Paisagem natural

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Paisagem natural é o termo utilizado para se referir àquelas paisagens onde há ausência de elementos culturais (tal como cidades) e para se referir aos aspectos naturais de uma paisagem, principalmente ao conjunto das relações entre seus elementos componentes (clima, estrutura geológica, relevo, solos, águas e seres vivos).

Com sentido global, a paisagem natural pode ser entendida como um conjunto formado pelas árvores entre os componentes da natureza, podendo estar mais ou menos modificada pela ação humana.[1]

Organização das Paisagens Naturais[editar | editar código-fonte]

Uma paisagem natural - Floresta de coníferas em Sierra Nevada.

É reconhecido que as paisagens naturais possuem uma organização hierárquica. Isto significa que dentro de grandes paisagens, encontramos paisagens menores. No Brasil, um dos maiores estudiosos das paisagens naturais foi o geógrafo Aziz Nacib Ab'Saber, que distinguiu seis principais domínios de natureza em nosso país: as Terras Baixas Florestadas da Amazônia (Norte do Brasil), as Depressões Intermontanas das Caatingas (Nordeste), os Chapadões com Cerrados (Brasil central), o Planalto das Araucárias (Sul), os Mares de Morros Florestados (no leste do Brasil) e as Coxilhas Subtropicais com Pradarias Mistas (extremo sul do país).[2]

A paisagem pode receber vários significados, mas na ciência geográfica é definida como um conjunto de estruturas naturais e sociais de um determinado lugar no qual desenvolvem uma intensa interatividade, seja entre os elementos naturais, entre as relações humanas e desses com a natureza.

Geograficamente, a paisagem é tudo aquilo que podemos perceber por meio de nossos sentidos (audição, visão, olfato e tato), mas o que mais destaca é a visualização da paisagem.

Costuma-se considerar como paisagem todos os elementos naturais, entretanto, paisagem também abrange as construções humanas como pontes, ruas, edifícios, além das relações humanas como feiras, estádios de futebol, nesses casos ocorre uma variação das paisagens, pois se trata de uma composição momentânea. Então, quando uma paisagem tem elementos humanos chama-se Paisagem Humanizada.

Quando não há modificações feitas pelo homem chama-se paisagem (não humanizada).

Diante desse contexto, a paisagem se divide em paisagens naturais (lagos, oceanos, vales, florestas, montanhas, seres vivos) e as interações existentes. A variação de cada elemento determina a configuração de cada paisagem, por exemplo, o clima quente e úmido produz florestas com uma grande quantidade de vidas, tanto da fauna como da flora, em contrapartida nas zonas polares, onde o frio é intenso, não há o desenvolvimento de elevados números de vidas e diversidades. As paisagens culturais correspondem a todos os elementos construídos pela ação antrópica, como pontes, portos, ferrovias, túneis e muito outros. Apesar da divisão entre paisagem natural e cultural, não existe nenhum lugar no planeta que não tenha sofrido interferências diretas ou indiretas do homem, até por que o que é produzido de poluição nas cidades se dispersa por todo o planeta.

As paisagens culturais podem ser divididas em paisagem rural e paisagem urbana. A primeira é formada pela atividade agropecuária, como lavouras de uma infinidade de culturas, hortaliças, frutas, além da criação de bovinos (corte e leite), aves e suínos, esses elementos fazem parte da realidade de propriedades rurais com fazenda, chácaras e sítios. A segunda é constituída por elementos urbanos como ruas, avenidas, praças, viadutos e prédios que se encontram habitados por pessoas que realizam suas atividades nesse espaço.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Bertrand, Georges. «Paisagem e Geografia Física Global: Esboço Metodológico» 
  2. Ab'Saber, Aziz (2003). Domínios de Natureza no Brasil: Potencialidades Paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial 
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