Pé (poesia)
Num poema, mais especificamente num verso, muitas métricas usam o pé como a unidade básica na sua descrição do ritmo subjacente. Tanto a métrica quantitativa da poesia clássica quanto a métrica silábica-acentual usam o pé como o alicerce fundamental. Um pé é constituído por um certo número de sílabas que fazem parte de uma linha de verso. Um pé é descrito pelo número de sílabas e caracteres que ele contém: geralmente, em línguas latinas e o grego, a tonacidade da sílaba é medida.
Quando se analisa uma linha de verso, um poeta olha para os pés como a unidade básica rítmica, em vez de palavras. Um pé pode ser composto de diversas sílabas e uma única palavra pode conter muitos pés, além disso, um pé pode, muitas vezes, servir como ponte em várias palavras, contendo, por exemplo, a última sílaba de uma palavra mais o primeira da próxima. Para procurar os pés, deve-se centrar sobre somente a fluidez do som e anular o real significado das palavras.[1]
Classificação
[editar | editar código-fonte]Pé simples
[editar | editar código-fonte]Os pés simples, tendo por base uma sílaba longa, ou tônica, são 4:
- Troqueu ou Coreu
- formado por uma sílaba longa e uma breve.
- Cor po
- Iambo ou Jambo
- formado por uma sílaba breve e uma longa.
- Va por
- Dáctilo
- formado por uma sílaba longa e duas breves.
- Lâm pa da
- Anapesto
- formado por duas sílabas breves e uma longa.
- Co ra ção
Pé composto
[editar | editar código-fonte]Os pés compostos, também chamados metros são aqueles que combinam 2 ou mais pés simples. São considerados apenas em algumas escansões complexas.
Há, entre eles, um que, pelo seu uso sistêmico em verso decassílabo e algumas vezes em verso dodecassílabo tem característica de pé simples. Chama-se peônio. Caracteriza-se pela apresentação de 3 sílabas breves e uma tônica.
- Peônio de quarta
Apresenta a sílaba tônica na quarta posição.
- Eu te_a ma rei.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Camelo, Paulo. «O ritmo, a métrica, o pé». Consultado em 6 de outubro de 2008