Palácio Cruz e Sousa
Palácio Cruz e Sousa | |
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Tipo | palácio, património cultural |
Estilo dominante | eclético |
Construção | ca. 1739-1749 (275 anos) |
Estado de conservação | Santa Catarina |
Património nacional | |
Classificação | IPHAN-SC |
Data | 26 de janeiro de 1984 (40 anos)[1] |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Florianópolis |
Coordenadas | 27° 35′ 44″ S, 48° 32′ 55″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Palácio Cruz e Sousa, antigo Palácio Rosado, é a sede do Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) desde 1986, e está localizado no Centro de Florianópolis, no estado de Santa Catarina, em frente à principal praça da cidade, a Praça XV de Novembro, tendo servido como Palácio do Governo do Estado.[2]
A história
[editar | editar código-fonte]Em meados do século XVIII, época em que foi criada a Capitania de Santa Catarina e nomeado seu primeiro governador, o brigadeiro José da Silva Paes, foi também construído junto à praça da Vila de Desterro um prédio de três seções e dois pavimentos para ser a nova "Casa de Governo".[2] Durante mais de um século, o palácio passou por diversas modificações, até que na mudança republicana uma grande reforma (1894–1898) foi realizada, adquirindo as características arquitetônicas preservadas até o presente.
Momentos
[editar | editar código-fonte]Nele nasceram figuras ilustres, como o historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, filho do Visconde de Taunay, ex-presidente da província (1876 — 1877), e o ex-governador Aderbal Ramos da Silva (1947 — 1951).[2] Além dos bailes ali realizados e outras solenidades, o palácio recebeu visitas ilustres, como D. Pedro I em (1826) e D. Pedro II em (1845 e 1865).[2]
O palácio foi palco de episódio dramático em função da Revolução Federalista quando, em 1891, foi tomado de assalto por revolucionários que se colocaram contra a política de Floriano Peixoto em Santa Catarina, o vice-presidente em exercício na época.
Em frente ao palácio ocorreu uma grande manifestação contra o regime militar em 1979, que ficou conhecido como Novembrada.
A arquitetura
[editar | editar código-fonte]Entre 1894 e 1898, no governo de Hercílio Luz, o prédio foi reformado, perdendo, a partir de então, as características coloniais originais e assumindo linguagem eclética, repleta de elementos decorativos.
Dez estátuas alegóricas esculpidas pelo artista italiano Gabriel Sielva ornamentam a parte externa do prédio, coroando as platibandas. Entre elas, a padroeira do estado, Santa Catarina; a ninfa evocativa dos mares, Anfitrite; e o deus mitológico Mercúrio, compondo com duas barricas, alegoria alusiva ao comércio e à indústria catarinenses, respectivamente, sendo o último localizado no alto da fachada lateral, à direita. Os ladrilhos da calçada à frente do palácio foram importados e assentados no ano de 1910.
Dentro do palácio destaca-se a majestosa escadaria, com sua balaustrada e balcões em mármore de Carrara, peças trabalhadas na Itália.[2] Estátuas em bronze de cavaleiros medievais e um belo vitral art-nouveau enriquecem a decoração. No teto, acima da escadaria, há uma homenagem aos municípios mais antigos da Província de Santa Catarina: florões com os nomes de Palhoça, São José e Santo Amaro da Imperatriz. [3]
O tombamento
[editar | editar código-fonte]O palácio, tombado pelo estado e pelo município, deixou de sediar o gabinete do governador do estado em 1984. O tombamento aconteceu sob o Decreto nº 21.326 de 26 de janeiro de 1984. [1] Foi restaurado em 1977, em 1984 e 2005.[2] Em 1979, passou a ser denominado Palácio Cruz e Sousa, em homenagem ao grande poeta catarinense Cruz e Sousa.[2]
O Museu
[editar | editar código-fonte]O Palácio Cruz e Sousa abriga o Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) desde 1986.[2]
Referências
- ↑ a b «FCC - Fundação Catarinense de Cultura - Bens Tombados». www.cultura.sc.gov.br. Consultado em 28 de setembro de 2018
- ↑ a b c d e f g h Museu Histórico de Santa Catarina no Palácio Cruz e Sousa Acessado em 27 de março de 2017
- ↑ «Aqui jaz um poeta: uma visita ao Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa - Roteiros Literários». Roteiros Literários. 7 de abril de 2015