação em diversas partes da cidade.
Milhares de pessoas voltaram para casa a pé, sem alternativa de transporte.

Em retaliação, criminosos aliados atearam fogo em veículos, espalharam caçambas de lixo e posicionaram atravessados nas vias um total de 71 ônibus, com o objetivo de bloquear importantes vias da cidade do Rio de Janeiro, como a Avenida Brasil, Linha Amarela, Linha Vermelha, Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, Centro, Rio Comprido, Tijuca, Vila Isabel, Engenho Novo, Méier, Cascadura, Engenho da Rainha, Freguesia, Taquara, Cidade de Deus, Anchieta, Guadalupe, Chapadão, Complexo do Alemão e Complexo da Penha, além da BR-101, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.[29][35]

Os trens, metrô, VLT e barcas seguiram funcionando normalmente — com eventuais filas nos acessos devido ao alto número de passageiros que tentavam embarcar simultaneamente na volta antecipada para casa[36] — mas como eles não abrangem todas as áreas da cidade, muitas pessoas tiveram de transitar para suas casas a pé, em especial na Zona Sudoeste.[37] O sindicato das empresas de ônibus determinou que as empresas recolhessem os ônibus, fato até então inédito.[38]

A Polícia Militar também informou a ocorrência de tiroteios provenientes de criminosos do Morro do Dezoito, em Água Santa, que dispararam contra a Linha Amarela.[29]

No dia seguinte da operação policial, com a retirada do efetivo do território, o clima de medo de uma grande reação se instaurou e muitos comerciantes preferiram fechar as lojas e a população ficar em casa, já que o Estado não ocupou as comunidades para garantir a segurança de seus moradores e dos bairros do entorno[39] após o evento, diferente da operação de implantação das Unidades de Polícia Pacificadores onde as forças policiais entraram e ficaram nas comunidades.

Da esquerda para a direita: Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves, ambos sargentos do Bope; Rodrigo Velloso Cabral, policial civil da 39ª DP; e Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, comissário da 53ª DP.

Dois policiais civis e dois policiais militares foram mortos. Outros quinze policiais ficaram feridos,[40] dois em estado grave.[41] Um dos feridos, o delegado-adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Eduardo Leal, precisou ter uma perna amputada após ser baleado na coxa.[42]

Os policiais que morreram foram: Rodrigo Velloso Cabral (34 anos; inspetor da Polícia Civil), Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho (51 anos; policial civil), sargento do BOPE Cleiton Serafim Gonçalves (42 anos) e o também sargento do BOPE Heber Carvalho da Fonseca (39 anos). Alguns deles deixaram filhos e esposas.[43][44][45] Os policiais foram homenageados em cerimônias na Praia de Copacabana[46] e no Distrito Federal.[47]

Até 29 de outubro, foram contabilizados 119 mortos pelo governo estadual, entre eles quatro policiais.[48] Há indícios de que os números superem 136 mortos, considerando corpos ainda não verificados. Do total, ao menos 74 corpos foram resgatados pelos próprios moradores, que os carregaram da mata próxima até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha,[49] sem a ajuda de bombeiros, policiais ou qualquer órgão público.[50] Em muitas regiões, o acesso por ambulâncias e rabecões do IML era impossível, visto que diversas das principais vias das localidades foram bloqueadas pelo próprio crime organizado.[35]

Moradores relataram que algumas das pessoas encontradas na mata estariam amarradas e teriam marcas de tiros na testa, nas costas e nas pernas, além de marcas de facadas, entre outros indícios de execução — alegações que, até o momento, carecem de provas. Ainda segundo um morador, ao menos um suspeito foi encontrado com uma granada na mão: "Encontramos um deles com uma granada na mão e outra sem pino, aparentemente. Então deixamos lá".[51]

O presidente da Associação Comunitária do Parque Proletário da Penha, Erivelton Vidal Correa, em entrevista à Agência Brasil, afirmou que:

Muitos corpos deformados, com perfurações no rosto, perfurações de faca, cortes de digitais, dois corpos decapitados, a maioria dos corpos não tinha face, essa era a condição. [Dois irmãos] foram mortos abraçados com um tiro na cara cada um e tiveram as digitais cortadas.

— Erivelton Vidal Correa[52]

O dono de uma agência funerária que recebeu alguns dos corpos, Fernando Argivaes, declarou: "O estado dos corpos é precário. Foi uma verdadeira chacina, uma carnificina. Os corpos ficaram lá no meio do mato, na pedreira, gente que foi executada no local, pela maneira que foi, não foi auto de resistência (em confronto). Estavam escondidos e foram executados quando encontrados".[52]

Os moradores despiram alguns corpos, removendo roupas, inclusive camufladas.[53][54] A suspeita é de que a ação tenha sido feita para alterar a cena do crime e dificultar a reconstituição dos fatos, o que levou à abertura de inquérito por fraude processual.[55] As imagens mostram pessoas munidas de tesouras cortando as vestimentas camufladas dos cadáveres. Os corpos, encontrados na área de mata que conecta o Alemão e a Penha, tiveram cintos, pochetes e outros itens removidos antes de serem expostos na rua.[56] A polícia busca identificar e responsabilizar criminalmente quem participou da remoção e da troca das roupas dos traficantes.[56] O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou em entrevista coletiva que vai investigar a ação por fraude processual:

Vale lembrar, para desmistificar certas narrativas, que parece ter ocorrido uma espécie de 'milagre' com os corpos que estão aparecendo hoje. Esses indivíduos estavam na mata, equipados com roupas camufladas, coletes e armamentos. Agora, muitos deles surgem apenas de cueca ou short, sem qualquer equipamento — como se tivessem atravessado um portal e trocado de roupa. Temos imagens que mostram pessoas retirando esses criminosos da mata e os colocando em vias públicas, despindo-os. A 22ª Delegacia de Polícia instaurou um inquérito para investigar possível fraude processual.

— Felipe Curi[57]

Técnicos do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também realizam perícias independentes nos corpos, em meio às denúncias de execuções.[58] A Defensoria Pública do Rio pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal para também realizar perícia independente, com o argumento de que a ação policial teria violado a ADPF 635, mais conhecida como ADPF das Favelas,[59] tendo sido impedida de acompanhar a necropsia dos corpos.[60]

Os policiais que participavam da operação utilizavam câmeras corporais, porém, de acordo com o secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marcelo de Menezes, parte das imagens pode ter se perdido, uma vez que a duração da bateria dos equipamentos é de cerca de 12 horas e, devido às condições do conflito, parte dos policiais pode não ter conseguido fazer a troca durante a operação.[61] As imagens serão verificadas pelo MPRJ.[62]

As baterias das câmeras duram cerca de 12 horas. Começamos a reunir às 3h de terça-feira. As tropas começaram a se movimentar às 5h. Em algum momento, há a substituição dessas baterias. Dado o cenário em que ali estavam empregadas as câmeras, aquelas baterias não foram recarregadas e em algum momento essas imagens podem ter sido perdidas.

— Marcelo de Menezes[61]

Lista de mortos

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Em 31 de outubro, três dias após a operação, a cúpula da Segurança Pública do Rio de Janeiro divulgou uma lista com 99 mortos identificados até aquele dia,[63] número que subiu para 115 em 02 de novembro[64] com a perícia de outros dois sendo inconclusiva. Dos 115 identificados, 97 tinham histórico criminal relevante, e 59 possuíam mandados de prisão em aberto. Dos 17 sem histórico criminal, 12 apresentaram indícios de participação no tráfico em suas redes sociais.[11][12] Todos eram homens; mulheres não foram mortas na operação.[65] 62 dos neutralizados eram de outros estados: 19 do Pará, 12 da Bahia, 9 do Amazonas, 9 de Goiás, 4 do Ceará, 3 do Espírito Santo, 2 da Paraíba, 1 do Distrito Federal, 1 do Maranhão, 1 do Mato Grosso e 1 de São Paulo.[30]

Lista de mortos
  1. Adailton Bruno Schmitz da Silva, 35 anos
  2. Adan Pablo Alves de Oliveira, vulgo Madruga, 28 anos
  3. Aleilson da Cunha Luz Junior, vulgo Madrugadão, 26 anos
  4. Alessandro Alves de Souza, 32 anos
  5. Alessandro Alves Silva, 19 anos
  6. Alessandro Martins Moreira de Oliveira, 25 anos
  7. Alexsander Monteiro de Almeida, de 22 anos
  8. Alexsandro Bessa dos Santos, vulgo Prejudicado, 51 anos
  9. Anderson da Silva Severo, vulgo Maestro / Uander, 38 anos
  10. André Luiz Ferreira Mendes Junior, vulgo Cabeludo, 22 anos
  11. Arlen João de Almeida, vulgo Terrorista / João, 31 anos
  12. Brendon César da Silva Souza, 25 anos
  13. Bruno Correa da Costa, vulgo Bruno, 30 anos
  14. Bruno de Almeira Oliveira, vulgo Boquinha, 24 anos
  15. Bruno dos Santos Raimundo, 37 anos
  16. Carlos Eduardo Santos Felício, 21 anos
  17. Carlos Henrique Castro Soares da Silva, vulgo Soldado, 27 anos
  18. Cauãn Fernandes do Carmo Soares, 19 anos
  19. Célio Guimarães Júnior, 29 anos
  20. Claudinei Santos Fernandes, vulgo CL, 17 anos
  21. Cleideson Silva da Cunha, vulgo Loirinho, 27 anos
  22. Cleiton Cesar Dias Mello
  23. Cleiton da Silva, vulgo Mãozinha, 33 anos
  24. Cleiton Souza da Silva, 31 anos
  25. Cleys Bandeira da Silva, 26 anos
  26. Danilo Ferreira do Amor Divino, vulgo Mazola, 38 anos
  27. Diego dos Santos Muniz, 29 anos
  28. Diogo Garcez Santos Silva, vulgo DG, 31 anos
  29. Diogo Souza Nunes, 21 anos
  30. Douglas Conceição de Souza, vulgo Chico Rato, 32 anos
  31. Douglas Henrique Simões da Costa
  32. Eder Alves de Souza, 37 anos
  33. Edione dos Santos Dias, 35 anos
  34. Edson de Magalhães Pinto, vulgo Mangote, 21 anos
  35. Eliel Castro de Jesus, vulgo Neguinho, 25 anos
  36. Emerson Pereira Solidade, vulgo Piter, 27 anos
  37. Evandro da Silva Machado, 38 anos
  38. Fabian Alves Martins
  39. Fabiano Martins Amancio, 28 anos
  40. Fabio Francisco Santana Sales, 36 anos
  41. Fabricio dos Santos da Silva
  42. Felipe da Silva, vulgo Tíuba, 32 anos
  43. Fernando Henrique dos Santos, 29 anos
  44. Francisco Myller Moreira da Cunha, vulgo Gringo / Suíça, 32 anos
  45. Francisco Nataniel Alves Gonçalves, 48 anos
  46. Francisco Teixeira Parente, vulgo Mongol, 30 anos
  47. Gabriel Lemos Vasconcelos, 23 anos
  48. Gilberto Nascimento Rocha, 31 anos
  49. Gustavo Souza de Oliveira
  50. Hercules Salles de Lima, 24 anos
  51. Hito José Pereira Bastos, vulgo Dimas, 31 anos
  52. Jeanderson Bismarque Soares de Almeida, vulgo Bis, 33 anos
  53. Jonas de Azeredo Vieira, 29 anos
  54. Jônatas Ferreira Santos, vulgo Joni Visão, 37 anos
  55. Jonatha Daniel Barros da Silva, 18 anos
  56. Jorge Benedito Correa Barbosa, vulgo Pará, 54 anos
  57. Jorge Santos dos Anjos, 29 anos
  58. José Paulo Nascimento Fernandes
  59. Josigledson de Freitas Silva, vulgo Gleissim / Traquino, 34 anos
  60. Juan Marciel Pinho de Souza, 20 anos
  61. Kauã Teixeira dos Santos, 18 anos
  62. Keven Vinicius Sousa Ramos, vulgo Gordin, 25 anos
  63. Kleber Izaias dos Santos
  64. Leonardo Fernandes da Rocha, 35 anos
  65. Luan Carlos Dias Pastana, vulgo Luan Castanhal, 35 anos
  66. Luan Carlos Marcolino de Alcântara, vulgo Tubarão, 24 anos
  67. Lucas Alves Araujo, vulgo Nego, 31 anos
  68. Lucas da Conceição, vulgo Mata Rindo ou Luquinha, 19 anos
  69. Lucas da Silva Lima, vulgo LK / Pezão, 29 anos
  70. Lucas Guedes Marques, 29 anos
  71. Luciano Ramos Silva, 32 anos
  72. Luiz Carlos de Jesus Andrade, vulgo Zóio, 23 anos
  73. Luiz Claudio da Silva Santos, 28 anos
  74. Luiz Eduardo da Silva Mattos, 21 anos
  75. Maicon Pyterson da Silva, vulgo DJ, 28 anos
  76. Maicon Thomaz Vilela da Silva, vulgo MK, 31 anos
  77. Marcio da Silva de Jesus, 22 anos
  78. Marcos Adriano Azevedo de Almeida, vulgo BC / Beiço / Mateus / Matheus, 32 anos
  79. Marcos Antonio Silva Junior, 25 anos
  80. Marcos Aurélio Amaral Carreira, 27 anos
  81. Marcos Vinicius da Silva Lima, vulgo Rodinha / Brancão / MV, 27 anos
  82. Marllon de Melo Felisberto, vulgo Branquinho ou Balão, 28 anos
  83. Maxwel Araújo Zacarias, vulgo Dedão, 38 anos
  84. Nailson Miranda da Silva, vulgo Moju / Mujuzinho, 27 anos
  85. Nelson Soares dos Reis Campos, vulgo Cabeludo, 27 anos
  86. Rafael Correa da Costa
  87. Ricardo Aquino dos Santos
  88. Richard Souza dos Santos, vulgo Prejudicado, 20 anos
  89. Robson da Silva Monteiro, 27 anos
  90. Rodolfo Pantoja da Silva, 28 anos
  91. Ronald Oliveira Ricardo, 25 anos
  92. Ronaldo Julião da Silva, 46 anos
  93. Rubens Lourenço dos Santos, vulgo Binho, Zoião ou Bzo, 38 anos
  94. Tarcisio da Silva Carvalho, 30 anos
  95. Tiago Neves Reis, 26 anos
  96. Vanderley Silva Borges, 28 anos
  97. Victor Hugo Rangel de Oliveira, 32 anos
  98. Vitor Ednilson Martins Maia, vulgo Ipixuna do Pará, 25 anos
  99. Wagner Nunes Santana
  100. Waldemar Ribeiro Saraiva, vulgo Fantasma, 21 anos
  101. Wallace Barata Pimentel, vulgo Pizza, 27 anos
  102. Wellington Brito dos Santos, 20 anos
  103. Wellington Santos de Jesus, 29 anos
  104. Wellinson de Sena dos Santos, 20 anos
  105. Wendel Francisco dos Santos, 24 anos
  106. Wesley Martins e Silva, vulgo PP, 27 anos
  107. William dos Santos Barbosa, 20 anos
  108. Willian Botelho de Freitas Borges, 23 anos
  109. Yago Ravel Rodrigues Rosário, vulgo Ravel do CV, 19 anos
  110. Yan dos Santos Fernandes, 20 anos
  111. Yure Carlos Mothé Sobral Palomo, 23 anos
  112. Yuri dos Santos Barreto, 22 anos[nota 3]

No dia da operação

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Dentre os 123 presos, estão Thiago do Nascimento Mendes, vulgo Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho na região, e Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de Doca, que conseguiu escapar.[66]

Vinte e seis criminosos que se escondiam na casa de uma moradora da comunidade, e a faziam de refém, exigiram a ela que filmassem o momento de sua rendição, como forma de garantir que não seriam agredidos ou mortos pela polícia.

Nós vai descer. Qual é, rapaziada, um atrás do outro, ninguém com nada. Tá geral sem camisa, pegou a visão? Tá geral sem camisa, nós vai descer aqui devagar, hein?! Sem esculacho, mano, vai sair geral. Sem esculacho.

— Suspeito não identificado, ao se entregar para a polícia[67]

Após o dia da operação

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Três integrantes do Comando Vermelho presos no dia seguinte à operação

No dia seguinte à operação, informações fornecidas ao Disque Denúncia levaram à captura de três suspeitos que fugiram da operação e se esconderam no bairro do Campinho: Luiz Carlos Mourão de Matos, Celso Luiz Gitahy Ferreira e Rodrigo dos Santos Lourenço, vulgo Rodriguinho. Todos tem anotações criminais pelos crimes de adulteração, remarcação ou supressão de sinais identificadores de veículos automotores; falso testemunho, roubo, receptação e organização criminosa. No interior do seu esconderijo, foram apreendidos pela polícia uma pistola Glock G7; um carregador alongado 9mm; 31 munições intactas de 9mm; cinco rádios transmissores; 21 frascos de lança-perfume; 1 fuzil; 64 unidades de erva seca; 11 celulares e uma granada de gás lacrimogêneo.[68]

No dia 30 de outubro, mais um foragido da operação foi capturado em São Paulo: Antônio de Jesus Cabral, de 40 anos, foi identificado por um sistema automatizado de câmeras de segurança enquanto andava na Rua 25 de Março, na capital paulista, e preso por agentes da Guarda Civil Metropolitana. Segundo a Prefeitura de São Paulo, ele teria escapado do local da operação pouco antes do início da mesma.[69] Dias depois ele seria solto com um habeas corpus e já estaria de volta ao Rio de Janeiro.[70]

Em 01 de novembro, outro foragido da operação foi capturado: Vitor Vinicius Bezerra Batista, localizado em Piabetá, distrito de Magé, na região metropolitana do Rio. Vitor foi condenado pela 41ª Vara Criminal da Capital a 8 anos e 10 meses de prisão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência e uso de arma de fogo. Após progressão para o regime semiaberto, ele não retornou ao sistema prisional e foi registrado como evadido em março deste ano.[71]

Percepção da população

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De acordo com o instituto Paraná Pesquisas, 69,9% dos moradores da capital fluminense aprovaram a operação. Para 53,1% das pessoas, a operação ajuda a reduzir a criminalidade.[72]

Segundo pesquisa do Datafolha de 30 de outubro, 57% dos moradores do Rio de Janeiro concordaram com a operação e 27% a rejeitaram.[73] Nas redes sociais ao nível nacional, segundo a AP Exata, 58% dos usuários aprovaram a operação.[74]

Outro levantamento, do AtlasIntel, mostrou que 62,2% dos moradores da cidade do Rio⁣⁣ apoiaram a operação; em âmbito nacional, a aprovação seria de 55,2%. Nas favelas cariocas, o apoio chegava a 87,6%.[75][76] A coordenadora-geral da ONG Rio de Paz, filiada à Organização das Nações Unidas, Fernanda Vallim, criticou a divulgação da pesquisa, chamando os habitantes de favelas de "maioria desinformada" e atribuindo-lhes um "histórico conservador" e "baixa escolaridade".[77]

Uma pesquisa da Quaest constatou a aprovação de 64% dos moradores do Estado do Rio à operação, com 58% entendendo-a como um sucesso, 73% defendendo mais operações do tipo[78] e 72% apoiando o enquadramento do Comando Vermelho como organização terrorista, medida proposta por políticos de direita após a operação.[79] A operação teria aumentado em 10 pontos a aprovação do governo de Cláudio Castro. Segundo a Quaest, a operação teria sido rejeitada apenas por eleitores de esquerda. Entre estes, no entanto, a rejeição não era unânime, mas fortemente dividida: a maioria dos eleitores de esquerda não-lulistas, por exemplo, aprovavam a operação; mesmo os eleitores lulistas, porém, afirmaram em sua maioria desejar mais operações semelhantes. Entre os eleitores independentes, 72% dizem que a polícia deve continuar no mesmo estilo de operações. A taxa de aprovação entre bolsonaristas é de quase 100%.[80][81]

Outro levantamento da Quaest, dessa vez a âmbito nacional, aponta que 67% dos brasileiros aprovam a operação e avaliam que não houve exagero da polícia. A pesquisa aponta também que 57% dicordam de Lula sobre operação no Rio ter sido "desastrosa", 46% defendem leis mais rígidas e penas maiores para melhorar a segurança e 73% diem que organizações criminosas devem ser consideradas terroristas.[82]

Repercussão

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Governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro em entrevista coletiva, acompanhado do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski

O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) classificou a ação como "a maior operação das forças de segurança do Rio de Janeiro" contra, segundo ele, o narcoterrorismo.[83] Cláudio também disse que o governo federal negou empréstimos de veículos blindados das Forças Armadas para operações policiais anteriormente,[84] pois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se opõe à decretação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que é necessária para a cessão dos veículos.[85][86]

Temos muita tranquilidade de defendermos tudo que fizemos ontem. Queria me solidarizar com a família dos quatro guerreiros que deram a vida para salvar a população. De vítima ontem lá, só tivemos esses policiais.

— Cláudio Castro[87]

Em contrapartida o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski disse que não recebeu nenhum pedido de GLO por parte de Cláudio para a operação e que a responsabilidade pela operação é do governador.[85][86] Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, disse que o governo federal não foi informado previamente sobre a operação e defendeu a articulação dos governos federal e estaduais no combate ao crime organizado.[85] O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, declarou que houve contato prévio da Polícia Militar com a unidade da PF no Rio de Janeiro para avaliar uma possível participação federal na operação, mas que a PF entendeu que a ação não se adequava ao modo de atuação da instituição.[88] Por outro lado, Lewandowski retrucou dizendo que o contato deveria ter sido feito de forma "oficial" e não uma comunicação informal em "terceiro escalão":

Se fosse o desejo ou a intenção do governo estadual de pedir a participação do governo federal numa operação de tal envergadura, é claro que a comunicação não seria feita ao nível de terceiro escalão, de maneira informal, mas sim teria que ser feita de forma oficial.

— Ricardo Lewandowski[89]

O procurador-geral de justiça do MPRJ, Antônio José Campos Moreira, afirmou que a operação "não foi uma operação para retomada do controle do território. As polícias, agindo no seu dever constitucional, deram cumprimento a ordens judiciais. Não houve uma operação para a retomada de território."[90]

Vinte e sete organizações de direitos humanos declararam em uma nota que a operação foi uma "matança produzida pelo Estado brasileiro" e que seus resultados expõem "o fracasso e a violência estrutural da política de segurança no estado".[91][92] O Instituto Fogo Cruzado afirmou que uma ação como essa não pode ser considerada um sucesso ou resultado de planejamento prévio. O Instituto Marielle Franco classificou o evento como um massacre.[93] O diretor do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania do Rio de Janeiro classificou a ação como "algo completamente sem precedentes, sem nenhum tipo de justificativa, talvez a operação mais irresponsável da história do Rio de Janeiro e mostra a total falência desse governo do Estado na área de segurança pública".[94] O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos publicou no Twitter que estava horrorizado com a operação e pediu investigações rápidas e eficazes.[95][96] César Muñoz, diretor da Human Rights Watch no Brasil, disse que a ação foi uma "enorme tragédia" e que esse tipo de operação gera "insegurança, revela o fracasso das políticas do Rio de Janeiro".[97]

O Departamento de Estado dos Estados Unidos e seu consulado no Rio de Janeiro emitiram um alerta de segurança para viajantes, voltado a cidadãos americanos que já estejam visitando a cidade, aconselhando-os a evitar a região;[98][99] o mesmo foi feito pelo consulado chinês.[100]

No dia seguinte à operação, o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), determinou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI do Crime Organizado, com o objetivo de "apurar a estruturação, a expansão e o funcionamento do crime organizado, com foco na atuação de milícias e facções" na próxima terça-feira, dia 4 de novembro. O pedido havia sido feito em junho por iniciativa do senador Alessandro Vieira (MDB-SE).[101]

No dia 30 de outubro, em discurso na Câmara, o deputado federal e pastor evangélico da Igreja Ministério Missão de Vida Otoni de Paula (MDB-RJ) afirmou que a operação teria matado quatro jovens de famílias de sua igreja que não teriam envolvimento com o crime organizado, sem citar nomes.[102]

Meninos que nunca portaram fuzis, mas estão sendo contados no pacote como se fossem bandidos. E sabe quem vai saber se são bandidos ou não? Nunca [vão saber], ninguém vai atrás, porque preto correndo em dia de operação na favela é bandido.

— Otoni de Paula[103]

Outros deputados federais também se posicionaram a favor e contra a operação, em consoante sejam aliados ou oposição ao governo federal. A líder do PSOL, deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), fez discurso em posicionamento contrário:

O que tem sido feito para enfrentar as organizações criminosas é um banho de sangue. Há décadas a gente enxuga sangue, e as famílias continuam sendo destruídas por um modelo de segurança pública encampado pelo governador Cláudio Castro, que é incompetente e covarde.

— Talíria Petrone[103]

Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) discursou a favor:

Estão chamando de chacina o que foi uma operação legítima. Essa foi a maior faxina da história do Rio de Janeiro. A polícia fez o que precisava ser feito.

— Nikolas Ferreira[104]

Após a ação, os governadores Ronaldo Caiado (União-GO), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Tarcísio de Freitas (PL-SP) disponibilizaram tropas locais para oferecer apoio nas atividades de segurança do estado fluminense, caso necessário.[105][106][107] Tarcísio de Freitas declarou solidariedade à operação e às famílias dos policiais mortos, e, apontando o crime organizado como "o principal risco ao Brasil", definiu a situação como uma "guerra"; ele parafraseou Carl von Clausewitz que "uma guerra só é vencida quando o território é conquistado, o poder militar é destruído e a vontade é subjugada".[108]

Governadores de centro e direita anunciaram uma comitiva para visitar o Rio de Janeiro em 30 de outubro, a fim de demonstrar apoio a Cláudio Castro. Além de Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior e, de forma on-line, Tarcísio de Freitas, compareceram Jorginho Mello (PL-SC), Mauro Mendes (União-MT), Eduardo Leite (PSD-RS), Romeu Zema (Novo-MG) e Eduardo Riedel (PP-MS), além de Celina Leão (PP-DF), vice-governadora do Distrito Federal.[109][110]

Após a operação, políticos de direita começaram a defender ativamente a classificação de grupos como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital como terroristas. Tarcísio de Freitas liderou a campanha e liberou seu Secretário de Segurança Pública, o deputado federal Capitão Derrite, para reassumir o mandato e relatar a proposta, que tramita na Câmara.[111][112]

Em 4 de novembro de 2025, o presidente Lula, em entrevista à Associated Press e à Reuters, durante viagem a Belém (PA), classificou a operação como 'desastrosa' e 'matança':[113]

Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação. Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança.

— Presidente Lula[113]

Lula afirmou que o governo está articulando a participação de legistas da Polícia Federal nas investigações sobre as mortes ocorridas durante a operação.[113]

Eu acho que é importante a gente verificar em que condições ela [a operação] se deu, porque até agora nós temos uma versão contada pela policia, contada pelo governo do Estado e tem gente que quer saber se tudo aquilo aconteceu do jeito que eles falam ou se teve alguma coisa mais delicada na operação.

O dado concreto é que a operação, do ponto de vista da quantidade de mortes, as pessoas podem considerar um sucesso, mas do ponto de vista da ação do Estado, eu acho que ela foi desastrosa.

— Presidente Lula[113]

Em 05 de novembro, uma semana após as operações, em entrevista para o colunista político Lauro Jardim, Castro afirmou que tem "mais 10 operações agendadas" contra o crime organizado, que assim como a executada no dia 28 de outubro, não seriam ocupações de território ("não acredito em ocupação"), e indicou que em dezembro iniciará ações de retomada de território na Zona Sudoeste do Rio.[114]

Analistas políticos avaliam que o aumento de popularidade de Cláudio Castro após a operação poderia alçá-lo a concorrer as eleições para o Senado ou eventualmente até a presidência da república em 2026, representando o campo conservador.[115]

Protestos

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Dois dias após a ação, familiares dos mortos fizeram um protesto na Avenida Francisco Bicalho, em frente ao necrotério onde os corpos se encontram, por não receberem informações sobre seus parentes.[116] O deputado federal Reimont (PT-RJ) negociava com os participantes a liberação pacífica da via, mas antes que isso fosse feito, a polícia militar reprimiu o protesto, atingindo seus participantes com spray de pimenta e assim liberando a circulação na via que é um dos acessos ao Centro da cidade.[117]

No dia 31 de outubro, três dias após a ação, um ato com moradores vestidos de branco em motocicletas percorreu ruas do bairro da Penha. A manifestação contou com ativistas e políticos como a vereadora Monica Benicio, viúva de Marielle Franco, e os deputados federais Glauber Braga e Tarcísio Motta, todos do PSOL.[118] Dezenove atos foram convocados para o mesmo dia em diversas cidades do país.[119]

Repercussão internacional

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se manifestou em suas redes sociais classificando a ação como "barbárie", culpando "nazistas de Bolsonaro",[120] por mortes e traçando paralelos com a Operação Orion, realizada na Comuna XIII em Medellín.[121][122][123][124]

No dia seguinte à operação, o governo da Argentina classificou o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações narcoterroristas, declarando "alerta máximo" na segurança de suas fronteiras com o Brasil. Patricia Bullrich, ministra da Segurança do país, determinou que brasileiros sejam "rigorosamente inspecionados" nas fronteiras. "Esse alerta máximo significa observar com muita atenção todos os brasileiros que venham à Argentina, verificando se têm ou não antecedentes, mas sem confundir turistas com integrantes do Comando Vermelho", disse.[125]

Em 28 de outubro, o Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU publicou uma mensagem condenando a operação. O órgão afirmou estar “horrorizado” com a ação e declarou que o caso reforça o padrão de operações letais em comunidades marginalizadas. A ONU cobrou das autoridades brasileiras uma investigação rápida, completa e eficaz sobre o episódio.[126]

Em 30 de outubro, a Argentina determinou o envio de 150 a 200 militares para a região de Bernardo de Irigoyen, que faz fronteira com os estados de Santa Catarina e Paraná.[127]

Em 30 de outubro, o Paraguai decretou o CV e o PCC como organizações terroristas.[128]

O governo dos Estados Unidos enviou condolências ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, pela morte dos quatro policiais durante a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão. A mensagem, assinada por James Sparks, um representante da Administração de Repressão às Drogas dos Estados Unidos (DEA), expressou “profundo pesar” pela perda dos agentes que morreram em serviço, reconhecendo o sacrifício das forças de segurança do Rio. O governo norte-americano também se colocou à disposição para oferecer apoio ao Estado “no que for necessário”.[129]

Cobertura

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Capa do jornal O Globo no dia seguinte à operação

As emissoras de televisão como a TV Globo do Rio de Janeiro (geradora da TV Globo), Record Rio, SBT Rio e a Band Rio, além dos canais de notícias, modificaram as suas respectivas programações para transmitir os desdobramentos da operação policial e informações de utilidade pública. A TV Globo e a Record Rio suspenderam grande parte da programação nacional vespertina para priorizar a cobertura do evento. No caso da TV Globo, um jogo amistoso de futebol feminino entre Brasil e Itália, originalmente programado para as 14h10, não foi levado ao ar para o estado do Rio de Janeiro, sendo substituído por transmissões jornalísticas locais.[130]

Em 02 de novembro, o Fantástico exibiu uma reportagem de 20 minutos sobre o caso, incluindo o resgate de um policial ferido pelos criminosos, Bernardo Leal Annes Dias,[131] que viria a ter uma das pernas amputada devido aos ferimentos,[67] e a tentativa de resgate de um policial alvejado na cabeça, que viria a falecer no local.

A imprensa internacional relatou a operação. O jornal britânico The Guardian afirmou que o Rio de Janeiro estava em guerra e que viveu "o pior dia de violência da história". A Reuters relatou que a operação ocorreu dias antes da cidade sediar eventos que antecedem a COP30 e que ações policiais de grande escala são comuns no Rio antes de eventos internacionais.[132] Já o periódico The New York Times chamou atenção para o número oficial de mais de 64 mortos divulgado no primeiro dia, o choque político entre o Governador Claudio Castro e o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema da violência no estado do Rio de Janeiro e que o governador mostrou uma retórica próxima ao Presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao usar o termo "narcoterroristas" para as organizações criminosas do Rio de Janeiro, mas incorreta por deturpar o que a legislação brasileira define como grupo terrorista.[133][134] O espanhol El País noticiou: "A operação policial mais sangrenta do Brasil deixa um rastro de cadáveres no Rio de Janeiro".[135] O catarense Al Jazeera também noticiou a operação, destacando o protesto dos familiares em frente à sede do governo estadual.[136]

Estatísticas

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Apreensões e prisões

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  • 118 armas apreendidas, sendo 93 fuzis[137][138]
  • 123 presos, sendo 10 adolescentes e 33 de fora do Rio[32]

Mortos e feridos

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Reações

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Governamentais

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No dia 31 de outubro, o governo Lula assinou um "projeto de lei antifacção" para tentar sufocar o crime organizado, com foco no aumento das penas para quem participar de organizações criminosas – ponto que gerou resistência interna no governo, e a criação de novas ferramentas de investigação.[145]

No dia 29 de outubro, um grupo de governadores de oposição decidiu em reunião virtual pressionarem pela aprovação do projeto de lei que classifica o CV e o PCC como organizações terroristas, num movimento liderado pelo governador Jorginho Mello. "Nossa proposta é que os governos cedam homens de suas polícias, tanto na área de inteligência quanto no efetivo, para auxiliar o Rio de Janeiro neste momento. O combate ao crime organizado não pode ter fronteiras. É uma responsabilidade de todos", disse à CNN Brasil o governador.[146] O governo Lula posicionou-se contra classificar as organizações criminosas como terroristas, em alinhamento com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), cujo ministro, Ricardo Lewandowski, declarou:[147]

Nós temos uma posição que já foi externada várias vezes: uma coisa é terrorismo, outra coisa são facções criminosas. O terrorismo envolve sempre uma nota ideológica, é sempre uma atuação política com repercussão social, com atentados esporádicos, sempre tendo em conta um determinado fator ideológico.

— Ricardo Lewandowski[113]

Dois dias após a operação que resultou em 121 mortes, foi criado em 30 de outubro de 2025 o Consórcio da Paz, uma aliança composta por 7 governadores para o enfretamento ao crime organizado por meio da integração das forças de segurança pública.[148]

Legislativo

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Mesa diretora da CPI do Crime Organizado, com os senadores Hamilton Mourão, Fabiano Contarato e Alessandro Vieira

Em 04 de novembro de 2025, foi instaurada uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para "apurar a atuação, a expansão e o funcionamento de organizações criminosas no território brasileiro, em especial de facções e milícias, investigando-se o modus operandi de cada qual, as condições de instalação e desenvolvimento em cada região, bem como as respectivas estruturas de tomada de decisão, de modo a permitir a identificação de soluções adequadas para o seu combate, especialmente por meio do aperfeiçoamento da legislação atualmente em vigor."[149]

Ver também

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Notas e referências

Notas

  1. Segundo a Defensoria Pública, foram 132 pessoas mortas.[1]
  2. 113 adultos presos e 10 adolescentes apreendidos
  3. Mais quatro menores foram identificados, sendo um de 16 anos, um de 14 e outros dois sem idade divulgada, porém não tiveram seus nomes divulgados
  4. 17 pessoas não tinham antecedentes criminais[140]

Referências

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