Oscar Malbernat

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Oscar Malbernat
Oscar Malbernat
Informações pessoais
Nome completo Oscar Miguel Malbernat
Data de nascimento 2 de fevereiro de 1944
Local de nascimento La Plata, Argentina
Nacionalidade argentino
Data da morte 9 de agosto de 2019 (75 anos)
Local da morte La Plata, Argentina
Apelido Cacho
Informações profissionais
Posição defensor
Clubes de juventude
Estudiantes de La Plata
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1964–1971
1972
1973
Estudiantes de La Plata
Boca Juniors
Racing Club
00246 0000(1)
037 0000(0)
0? 0000(0)

Oscar Miguel Malbernat (La Plata, 2 de fevereiro de 1944La Plata, 9 de agosto de 2019)[1][2] foi um futebolista e treinador argentino. Como jogador atuava como lateral e zagueiro. Comandou 18 diferentes equipes ao longo de sua carreira como técnico. Oscar Malbernat foi o capitão e símbolo do Estudiantes de La Plata multicampeão ao final dos anos 60, a época mais gloriosa do clube Pincha, quando o clube rojo de La Plata foi o primeiro a quebrar o monopólio de títulos nacionais dos chamados "grandes", os cinco grandes (Boca Juniors, River Plate, San Lorenzo, Independiente e Racing) que tinham a hegemonia desde a implantação do profissionalismo em 1931. Malbernat liderou o Estudiantes na conquista do Metropolitano de 1967 e em seguida conquistaram a Copa Libertadores da América por três vezes consecutivas (1968, 1969 e 1970). Ele levantou a taça da Copa Intercontinental de 1968 em pleno Old Trafford após bater o Manchester United em um confronto de dois jogos, entrando para história Pincharrata como o Gran Capitán do título mundial.[3][4][5][6]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Iniciou sua carreira nas categorias de base do Estudiantes, destacando com o juvenil em um time até hoje conhecido como a La Tercera que Mata, um extraordinário time composto por jovens iniciados no clube platense. Esse time acabaria sendo a base que anos mais tarde conquistariam a três vezes a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes, era formado por grandes valores da história do clube, além de Oscar Malbernat, tinha: Juan Ramón Verón, Juan Echecopar, Eduardo Manera, Alberto Poletti, Julio Santella, Ramón Aguirre Suárez, Carlos Pachamé, Hugo Mateos, Carlos Maschio, Raúl Forteis, Eduardo Bocha Flores. A Tercera que Mata notabilizou-se por ganhar 24 de 34 partidas que disputaram e pela conquista do título de sua divisão em 1965 com um futebol que dava espetáculo e foi pioneiro no jogo polifuncional que o Estudiantes aplicaria em campo nos final dos anos 60.[6][7][8]

Jogou pela primeira vez com a camisa principal roja y blanca em 1962, mas sua estreia oficial com a camisa de Albirroja foi em 23 de agosto de 1964, quando o Estudiantes venceu por 1 a 0 Argentinos Juniors, pela 15ª rodada do torneio local, consolidando-se como titular em 1965 sob o comando técnico de Osvaldo Zubeldía. Na lateral desempenhava forte marcação e projeção ofensiva. Malbernat tinha como características futebolísticas a entrega e firmeza dentro de campo associados a compromisso tático, exercendo um bom papel defensivo em qualquer das laterais, mas fundamentalmente pela esquerda. Com a braçadeira de capitão foi líder e um dos pilares do clube na quebra da hegemonia dos grandes na Argentina que ocorreu com a conquista do Metropolitano de 1967.[5][6][9]

Malbernat é conhecido por torcedores Pinchas como Gran Capitán, foi o capitão do Estudiantes na conquista do tricampeonato da Copa Libertadores da América (1968, 1969, 1970). Embora não tenha disputado os dois finais em 1970, por ter sido punido com uma suspensão de dois jogos após expulsão durante as semifinais em partida contra o River Plate.[6][10]

Aos 24 anos, o jovem capitão teve a honra de ergue a Copa Intercontinental em 16 de Outubro de 1968, após empate de 1-1 em Old Trafford contra o lendário Manchester United de Sir Matt Busby. O Estudiantes havia vencido o primeiro jogo do confronto por 1-0 na Bombonera (estádio do Boca Juniors) em 25 de Setembro de 1968. Malbernat foi um dos mais elogiados defensivamente, após ajudar a defesa platense em anular o histórico ataque formado por Bobby Charlton, George Best e Denis Law. Os argentinos deram a volta olímpica diante de 63 mil pessoas, que os chamaram de "animais" antes do início da partidaem solo inglês.[11][12][13]

Oscar Malbernat disputou 246 partidas pelo Estudiantes, marcou apenas um gol e conquistou seis títulos. Ao troféu Mundial e aos três Libertadores, são adicionados o campeonato local de 1967 e a Copa Interamericana de 1969.[9] Sua carreira como jogador de rojo y blanco durou até 1972, quando foi transferido para o Boca Juniors junto com Carlos Pachamé. No Boca atuou como lateral-direito, jogou 37 partidas (sendo 32 como titular). Sua estreia ocorreu justamente contra seu antigo clube, em amistoso que o Boca Juniors derrotou o Estudiantes LP por 2-0 em 11 de Fevereiro de 1972.[14] No ano seguinte, 1973, transferiu-se para o Racing, onde chegou a usar a braçadeira de capitão, mais devido a lesões encerrou a carreira aos 29 anos.[6][9][10]

Treinador[editar | editar código-fonte]

Oscar "Cacho" Malbernat não deu seu máximo apenas como jogador do Estudiantes, sempre disposto a ajudar em momentos difíceis do clube, o ex-jogador assumiu o comando técnico do clube platense em 1986 e em 2002.[6] Iniciou esta nova etapa no futebol como técnico do Argentino de Quilmes em 1981, na última estadia do clube na Segunda Divisão (dentre os comandados, o ex-colega Juan Ramón Verón).[10]

Sua carreira de treinador de futebol notabilizou-se por muitas idas e vindas na América do Sul, dirigindo diversos clubes em vário países sul-americanos. Logo iniciou sua carreira internacional com o Cerro Porteño do Paraguai (1984). Então, iniciou sua caminhada no continente: Club Atlético Sarmiento (1985), Nacional do Paraguai (1985), Estudiantes (1986-1988) ), Deportivo Quito do Equador (1989), Barcelona de Guayaquil, Equador (1990), El Nacional do Equador (1991), LDU de Quito, Equador (1992), Guaraní do Paraguai (1993), Deportivo Quito (1994), Provincial Osorno do Chile ( 1996), Audax Italiano do Chile (1997-1999), Cobreloa do Chile (2000-2001), Estudiantes (2002-2003), Universitario do Peru (2004), Universidade San Martín de Universidad de San Martín de Porres de Peru (2004-2005), Deportes Antofagasta do Chile (2006), Coquimbo Unido do Chile (2007), Nacional do Paraguai (2007-2008).[6]

Ao todo foram 18 diferentes clubes treinados por Oscar Malbernat, no entanto, sua longa carreira como técnico de futebol não lhe rendeu títulos.

Títulos[editar | editar código-fonte]

Estudiantes de La Plata[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Murió Cacho Malbernat, una gloria con el estilo de la mejor época de Estudiantes». La Nación. 10 de agosto de 2019. Consultado em 17 de maio de 2020 
  2. «Murió Oscar Cacho Malbernat, el "Gran Capitán" del Estudiantes multicampeón». Clarín Deportes. 9 de agosto de 2019. Consultado em 17 de maio de 2020 
  3. «Murió Oscar "Cacho" Malbernat, uno de los símbolos de la historia de Estudiantes de La Plata». Infodae. 9 de agosto de 2019. Consultado em 17 de maio de 2020 
  4. «Murió "Cacho" Malbernat, capitán de Estudiantes campeón del mundo en 1968». Filo News. 9 de agosto de 2019. Consultado em 17 de maio de 2020 
  5. a b «Há 45 anos, o Estudiantes de La Plata emergia nacionalmente». Futebol Portenho. 6 de agosto de 2012. Consultado em 17 de maio de 2020 
  6. a b c d e f g «Adiós gran capitán». Estudiantes de La Plata. 9 de agosto de 2019. Consultado em 17 de maio de 2020 
  7. «Esa tercera de Estudiantes». Clarín Deportes. 14 de dezembro de 2002. Consultado em 21 de maio de 2020 
  8. «La Tercera que Mata, en UNO». Estudiantes de La Plata. 18 de fevereiro de 2020. Consultado em 21 de maio de 2020 
  9. a b c «OSCAR MALBERNAT: CAPITÁN, GLORIA Y LEYENDA DE ESTUDIANTES». Cielo Sports. 10 de agosto de 2019. Consultado em 21 de maio de 2020 
  10. a b c «75 anos do capitão do Estudiantes tri da Libertadores: Oscar Malbernat». Futebol Portenho. 5 de fevereiro de 2019. Consultado em 21 de maio de 2020 
  11. «Os 50 anos de Manchester United x Estudiantes, um jogo de controvérsias, mas ainda assim eterno». Trivela. 17 de outubro de 2018. Consultado em 22 de maio de 2020 
  12. «Histórico: cuando Estudiantes fue campeón del mundo en Inglaterra». La Nación. 15 de outubro de 2013. Consultado em 22 de maio de 2020 
  13. «A 49 años del título mundial». Estudiantes de La Plata. 16 de outubro de 2017. Consultado em 22 de maio de 2020 
  14. «Oscar Miguel Malbernat». La Historia de Boca Juniors. Consultado em 22 de maio de 2020 
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