Ormosia

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Classificação científica
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Magnoliophyta
Subdivisão: Spermatophytina
Classe: Magnoliopsida
Superordem: Rosanae
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Ormosia
Distribuição geográfica
Mapa do GBIF de distribuição do gênero Ormosia.[1]
Mapa do GBIF de distribuição do gênero Ormosia.[1]
Espécies
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Ormosia é um género botânico de árvores e arbustos pertencente à família Fabaceae. Este gênero apresenta cerca de 123 espécies descritas aceitas, sendo 35 delas nativas e quinze endêmicas do Brasil.[2][3] A distribuição do gênero se dá principalmente nas regiões tropicais da América e Ásia.[1] O gênero foi descrito pela primeira vez pelo botânico George Jackson no ano de 1811.[4] Alguns dos usos comuns do gênero são serraria e artesanato.[5] As sementes de várias espécies do gênero são usadas como miçanga em colares devido à sua aparência ornamental.[6] O nome do gênero "Ormosia" vem do grego, ὅρμος/όrmos, e significa colar, fazendo referência a um dos usos de suas sementes coloridas.[7]

Morfologia[editar | editar código-fonte]

As plantas do gênero tem poste de árvore ou arbustivo. Os brotos são glabros ou subtendidos por estípulas.

As folhas são alternadas, raramente subopósticas, imparipinadas, paripinadas ou raramente simples (1-foliolato) e contém de um a dezenove folíolos. As estípulas são geralmente pequenas ou discretas, raramente ausentes. Os folíolos são oposto, muitas vezes coriáceos ou densamente com textura de papel; as stipels ("estípulas" do folíolo em inglês) são geralmente ausentes.

As inflorescências são paniculares ou racemosas, axilares ou terminais. As brácteas são pequenas e caducas. O cálice é campanulado; possui cinco "dentes" desiguais e dois dos superiores são conados. A corola é mais comprida que o cálice e possui cor branca, amarela, lavanda ou púrpura As pétalas possuem padrão suborbicular, asas e quilhas oblíquas, formato obovado-oblongo, quilha e pétalas livres. A perte masculina possui dez estames que são expostos, livres ou apenas levemente basalmente coonados, subigual, encurvados; anteras pequenas, versáteis, subdesenvolvidas ou degeneradas em alguns filamentos. A parte feminina possui ovário subséssil; de um a muitos óvulos; estilete longo, filiforme e encurvado; estigma oblíquo ou terminal.

Os frutos são leguminosos, amadeirados ou coriáceos, raramente indeiscentes, comprimidas lateralmente a quase cilíndricas, possuem formato ovado para oblongo ou obovado, de uma a muitas sementes; suas válvulas internas são septadas entre sementes ou sem septos; suturas sem asas; o cálice é persistente ou decíduo. As sementes possuem coloração vermelha, escarlate, marrom ou preta, às vezes de 2 tons. O hilum atinge raramente mais de meio comprimento de semente, possui coloração branca. O cotilédone é muitas vezes carnudo.[8]

Espécies[editar | editar código-fonte]

Dos colares feitos com sementes (acima: O. coccinea; abaixo: Abrus precatorius) combinadas com contas pretas.

Espécies descritas[editar | editar código-fonte]

Espécies nativas do Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil foram reconhecidas cerca de 35 espécies nativas sendo que quinze delas são endêmicas. Elas ocorrem em quase todo o território brasileiro.[2] As nativas são:

O. arborea da unicamp.
  • O. altimontana Meireles & H.C.Lima
  • O. amazonica Ducke
  • O. arborea (Vell.) Harms
  • O. bahiensis Monach.
  • O. coarctata Jacq.
  • O. coccinea Jacks.
  • O. coutinhoi Ducke
  • O. discolor Spruce ex Benth.
  • O. elata Rudd
  • O. excelsa Benth.
  • O. fastigiata Tul.
  • O. flava (Ducke) Rudd
  • O. friburgensis Taub. ex Glaz.
  • O. froesii Rudd
  • O. grandiflora (Tul.) Rudd
  • O. grossa Rudd
  • O. holerythra Ducke
  • O. lewisii D.B.O.S.Cardoso, C.H.Stirt. & Torke
  • O. lignivalvis Rudd
  • O. limae D.B.O.S.Cardoso & L.P.Queiroz
  • O. macrocalyx Ducke
  • O. macrophylla Benth.
  • O. minor Vogel
  • O. nitida Vogel
  • O. nobilis Tul.
  • O. paraensis Ducke
  • O. ruddiana Yakovlev
  • O. smithii Rudd
  • O. solimoesensis Rudd
  • O. steyermarkii Rudd
  • O. stipularis Ducke
  • O. timboensis D.B.O.S.Cardoso, Meireles & H.C.Lima
  • O. trifoliolata Huber
  • O. vicosana Rudd
  • O. williamsii Rudd
Folhas, frutos e sementes de O. monosperma.

Referências

  1. a b «Ormosia Jacks.» (em inglês). Global Biodiversity Information Facility disponível em: https://www.gbif.org/. Consultado em 4 de maio de 2018 
  2. a b «Fabaceae» (em inglês, espanhol, e português). Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Consultado em 4 de maio de 2018 
  3. «Ormosia Jacks.» (em inglês). The Plant List. Version 1.1. Published on the internet; http://www.theplantlist.org/. 2013. Consultado em 4 de maio de 2018 
  4. Compilado de fontes sobre a descrição do gênero:
  5. MARIN-CORBA, CÉSAR; DAIRON, CARDENAS-LOPEZ; SUAREZ-SUAREZ, STELLA (2005). «UTILIDAD DEL VALOR DE USO EN ETNOBOTÁNICA. ESTUDIO EN EL DEPARTAMENTO DE PUTUMAYO (COLOMBIA)». Caldasia [online]. 27 (1): 89-101. Consultado em 4 de maio de 2018 
  6. Paulo Ernani Ramalho Carvalho. «Coronheira (Ormosia arborea. Agência Embrapa de Informação Tecnológica disponível em: http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/. Consultado em 10 de outubro de 2017 
  7. «Ormosia» (em italiano). Etimologia dei nomi botanici e micologici e corretta accentazione publicado em: http://www.actaplantarum.org. Consultado em 4 de maio de 2018 
  8. «Ormosia Jacks.» (em inglês). Consultado em 4 de maio de 2018