Otávio Aguiar de Medeiros
General do Exército Brasileiro ![]() Otávio Medeiros | |
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Nascimento | Octávio Aguiar de Medeiros 1922 Rio de Janeiro |
Morte | 5 de setembro de 2005 (82 anos) Brasília |
Serviço militar | |
Serviço | Exército |
País | Brasil |
Patente | ![]() |
Comando |
Otávio Aguiar de Medeiros (em grafia antiga Octávio Aguiar de Medeiros) ComA • GCA (Rio de Janeiro, 1922 — Brasília, 5 de setembro de 2005) foi um general-de-exército do Exército Brasileiro.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Graduou-se aspirante-a-oficial de Artilharia em 1943, pela Escola Militar do Realengo. Em sua carreira, exerceu inúmeras funções de destaque, sendo instrutor-chefe do Curso de Artilharia da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN); comandante do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR) de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais; a 10 de Novembro de 1972 foi feito Comendador da Ordem Militar de Avis de Portugal[1]; e adido militar junto à Embaixada do Brasil em Israel em 1973/1974, quando se deu a Guerra do Yom Kippur.
Como oficial general dirigiu a Escola Nacional de Informações (EsNI) de 1975 a 1978 e chefiou o Serviço Nacional de Informações (SNI) de 1978 a 1985. A 22 de Setembro de 1981 foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis de Portugal.[1] Já como general-de-exército, foi Comandante Militar da Amazônia (CMA) e chefiou o Departamento-Geral do Pessoal (DGP), sendo transferido para a reserva em 1987.
Como diretor do Serviço Nacional de Informações (SNI), adquiriu notoriedade nacional, graças à função de destaque no governo que o SNI adquirira e à confiança do presidente na sua pessoa, além do respeito e grande penetração que tinha nos setores civis e militares. Era considerado o principal canal de comunicação com o presidente João Figueiredo, de quem já era amigo desde os tempos do Golpe de 1964. Segundo a novela Yellow Cake,[2] o General Otávio Aguiar de Medeiros foi um agente do Mossad no Brasil.[3] Pouco depois de Israel bombardear o canteiro de obras de um reator nuclear, bem como uma central de pesquisas no Iraque, na madrugada de 7 de junho de 1981, o General Otávio Aguiar de Medeiros embarcou para Paris, onde teve uma reunião com militares israelenses.[4]
O General Otávio Aguiar de Medeiros deixou o Serviço Nacional de Informações (SNI) em 1985, para assumir o Comando Militar da Amazônia (CMA).[5] Durante seu tempo no Serviço Nacional de Informações (SNI), dentre outros fatos importantes, ocorreram o atentado do Riocentro e o chamado "caso Suriname".
Pouco tempo antes de falecer, deu importante entrevista ao projeto "1964 - 31 de Março: O Movimento Revolucionário e sua História", da Biblioteca do Exército Editora.
Morreu em 5 de setembro de 2005,[6] aos 82 anos de idade, em Brasília, no Distrito Federal. O general que fora um dos três homens mais poderosos do país por sete anos, assim como os outros generais de sua época - e diferentemente dos outros poderosos do país - faleceu sem deixar bens.
Referências
- ↑ a b «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Octávio Aguiar de Medeiros". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 2 de abril de 2016
- ↑ http://www.consciencia.org/docs/yellowcake.pdf
- ↑ Jornal do Brasil, 22 de maio de 1985.
- ↑ Sarney arma seu ciclo. Revista Veja, 9 de setembro de 1987.
- ↑ Morre o general Octávio Medeiros, ex-chefe do SNI. Terra, 6 de setembro de 2005.
- ↑ Morre o general Octávio Medeiros, ex-chefe do SNI. Notícias Terra OnLine, 6 de Setembro de 2005.