Públio Fúrio Medulino Fuso

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Públio Fúrio Medulino Fuso
Cônsul da República Romana
Consulado 472 a.C.
Morte 464 a.C.

Públio Fúrio Medulino Fuso (em latim: Publius Furius Medullinus Fusus) foi um político da gente Fúria nos primeiros anos da República Romana eleito cônsul em 472 a.C. com Lúcio Pinário Mamercino Rufo[1][2]. Era filho de Lúcio Fúrio Medulino, cônsul em 474 a.C. e irmão de Espúrio Fúrio Medulino Fuso, cônsul em 464 e 453 a.C..

Biografia[editar | editar código-fonte]

Públio Fúrio pertencia ao ramo Medulino da nobre gente Fúria, uma antiga gente patrícia da Roma Antiga, e era irmão de Espúrio Fúrio Medulino Fuso, que foi eleito cônsul em 464 a.C. e foi, depois, cônsul sufecto em 453 a.C.

Em 472 a.C., foi eleito cônsul juntamente com Lúcio Pinário Mamercino Rufo[1][2].

Durante seu mandato, o tribuno da plebe Volerão Publílio propôs uma lei pela qual os magistrados plebeus, entre os quais os tribunos, passariam a ser eleitos pela assembleia da plebe, da qual não participavam os patrícios, privando-os assim de qualquer poder de influenciar os resultados das eleições plebeias[2]. A proposta de lei, chamada Lex Publilia Voleronis, não foi votada em 472 a.C. por causa da forte discordância entre patrícios e plebeus e por causa da irrupção de uma epidemia em Roma[3].

Ainda naquele ano, uma vestal, Orbília, foi considerada culpada de haver violado seu próprio voto de castidade e, por isto, condenada à morte. A pena para este tipo de crime era ser enterrada viva. Logo depois da condenação, um de seus dois amantes se suicidou e o outro acabou sendo linchado no fórum[1].

Em 467 a.C., depois de terem capturado a cidade volsca de Anzio (em latim: Antium), os romanos fundaram no local uma colônia. Fúrio, juntamente com Tito Quíncio Capitolino Barbato e Aulo Vergínio Tricosto Celimontano, compôs o triunvirato encarregado da subdivisão e distribuição das terras aos colonos[4][5].

Três anos depois, Públio Fúrio foi legado de seu irmão Espúrio Fúrio, que era o cônsul, na guerra contra os équos. Os romanos foram assediados em seu acampamento pelos inimigos e Públio, isolado com seus soldados durante uma sortida, foi massacrado[6][7].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Lúcio Emílio Mamerco III

com Vopisco Júlio Julo

Lúcio Pinário Mamercino Rufo
472 a.C.

com Públio Fúrio Medulino Fuso

Sucedido por:
Ápio Cláudio Sabino Inregilense

com Tito Quíncio Capitolino Barbato


Referências

  1. a b c Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 40
  2. a b c Lívio, Ab Urbe Condita Libri II, 56.
  3. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 41-42
  4. Lívio, Ab Urbe Condita Libri, III, 1.
  5. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 59.
  6. Lívio, Ab Urbe Condita Libri III, 5.
  7. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas IX, 63.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]