Os Tincoãs

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Os Tincoãs

Os Tincoãs em 1976
Informação geral
Origem Cachoeira, Bahia
País Brasil
Gênero(s) MPB
Período em atividade 19602000
Gravadora(s) Odeon, RCA Victor
Ex-integrantes Mateus Aleluia
Heraldo Bozas
Grinaldo Salustiano, o Dadinho
Getúlio de Souza, o Badu
Página oficial tincoas.com.br

Os Tincoãs foi uma banda brasileira de música popular brasileira, idealizada em 1959 e formada em 1960 na Bahia, ativa principalmente nos anos 1960 e 1970. Seu nome deriva da ave tincoã.[1][2] No início eram Erivaldo, Heraldo e Dadinho, todos nascidos no município de Cachoeira, que fica às margens do Rio Paraguaçu, na região do Recôncavo Baiano.

No começo o trio interpretava boleros e outros tipos de canções do momento. O sucesso não aconteceu. Com a saída de Erivaldo que decidiu permanecer em Cachoeira e a chegada de Mateus Aleluia, o conjunto renovou seu repertório e revolucionou a música brasileira ao criar harmonias vocais para cantos de religiões afro e sambas de roda. A partir desta experiência o trio renovou seu repertório e mergulhou na cultura do Candomblé e seus terreiros, rodas de capoeira e de samba e tudo mais que fizesse alusão aos antepassados e raízes africanas. Nascia ali mais uma expressão musical que daria novos contornos para a música religiosa afro-brasileira e consequentemente para a música popular brasileira.

Contrariando muitos dos críticos que teimavam em dizer que após a chamada era dos festivais a MPB estava fadada ao fracasso, Os Tincoãs lançaram em 1973 um disco homônimo que chamou a atenção de todos. Com arranjos delicados, um violão, instrumentos de percussão e uma harmonia vocal repleta de doçura, o trio cantou para os Orixás: Iansã, Obaluaê, Iemanjá, todos eles estavam reunidos em um álbum que marcou época para a MPB.

Para a produção do LP Os Tincoãs, Mateus Aleluia, Dadinho e Eraldo fizeram uma profunda pesquisa de cantos de Candomblé, o que colocou a cantiga de Orixás em um outro patamar na música brasileira. Figura fundamental nesse processo é Dona Ledinha, que de acordo com os integrantes vez ou outra cantava assim: ‘Sou de Nanã, ê uá’, entre outros cantos que integraram o repertório do disco.

Depois do imenso sucesso do álbum Os Tincoãs, o grupo sofreu um grande baque, a morte de Heraldo, substituído por Morais e posteriormente por Badu.

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns de estúdio[editar | editar código-fonte]

Ano Álbum Gravadora
1962 Meu Último Bolero Musicolor
1973 Os Tincoãs EMI-Odeon
1975 O Africanto dos Tincoãs RCA
1977 Os Tincoãs RCA
1986 Dadinho e Mateus CID

EPs[editar | editar código-fonte]

Ano Álbum Gravadora
1976 Os Tincoãs RCA
1978 Os Tincoãs RCA

Singles[editar | editar código-fonte]

Ano Álbum Gravadora
1974 Misericórdia/Saudação aos Orixás EMI-Odeon
1976 Banzo/Jó RCA
1976 Promessa ao Gantois/Anita RCA
1977 Cordeiro de Nanã/Atabaque Chora RCA
1980 Embola, Embola/Mãe D'Água é Rica Atlantic
1982 Ajagunã/Chorojô RCA

Referências

  1. «Livro conta a trajetória do cultuado trio Os Tincoãs». Folha de S.Paulo. 15 de fevereiro de 2018. Consultado em 14 de abril de 2021 
  2. «Livro com álbuns dos anos 1970 perpetua legado do som afro-barroco dos Tincoãs». G1. Consultado em 14 de abril de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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